segunda-feira, 2 de março de 2020

Juiz decide que Adélio Bispo não pode continuar em presídio federal

Publicado em 02/03/2020 - 19:27 Por André Richter – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O juiz Dalton Conrado, da Justiça Federal do Mato Grosso do Sul, determinou hoje (2) a transferência de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro em 2018. Pela decisão, Adélio não poderá continuar preso na Penitenciária Federal em Campo Grande (MS). Caberá à Justiça de Minas Gerais, onde o crime ocorreu, decidir para onde o agressor será levado. A transferência deverá ocorrer em até 30 dias. 

Para o juiz, Adélio Bispo deve ficar em "local adequado" para tratamento psiquiátrico. "Adélio deverá ser internado em local apropriado ao cumprimento da medida de segurança, com estrutura, equipe técnica e medicamentos necessários ao tratamento da sua enfermidade mental", decidiu o magistrado. 

O pedido de transferência foi feito pela Defensoria Pública da União (DPU) e teve parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF). 

Em junho do ano passado, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), absolveu Adélio Bispo pela facada. A decisão foi proferida após o processo criminal que o considerou inimputável por transtorno mental. 

Na decisão, o magistrado decidiu também que ele deveria ficar internado em um manicômio judiciário por tempo indeterminado. No entanto, diante da periculosidade do acusado, Adélio permaneceu no presídio federal de Campo Grande, onde está preso desde o atentado. Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio enquanto fazia campanha em Juiz de Fora no dia 6 de setembro de 2018. 

Conforme denúncia feita pelo MPF e aceita pela Justiça, o acusado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições por meio do assassinato de um dos concorrentes na disputa presidencial.

A defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um problema mental.

Edição: Fábio Massalli

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Alice de Senna Vitor - Juiz de Fora / MG


Ajude a mover o Wagner!

Wagner Vitor, meu marido, tem 56 anos. Em junho de 2013, Wagner estava sozinho em casa quando teve um mal súbito. Não se sabe ao certo quanto tempo ele ficou desmaiado até que eu cheguei, e foram mais de 24h sem falar com ele. Após vários dias no hospital foi diagnosticado um aneurisma que provocou um AVE Hemorrágico de Tronco que o deixou sequelado (conhecido como Síndrome do Encarceramento). 

Esse quadro resultou em paralisia da fala, da respiração, do tronco e dos membros. Apesar de todo o comprometimento físico Wagner possui o cognitivo 100% preservado. Após 9 meses internado teve alta com uma gastrostomia (alimentação enteral) com necessidade do uso de oxigênio e seu único movimento voluntário era a capacidade de piscar o olho direito. 

Em 2014 teve algumas infecções, mas em 2015 após uma pneumonia foi internado novamente e precisou fazer uma traqueostomia para facilitar a respiração em 2016 por problemas na traqueo e uma infecção urinária ficou internado por um mês, ao fim de 2018 foi internado com infecção urinária, mas uma outra infecção hospitalar levou a mais dois meses em hospitais. 

Atualmente temos uma enfermaria na sala de casa, onde ele permanece deitado em uma cama hospitalar, que é emprestada, entretanto está muito danificada pelos 6 anos de uso contínuo e não possui as rodas tão necessárias para mover o Wagner. 

A falta de movimentos é um grande fator de risco para o surgimento de escaras, infecções urinárias e complicações respiratórias que leva as tão sofridas internações. Por isso foi indicado o guincho para mover para a cadeira rodas e retorno para a cama. 

Diante da gravidade do caso é necessária um guincho e uma cama motorizada que custam aproximadamente R$ 12.000,00 reais. E é ai que necessito de ajuda!! Independentemente do valor que você possa contribuir sua ajuda será de muita importância. Além de prevenir complicações, esses aparelhos auxiliam na saúde dos cuidadores (Eu: esposa que várias vezes por dia movimento a cama) e na possibilidade do Wagner sair de casa, o que atualmente só acontece com a ajuda de quatro pessoas e nem sempre tenho essa ajuda por perto, especialmente para consultas médicas e exames. Um gesto muito simples ira trazer mais saúde e felicidade para o Wagner e para família em nossa dedicação a ele! Ajude nessa necessidade! Contamos com você!

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Dois indivíduos são presos por roubar celular no Bairro Jardim Glória/ Polícia Militar apreende arma de fogo no Bairro Recanto das Pedras


Durante a Operação Batida Policial, a Polícia Militar (PM), apreendeu uma submetralhadora e munições, no Bairro Recanto das Pedras (Região Leste) nesse sábado (29) em Juiz de Fora. Segundo informações da PM, as equipes receberam denúncia de um indivíduo com posse da submetralhadora. 

Ao chegar no local, os policiais realizaram rastreamento em busca do suspeito e o encontraram em uma via pública. Após localizar o autor, a PM prosseguiu com as diligências e foram até a residência dele, onde encontraram a submetralhadora e 5 munições calibre .38. O autor foi preso e encaminhado junto com os materiais apreendidos para a Delegacia, onde serão tomadas as devidas providências.

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A Polícia Militar (PM), prendeu nesse domingo (1), dois indivíduos, sem idades informadas, por roubo de um telefone celular no Bairro Jardim Glória (Região Central) em Juiz de Fora. Segundo informações, a PM recebeu denúncia do roubo e iniciou patrulhamento pelo local, obtendo êxito em localizar o primeiro suspeito. Este estava com posse do celular roubado e usava uma faca de cabo preto com lâmina de 20 centímetros.

Dando continuação às diligências, a PM foi em busca do segundo suspeito e o mesmo foi encontrado dentro da Igreja Universal no Bairro Mariano Procópio (Região Central).

Os dois autores foram presos e encaminhados para a Delegacia, onde serão tomadas as devidas providências, junto com os materiais apreendidos.

PMs do Ceará voltam ao trabalho e Defesa estuda retirada dos militares

Publicado em 02/03/2020 - 14:49 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Após 13 dias com parte da categoria amotinada, policiais militares do Ceará começaram a voltar ao trabalho na manhã de hoje (2). O acordo que põe fim à paralisação foi assinado esta manhã, no Ministério Público estadual, por representantes dos órgãos públicos cearenses que integram a comissão criada para negociar as reivindicações dos trabalhadores; representantes federais e dos PMs.

Com o encerramento do movimento, o Ministério da Defesa já estuda antecipar o fim da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que, provisoriamente, dá às Forças Armadas o poder de atuar como uma força policial até que as forças públicas de segurança locais tenham condições de restabelecer a ordem.

Em nota divulgada esta manhã, o ministério informou que a “retirada gradativa” do efetivo mobilizado pelas Forças Armadas está sendo planejada. O fim da missão, contudo, depende da avaliação do governo cearense, que deve informar ao comando da GLO em quanto tempo as forças de segurança estadual estarão aptas a retomar integralmente suas funções, garantindo a integridade da população e normalizando o policiamento ostensivo, que é competência da Polícia Militar.

Consultada pela Agência Brasil, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará informou que as viaturas da Polícia Militar que estavam paradas estão voltando às ruas, tanto na Capital quanto no Interior. Parte destes veículos estavam parados no pátio porque policiais militares ou suas esposas furaram ou esvaziaram os pneus durante os protestos por melhores salários e condições de trabalho. “Uma força-tarefa foi montada para garantir que estes veículos estejam em pleno funcionamento o mais breve possível”, garante a secretaria.

A GLO foi decretada no último dia 20. Inicialmente, vigoraria até o último 28, mas como parte dos policiais militares continuavam parados, pressionando o governo cearense a atender às reivindicações da categoria, o presidente Jair Bolsonaro prorrogou a operação por mais sete dias, ou seja, até a próxima sexta-feira (6) – prazo final que pode ser revisto em função do acordo assinado esta manhã.

Ainda hoje, o coordenador da GLO no Ceará, general Fernando José Soares da Cunha Mattos, e outros oficiais responsáveis pela operação devem participar de uma videoconferência com representantes do Ministério da Defesa em Brasília. A conversa servirá para que sejam decididos os próximos passos da operação militar e a eventual desmobilização gradual do efetivo das Forças Armadas.

Ministro da Justiça
Ontem (1º), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, usou sua conta no Twitter para manifestar sua satisfação com as primeiras notícias sobre o acordo para pôr fim ao movimento dos policiais miliares – ao qual Moro se referiu como a uma greve, embora a Constituição Federal os proíba de fazer greves, razão pela qual movimentos desta natureza são, legalmente, tratados como motins, passíveis de punição.

“Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará. O governo federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado. Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos”, escreveu Moro.

Para convencer os policiais militares a desocuparem as unidades miliares ainda ocupadas, como o 18º Batalhão, e retornarem ao trabalho, a Comissão Especial que contou com representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Ceará propuseram uma série de medidas e garantias, como a de que os policiais amotinados não sofrerão sanções sem ter direito a um processo legal, durante o qual receberão o apoio de instituições como o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Defensoria Pública. Além disso, o governo estadual se comprometeu a não transferir nenhum policial pelos próximos 60 dias e a rever os processos disciplinares já instaurados. O governo cearense também promete investir na melhoria salarial.

Mortes
Até o último dia 25, quando a secretaria da Segurança Pública e Defesa Social parou de divulgar o número de mortes violentas registradas dia a dia, ao menos 175 pessoas tinham sido assassinadas entre 18 e 25 de fevereiro, em todo o estado – com a maior quantidade de ocorrências concentradas às vésperas da chegada dos militares mobilizados com a GLO e dos agentes da Força Nacional de Segurança Pública, deslocada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Na terça-feira (18/02), dia em que parte dos militares começaram a protestar, foram registrados cinco assassinatos – dois a mais que na véspera. Já na quarta-feira (19), o número de ocorrências saltou para 29. Na quinta-feira (20) foram 22 registros. Na sexta-feira (21), houve o maior número de vítimas: 37. A partir daí, as ocorrências passaram a cair: no sábado (22) foram 34; no domingo (23), 25, e, na segunda-feira (24), 23 .

Edição: Valéria Aguiar

MP autoriza contratação de servidor aposentado para INSS

Publicado em 02/03/2020 - 15:38 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Para reduzir a fila de 1,3 milhão de pessoas à espera de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o governo editou hoje (2) a Medida Provisória (MP) 922/2020, que autoriza a contratação temporária de servidores civis federais aposentados. O texto também permite a contratação por outros órgãos federais em caso de emergência.

Entre as ocupações abrangidas pelas contratações temporárias estão professores para aperfeiçoamento de médicos de Atenção Básica em saúde em regiões prioritárias e profissionais para assistência humanitária a estrangeiros que entram no país. A MP enquadra como necessidade temporária de excepcional interesse público situações de aumento transitório no volume de trabalho e atividades como tecnologia da informação, comunicação e revisão de processos de trabalho, pesquisadores e técnicos para o desenvolvimento de produtos e serviços em projetos com prazo determinado e atividades relacionadas à redução de passivos processuais.

A contratação temporária também abrange ações preventivas para conter situações de risco à sociedade, incidentes de calamidade pública, danos e crimes ambientais e emergências humanitárias ou de saúde pública. Dessa forma, a MP abre caminho para a contratações temporárias relacionadas ao controle do coronavírus no Brasil.

No fim de janeiro, o governo tinha publicado um decreto para contratar militares da reserva para reforçarem o atendimento no INSS, ganhando adicional de 30% sobre a remuneração recebida na inatividade. O texto previa a contratação para outras atividades em órgãos públicos. O decreto, no entanto, enfrenta questionamentos no Tribunal de Contas da União (TCU).

Recrutamento
Os trabalhadores temporários serão contratados por meio de um processo seletivo simplificado, sem concurso público, apenas por meio de edital de chamamento. No entanto, a MP dispensa o processo seletivo nas seguintes situações: calamidade pública, emergência em saúde pública, emergência e crime ambiental, emergência humanitária e situações de iminente risco à sociedade.

Os temporários só poderão ser novamente admitidos 24 meses depois do fim do contrato, exceto quando a contratação decorrer de processo seletivo simplificado de provas ou de títulos, como nas universidades federais e nos institutos de pesquisa. Pessoas com mais de 75 anos e aposentados por incapacidade permanente não poderão ser contratadas.

No caso de contratação temporária para pesquisa e desenvolvimento, os contratos terão prazo de até quatro anos, podendo ser prorrogados por mais oito anos. A MP autoriza a contratação de profissionais para atividades que se tornarão obsoletas no curto ou médio prazo, nas quais o governo considere desvantajosa a realização de concursos. Um decreto regulamentará esse ponto.

A MP estabelece que o servidor aposentado contratado terá direito a auxílio transporte, auxílio alimentação e diárias. O contrato de trabalho terá metas de produtividade, com o pagamento de uma parcela fixa e outra vinculada ao desempenho. A remuneração – fixa e variável – não será incorporada à aposentadoria nem estará sujeita à contribuição previdenciária.

Edição: Lílian Beraldo

Taxistas reivindicam maior fiscalização de transporte por aplicativo em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata    02/03/2020 11h29
 
Táxis estacionados na Rua Maria Perpétua, no Bairro Ladeira. — Foto: Reprodução / TV Integração

Cerca de 80 taxistas paralisaram suas atividades na manhã desta segunda-feira (2) em Juiz de Fora para um protesto contra a falta de fiscalização do serviço de transporte por aplicativo na cidade.

Organizados em filas, estacionaram as dezenas de veículos ao longo da Rua Maria Perpétua, onde se localiza a sede da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), no Bairro Ladeira.

De acordo com o presidente da Associação de Taxistas de Juiz de Fora, Luiz Gonzaga Nunes, o ato foi uma forma de reivindicar maior fiscalização dos motoristas que executam o serviço no município.
Taxistas e fiscais da Settra reuniram-se na manhã desta segunda-feira (2) em Juiz de Fora — Foto: Settra/Divulgação

"Estamos pedindo para Settra fiscalizar pontos como a rodoviária, entrada de shoppings e outros locais que são de embarque e desembarque exclusivo dos taxistas. Vemos muitos motoristas de aplicativo entrando nestas áreas, que são de nossa prioridade de uso", afirmou Luiz.

Além de maior fiscalização, a categoria também pede pela regulamentação dos motoristas de aplicativo, projeto que tramita no Legislativo.

O encontro ocorreu por volta das 10h na sala do secretário de Transporte e Trânsito, Eduardo Fácio.

"A fiscalização já ocorre, mas há pontos em que ocorrem infrações de trânsito, cometidas por veículos particulares e de aplicativos. Ficou acordado que será intensificada essas ações nos locais em que os taxistas estão reivindicando, como é o caso da rodoviária", explicou Cledson Nogueira, supervisor de Vistoria e Fiscalização de Transporte.

Mulher é feita refém durante assalto na zona rural de Santos Dumont

Por G1 Zona da Mata  02/03/2020 09h00 Atualizado2020-03-02T12:08:31.675Z
Mulher de 58 anos foi feita refém em Santos Dumont — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Uma mulher de 58 anos foi feita refém durante um assalto que ocorreu na noite de sábado (29) na zona rural de Santos Dumont.

Segundo a Polícia Miltar (PM), a vítima foi colocada dentro do porta-malas de um carro.

De acordo com a PM, quatro indivíduos do sexo masculino, de idade não informada, foram apontados como suspeitos do crime, que ocorreu dentro de uma propriedade rural em local conhecido como Usina.

Os suspeitos estavam de posse de arma de fogo e renderam a mulher, que estava na propriedade. Eles levaram diversos objetos, como celulares e televisão, além de dois carros e uma motocicleta. Em um dos veículos, a vítima foi imobilizada e presa dentro do porta-malas.

A PM informou que os suspeitos seguiram em fuga pela BR-040 sentido Juiz de Fora. Os policiais foram acionados e localizaram o indivíduo que estava na motocicleta, porém o suspeito fugiu por um matagal e não foi apreendido.

Os outros dois carros deram sequência à fuga para Juiz de Fora, quando na entrada de Ewbank da Câmara foram abordados pela polícia. Um dos suspeitos foi detido e uma arma de fogo, apreendida.

Ainda durante a fuga, um outro carro foi interceptado por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quando o condutor perdeu o controle do veículo e chocou-se contra um barranco na rodovia. Ele abandonou o veículo, fugiu por um matagal e não foi localizado.

A PRF recebeu informações que o carro em que estaria a refém teria sido abandonado às margens da AMG-3085, estrada que dá acesso ao município de Goianá.

Ao chegarem à rodovia, os policiais militares localizaram o veículo, em que a mulher foi encontrada amarrada e amordaçada dentro do porta-malas.

A vítima foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, em Juiz de Fora, onde foi medicada e depois ficou internada em observação.

O suspeito detido foi levado para a Delegacia de Polícia Civil na cidade, onde foi identificado como um jovem de 21 anos natural de Belo Horizonte. Os outros três ainda não foram localizados.

Estrada que liga Lima Duarte a Ibitipoca segue interditada após fortes chuvas no fim de semana

Por G1 Zona da Mata e MG1  02/03/2020 12h45 
Lima Duarte após as chuvas do fim de semana — Foto: Ronaldo Nunes/Arquivo pessoal

A estrada que dá acesso a cidade de Lima Duarte até o Distrito de Conceição do Ibitipoca, a LMG-871, permanece interditada nesta segunda-feira (2) após a queda de fortes chuvas sobre a região no fim de semana.


Apesar de a estrada ser estadual, a Defesa Civil do município informou que realiza trabalhos de limpeza da rodovia para liberar o acesso até Ibitipoca.

A Associação de Moradores e Amigos de Ibitipoca criou uma "vaquinha" para arrecadar dinheiro e pagar os custos com o óleo diesel utilizado nas máquinas para liberação da estrada.

A previsão é que o trecho da LMG-871 seja reaberto na terça-feira (3).

Máquinas de fazenda ajudam a retirar terra da rodovia LMG-871 — Foto: Redes Sociais

O G1 entrou em contato com o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) para saber mais sobre a situação e, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.

Estragos após enchente
De acordo com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DEMAE), o abastecimento da cidade segue comprometido após o manancial principal do município ter recebido um grande volume de água e os canais de escoamento ficarem entupidos.

A Defesa Civil informou que o Rio do Peixe, que corta a cidade, chegou a subir sete metros durante o maior pico de precipitação e transbordou em diversos bairros.

O transporte escolar para zona rural está suspenso para as comunidades de Monte Verde, Laranjeiras, Cachoeira, São José dos Lopes, São Domingos e Ibitipoca.

Equipes da Defesa Civil contabilizam o número de desalojados na manhã desta segunda-feira. No domingo (1), sete famílias tiveram que deixar as residências e seguirem para casas de familiares após interdição do Corpo de Bombeiros.

Nesta segunda, a Prefeitura disponibilizou um caminhão-pipa para axilar na limpeza das casas que foram atingidas pela lama.

Os bairros mais afetados foram Cruzeiro, Beira Rio, Poço da Pedra e Centro.

Percentual de famílias com dívidas cai em fevereiro

Publicado em 02/03/2020 - 12:19 Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Angra dos Reis (Rio de Janeiro)

O percentual de famílias que em fevereiro de 2020 relataram ter dívidas atingiu 65,1%. O nível representa queda na comparação com os 65,3% registrados em janeiro, e maior do que os 65,6% de dezembro de 2019.

As dívidas ser referem a cheques pré-datados, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Já em relação a fevereiro do ano passado, o patamar significa alta,uma vez que o indicador chegou a 61,5% do total de famílias.

Os dados estão na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

De acordo com a CNC, a inadimplência (dívidas ou contas em atraso) atingiu 24,1%, enquanto no mês anterior tinha ficado em 23,8%. Houve alta, se comparado a fevereiro de 2019. Naquele momento, somava 23,1%.

Quanto às famílias que permaneceriam sem condições de pagar as contas ou as dívidas em atraso, o percentual subiu na comparação mensal, saindo de 9,6% em janeiro para 9,7% do total em fevereiro. Em fevereiro de 2019, o indicador tinha atingido 9,2%.

Tendência
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a tendência apontada no endividamento geral das famílias indica perspectiva de aquecimento do consumo. Na visão dele, o aumento de alguns indicadores não deve ser visto, necessariamente, como negativo. Segundo Tadros, mesmo que tenha diminuído o ritmo nos últimos dois meses, tem relação com resultados combinados.

“O endividamento em alta está associado a condições mais favoráveis no mercado de crédito ao consumidor, impulsionado por fatores como a melhora recente do mercado de trabalho e a redução significativa das taxas de juros, o que permite a queda do custo do crédito”, observou.

As reduções mais significativas no número de famílias endividadas foram entre as que ganham até dez salários mínimos. Nesse grupo, o percentual de endividamento recuou para 66,0% em fevereiro de 2020, enquanto em janeiro era de 66,4%. Nas famílias com renda acima de dez salários mínimos, o patamar teve alta de 60,9% em janeiro para 61,1% no mês seguinte.

Inadimplência
A economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, destacou que, embora o endividamento seja menor, a inadimplência se acentuou em fevereiro, sendo maior a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso e também entre as que relatam não ter condições de pagar essas dívidas.

Segundo a economista, a capacidade de pagamento é influenciada pela sazonalidade verificada no primeiro trimestre, com gastos adicionais. “Impostos e taxas, matrícula e material escolar, além de reajustes de tarifas e serviços, o que implica um número maior de famílias que podem encontrar dificuldades para pagar as contas em dia nesse período”, disse.

A pesquisa indicou ainda que, mais uma vez, o cartão de crédito foi apresentado como o principal tipo de dívida de 78,6% das famílias endividadas. Outras dívidas foram relativas a carnês (15,9%) e ao financiamento de veículos (10,7%).

O mesmo ocorre com as famílias com renda de até dez salários mínimos. No grupo, 79,1% das famílias relataram problemas com o cartão de crédito, com os carnês foram 16,6% e com o financiamento de carros 8,9%.

Nas famílias com renda superior a dez salários mínimos, a primeira posição permanece com o cartão de crédito (76,9%), depois ficou o financiamento de veículos (19,1%) e em terceiro o financiamento de casa (16,9%).

Edição: Maria Claudia
Agenciabrasil.ebc.com.br/node/1300560

Vaticano abre arquivos sobre a II Guerra Mundial

Publicado em 02/03/2020 - 09:20 Por RTP (emissora pública de televisão de Portugal) - -
Os arquivos do Vaticano, que conservam a documentação do Papa Pio XII (1939-1958), vão ser hoje tornados públicos, permitindo que se esclareça o silêncio do líder da igreja católica contra o nazismo.

O Vaticano confirmou há duas semanas a abertura dos arquivos reforçando a ideia de que a consulta da documentação venha a esclarecer o silêncio do Papa Pio XII acusado durante as últimas décadas de não ter levantado a voz contra o nazismo durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

"A Igreja não tem medo da História. Pelo contrário", disse o Papa Francisco no dia 04 de março de 2019 quando anunciou a abertura da documentação relativa ao pontificado de Eugenio Pacelli (Papa Pio XII) que se prolongou entre 1939 e 1958.

Oitenta e cinco investigadores estão já inscritos para poderem pesquisar 16 milhões de documentos pertencentes ao "arquivo secreto", mas também de diferentes instituições do Estado do Vaticano que foram organizados nos últimos 14 anos.

Entre os investigadores estão historiadores do Museu do Holocausto (Washington) assim como de Israel, Alemanha, Itália, França, Rússia, Espanha e de vários países da América do Sul.

A decisão de abrir os arquivos tem sido comentada por historiadores e organizações judias que teorizam sobre um Papa acusado de se ter calado perante o fascismo e o nazismo, notando inclusivamente que a poucos metros da cidade do Vaticano, no dia 16 de outubro de 1943, soldados nazistas capturavam 1.022 judeus, entre os quais 200 crianças e adolescentes, que poucos dias depois foram enviados para o complexo de extermínio de Auschwitz instalado na Polônia.

Destes 1.022 judeus capturados perto da cidade do Vaticano sobrevieram 17 pessoas.

Até ao momento, o Vaticano apenas liberou, em 2004, abrir consulta a "Inter Arma Caritas", o gabinete de informação sobre os prisioneiros de guerra instituído por Pio XII e que recolheu entre 1939 e 1947 fichas de 2,1 milhões de prisioneiros de guerra.

Em 1965, o Vaticano publicou documentação que acabou por ser coligida em 12 volumes -- "Atos e documentos da Santa Sé relativos à II Guerra Mundial" -- que continha material de arquivo sobre o pontificado de Pio XII.

Luis Manuel Cuña Ramos, um dos membros da equipe dos arquivos do Vaticano, disse que já veio dizer que "desta documentação vai sair muito engrandecida a figura de Pio XII".

"Vamos deixar-nos de ideologias e de preconceitos e vamos à História. Este é o momento para os historiadores tirarem conclusões", acrescentou.

No final do ano passado, o Papa Francisco alterou formalmente o nome - Arquivo Secreto do Vaticano, por - Arquivo Apostólico do Vaticano.