Paulo Guedes vai ser responsável pela economia do país
Foto: Daniel RAMALHO / AFP
Léo Simonini
28/10/18 - 19h22
Antes mesmo de confirmar a vitória no segundo turno das eleições, neste domingo, 28 de outubro, Jair Bolsonaro (PSL) já havia garantido alguns nomes para ocuparem os ministérios em Brasília, a partir de 2019. Como uma das plataformas de campanha foi a redução do número de ministérios de 29 para 15, mais da metade deles já são conhecidos, oficialmente e extra-oficialmente. Não há mulheres especuladas até aqui.
Economia
O nome mais conhecido e garantido na gestão Bolsonaro é do economista Paulo Guedes, apelidado de "Posto Ipiranga", em alusão ao comercial e pelo fato de o futuro responsável pela pasta da Fazenda e Planejamento ser o dono de todas as respostas relacionadas ao tema economia.
Casa Civil
Outro com cadeira cativa no governo é o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) que vai ocupar a Casa Civil. No cargo, ele também deve acumular a função de ponte com o Poder Legislativo, hoje sob a tutela da Secretaria de Governo.
Defesa
Um dos militares do novo governo será o general da reserva Augusto Heleno, que ocupará o Ministério da Defesa. Além do fato de ser militar, pesa a seu favor a forte ligação que tem com a família de Bolsonaro. Estes três foram anunciados por Bolsonaro dois dias depois da confirmação de que estava no segundo turno, durante entrevista coletiva.
"Ainda não temos nome para outros ministérios, até porque temos de esperar com prudência o dia 28 de outubro, onde podemos ter a certeza de anunciar nomes", afirmou na ocasião.
Infraestrutura
Porém, de lá para cá, outros nomes ganharam o noticiário. Outro militar é o general quatro estrelas da reserva Osvaldo Ferreira. Participativo na elaboração do Plano de Governo com propostas acatadas para a infraestrutura, ele seria o responsável pelo Ministério dos Transportes.
Ciência e Tecnologia
Para Ciência e Tecnologia, o nome mais cotado é de Marcos Montes, o astronauta brasileiro. Ele chegou a ser cotado para ser o vice na chapa do presidente, mas concorreu por São Paulo ao Senado como segundo suplente do major Olímpio, que venceu a eleição.
Saúde
Na Saúde, o nome que desponta é o de Henrique Prata, presidente do hospital do Câncer de Barretos (SP). Amigo pessoal de Bolsonaro, ele já recebeu o presidente na unidade algumas vezes. O presidente eleito também destinou verba, por meio de emendas, às instituição. Corre por fora para ocupar a pasta, o empresário e médico oncologista do Rio de Janeiro, Nelson Teich.
Agricultura e Meio Ambiente
O ruralista Nabhan Garcia é o nome forte para ocupar o Ministério da Agricultura, que abrigaria também o de Meio Ambiente. Ele é presidente da União Democrática Ruralista e também amigo pessoal de Bolsonaro.
Educação, Esporte e Cultura
Num eventual ministério, que pode abrigar Educação, Esporte e Cultura, a bola da vez pode ser Stravos Xanthopoylos, conhecido como o "Grego". Ele é diretor de relações internacionais da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e ex-membro da Fundação Getúlio Vargas.
Justiça
Para ocupar o Ministério da Justiça, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno é cotado, apesar de já ter afirmado que não aceitaria. Ele foi o responsável pela estratégia jurídica da campanha e é formado em Direito pela Puc-Rio. Caso ele realmente não aceite, outro nome forte é o de Antônio Pitombo, advogado do presidente em ações no Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso todos esses ministros sejam realmente efetivados, somente outros seis ainda não são conhecidos para ocuparem os 15 Ministérios da gestão de Jair Bolsonaro.
Veja os nomes e eventuais ministérios:
Fazenda e Planejamento: Paulo Guedes
Casa Civil: Onyx Lorenzoni
Defesa: general Augusto Heleno
Infraestrutura: general Osvaldo Ferreira
Ciência e Tecnologia: Marcos Montes
Saúde: Henrique Prata ou Nelson Teich
Agricultura e Meio Ambiente: Nabhan Garcia
Educação, Esporte e Cultura: Stravos Xanthopoylos
Justiça: Gustavo Bebianno ou Antônio Pitombo
Jornal OTempo