sexta-feira, 1 de março de 2019

Mesmo tardia, legislação de proteção à mulher no Brasil é avançada.Especialista vê falhas em prevenção à violência por parte do Estado

Publicado em 01/03/2019 - 11:09

Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil Brasília

Com um texto bem elaborado, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) permitiu que vários tipos de violência contra a mulher fossem denunciados, embora tenha vindo tardiamente, se comparada à legislação instituída em outros países, segundo a pesquisadora Wânia Pasinato. Uma das principais estudiosas do assunto, a socióloga afirmou que o atraso na publicação da lei foi uma espécie de trunfo para o Brasil.

"A Lei Maria da Penha demora, mas vem com uma vantagem: se inspirou no que há de melhor nas outras leis. Traz uma legislação que não é só do âmbito penal, mas que tem também um conjunto de diretrizes para orientar a política pública, que é a Política Nacional para Enfrentamento à Violência contra as Mulheres”, explica.

A Finlândia, por exemplo, desenvolve políticas de prevenção da violência contra a mulher desde 1998. Levantamento do país revelou que mais da metade (53%) das mulheres do país nórdico já foi vítima de violência física a partir dos 15 anos de idade. País onde o índice chega a um quinto (20%) das mulheres, a Áustria instituiu uma lei voltada a proteger as vítimas de violência doméstica em 1997.

Assessora técnica da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Wânia lembra que conceber melhoramentos às leis de proteção aos direitos das mulheres levou tempo no Brasil.

"As leis eram muito voltadas à proteção da família, não se tinha um olhar muito cuidadoso para a situação das mulheres, das meninas. Isso começa a mudar a partir dos anos 2000. Revisa-se a legislação e, com isso, passa-se a mostrar que a desigualdade é a causa estruturante dessa violência. Era preciso abranger também a situação das mulheres no ambiente doméstico e familiar", afirmou.

Falhas
Protesto no Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher - Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil

Para a socióloga, as ações do Estado têm falhado, no que tange à prevenção da violência. "A gente aprova lei, muda discurso, mas a gente não consegue fazer com que estados e suas instituições se comprometam. Não consegue criar estruturas novas, fazer com que as instituições mudem seus padrões de comportamento e trabalhem em conjunto com a Justiça, em vez de fazer com que ela [a Justiça] aja sozinha, como se fosse a única entidade capaz de responder ao problema da violência", disse.

A pesquisadora Ana Paula Portella, especialista há duas décadas na área de gênero, diz que se impressiona, até hoje, com a longevidade do ciclo de violência contra as mulheres.

"Sempre me impressiono muito com a durabilidade desse ciclo e como, de fato, prende as mulheres. Fica em torno de um conjunto de valores. Quando ele [o companheiro] a agride, dizem que ela não tem motivo para reclamar, que aquilo é o preço que tem que pagar para ter uma família, cuidar dos filhos, ter um marido provedor."

Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Instituto Datafolha mostrou que a violência perpetrada por um parceiro íntimo ainda persiste em todo o país.

De acordo com o estudo Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil, cônjuges cometeram 23,9% das agressões e ex-cônjuges, 15,2%. Também figuram como autores irmãos da vítima (4,9%), amigos (6,3%) e pais (7,2%).

A vida de quem fica
"Até um tempo atrás, eu falava que o feminismo não me representava. Depois de algumas situações pelas quais eu mesma passei, comecei a abrir meus olhos para isso." A afirmação é da contadora Bruna Spitzner, prima de Tatiane Spitzner, que foi encontrada morta no dia 22 de julho de 2018.

As suspeitas são de que o marido de Tatiane, o biólogo Luís Felipe Manvailer, a arremessou do 4º andar do prédio onde o casal morava, em Guarapuava, interior do estado. Os indícios são de que ele a arrastou, já sem vida, para dentro do apartamento, tendo fugido em seguida, pela BR-277, onde foi preso por policiais, após adormecer ao volante e perder o controle do carro que dirigia.

Em entrevista realizada no dia em que a ocorrência completava sete meses, Bruna contou, por telefone, como o fato a afetou. "Acho que ninguém precisa passar por isso. Foram registrados muitos casos [de violência contra mulheres]. Precisamos dar muito mais atenção a isso, fazer muito mais alarde. A gente tem que se ajudar, estender a mão uma para a outra. Quando vê uma mulher passando aperto na festa, na rua, tentar perder o medo de se meter, porque geralmente as pessoas não se metem, se calam, fecham os olhos."

Segundo a contadora, as reflexões sobre a violência contra mulher surgiram quando ela mesma se viu em uma situação de abuso. "Percebi que era abuso quando consegui sair do relacionamento, percebi que era inferiorizada. Tive depressão pós-parto e, com a ajuda da terapeuta, consegui ver que eu estava num relacionamento abusivo. É muito importante isso, porque, às vezes, a gente não enxerga", disse a contadora.

As redes sociais, mencionou Bruna, acabaram se tornando um canal para que vítimas compartilhassem com ela suas experiências.

"As pessoas sentem um carinho e vêm comentar, conversar, relatar as coisas por que passaram. Não foi uma nem foram duas mulheres, foram dezenas que disseram que tentaram fazer a denúncia, registrar a ocorrência, que dizem que chegam à delegacia e os policiais falam: 'Você tem certeza? Foi só um empurrão. Você quer acabar com a vida dele [do agressor]?'. As mulheres estão muito desacreditadas. Faltam profissionais que acolham. Eu penso que a pessoa já passou por um trauma horrível, muitas vezes, por ameaças, e quando chega para denunciar, tiram a vontade, falam que não vai adiantar, que o processo vai ficar parado", afirmou.

Auto-estima
Protesto no Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher - Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil

Para a cientista social Anelise Gregis Estivalet, o amor-próprio é o elemento capaz de preservar a mulher de agressões que vão do plano físico àquelas mais sutis, como restrições no direito de ir e vir. "Se você tem meninas sabendo diferenciar uma conduta normal de uma que agride é um grande passo. Parte disso é a mulher entender que o mais importante é ela amar a si mesma e que ela tem importância", ponderou a professora.

Segundo Anelise, todo agressor trata a mulher como objeto. "Feminicídio é quando você não vê a mulher enquanto pessoa, e sim como objeto. Uma coisa que pode ser objeto de satisfação, de ciúme e de relação de poder. Muitas mulheres imaginam que, se forem propriedade de alguém, elas vão ser protegidas, e é exatamente o contrário, porque aí dão o direito de que façam com ela o que quiserem”, argumentou.

De acordo com Ana Paula Portella, diferentemente das mulheres que vivem nas cidades, as vítimas da zona rural residem em lugares quase inabitados, o que dificulta a detecção do ciclo de violência por parte de amigos, familiares e pessoas do seu círculo social. Algumas delas, ressaltou, não chegam a ser mortas pelo companheiro, mas ficam mais suscetíveis a crimes como estupro marital.

"Elas podem viver o casamento inteiro com agressões físicas, sexuais, sem que necessariamente leve à morte, mas tem menos possibilidade de sair da situação. Na área urbana, a mulher pode viver o mesmo tipo de abuso, mas tem mais ferramentas, como delegacia, vigilância de amigos, família e colegas de trabalho que podem detectar sinais para que procure ajuda."
Relacionamento tóxico
Grafites temáticos lembram o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher - Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil

A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, na última quinta-feira (21), uma lista com cinco recomendações para se adotar na luta contra a desigualdade de gênero.

Entre as maneiras de romper com ciclos de violência, a organização cita a mudança de linguagens que favoreçam a perpetuação de esterótipos de gênero e o compartilhamento do cuidado com a casa.

De acordo com dados do 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2017, 4.539 mulheres foram assassinadas, taxa que representou um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. Do total de ocorrências, 1.133 foram classificadas como feminicídios.

Ainda foram computados naquele ano 60.018 estupros, crime que apresentou aumento de 8,4% em relação a 2016. Ao todo, houve 221.238 casos de lesão corporal dolosa enquadrados na Lei Maria da Penha, uma média de 606 casos por dia.

Saiba mais

Edição: Luiza Damé e Lílian Beraldo
http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-03/mesmo-tardia-legislacao-de-protecao-mulher-no-brasil-e-avancada

Veja como fica o funcionamento da PJF no Carnaval

JUIZ DE FORA - 28/2/2019 - 17:02

Devido aos dias de Carnaval, de sábado, 2, a quarta-feira, 6, alguns serviços da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) serão alterados. Confira como ficará o funcionamento dos órgãos municipais.

Museu “Mariano Procópio” - O Parque do Museu funcionará normalmente de terça a domingo, das 8 às 18 horas. Já o prédio do museu, volta a as atividades no dia 7 de março.

Parque da Lajinha - Funcionará normalmente, das 8 às 17 horas.

Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa) – Fecharão, de sábado, 29, a quarta-feira, 6, a sede da Funalfa, as Bibliotecas “Municipal Murilo Mendes” e “Delfina Fonseca Lima”, o Centro Cultural Dnar Rocha, o Teatro “Paschoal Carlos Magno”, o Museu Ferroviário e o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM). O Centro de Esportes Unificado (Praça CEU) funcionará no sábado das 11 às 20 horas; no domingo, das 10 às 19 horas; e de segunda à quarta, das 11 às 20 horas.

Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) – Funcionará em esquema de plantão de sábado, 2, à terça-feira, 5, atendendo pelo telefone 115, e retoma o expediente normalmente na quarta-feira, 6. Defesa Civil - Funcionará todos os dias, em esquema de plantão, atendendo pelo telefone 199.

Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) - Na terça-feira de carnaval, 5, não haverá coletas domiciliar e seletiva de lixo. Nos demais dias, o Demlurb fará a coleta normalmente, seguindo a programação de cada região.

Mercado Municipal – Funcionará normalmente durante o Carnaval.

Feiras livres – Funcionarão normalmente durante o Carnaval.

Restaurante Popular – Ficará fechado na segunda e terça-feira, reabrindo na quarta-feira, 6.

Guarda Municipal (GM) - Atuará no Parque da Lajinha, Hospital “Doutor Mozart Geraldo Teixeira” e na Supervisão de Serviço 24 horas, que atende pelo 153. A GM também atuará em apoio à fiscalização de posturas durante os desfiles de blocos carnavalescos.

Saúde - as unidades de Urgência e Emergência funcionarão em regime de plantão. Haverá expediente normal nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos bairros São Pedro, Santa Luzia e Benfica, e de Urgência e Emergência (Regional Leste); no Pronto Atendimento Infantil (PAI); no Serviço de Atendimento Móvel de Saúde (Samu); e no Hospital “Dr. Mozart Geraldo Teixeira”. As unidades básicas de saúde (UBSs), Farmácia Central e os departamentos da Criança e do Adolescente, Idoso e Mulher retomam as atividades na quinta-feira, 7.

Assistência Social - Os serviços de população de rua, abordagem social (das 7 às 19 horas) e casas de acolhimento funcionarão normalmente. Os centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Especializado de Assistência Social (Creas) não funcionarão. Já os conselhos tutelares estarão em esquema de plantão, pelos telefones: Sul/Oeste – 99939-9073; Centro/Norte – 99939-8073; Leste – 99939-9373.

* Informações com a Secretaria de Comunicação Social pelo telefone 3690-8552.
Portal PJF

Folia de JF ainda tem 15 atrações até terça-feira

JUIZ DE FORA - 28/2/2019 - 16:41
Foto: Gil Velloso

Mais 15 eventos da Folia de Momo acontecem em Juiz de Fora até a próxima semana. Aberta no dia 16 de janeiro, a programação oficial só termina na terça-feira, 5, e tem atrações para todos os gostos.

Nesta sexta-feira, 1º de março, desfilam dois dos mais tradicionais blocos da cidade. O Pintinho de Ouro se concentra no Parque Halfeld, às 16 horas. Às 19 horas, o bloco desce o calçadão da Halfeld e atravessa a Avenida Getúlio Vargas, indo até a Praça da Estação, cantando o tema “Branca de Neve e os 99 pintinhos”. Ney Gerald é o intérprete da agremiação, que terá alegoria e bateria própria.

Ainda na sexta-feira, o Bloco do Beco, criado pelo compositor juiz-forano Mamão, terá concentração também no Parque Halfeld, às 18h30. Ao som da banda Samba do Beco, o desfile começa às 19h30, descendo a Rua Halfeld e dispersando entre a Rua Batista de Oliveira e a Avenida Getúlio Vargas. Este ano, o Beco faz uma homenagem aos “homens iluminados de Juiz de Fora”, como o ex-presidente Itamar Franco, que estampa o abadá.

No sábado, 2, aos 47 anos, a Banda Daki, patrimônio imaterial da cidade, faz seu tradicional desfile. Os foliões devem tomar as ruas, logo de manhã, para um carnaval de marchinhas e sambas-enredos. A concentração começa às 10 horas, na Avenida Rio Branco, na altura do Palácio da Saúde. O desfile é previsto para 13 horas e descerá a avenida, comandado por Zé Kodak, o General da Banda.

Também no sábado, o Bloco da Gabizoca reúne a criançada na Praça CEU (Avenida Juscelino Kubitschek, 5.899 – Benfica), a partir das 13 horas, com entrada franca. A Trupe da Gabizoca vai promover recreação infantil e concurso de fantasia, entre outras atrações. A animação ficará por conta da Bateria da Escola de Samba Rivais da Primavera, de Benfica.

A programação segue no domingo, 3, quando acontece o 10° Carnaval de Marchinhas, na Praça Alfredo Lage, no Manoel Honório, às 16 horas. Durante a primeira hora de evento, serão executadas músicas infantis. Em seguida, será a vez das marchinhas, MPB, axé e sertanejo.

Confira a programação completa em anexo.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044.

Portal PJF

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Antônio Carlos Gomes: Abertura da ópera "O Guarani"


Maestrocastro Produções Artísticas
Publicado em 17 de jan de 2015
Antônio Carlos Gomes: Abertura da ópera "O Guarani" Orquestra Sinfônica de Carabobo Ricardo Sousa-Castro, Regente convidado Teatro Dr. Alfredo Celis Pérez, Valencia, Venezuela, 2013

Acordo sobre 13º da segurança pública deve ser concluído

PUBLICADO EM 28/02/19 - 03h00

ANA LUIZA FARIA

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), José Maria de Paula, afirmou nesta quarta-feira, 27, que a categoria deve aceitar a proposta feita pelo governo do Estado, de pagar 80% do 13º salário até maio e o restante em junho desse ano. “Vamos nos reunir ainda nesta semana, mas acredito que vamos fechar o acordo sobre o pagamento do benefício”, afirmou o líder sindical. 

A proposta foi apresentada na última sexta-feira pelo governador Romeu Zema (Novo), em um reunião com nove deputados estaduais e federais. O encontro ocorreu simultaneamente a uma manifestação dos servidores da segurança pública, que cobravam, além do pagamento integral e imediato da bonificação natalina, o pagamento do salário sem escalonamento e no quinto dia útil, recomposição salarial e melhoria nos institutos previdenciários do Estado, como o Ipsemg.

Para o deputado federal Subtenente Gonzaga (PSD-MG), que participou da negociação com o governo, apesar do indicativo da aceitação da proposta, os servidores da categoria vão permanecer lutando pelos outros itens reivindicados, mas que não foram abordados pelo governo até o momento. 

Ao contrário das críticas em relação a uma suposta falta de cobrança da categoria ao governo de Fernando Pimentel (PT), o parlamentar enumerou manifestações feitas pela segurança pública durante a gestão petista. “Começamos os atos em janeiro de 2016, fechamos a MG-10, a praça Sete e a praça da Liberdade. Essa não é uma ação contra Romeu Zema”, contou. 

Ele afirmou ainda que o governador do Partido Novo, ao contrário de Pimentel, mantém o diálogo com os representantes da categoria. “O Pimentel nunca nos recebeu”, disparou.

https://www.otempo.com.br/capa/política/acordo-sobre-13º-da-segurança-pública-deve-ser-concluído

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Suspeito de aplicar golpes em loja online é preso pela PM em Juiz de Fora

Por MG1

26/02/2019 12h35 
Equipamentos eletrônico e anabolizantes apreendidos durante buscas em casa de suspeito de aplicar golpe — Foto: Polícia Militar/Divulgação

A Polícia Militar (PM) prendeu na noite de segunda-feira (25) uma pessoa do sexo masculino suspeita de aplicar golpes. O registro foi no Bairro Novo Horizonte, em Juiz de Fora.

A operação policial foi desencadeada após os responsáveis por uma loja de produtos online acionarem os militares por desconfiarem que alguém realizava compras com grande frequência e com cartões de crédito de pessoas de estados diferentes. As compras eram sempre entregues no endereço do criminosos, que ainda conseguia ter vários cupons de desconto em uma mesma compra, pagando um valor muito inferior ao de mercado.

Segundo informações do tenente Webert Marques, no momento da prisão houve o flagrante de entrega de seis Iphones na residência do autor. "Quando fomos fazer a abordagem, vimos que o indivíduo ia receber a mercadoria em nome de outras pessoas. Durante a checagem constatamos que existiam outros produtos de compras anteriores que foram feitas por meio de fraude", comentou.

Ainda de acordo com a PM, o criminoso era conhecido no meio policial pelo golpes frequentes. Após buscas no imóvel em que ele residia foram localizados e apreendidos equipamentos, sendo três notebooks (um comprado por meio de fraude comprovada), três cartões de crédito e sete Iphones.

Além desses materiais, os militares também encontraram três ampolas de anabolizante - de venda proibida, e dez seringas.

O detido e os materiais foram levados para a delegacia.

Quase cinco anos após o previsto, Jardim Botânico deve ser inaugurado em março em Juiz de Fora

Por Caroline Delgado, G1 Zona da Mata

26/02/2019 18h39
 
Bromeliário no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) — Foto: Assessoria/Divulgação

Depois de ter a data alterada por duas vezes, no primeiro semestre de 2014 e em março do ano passado, o Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) deve ser inaugurado no dia 22 de março. A data foi confirmada pela instituição. O objetivo do local é incentivar pesquisas e visitação com foco em educação ambiental.

A reportagem do G1 entrou em contato com a universidade que não informou o motivo do adiamento da abertura do local desde de 2014. Em nota, a assessoria respondeu que "todas as informações que a UFJF tem, no momento, sobre o assunto foram prestadas".

No momento, o Jardim Botânico está recebendo apenas uma escola como visita piloto, para testar à dinâmica e as potencialidades dos roteiros de visitação. Os encontros escolares deverão ser agendados via site. Já as espontâneas estão condicionadas à capacidade de suporte que é de 100 pessoas.

Reunião
Na última semana, foi realizada uma reunião entre representantes da universidade e moradores do Bairro Alto Eldorado, local onde fica localizado o Jardim Botânico, para apresentar fisicamente a nova direção. De acordo com a assessoria da UFJF, o objetivo foi abrir um diálogo mais franco e direto com a comunidade.

Os representantes da instituição falaram também sobre concepções, objetivos, desafios e um breve histórico das ações que permitiram a abertura do local. No decorrer do encontro, também foram abordadas outras questões da estação de reenvio, como uma denúncia recebida pela UFJF sobre o acúmulo de água no local. A situação já foi resolvida.
Casa sustentável no Jardim Botânico em Juiz de Fora — Foto: Assessoria/Divulgação

Os moradores também questionaram sobre o impacto social da estação e, de acordo com a UFJF, não há uma solução imediata. Eles também garantiram à população que estão abertos para tentar construir uma solução para a situação.

Jardim Botânico
Construído em um terreno de 845 mil m² de Mata Atlântica, na Mata do Krambeck, o espaço irá agregar pesquisa, lazer e impulsionará projetos da universidade, além de fortalecer a integração com a comunidade.

De acordo com o projeto do Jardim Botânico, o local deve contar com laboratórios, viveiros de mudas, orquidário, bromeliário, casa ecológica, restaurante, recepção, auditório e de uma “cidade de formigas”.

A reportagem do G1 também questionou a UFJF sobre as obras prontas e paradas do projeto, a universidade também não se pronunciou sobre o assunto.

https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Tempestade em Juiz de Fora deixa quase toda cidade sem energia elétrica

Por G1 Zona da Mata e MGTV

25/02/2019 19h37

A forte chuva acompanhada de vento que atingiu Juiz de Fora na noite desta segunda-feira (25) deixa moradores de vários bairros e do Centro de cidade sem energia elétrica. Também há registros de alagamentos em diversas regiões.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou à produção do MGTV que houve uma falha na Subestação de Juiz de Fora, o que fez com que praticamente toda a cidade ficasse sem energia.

O número total de clientes afetados ainda não foi informado, bem como a previsão de restabelecimento no fornecimento da energia.


Nas redes sociais, moradores dos bairros Bandeirantes, Industrial, Santa Efigênia, Ipiranga, Poço Rico, Santa Helena, Borboleta, Bom Pastor, Santa Terezinha, Alto dos Passos, Milho Branco, Manoel Honório, entre outros relataram a falta de energia.

https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Programa para receber declaração do IR estará disponível segunda-feira

Publicado em 22/02/2019 - 14:39

Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil Brasília

O programa para preenchimento da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) estará disponível a partir das 8h de segunda-feira (25), no site da Receita Federal. A declaração deve ser entregue entre as 8h do dia 7 de março e as 23h59 de 30 de abril deste ano, pela Internet.

Contribuinte deverá entregar declaração de 7 de março a 30 de abril - Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

Também a partir de segunda-feira, os contribuintes poderão preencher a declaração por meio de tablets e smartphones, acessando o aplicativo Meu Imposto de Renda. O serviço estará ainda disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC), na página da Receita Federal, com uso de certificado digital.

O serviço Meu Imposto de Renda não pode ser usado em tablets ou smartphones para quem tenha recebido rendimentos superiores a R$ 5 milhões.

A Receita espera receber neste ano 30,5 milhões de declarações – no ano passado, foram entregues 29,27 milhões. Do total previsto para 2019, a expectativa é que entre 700 mil e 800 mil declarações sejam feitas por tablets e smartphones. Em 2018, 320 mil declarações foram feitas por meio de dispositivos móveis.

Uma novidade é que, neste ano, o processamento da declaração será mais rápido, e o contribuinte poderá ter acesso ao status do processamento na noite em que fizer a declaração, ou no dia seguinte. Assim, já será possível verificar pendências.

Entretanto, o supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, alertou que o contribuinte deve esperar “um pouco” para verificar se existe alguma inconsistência, porque podem ocorrer casos em que a empresa empregadora ou o plano de saúde atrase o envio de dados. “O que libera a declaração são os cruzamentos de dados. Espere um pouco mais”, disse Adir, dirigindo-se ao contribuinte.

Obrigatoriedade
Está obrigada a apresentar a declaração a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2018 tenha recebido rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70 ou tenha recebido rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil.

Deve declarar ainda quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto ou fez operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e, nessa condição, encontrava-se em 31 de dezembro ou quem optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.

No caso da atividade rural, deve declarar quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 ou pretenda compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2018. Também deve declarar quem teve em teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil.

CPF de dependentes
Neste ano, é obrigatório o preenchimento do número do CPF de dependentes e alimentados residentes no país. A Receita vinha incluindo essa informação gradualmente na declaração. No ano passado, era obrigatório informar CPF para dependentes a partir de 8 anos.

Desconto simplificado
A pessoa física pode optar pelo desconto simplificado, correspondente à dedução de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, limitado a R$ 16.754,34.

Deduções
O limite de dedução por contribuição patronal ficou em R$ 1.200,32, devido ao reajuste do salário mínimo. No ano passado, o limite era R$ 1.171,84. A dedução por dependente é de no máximo R$ 2.075,08 e, para instrução, de R$ 3.561,50.

Os contribuintes também podem deduzir valores gastos com saúde, sem limites, como internação, exames, consultas, aparelhos e próteses, e planos de saúde. Nesse caso é preciso ter recibos, notas fiscais e declaração do plano de saúde e informar CPF ou CNPJ de quem recebeu os pagamentos.

As chamadas doações incentivadas têm o limite de 6% do Imposto de Renda devido. As doações podem ser feitas, por exemplo, aos fundos municipais, estaduais, distrital e nacional da criança e do adolescente, que se enquadram no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo a Receita, neste ano o formulário sobre as doações ao ECA vai ficar mais visível.

Aqueles que contribuem para um plano de previdência complementar – Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) - podem deduzir até o limite de 12% da renda tributável.

Multa
Quem não entregar a declaração está sujeito à multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o total do Imposto Devido nela apurado, ainda que integralmente pago.

A multa terá valor mínimo de R$ 165,74 e valor máximo correspondente a 20% do Imposto sobre a Renda devido. A multa mínima será aplicada inclusive no caso de declaração de Ajuste Anual da qual não resulte imposto devido.

Restituições
Segundo a Receita, as restituições do Imposto de Renda serão feitas em sete lotes a partir de junho deste ano: o primeiro lote sairá no dia 17 de junho; o segundo, no dia 15 de julho; o terceiro, no dia 15 de agosto; o quarto, no dia 16 de setembro; o quinto, no dia 15 de outubro; o sexto, no dia 18 de novembro; e o sétimo, no dia 16 de dezembro.

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Militar brasileiro assumirá subcomando do Exército Sul dos EUA

Publicado em 22/02/2019 - 13:59

Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Brasília

Pela primeira vez, um oficial do Exército brasileiro assumirá, em breve, um posto no Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos. A convite das autoridades militares norte-americanas, o Exército brasileiro designou o general Alcides Valeriano de Faria Júnior para ocupar o subcomando de interoperabilidade do Exército Sul dos EUA. Subordinado ao Comando Sul, o general de 52 anos de idade estará encarregado pela área de assistência humanitária e alívio de desastres do Exército Sul norte-americano.

General Alcides Valeriano de Faria Junior - Divulgação Comando Militar do Leste

As negociações começaram em 2017. A indicação foi anunciada pelo chefe do Comando Sul, almirante Craig Faller, durante pronunciamento no Senado norte-americano, no último dia 9. "[Os Estados Unidos estão] trabalhando com [países] aliados e parceiros para desenvolver o conceito de uma força-tarefa multinacional capaz de agir em diferentes escalas, dentro das estruturas de cooperação de segurança já existentes, para melhorar a capacidade coletiva de responder rapidamente às crises.”

De acordo com o comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, o oficial brasileiro trabalhará junto ao comando e estará subordinado às autoridades norte-americanas. A data em que Alcides Valeriano deixará o comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada para assumir o novo posto ainda não está definida. O general brasileiro substituirá um oficial chileno no Subcomando de Interoperabilidade.

Atribuições
“A missão do general Alcides será atuar como ligação entre o Brasil e o Comando Sul. Ele será um assessor do comando e estará subordinado às autoridades norte-americanas, da mesma forma como um oficial de outro país que participasse de um comando conjunto no Brasil ficaria subordinado as nossas Forças Armadas”, disse Pujol.

Segundo o Exército, entre as atribuições do general Alcides Valeriano estará apoiar os esforços do Exército do Sul e do Comando Sul “no sentido de desenvolver uma visão multinacional para responder a necessidades de assistência humanitária e facilitar o desenvolvimento e o aprimoramento dos esforços para melhorar a interoperabilidade entre os Estados Unidos e as nações amigas, em apoio à missão e às linhas de esforços do Exército Sul dos Estados Unidos”.

Na prática, Alcides Valeriano vai monitorar e liderar as seções envolvidas em exercícios de treinamento e operações de assistência humanitária e alívio de desastres, além de encorajar as nações parceiras a colaborar na realização de pesquisas.

Para o comandante do Exército brasileiro, o fato de um brasileiro assumir um posto-chave no Comando Sul das Forças Armadas é mais um reconhecimento da competência dos militares brasileiros. “É um reconhecimento do nosso valor, da nossa competência. E decorre, principalmente, das nossas participações em missões internacionais e nas conferências, seminários e intercâmbios em outros países.”

Perfil
O Comando Sul é formado por mais de 1,2 mil militares e civis do Exército, Marinha, Força Aérea, Fuzileiros Navais e Guarda Costeira norte-americana, além de agentes de várias outras agências federais dos Estados Unidos e de outros países.

Encarregado de executar e zelar pela política de segurança externa dos Estados Unidos para a América Central, América do Sul e Caribe (com exceção às comunidades, territórios e possessões ultramarinos dos EUA), o Comando Sul também é responsável por garantir a defesa do Canal do Panamá.

Em nota, o Ministério da Defesa lembrou que as Forças Armadas brasileiras já atuam em cooperação com vários países, inclusive participando de exercícios militares internacionais. A pasta também destaca que a presença de um oficial brasileiro no Comando Sul demonstra o “valor da atuação das Forças Armadas brasileiras e da formação em operações combinadas". A pasta destaca que a participação brasileira fortalecerá a formação e o treinamento militares e contribuirá para elevação da capacidade "operativa e de interoperabilidade" brasileira.

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil