domingo, 2 de setembro de 2018

Entenda como o PT enfim se rendeu à Justiça e enterrou a candidatura de Lula

Enquanto isso, Haddad e o “golpista” Eunício se entendiam…

Bernardo Mello Franco
O Globo

O relógio marcava 01h14min de sábado, dia 1º, quando a ministra Rosa Weber fez um desabafo: “Tenho até dificuldade de raciocinar”. A sessão extraordinária do TSE começou em agosto e terminou em setembro. Foram 11 horas e 12 minutos de falatório, com breves intervalos. Tudo para cassar o registro da candidatura de Lula antes do início da propaganda eleitoral.

O veto já era esperado, mas o voto do ministro Luís Roberto Barroso incluiu uma pancada adicional no PT. Além de perder o candidato que lidera as pesquisas, o partido ficaria proibido de fazer campanha até formalizar sua substituição. O tempo da sigla na TV seria ocupado por uma tela azul.

VOTO E RENDIÇÃO – O advogado Luiz Fernando Casagrande protestou. Ele lembrou que há quatro anos um candidato morreu, e seu partido continuou no horário eleitoral enquanto não anunciava a substituta. Cassar o tempo dos petistas, como propôs Barroso, só reforçaria a tese de perseguição judicial. Os ministros pensaram melhor e decidiram recuar. Horas depois, foi ao ar o primeiro programa do PT, já estrelado por Fernando Haddad.

O episódio ganha importância por outro detalhe. Ao contestar a punição extra, o advogado jogou a toalha sobre o essencial. “O PT se rende à decisão”, disse, referindo-se ao veto à candidatura. “Nós perdemos hoje aqui. Lula está fora. Não pode mais aparecer como candidato a presidente”, acrescentou.

A fala indica que o velho pragmatismo petista está de volta. O partido ainda fará barulho, mas não parece disposto a cometer suicídio eleitoral. A indicação de Haddad deve ser oficializada nos próximos dias, depois de mais uma consulta a Lula em Curitiba.

CONFRATERNIZAÇÃO – Enquanto o TSE enterrava a candidatura do ex-presidente, seu afilhado confraternizava com “golpistas” em Fortaleza. Ele posou para fotos com Eunício Oliveira, chefe local do MDB. O senador apoiou o impeachment e comanda um latifúndio de cargos no governo Temer.

Concorde-se ou não com o resultado, a sessão do TSE será lembrada como a maior interferência do Judiciário numa sucessão presidencial desde o fim da ditadura.

No ano passado, o tribunal salvou o mandato de Michel Temer ao arquivar um processo contra a chapa vitoriosa em 2014. O ministro Herman Benjamin definiu o veredicto como um “enterro de prova viva”. A composição do TSE é rotativa, e quatro dos sete ministros que atuaram no caso não estão mais lá. Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira votaram a favor de Temer e contra Lula. Rosa Weber votou contra os dois.

PAIS E FILHOS – Na estreia do horário eleitoral, o filho de Sérgio Cabral pediu voto “em defesa do idoso”. Não mencionou o pai, que já foi condenado seis vezes e pode envelhecer na cadeia.

A filha de Eduardo Cunha não quis disfarçar: até exibiu imagens do ex-deputado. Coragem é isso aí.  Posted in Tribuna da Internet

sábado, 1 de setembro de 2018

Depois de uma ‘sessão secreta’, TSE libera a campanha do PT com Haddad


De madrugada, o TSE alterou sua decisão sobre a campanha

Rafael Moraes Moura e Teo Cury
Estadão

Em uma reviravolta no julgamento da campanha do PT à Presidência da República, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram – a portas fechadas – na madrugada deste sábado (dia 1) autorizar a veiculação do programa presidencial do PT no horário eleitoral, desde que não haja a aparição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato.

Segundo advogados eleitorais do PT, a decisão do TSE não impede a aparição de Lula como apoiador de Haddad, e sim a sua exibição na condição de cabeça de chapa. A legislação prevê que apoiadores de candidatos poderão dispor de até 25% do tempo de cada programa.

FORA DO AR? – Por 6 a 1, o TSE decidiu rejeitar o registro de candidatura de Lula. Inicialmente, e cinco ministros da Corte Eleitoral – entre eles o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso – haviam defendido a proibição da exibição do horário eleitoral do PT até a substituição de Lula na cabeça de chapa.

Por volta de 1h da manhã, quando a discussão do caso Lula já se estendia por oito horas, a defesa de Lula apresentou uma questão de ordem para manter o direito de o partido veicular o seu programa presidencial na TV e no rádio, sob o argumento de que o tempo no horário eleitoral é da coligação e não do candidato.

Além disso, argumentaram que o registro do candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT) foi aceito por unanimidade pelo TSE.

MUDANÇAS À TARDE – A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, anunciou então nesse momento que já não seria possível mudar as inserções programadas para a manhã deste sábado no rádio, mas sim o programa eleitoral da tarde na televisão. Ao consultar os demais ministros, Rosa optou por uma discussão “reservada” – não transmitida pela televisão – para tratar do pedido final da defesa do PT.

O voto original de Barroso, acompanhado pela maioria dos ministros, previa o veto à prática de atos de campanha, “em especial a veiculação de propaganda eleitoral relativa à campanha eleitoral presidencial no rádio e na televisão, até que se proceda à substituição” na cabeça da chapa.

A nova redação aprovada pelo plenário trocou “campanha eleitoral presidencial” por “vedada a prática de atos de campanha presidencial pelo candidato cujo registro vem de ser indeferido”, ou seja, o veto agora atinge apenas Lula na condição de candidato.

RAQUEL DODGE – Após o final da sessão, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que ficou satisfeita com o resultado.

Indagado pelo Broadcast Político se não teria sido melhor tratar do assunto com transparência, durante a própria sessão, perante o olhar da opinião pública, Luís Roberto Barroso não quis dar declarações.

A defesa de Lula pretende entrar com recursos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nos próximos dias.

MG - PM morre em acidente de trânsito a caminho do trabalho


Militar foi atingindo por um Porshe na Av. Tancredo Neves, no bairro Xangri-la, em Contagem

PUBLICADO EM 01/09/18 - 09h29

DAYSE AGUIAR

Um veículo Porsche atingiu um cabo da Polícia Militar (PM), na madrugada deste sábado (1º), no bairro Xangri-lá, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. 

O acidente aconteceu na Avenida Tancredo Neves, por volta das 4h30 da manhã, quando Cristian Mohamed Matar, 42, seguia de motocicleta para o trabalho e foi atingido.

De acordo com a PM, o motorista fugiu sem prestar socorro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o militar não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do acidente.

Equipes fizeram rastreamento na região na tentativa de encontrar o autor, mas ninguém foi encontrado.

https://www.otempo.com.br/cidades

Settra altera quadro de horário e itinerário de linhas do transporte coletivo

JUIZ DE FORA - 31/8/2018 - 13:40

A partir deste sábado, 1º de setembro, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) vai alterar o quadro de horários e o itinerário de linhas da região leste, cidade alta e zona rural. As mudanças visam a melhorar o atendimento aos usuários do transporte coletivo urbano e atender às solicitações da população.

As linhas 432 (São Benedito) e 430 (São Sebastião / Via Bonsucesso) terão os horários de viagem modificados nos dias úteis, sábados, domingos e feriados. Além disso, a linha 432 com saída do Centro a partir de 22h33, nos dias úteis, e com saída do Centro a partir de 15h33, aos sábados, deverá realizar extensão ao Bairro Bonsucesso pelas ruas Acácio Paulino Pinto, Maria do Carmo Alves e Acy Gonçalves de Oliveira. Os veículos estarão devidamente identificados como São Benedito / Bonsucesso.

Outra mudança acontece nas linhas 538 (Morada Do Serro / Via Jardim Casa Blanca / Adolpho Vireque) e Linha 548 (Adolpho Vireque / Via Jardim Casa Blanca / Morada Do Serro), que terão os quadros de horários alterados nos dias úteis e sábados. Em todos os dias, o itinerário da 538, no sentido Bairro/Centro, será realizado através das ruas Adão Barbosa Lima, Monteiro Lobato, Arthur de Oliveira, D, Adolfo Jaenevay Filho, Adão Barbosa Lima, G (ponte), e José Lourenço Kelmer. Os ônibus serão identificados como Centro.

Já a linha 542 (Lagoa), terá o quadro de horários alterado apenas nos dias úteis.

Todos os quadros de horários podem ser conferidos em anexo.

* Informação com a assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo 3690-7767.


Portal PJF

“Festival de Bandas Novas” leva sete grupos à Praça Antônio Carlos

JUIZ DE FORA - 31/8/2018 - 16:28

Foto: Divulgação

O terceiro show do Festival de Bandas na temporada 2018 acontece neste sábado, 1º de setembro, levando sete grupos à Praça Antônio Carlos (Avenida Getúlio Vargas - Centro). O acesso aos shows é gratuito, mas os organizadores solicitam doações voluntárias de alimentos não perecíveis, que serão destinados ao Grupo de Apoio a Enfermos Carentes de JF (Gedae).

A abertura do Festival fica por conta da banda “Fulgore”. Em seguida, mais seis grupos subirão ao palco: “Skelther”, “Mortein”, “Traste”, “Hangover”, “Patrulha 66” e “Insannica”. Promovido pela “Patrulha Records”, com apoio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa), o “Festival de Bandas Novas” é uma tradição no calendário cultural da cidade. Desde 1999, mais de 900 bandas de rock e seus segmentos, como o metal, punk rock, hard rock, grunge, blues e progressivo, já se apresentaram no evento.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044
Portal PJF

Pagamento dos servidores da PJF será realizado no dia 5

JUIZ DE FORA - 31/8/2018 - 15:22

O pagamento dos servidores da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), referente a agosto, será realizado na próxima quarta-feira, 5 de setembro, terceiro dia útil do mês. A data foi definida após os esforços realizados pela Administração, através do Gabinete de Enfrentamento à Crise Fiscal (GECF). O grupo tem se reunido diariamente, desde sua instituição, em 10 de agosto, com objetivo de viabilizar medidas de combate aos reflexos ocasionados pela irregularidade de repasses de verbas do Governo estadual ao Município. A medida ocorre conforme previsto no Decreto nº 13.063/2017, que adequou os prazos da folha de pagamento da administração direta dentro do cenário atual, permitindo a quitação até o quinto dia útil do mês subsequente, quando houver necessidade.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da SARH pelo telefone 3690-8552.
Portal PJF

O sonho acabou: TSE veta a candidatura de Lula, que não poderá fazer campanha

Gonzaga deu o voto decisivo que tirou Lula desta eleição

Carlos Newton

No Tribunal Superior Eleitoral, foram demorados os primeiros votos do relator Luís Roberto Barroso, que demoliu todos os múltiplos argumentos da defesa de Lula da Silva, e do ministro Édson Fachin, que apoiou o cumprimento integral da ordem de dois dos 18 membros do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que mandaram o Brasil permitir a candidatura do ex-presidente e lhe garantir o direito de fazer campanha. O mais paradoxal foi que Fachin considerou Lula inelegível, mas votou para que ele seja candidato, vejam como os juízes no Brasil são de um baixo nível estarrecedor.

Após o intervalo, às 22 horas, a presidente Rosa Weber retomou o julgamento e concedeu a palavra ao ministro Jorge Mussi, que é do Superior Tribunal de Justiça.

FICHA LIMPA – Mussi, que é corregedor do TSE, começou exaltando a Lei da Ficha Limpa e sua importância para sanear o exercício do poder público. E explicou que o Supremo confirmou a constitucionalidade da legislação. A seguir, mostrou que o STF também relativizou a presunção de inocência prevista na Constituição.

Disse o ministro Jorge Mussi que cabe ao TSE garantir a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa. E passou a analisar a inelegibilidade de Lula. Votou então pelo indeferimento do registro, sem dar a Lula a possibilidade de fazer campanha sub judice e sem que tenha seu nome inscrito na urna eletrônica. E o placar passou a 2 a 1.

VOTA O MINISTRO OG – O ministro Og Fernandes, também do STJ, então passou a votar. De início, disse que estava em questão o fato de a lei valer para todos. Passou a analisar a validade da ordem do Comitê da ONU, dizendo que a determinação não tem caráter vinculante e deve ser encarada apenas como recomendação. Assinalou que, além do mais, foi assinada por apenas dois dos 18 membros do Comitê e o governo brasileiro sequer foi ouvido para se defender.

Elogiou educadamente a estranha tese de Fachin, mas acabou votando a favor do parecer de Barroso, integralmente. E o placar chegou a 3 a 1.

ADMAR GONZAGA – Quinto ministro a votar, Admar Gonzaga começou falando sobre a análise da regularidade das candidaturas. Disse que todas as exigências precisam ser preenchidas ao ser solicitado registro do candidato.

Explicou que não cabe à Justiça Eleitoral o mérito da condenação que levou o candidato à inelegibilidade. A função do TSE é apenas constatar se houve a condenação. No caso de Lula, existe a condenação, portanto Lula está inelegível, disse Gonzaga, lembrando que os crimes foram de corrupção passiva e ocultação de patrimônio (lavagem de dinheiro).

Sobre o Comitê da ONU, o ministro mostrou que a ordem a favor de Lula não tem caráter judicial e não pode ser obedecida pelo Brasil. Citando a jurisprudência do Supremo e liquidou o julgamento, marcando 4 a 1, a maioria absoluta já estava alcançada.

ÚLTIMOS VOTOS – Em seguida, votou o ministro Tarcísio Vieira, que defendeu a tese de que não se poderia atender à ordem do Comitê, que faria o Brasil até suspender a eleição presidencial. Sobre a inelegibilidade da candidatura de Lula, acentuou que esta situação é clara e evidente, e a jurisprudência atual não dá margem a dúvidas. Se cabe mudar ou não, não interessa no momento. e o placar subiu para 5 a 1.

Ao final, votou a presidente Rosa Weber, que elogiou entusiasticamente a teoria maluca do ministro Fachin sobre a necessidade de o Brasil cumprir a tal ordem do Comitê da ONU, mas depois votou dizendo que a decisão da tal entidade não tinha caráter vinculante, conforme o relator Luís Roberto Barroso afirmou. No final, Lula foi derrotado por 6 votos a 1.

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P.S. 1 – Quem passou vexame foi o ministro Fachin, o único voto a favor da candidatura de Lula e baseado exclusivamente na ordem amalucada que dois dos 18 membros do Comitê de Direitos Humanos da ONU tentaram dar ao Brasil. 

P. S. 2 – Lula está impedido de se candidatar, estará fora da eleição, mas nada impede que seu nome seja usado para alavancar a campanha de Fernando Haddad. E la nave va, cada vez mais fellinianamente. (C.N.)Posted in C. Newton

Organização Globo declara guerra de extermínio, para evitar eleição de Bolsonaro

Ilustração reproduzida do site Top Five TV

Carlos Newton

Em sua entrevista ao Jornal Nacional, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) deixou claro o que pensa da Organização Globo e de suas estreitas relações com o poder, seja civil ou militar. Ao revidar às agressões dos entrevistadores, Bolsonaro desfechou ataques precisos, ao criticar os vultosos recursos que o governo federal repassa ao grupo de empresas de comunicação, assim como ao denunciar a pejotização dos empregados, que são convencidos a se tornarem pessoas jurídicas para que a empresa sonegue Imposto de Renda, INSS, FGTS e PIS, contabilizando os gastos de pessoal como “Despesas operacionais”.

Como os empregados também são beneficiados, ao pagar menos Imposto de Renda e não descontar INSS, os contratos ilegais são assinados prazerosamente por eles. E os prejuízos aos cofres públicos são absurdos.

ACUSAÇÕES – Na entrevista, ao responder à acusação de defender que homens e mulheres não devem necessariamente receber o mesmo salário, Bolsonaro afirmou que William Bonner e Renata Vasconcellos não recebem salários equivalentes.

A apresentadora respondeu que o salário de Bolsonaro é de interesse público, já que ele é deputado e candidato à Presidência, e o dela, não. E Bolsonaro contra-atacou, dizendo que os salários de Renata são pagos com recursos públicos investidos na Rede Globo. “Vocês vivem em grande parte de recursos da União. São bilhões que recebe o sistema Globo de recursos da propaganda oficial do governo”, disse o candidato.

Depois da entrevista, Bonner leu no Jornal Nacional nota preparada pela direção da O GLobo refutando a afirmação do candidato.

DIZ A O GLOBO – “O candidato Jair Bolsonaro afirmou que a TV Globo recebe bilhões de recursos da propaganda oficial do governo. É uma afirmação absolutamente falsa. A propaganda oficial do governo federal e de suas empresas oficiais corresponde a menos de 4% das receitas publicitárias e nem remotamente chega à casa do bilhão”, dizia a nota.

A contabilidade da Globo realmente registra este valor, mas no tocante à TV Globo, que é apenas uma das emissoras. Oficialmente, na forma da lei, só há cinco canais da Globo (Rio, São Paulo, Brasília, Recife e Belo Horizonte), mas o laranjal das afiliadas se perde na linha do horizonte.

A ORGANIZAÇÃO – A nota oficial se refere à TV Globo, não à Rede Globo, e muito menos à Organização Globo, que também recebe anúncios através de suas rádios, jornais e revistas, sem falar nos canais da Globosat, onde abunda a publicidade governamental.

Muitos outros patrocínios estatais não estão contabilizados na conta da Globo, como as generosas verbas do Sistema S, acertadas com o presidente Michel Temer em jantar oferecido pelos irmãos Marinho em outubro de 2017. Afinal, por que o Sesc tem de patrocinar telejornais na TV e promoções especiais no jornal O Globo? Por que o Sebrae é patrocinador do Faustão?

Por fim, quem é tão ingênuo que ainda possa acreditar na contabilidade da Organização Globo?

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P.S. 1 – A guerra da Globo contra Bolsonaro será de extermínio, em dois meses de bombardeio cerrado, até o final do segundo turno. No entanto, o candidato não é do tipo intimidável e também vai usar as armas de que dispõe, mas a desproporção de forças é gigantesca e os outros candidatos querem mais é que Bolsonaro se exploda.

P.S. 2 – O assunto é importante, eletrizante e estonteante. Vamos voltar a ele, é claro. (C.N.)Posted in C. Newton

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Com um soneto de propaganda, o poeta Belmiro Braga foi eleito, mas não assumiu

Belmiro Braga, um poeta bem-humorado

Paulo Peres
Site Poemas & Canções

O poeta Belmiro Ferreira Braga (1872-1937), nascido em Vargem Grande (MG), fez através deste soneto a sua “Propaganda Eleitoral” e, por incrível que pareça, foi eleito, mas não assumiu, embora, em sua homenagem, seu local de nascimento recebeu seu nome após ser elevado à categoria de município, passando a ser chamado Belmiro Braga.

PROPAGANDA ELEITORAL
Belmiro Braga

Meu caro Coronel Martins Ferreira,
candidato extrachapa a deputado
ao congresso da Câmara Mineira,
desejo ser aí o mais votado.

A minha fé de ofício é de primeira.
Vale por um programa o meu passado,
e no congresso não direi asneira
todas as vezes…que ficar calado.

Fui caixeiro, depois fui negociante,
e do torrão natal, representante,
agora aspiro a ser como escrivão;

e, eleito, espero, mas que maravilha!
ser pai da Pátria e receber da filha
todo o subsídio, quer trabalhe ou não…

XXXXXXXXXX
“Pela estrada da vida, subi morros desci ladeiras e afinal te digo: se entre amigos encontrei cachorros, entre cachorros encontrei-te amigo. Hoje para xingar alguém, recorro a outros nomes feios, pois entendi que elogio a quem chamo de cachorro desde que este cachorro conheci! 
Belmiro Ferreira Braga

Bolsonaro usa reportagem do UOL para atacar a Rede Globo nas redes sociais


Bolsonaro comprou uma briga feita com o Grupo Globo

Deu na Folha

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e apoiadores têm utilizado reportagem feita pelo UOL em 2015 e que foi reproduzida no site da Folha para sustentar o argumento de que a Rede Globo recebe bilhões de reais em publicidade estatal federal. O candidato fez o comentário sobre a emissora na terça-feira (28), durante entrevista no Jornal Nacional e passou a compartilhar a reportagem no dia seguinte, com ajuda de seus seguidores.

A reportagem foi publicada em 29 de junho de 2015 pelo UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha. Em 30 de junho do mesmo ano, a Folha veiculou-a em sua versão digital. É a versão da Folha que vem sendo difundida pelo candidato.

SALÁRIOS – Bolsonaro fez o comentário crítico no Jornal Nacional durante diálogo sobre sua defesa, no passado, de que homens e mulheres não devem necessariamente receber o mesmo salário. O candidato então disse que William Bonner, editor-chefe e apresentador do programa, e Renata Vasconcellos, apresentadora, não recebem salários equivalentes.

A jornalista na sequência respondeu que o salário de Bolsonaro é de interesse público, já que ele é deputado e candidato à Presidência, e o dela, não. E então ele replicou com o argumento sobre os recursos públicos investidos na Rede Globo, indicando que dessa forma o salário dela seria, sim, de interesse público.

“Vocês vivem em grande parte de recursos da União. São bilhões que recebe o sistema Globo de recursos da propaganda oficial do governo”, disse o candidato.

REPORTAGEM – Na quarta-feira (29), os apoiadores do candidato passaram a compartilhar a reportagem “TV Globo recebeu R$ 6,2 bilhões de publicidade federal com PT no Planalto”, publicada pela Folha há três anos.

A reportagem mostra que a Rede Globo e as cinco emissoras de TV aberta de propriedade do Grupo Globo (em São Paulo, Rio, Minas Gerais, Brasília e Recife) receberam um total de R$ 6,2 bilhões em publicidade estatal federal durante os 12 anos dos governos Lula (2003 a 2010) e Dilma (2011 a 2014).

Em 2015, a Globo e as cinco emissoras receberam um total de R$ 396,5 milhões em publicidade estatal federal.

BONNER NEGA – No mesmo dia, Bonner leu nota no Jornal Nacional em que refutava a afirmação do candidato.

“O candidato Jair Bolsonaro afirmou que a TV Globo recebe bilhões de recursos da propaganda oficial do governo. É uma afirmação absolutamente falsa. A propaganda oficial do governo federal e de suas empresas oficiais corresponde a menos de 4% das receitas publicitárias e nem remotamente chega à casa do bilhão”, dizia a nota.

“Os anunciantes, privados ou públicos, reconhecem na TV Globo uma programação de qualidade, prestigiada por enorme audiência, e por isso se valem dela para levar ao público mensagens sobre seus produtos e serviços. Fazemos esse esclarecimento por apreço à verdade, ao nosso público e nossos anunciantes”, concluiu Bonner.

REAÇÃO – Bolsonaro e seus apoiadores inflamaram-se com a nota, e passaram a compartilhar múltiplas vezes a reportagem da Folha, uma das mais lidas do site do jornal na quarta-feira (29).

Carlos Bolsonaro, filho do presidenciável e vereador no Rio de Janeiro, compartilhou mensagem nas redes sociais em que dizia que a emissora estava desesperada e perdendo o “bom senso” após a leitura da nota. Ele utilizou a reportagem da Folha como embasamento para as críticas, e sua postagem recebeu 16 mil curtidas e sete mil compartilhamentos. O perfil de Jair Bolsonaro também compartilhou.

Outro dos filhos do candidato, Eduardo Bolsonaro, fez comentário irônico em suas redes sociais: “ué, mas a Globo não recebia dinheiro público???” e marcou o perfil de Bonner na postagem.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A polêmica é importante e intrigante. Vamos analisar o caso aqui na Tribuna da Internet para demonstrar que Bolsonaro está com a razão, embora não saiba se expressar direito. E a Globo também usa argumentos reais, porém ilusórios. Daqui a pouco a gente volta. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet