terça-feira, 4 de setembro de 2018

Cinco pessoas são presas por suspeita de fraude no concurso da Polícia Militar

As provas do concurso público foram aplicadas para 58.116 candidatos, que concorriam a 1.560 vagas

PUBLICADO EM 03/09/18 - 16h16

GABRIEL MORAES*

Cinco pessoas foram presas na manhã desse domingo (2) em Montes Claros, no Norte de Minas, por tentarem fraudar o concurso da Polícia Militar (PM). O esquema foi descoberto após um candidato ser pego durante a prova utilizando um cartão magnético que transmitia áudio e um ponto eletrônico dentro do ouvido.

Após ser detido pela polícia, o suspeito, de 29 anos, indicou quem era a pessoa com quem ele havia adquirido o material e também seria o mentor do esquema. Os policias foram até a casa do homem de 38 anos e, após buscas no imóvel, foram encontrados equipamentos eletrônicos semelhantes aos do candidato, além de um aparelho celular e um circuito interno de TV.

Após a prisão do mentor, a PM conseguiu capturar os demais envolvidos, um homem de 24, um de 29 e um de 21 anos, que seria o chamado “piloto”, responsável por fazer a prova primeiro e repassar as respostas aos demais candidatos.

Segundo a PM, o suspeito de ser o “piloto” havia recebido R$ 2 mil para realizar a tarefa. Os equipamentos para a fraude eram repassados pelo valor de R$ 10 mil.

As provas do concurso público foram aplicadas para 58.116 candidatos, que concorriam a 1.560 vagas para o curso de formação de soldados.

Imbróglio. No dia 29 de agosto, o juizado de primeira instância havia determinado a suspensão do certame para a PMMG adequar o edital concurso, porque no dia 23 do mesmo mês a Justiça derrubou o item do concurso que obrigava o candidato a ter Ensino Superior completo.

*Sob supervisão de Heitor Mazzoco
Jornal OTempo

Adolescente "troca" sexo por celular com vizinho, que é preso em Juiz de Fora

PUBLICADO EM 04/09/18 - 06h37

FERNANDA VIEGAS

Após dar uma carona para uma adolescente de 14 anos, um homem de 49 anos foi preso, suspeito de estuprar a menina, em troca de um celular. O crime foi denunciado pela mãe da jovem, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, nessa segunda-feira (3).

A mulher relatou à Polícia Militar (PM) que a filha aceitou a carona do vizinho até a escola onde estuda, e que no caminho o motorista teria abusado sexualmente dela, alisando os seios e a vagina da vítima.

A adolescente confirmou o fato aos militares, acrescentando que, em data anterior, ela ganhou do suspeito um celular, ficando combinado com ele que eles fariam sexo.

Ela cumpriu o combinado e eles tiveram relações por várias vezes. Ainda, a menina contou que recebia mensagens do homem pelo WhatsApp, chamando-a de "meu amor" e também falas de cunho sexual.

Depois da denúncia, a PM fez rastreamento e encontrou o supeito, que negou ter se deitado com a garota, confirmando apenas ter dado uma carona para ela. Ele também alegou que deu o celular para ela como presente, por ter um bom relacionamento com os familiares da jovem.

O homem foi preso em flagrante delito.

Jornal OTempo

JF - Procon fiscaliza postos de combustíveis

JUIZ DE FORA - 3/9/2018 - 17:28

Diante das notícias divulgadas nas redes sociais e por aplicativos de mensagens instantâneas sobre possível greve dos caminhoneiros, a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informa que não há qualquer indício de paralisação, bem como de falta de combustíveis na cidade. 

As equipes de fiscalização do Procon percorreram nesta segunda-feira, 3, todos os postos da cidade, a fim de fiscalizar eventuais abusos de aumento de preços. Os consumidores poderão denunciar qualquer anormalidade encontrada através dos telefones 3690-7610 e 3690-7611, ou ainda comparecer ao Procon, para registro da ocorrência.

*Informações na Assessoria de Comunicação do Procon/JF pelo telefone 3690-8439.
Portal PJF

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Vacinação contra pólio e sarampo vai até sexta-feira, dia 14

JUIZ DE FORA - 3/9/2018 - 15:39

A procura nos postos de vacinação aumentou, mas continua abaixo do esperado, na última semana da Campanha Nacional de Vacinação contra Sarampo e Poliomielite. De acordo com balanço do Setor de Imunização do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (DVEA) da Secretaria de Saúde (SS), a cobertura vacinal chegou a 84% no sábado, 1º, quando 120 crianças foram imunizadas no PAM-Marechal, abaixo dos 95% preconizados para garantir uma cobertura segura. Portanto, os pais e responsáveis têm até sexta-feira, 14, para imunizar crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos.

O primeiro caso suspeito de sarampo registrado na cidade ilustra a importância da vacinação como medida de saúde coletiva, que tem como objetivo proteger não só aqueles que podem tomar a vacina, mas também aqueles que ainda não podem ser imunizados, como as crianças menores de 1 ano, e outros para os quais a vacina do sarampo é contraindicada, como pessoas imunodeprimidas, cujo sistema imunológico esteja enfraquecido ou apresente diagnóstico clínico ou laboratorial de imunodeficiências graves congênitas ou adquiridas, infectadas pelo HIV e com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e pessoas com alergia grave aos componentes da fórmula. Nestes últimos casos, a proteção está na conscientização do outro, que, estando imunizado, reduzirá o risco de que a doença chegue a eles.

As doses continuam disponíveis nas 63 unidades básicas de Saúde (UBSs), no PAM-Marechal e Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA).

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7123/7389.
Portal PJF

"Era a minha vida", diz biólogo que salvou parte de acervo do museu

Publicado em 03/09/2018 - 16:41

Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro

O material que o biólogo Paulo Buckup pesquisava há 22 anos no Museu Nacional estava resguardado em um prédio separado do palácio destruído pelas chamas na noite de ontem (2). Mesmo assim, o professor somou esforços aos mais de 30 servidores e voluntários que entraram no museu durante o incêndio para salvar alguma parte do acervo. Foram várias "viagens" para retirar o máximo possível, sob um teto que podia desabar a qualquer momento conforme o fogo avançava nos andares superiores.

"Eu pensei que eu podia morrer, mas [o museu] era a minha vida e a vida dos meus colegas. Aqui 'morreram as vidas' de muitos colegas. Vi funcionários aposentados que vieram aqui transtornados porque não só a vida de nossos ancestrais em pesquisa foi perdida, mas a vida inteira deles foi perdida. Muitos cientistas e técnicos entraram no Museu Nacional quando eram jovens e ficaram a vida inteira", lamentou.

Um incêndio atingiu, no começo da noite deste domingo (2), o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense - Tânia Rego/Agência Brasil

Paulo conta que decidiu entrar no museu quando viu que faltava água para o trabalho dos bombeiros no controle das chamas, que avançavam rapidamente. Outras pessoas tomaram a mesma decisão e conseguiram resgatar parte do material que não poderia ser recuperado.

"São grandes heróis. Tínhamos gente aqui desde a reitoria da UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro] até funcionários aposentados que assumiram grandes riscos", conta Buckup, que também viu voluntários e parentes de servidores. "Não faltaram braços para carregar o material para longe do fogo, o que faltou foi condição de entrar mais para dentro do prédio".
Exemplares insubstituíveis

Dentro de um museu com um acervo de 20 milhões de itens, escolher o que deveria ser salvo era uma decisão que apenas um pesquisador da área poderia tomar. Por isso, Paulo passou praticamente uma hora e meia tentando salvar os restos de moluscos que serviram de base para que espécies fossem descobertas e catalogadas. Para salvar os exemplares de moluscos, Paulo e seus colegas tinham que arrancar as gavetas dos armários e carregá-las para fora do prédio.

Acervo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Tomaz Silva/Arquivo Agência Brasil

"Salvamos alguns milhares de exemplares insubstituíveis, mas isso não é nada perto dos milhões que existiam ali dentro", disse ele. "Inclusive existia a possibilidade de que espécies ainda não descritas existam nas coleções, e podem estar sendo perdidas antes de ser descritas".

Apesar de o material que Paulo pesquisa estar resguardado em outro prédio, com o acervo dos animais vertebrados, o departamento em que trabalha perdeu peixes que haviam sido separados para uma exposição que nem chegou a ser aberta. "São exemplares que não existem mais nesse tamanho na costa brasileira".

O pesquisador conta que, mesmo antes do incêndio, já precisava vencer o desânimo para tocar seu trabalho em meio aos cortes de recursos sofridos pelo museu. O biólogo conta que perdeu bolsistas que se mudaram para o exterior e trabalhava em uma forma de revigorar seu projeto, sobre a evolução dos peixes.

"Estou tentando mudar essa situação para que a gente possa manter as nossas coleções no Departamento de Vertebrados e, principalmente, a formação de novos cientistas para o Brasil. Esse museu é sede de seis pós-graduações e algumas de altíssimo nível".

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Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Funcionários entram no Museu Nacional em busca de peças do acervo

Publicado em 03/09/2018 - 15:22

Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro

Um grupo de aproximadamente 15 funcionários do Museu Nacional entrou no prédio, às 15h de hoje (3), em busca de objetos e peças do acervo que possam ter escapado às chamas. Eles entraram pela porta principal, acompanhados por soldados do Corpo de Bombeiros.

Os funcionários removem cuidadosamente restos de escombros, como pedaços de madeiras, telhas e mesmo vigas metálicas, na esperança de encontrar algum objeto de valor histórico. Normalmente, o trabalho de rescaldo é feito apenas pelos bombeiros, mas como se tratam de peças antigas, é necessário acompanhamento dos especialistas, para distinguir um simples resto de escombro de um artigo valioso.

Munidos com martelos, pás e enxadas e usando apenas capacete, sem luvas, os funcionários trazem para fora as peças que encontram, colocando as menores dentro de caixas plásticas. Algumas rochas da Coleção Werner, que ficavam próximas à saída, foram retiradas, inclusive rochas pesadas, carregadas nos ombros.
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Incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro
Tânia Rego/Agência Brasil
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Incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro - Antônio Lacereda/EFE/direitos reservados

Uma das primeiras peças retiradas foi um grande quadro, ainda emoldurado, carregado por quatro funcionários. O trabalho é lento e minucioso, pois muitas peças ainda podem estar em condições de recuperação, abaixo de toneladas de madeiras queimadas e telhas de barro. Os três andares do museu desabaram um por cima do outro até o chão.

Apenas bombeiros e funcionários do museu podem ingressar dentro do prédio. Os jornalistas e demais pessoas ficam a cerca de 20 metros de distância, por questão de segurança. Entre as peças mais raras, estão as múmias egípcias, compradas pelo Brasil por Dom Pedro I, e o crânio de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado no país, com cerca de 12 mil anos.

A busca dos funcionários, entretanto, durou apenas 15 minutos. Agentes da Polícia Federal pediram para eles se retirassem para dar início às investigações sobre as causas do incêndio.

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Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

A propaganda eleitoral já surte os primeiros efeitos



http://www.luizberto.com/

Falta pouco para as eleições, mas o maior problema do país não entra em discussão

Charge do Paixão (Gazeta do Povo)

Carlos Newton

Faltam cinco semanas para uma das eleições mais importantes da História Republicana, mas até agora não houve discussão sobre o principal problema do país. Na realidade, todos sabem que o Brasil vive uma crise terrível que parece não ter saída, com o crescimento desordenado da dívida pública, que aparentemente não tem solução, cada governo que entra e sai nada faz de concreto, apenas lava as mãos como Pôncio Pilatos. Os eleitores agem como se o problema não os atingisse, a mídia mal toca no assunto, não é nada fácil encontrar informações atualizadas sobre a dívida nos sites de pesquisa.

O fato concreto é que, seja quem for eleito, vai se defrontar com uma tenebrosa realidade. Encontrará um país falido que se tornou refém dos investidores e da elite do funcionalismo público, que conseguiu direito adquirido a salários e penduricalhos que fazem inveja a países já desenvolvidos e sem dívidas.

SILÊNCIO E OMISSÃO – Entre os 13 candidatos, apenas Ciro Gomes (PDT) costuma tocar no assunto, mas não entra em detalhes. Diz apenas que vai baixar os juros e encarar os banqueiros. Ou seja, nada de novo no front, porque a culpa não é só dos banqueiros, que devem ser trancafiados por uma série de outros crimes contra a economia popular, mas neste caso do irresponsável endividamento do poder público os bancos detêm menos de 25% da dívida.

Na última vez em que encontramos estatísticas a respeito, a divisão era assim: fundos de pensão e previdência (25,5%); fundos de investimento (25,2%); instituições financeiras (22,3%); não-residentes (12,1%); seguradoras (4,8%); governo (4,5%) e outros (5,6%).

Nenhum dos candidatos sabe o que fazer a respeito. Todos, inclusive Ciro Gomes, evitam falar sobre as contas públicas. Querem apenas chegar ao poder, para depois ver como é que fica.

FMI À ESPREITA – Os vampiros do FMI estão à espreita. Em abril, já avisavam sobre o risco do crescimento da dívida pública bruta, que inclui não apenas a dívida mobiliária da União, mas também a conta de juros dos papeis do Tesouro nas mãos do mercado interno e externo e os títulos usados nas operações compromissadas do Banco Central.

Em 2008, esse montante equivalia a 56% do PIB e somava R$ 1,470 trilhão. Dez anos depois, a dívida pública bruta atingiu em maio de 2018 um patamar inédito: 77% do PIB, o equivalente a R$ 5,133 trilhões, conforme o Banco Central. No entanto, se fosse utilizada a metodologia do FMI, que inclui na conta os títulos do Tesouro Nacional na carteira do BC e que somaram R$ 595 bilhões no quinto mês do ano, ou 8,9% do PIB, esse dado seria muito pior. Chegaria a 85,9% do PIB de R$ 7 trilhões, percentual acima da média dos países europeus e muito próximo aos 87% do PIB previstos pelo FMI para a dívida pública bruta brasileira no fim deste ano.

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P.S. – Os candidatos e os próprios eleitores podem fazer olhar de paisagem e fingir que está tudo no melhor dos mundos, seguindo a visão de Voltaire, mas a realidade é sinistra. Sem recursos, como governar? Seria interessante que os candidatos tocassem no assunto, mas quem se interessa? (C.N.)Posted in C. Newton

Reflexões sobre o fato de o candidato Bolsonaro estar liderando as pesquisas


Bolsonaro fala o que o eleitor realmente quer ouvir

Francisco Vieira

Nas tais “redes sociais” tem uma foto de um grupo de bandidos fortemente armados, posando ao lado de um pedaço de papelão, onde se lê: “BOLSONARU É BALA CV”. E circulam duas filmagens. Em uma delas, um homem, assistindo televisão em casa com uma tornozeleira eletrônica na canela e deitado em um sofá, tece elogios ao PT e depois xinga Bolsonaro por querer que pessoas como ele permaneçam na cadeia, ao invés de ficarem na boa, em casa. Na outra filmagem, uma pessoa retira os adesivos do candidato por ter sido proibido de usá-lo na “comunidade”.

Esses três fatos podem ser “contrainformação” plantadas por eleitores do candidato para prejudicar o candidato dos criminosos? Eu acho muito difícil! Considero improvável que eleitores do Bolsonaro tenham colocado o aparelho na perna de algum incauto, reunido dezenas de armas (pistolas e fuzis) para fazerem uma cena, já que são comuns no Brasil áreas onde já é proibido (e aceito pelas autoridades) motociclista usar capacete, carro ter película escura, andar com os vidros levantados e com os faróis apagados. Já é comum milícia e traficante revistarem veículos.

MENOS PIOR – O candidato Jair Bolsonaro não faz a minha índole, nem tem nada parecido com a minha personalidade, nem seria o meu candidato ideal. Mas, conforme diversos participantes deste espaço – inclusive o próprio editor – já frisaram, trata-se de votar “no menos pior”.

Não conheço o Bolsonaro, nem esperava conhecer as suas virtudes e defeitos apenas em rápidas aparições na televisão. Normal! Tem gente que convive e dorme com uma pessoa por décadas e depois acaba descobrindo que sempre fora traído! Imagine apenas vendo pela televisão? Mas, a princípio, ele parece ser merecedor dos votos dos brasileiros por ser o mais odiado por tudo o que não presta deste país.

Ele tem muitos defeitos? Tem, mas o Collor quando foi eleito era só “energia e virtude”. E o Lula, quando foi eleito, era um santo, e ainda tenha quem acredite nisso até hoje!

LEMBREM FHC – Bolsonaro é muito inteligente? Sei lá, mas o Fernando Henrique Cardoso resolveria todos os nossos problemas e nos levaria ao desenvolvimento por ser um professor universitário, um “intelectual” de prestígio e renome internacional… e graças a eles, estamos onde estamos hoje!

Não sabemos o que se passa nos gabinetes dos partidos políticos e o que acontece quando o Supremo fecha as portas para tomar alguma decisão importante referente às nossas vidas. Mas podemos usar a contrainformação para nos orientar na hora de votar, ou seja, usar as informações do inimigo dos brasileiros contra ele mesmo. Para isso, basta responder a essas duas perguntas: Quem tem sido os maiores inimigos desta Nação? O que, ou quem, tem mantido os brasileiros analfabetos e na miséria absoluta?

ESCOLHA O LADO – Respondidas essas duas questões, no que se refere a candidato à Presidência, basta ao eleitor saber para qual lado e para qual candidato se pendem “as causas” nosso atraso e votarem no candidato que “elas” detestem e que, a meu ver, hoje é o Bolsonaro da mesma forma que ontem fora o Enéas. Com a internet, hoje esta tarefa está mais fácil.

Mas você não precisa acreditar nessa minha “teoria”. Investigue os arquivos da mídia, especialmente os da Tribuna da Internet, reflita sobre a dissimulação dos políticos e o orgulho estúpido e a necessidade dos eleitores-bovinos de serem manipulados e guiados por um salvador que lhes ofereça promessas miraculosas.

Obviamente, para que isso seja feito, o eleitor terá que “dar o braço a torcer”, colocar o orgulho (e o político da família das eleições passadas) em um saco e pensar com racionalidade sobre o que realmente quer para o futuro. Eleitor traído precisa significar candidato trocado na eleição seguinte. É simples.
This entry was posted in Tribuna da Internet.

Na tragédia do Museu Nacional, o suicídio de um país que não se preserva

É como se fosse a própria imagem do país sendo destruída

Bernardo Mello Franco
O Globo

A destruição do Museu Nacional é uma tragédia para a cultura, a ciência e a história do Brasil. Infelizmente, uma tragédia anunciada. A instituição científica mais antiga do país foi vítima de décadas de descaso. De 2014 para cá, os cortes passaram a afetar até a verba de manutenção. O museu chegou a fechar as portas por falta de pagamento aos funcionários de limpeza e vigilância.

Em junho, a instituição completou 200 anos sem motivo para comemorar. Muitas salas de exposição estavam fechadas. Uma vaquinha virtual pedia doações para reabrir uma delas, que abrigava um enorme fóssil de baleia. A estrutura de madeira estava consumida por cupins.

SEM CONSERVAÇÃO – Apesar do esforço dos servidores da UFRJ, os visitantes podiam notar o péssimo estado de conservação do palácio na Quinta da Boa Vista. O prédio agonizava: reboco caindo, paredes descascadas, fios elétricos expostos. A causa do incêndio ainda não foi divulgada, mas não era preciso ser bombeiro para ver que os riscos estavam lá.

O edifício consumido pelas chamas era tão valioso quanto seu acervo de 20 milhões de peças, que incluía fósseis de dinossauros, múmias egípcias e o crânio mais antigo das Américas. O Palácio de São Cristóvão foi a residência da família real no Brasil. Depois sediou a primeira Assembleia Constituinte da República, que editou a Carta de 1891.

SEM MEMÓRIA – No livro “1808”, que narra a chegada da Corte portuguesa, Laurentino Gomes descreveu o local como “um prédio descuidado e sem memória”. “É como se nesse local a história tivesse sido apagada de propósito”, resumiu. O texto foi publicado há quatro anos. De lá para cá, a situação só piorou.

Segundo funcionários, o último presidente a pisar no museu foi Juscelino Kubitschek, que deixou o poder há 58 anos. Na festa do bicentenário, nenhum ministro apareceu por lá. Agora todos vão dar declarações de pesar e prometer as verbas que sonegaram em nome do ajuste fiscal.

Um país morre um pouco quando destrói a sua própria história. A tragédia deste domingo é uma espécie de suicídio nacional. Um crime contra o nosso passado e contra as gerações futuras.