domingo, 27 de maio de 2018

Governo de Minas decreta ponto facultativo nesta segunda-feira

Greve dos caminhoneiros está no sétimo dia

PUBLICADO EM 27/05/18 - 12h22

DA REDAÇÃO

O governo de Minas Gerais decretou ponto facultativo na segunda-feira (28), em função das consequências provocadas pelo desabastecimento de combustível no Estado. Neste domingo (27), a paralisação dos caminhoneiros completa sete dias.

O governador Fernando Pimentel ainda convocou uma nova reunião do Gabinete de Crise para as 14h30 desta segunda-feira, quando o cenário voltará a ser discutido.

As aulas na rede estadual de ensino também serão suspensas. Estão mantidos serviços essenciais como os médico-hospitalares, os de segurança pública e de Unidades de Atendimento Integrado (UAIs). Também haverá expediente na Fundação TV Minas Cultural e Educativa e na Rádio Inconfidência.

"Ficam ressalvados os serviços de natureza médico-hospitalar, de segurança pública, os das Unidades de Atendimento Integrado (UAI), no âmbito da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, e os considerados imprescindíveis a critério das autoridades competentes", dizia um trecho da nota. 

Na capital mineira 
A Prefeitura de Belo Horizonte também já havia anunciado ponto facultativo para a segunda-feira. A decisão do órgão municipal foi anunciada neste sábado (26).

https://www.otempo.com.br/capa/economia/governo-de-minas-decreta-ponto-facultativo-nesta-segunda-feira-1.1837089

HUMILHAR-SE, PAGAR, SER ENGANADO

MAIO27  2018


O caro leitor se preocupa com as negociações entre Governo e líderes dos caminhoneiros grevistas? Preocupe-se mais: é tudo pior do que parece.

Greve de caminhoneiros não houve: o que houve é locaute, paralisação promovida por patrões. Greve é regulada em lei. Locaute é proibido por lei.


Governo não há: o sistema oficial de informações (apelidado, veja só, de “inteligência”) não sabia da paralisação. O festejado ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, candidato à Presidência, não tinha percebido que a alta dos preços do diesel, por mais correta que fosse, estava prejudicando o setor dos transportes, e não havia pensado em nenhuma compensação para salvá-lo. Quando a paralisação foi deflagrada, o Governo não sabia o que fazer. Presidido por um doutor em Direito Constitucional, em vez de recorrer à lei deixou-se conduzir pelo Congresso. Tudo bem, nosso Congresso é o melhor que o dinheiro pode comprar, mas parece insaciável. Cobrou mais e reduziu a receita do Governo, já atolado num imenso déficit.

Na hora de negociar com os líderes da paralisação, o Governo já deveria ter notado que se tratava de um locaute: praticamente só havia empresários do outro lado da mesa. Michel Temer poderia (e deveria) exigir ao menos o fim dos bloqueios nas estradas. Preferiu deixar a lei pra lá, ceder tudo, pedir desculpas por existir, para a qualquer custo evitar o confronto.

Esqueceu a dignidade do cargo, humilhou-se. E teve o confronto.

Voracidade
A redução de impostos aprovada às pressas pela Câmara derruba em mais R$ 12 bilhões a receita do Governo (que já é insuficiente para cobrir as despesas). O substituto de Meirelles no Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, diz que não há onde buscar dinheiro para cobrir o rombo. Mas a voracidade dos nobres parlamentares era tão grande que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, filho de conhecido economista, errou na conta: garantiu que o custo seria de R$ 3,5 bilhões. Quem liga para R$ 8,5 bilhões de diferença? Afinal, não é ele que paga a conta. E por que tanta vontade de baixar impostos? Ora, alguns parlamentares para dizer aos eleitores que lutam contra tanto imposto. Outros, para lembrar aos setores beneficiados que um voto nessa questão que tanto lhes interessa é precioso, vale ouro.

O confronto
Sejamos sinceros: a Presidência da República é exercida, hoje, pelo general Sérgio Etchegoyen, de excelente reputação. Tem problemas: suas decisões, como presidente de fato, têm de passar pelo presidente de direito, Michel Temer. Ele participou (ao lado do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e do ministro da Defesa, general da reserva Joaquim Silva e Luna), da reunião em que Temer anunciou que as Forças Armadas iriam participar do confronto com os caminhoneiros. Na véspera da reunião, quando Temer ainda acreditava que os líderes da paralisação cumpririam o acordo de trégua com o Governo, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, já determinava a mobilização da tropa. Não tomou essa decisão sozinho, nem por ordem de Temer. Se, como prometeu um dos líderes da paralisação, os militares não forem obedecidos, pode haver incidentes sérios. Militar manda ou obedece. E a ordem é desbloquear as estradas, com apoio das PMs. É um confronto complicado: boa parte dos líderes da paralisação quer ver as Forças Armadas dirigindo o Brasil.

Lembrando
Há alguns anos, este colunista visitou Guaxupé, simpática cidade mineira que hospeda a maior cooperativa de café do mundo. Na época, com preços mais baixos do que hoje, a Guaxupé movimentava US$ 300 milhões por ano. O maior shopping center da cidade chama a atenção: é igualzinho a uma estação de estrada de ferro. O motivo é que lá, antes, era a estação ferroviária. Um dia, houve um problema na linha da Fepasa, no Estado de S.Paulo, que exigia a troca de uns dois quilômetros de trilhos, reforço da base de concreto e brita e novos dormentes. O Governo paulista preferiu desativar a linha, isolando Guaxupé. E os US$ 300 milhões anuais de café passaram a seguir para Santos de caminhão. Quem dá força à paralisação?

Pá de cal 1
A ideia de Lula, de registrar sua candidatura à Presidência e esperar que alguém a impugne, para ganhar tempo até, quem sabe, as eleições, pode morrer nos próximos dias: o Tribunal Superior Eleitoral deve votar a norma que impede o registro de candidatos que não atendam aos requisitos da Lei da Ficha Limpa. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a tendência do TSE é aprová-la por unanimidade. Em seguida, o Ministério Público pediria uma decisão que torne automática a proibição de pedir registro ao TSE.

Pá de cal 2
Se Alckmin tem hoje dificuldade para decolar, imagine se Josué Alencar sair mesmo candidato pelo mesmo setor político e pagando sua campanha.

http://www.luizberto.com/2018/05/27/humilhar-se-pagar-ser-enganado/

Quase 100 após o Círculo de Viena, o mundo continua perdido em divagações


César Cavalcanti

O Círculo de Viena contribuiu decididamente para o aperfeiçoamento científico e filosófico do mundo moderno, tanto no campo das ciências sociais, econômicas, políticas e culturais, alterando significativamente os valores, as crenças e os conceitos individuais, de épocas passadas. Círculo de Viena (em alemão “Wiener Kreis”) foi o nome como ficou conhecido um grupo de filósofos que se juntou informalmente na Universidade de Viena de 1922 a 1936, sob coordenação de Moritz Schlick, físico e matemático.

Esse movimento tinha por finalidade fundamentar a ciência a partir de uma nova concepção que a Filosofia Científica ganhou no século XIX, sob um critério que relacionar a Ciência com a Natureza. Até então, a Filosofia era vinculada à Teoria do Conhecimento, mas, a partir de Hegel (1770 –1831), este vínculo se desfez.

NEOPOSITIVISMO – O Círculo de Viena era composto por cientistas que, apesar de atuarem em várias áreas como Física, Economia, Matemática etc., buscavam resolver problemas de fundamento da Ciência, identificados levantados a partir do descontentamento com os neokantianos (seguidores de Kant) e os fenomenólogos (seguidores de Hegel). Seu sistema filosófico ficou conhecido como o “Positivismo Lógico” ou ainda “Empirismo Lógico” ou “Neopositivismo”.

O líder Moritz Schlick, por exemplo, tentou mostrar o vazio dos enunciados de Kant. Disse ele que, se os enunciados têm uma verdade lógica, então eles são analíticos e não sintéticos. Se a verdade dos enunciados dependem de um conteúdo factual, eles são, portanto, constatados a posteriori e não a priori.

Dessa maneira, Schlick e os demais membros tentaram formular um critério de cientificidade que pudesse ou que tivesse uma correspondência com a Natureza. Por isso, o Círculo de Viena adotou uma forma de Empirismo Indutivista que se utiliza da experiência e de instrumentos analíticos como a Lógica e a Matemática para auxiliar na formação dos enunciados científicos.

VERIFICABILIDADE – Tal critério seria, então, o da “Verificabilidade”. Para os pesquisadores do Círculo de Viena, os enunciados científicos deveriam ter uma comprovação ou verificação baseada na observação ou experimentação. Isto era feito indutivamente, ou seja, seriam estabelecidos enunciados universais, a partir da observação de casos particulares.

O resultado do estabelecimento deste critério surgiu também a partir da concepção de Linguagem de Wittgestein que os membros do Círculo de Viena utilizaram. Para ele , o mundo era composto de “fatos” atômicos associados e, assim, expressariam sua realidade. Daí os enunciados gerais poderiam ser decompostos em enunciados elementares referentes ou congruentes à Natureza, o que exclui os enunciados metafísicos do processo de conhecimento.

A indução foi o método utilizado porque, além de proceder por experiência concreta, proporcionava um caráter de regularidade que permitia que se emitissem juízos universais. Isto atesta o caráter antimetafísico do Círculo de Viena, bem como afirma o predomínio da observação. 

E quase 100 anos depois, o mundo ainda não consegue se entender em termos filosóficos, científicos e políticos.

Greve dos caminhoneiros deixará graves sequelas na inflação e no crescimento

Uma das consequências é a radicalização dos protestos

Vicente Nunes
Correio Braziliense

A fatura deixada pela greve dos caminhoneiros será enorme. Quem pensa que, quando houver o desbloqueio das estradas, a situação voltará rapidamente ao normal, deve se preparar para vários dias de restrições. A paralisação do transporte de cargas nos últimos cinco dias deixou sequelas pesadas. Uma delas, a alta de preços. A maioria dos empresários não voltará a praticar as tabelas vigentes antes da crise que resultou em desabastecimento. Muitos vão aproveitar o caos para garantir margens de lucro maiores.

A perspectiva é de que, em junho, a inflação seja, no mínimo, três vezes superior à média mensal observada em 2018. Isso significa uma taxa entre 0,7% e 0,8%. É possível que fique acima disso, dependendo da nova realidade de preços na economia a partir da normalização do abastecimento. Em junho de 2017, houve deflação de 0,23%. Isso quer dizer que, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses for divulgado, a taxa acumulada, que está abaixo de 3%, o piso da meta, ficará mais próximo de 4%.

HAVERÁ TARIFAÇO – A tendência, acredita Carlos Thadeu Filho, economista sênior do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), é de que a inflação só volte a ficar em um patamar mais confortável depois de setembro. Ele ressalta que, além dos impactos da greve dos caminhoneiros nos preços dos alimentos, sobretudo nos das carnes, devido à paralisação dos frigoríficos, o próximo mês, especificamente, será marcado por um tarifaço. Combustíveis e energia elétrica ficarão mais caros. “Junho será bastante complicado para a inflação. Teremos três meses em um”, diz.

A situação só não ficará mais difícil porque os preços dos serviços, que são muito resistentes, estão em queda. Não bastasse a demanda reprimida, o mercado de trabalho está muito fraco, jogando os salários para baixo. Isso diminui o custo dos prestadores de serviços. É isso, no entender de Thadeu Filho, que vai segurar a inflação deste ano e de 2019. Nesse contexto, não haverá necessidade de o Banco Central elevar a taxa básica de juros (Selic). Um aperto monetário nos próximos meses enterraria qualquer possibilidade de retomada da economia.

QUEDA DO PIB – A alta da inflação já está no radar do governo. A equipe econômica, porém, não prevê um grande salto no IPCA. A perspectiva é de que, tão logo o abastecimento de postos e supermercados volte ao normal, os reajustes dos últimos dias sejam revertidos. O discurso é de que, em um ambiente de economia tão fragilizada, indústria e varejo não abusem dos consumidores sob pena de verem os estoques de mercadorias encalharem. “O que vimos nos últimos cinco dias foi um quadro atípico, de extremos. Corrigidos os abusos, a inflação voltará a ficar comportada”, diz um técnico.

Ele reconhece, porém, que o governo teve muita culpa para que o país mergulhasse no caos, com sérios prejuízos para a economia. O Palácio do Planalto subestimou o movimento dos caminhoneiros. E demorou para tomar medidas mais enérgicas. “Chegamos ao limite. É inaceitável que centenas de cidades fiquem sem combustíveis e que supermercados exibam prateleiras vazias. Essas imagens nos remetem aos momentos mais críticos do período de hiperinflação”, acrescenta.

GOVERNO FRACO – Foi preciso que se chegasse a esse ponto para que o presidente Michel Temer enfrentasse, com rigor, o bloqueio de estradas.

A equipe econômica está tentando mapear todas as perdas. Os mais pessimistas já falam em queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, o que será uma derrota para o discurso de Temer e de seu candidato à Presidência da República, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Os dois fazem questão de dizer que conseguiram tirar a economia da mais grave recessão da história, provocada por Dilma Rousseff.

Depois dos estragos feitos pela greve dos caminhoneiros, terão que explicar números cada vez mais ruins. O Brasil, sem dúvida, voltou a caminhar à beira do abismo.

CONVERSA EM GLOSA, RIMA EM PROSA

MAIO27 2018


Os velhos problemas do Brasil nos são apresentados como se novos fossem. Diariamente.

O estado das coisas não mudam o Estado. Digo, o brasileiro.

Todos se dizem inocentes antes e depois; como também proclamam culpados ontem e hoje. Sempre os mesmos nomes.

Mas nós só ouvimos os gemidos dos inocentes, de fato, esses preocupados com o porvir.

Há gente defendendo por correto exatamente o contrário do que dizia ser errado há alguns anos.

Vejo outros, irritados no passado, comemorando hoje as ações de protestos tantas vezes condenadas.

E assim seguimos nós, a cada dia um novo passo.

Com o Brasil passando vergonhosamente na TV.

Indo em busca do caos fantástico pela divisão de ideais.

De ideais. Não de ideias. Afinal, as ideias são tão poucas, sequer podem ser divididas.

Entre os grupos divididos – cada um ao seu modo – impera a necessidade de manutenção do seu próprio status quo, sob um lençol manchado pelo fanatismo exacerbado; fantasiado de luta de princípios, em suas sujeiras de noites mal explicadas, quando cobriam – ou cobrem – a pior das prostituições: a da moral.

Conveniente divisão do estado das coisas.

Porque o fanatismo é conveniente a quem está pendurado, de alguma forma se beneficiando, em qualquer braço do Estado, dos sindicatos, dos movimentos tidos por sociais, ou dos patronatos. E seja lá qual for o corpo desse braço, a corda esticada foi trançada na mais pura exploração de outrem. O nó de segurança é a mais pura falta de ética. Sobra apenas a covardia de quem luta armado e em um exército de muitos, contra poucos sem armas.

A esperança resiste entre pedras, em solo seco e infértil, cultivada por muitos com quase meio século de “boa vontade”; hoje apresentados como “Salvadores da Pátria”; quando na verdade suas pátrias estão por trás dos seus próprios umbigos, por baixo da pele da falsidade, da gordura da hipocrisia e músculos da dissimulação. Um pouco mais abaixo do coração cujo único sentimento é o desejo do poder pelo poder do status.

Os mesmos beneficiados pelo estado das coisas do Estado, há tantos anos que se perde a conta de quantos são.

http://www.luizberto.com/category/jesus-de-rita-de-miudo-conversa-em-glosa-rima-em-prosa/

REFLEXÕES DO MEU PAI

MAIO21 2018


Meu pai tinha muitos problemas. Dormia mal e se sentia exausto. Era irritado, mal-humorado e amargo. Até que um dia, de repente, ele mudou.

Certa vez, minha mãe, disse-lhe: – Amor, estou há três meses a procura de um emprego e não encontrei nada. Vou tomar chá com as minhas amigas. Meu pai respondeu: Está bem…

Meu irmão, disse-lhe: Pai, obtive notas baixas em todas as matérias da faculdade. Ele respondeu: – Está bem.Você vai se recuperar. E se não o fizer, poderá repetir o semestre. Porém, vai pagar a sua taxa de matrícula.

Minha irmã disse-lhe: – Pai, colidi com o meu carro. Ele respondeu: – Está bem filha. Leve-o para uma oficina e procure uma forma de efetuar o pagamento. E enquanto eles consertam, vá andando de ônibus ou metrô.

Sua nora disse-lhe: – Sogro, eu vim passar alguns meses com vocês. Meu pai respondeu: – Está bem. Acomode-se no sofá da sala e procure alguns cobertores no armário.

Reunimos na casa dos meus pais para conversar sobre as últimas atitudes paternas. Nós propusemos, então, fazer um “questionamento” para afastar qualquer possibilidade de reação que fosse provocada por efeito colateral de alguma medicação por ele ingerida. Entretanto, qual foi a nossa surpresa quando o meu genitor nos explicou:”Demorou muito tempo para perceber que cada um é responsável por sua vida. Levou-me anos para descobrir que minha angústia, minha mortificação, minha depressão, minha coragem, minha insônia e meu estresse não resolveriam os seus problemas. Mas, sim, exacerbaram os meus. Eu não sou responsável pelas ações dos outros. Eu respondo pelas reações de como eu me expresso perante as adversidades. Portanto, cheguei à conclusão que o meu dever para comigo mesmo é manter a cal ma e deixar que cada um resolva seu obstáculo da forma que lhe convier. Tenho feito cursos de ioga, de meditação, de desenvolvimento humano, de higiene mental, de vibração e programação neurolinguística . E, em todos eles, eu encontrei um denominador comum: no final, todos nos levam ao mesmo ponto. Ou seja, eu só posso ter ingerência sobre mim mesmo. Vocês têm todos os recursos necessários para resolver suas próprias vidas. Eu só posso dar meu conselho se por acaso me pedirem. E cabem a vocês decidirem segui-lo ou não. Então, de hoje em diante, parei de ser o receptáculo de suas responsabilidades, o advogado de seus defeitos, o Muro das Lamentações. De agora em diante, eu os declaro todos adultos, independentes e autossuficientes.”

Todos permaneceram em silêncio. Desde aquele dia, a família começou a funcionar melhor porque todo mundo ficou sabendo exatamente o que lhes cabia fazer.

Fonte: Este texto foi encontrada na internet com autoria desconhecida. As pessoas começaram a enviar para os e-mails dos amigos e pela importância do assunto resolvi publicar no JBF.

http://www.luizberto.com/category/aristeu-bezerra-cultura-popular/

Sob comando do PT, o BNDES “investiu” R$ 1,2 trilhão e sofreu perda total

Luciano Coutinho dirigiu o BNDES rumo ao prejuízo

Rubens Bueno
Veja

Imagine um país com R$ 1,2 trilhão para investir em desenvolvimento. Esse é o sonho de qualquer governante compromissado com o fortalecimento da economia, com a melhoria da infraestrutura e com a geração de milhões de empregos no país. Pois foi justamente essa montanha de dinheiro que os governos do PT, capitaneados pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, tinham em suas mãos. E o que fizeram? Jogaram na lata do lixo dos campeões nacionais da corrupção.

Quem acompanha mesmo de longe o desenrolar da operação Lava Jato conhece bem que fim levaram os irmãos Batista, da JBS Friboi, Emílio e Marcelo, da construtora Odebrecht, e o empresário Eike Batista, do Grupo EBX. Financiados a juros reduzidos com o trilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), corromperam políticos, abasteceram caixas dois de campanha e remeteram recursos para o exterior sem gerar uma das principais contrapartidas que um banco de fomento tem que exigir: a geração de empregos.

SÓ PREJUÍZOS – A JBS Friboi fechou dezenas de frigoríficos no Brasil e direcionou grande parte de suas operações para o exterior. A fantasiosa EBX de Eike Batista faliu e deve bilhões ao BNDES e outros credores. A Odebrecht, diante dos escândalos de corrupção, está mal das pernas. E, como resultado disso, milhares de trabalhadores dessas empresas foram parar no olho da rua.

Hoje, cabe perguntar ao PT: Qual benefício, além da corrupção, trouxeram ao Brasil os “amigos do Rei” que hoje “está nú” em uma cela da Polícia Federal em Curitiba?

Se havia pelo menos a remota intenção de melhorar ao menos um pouco a vida dos brasileiros com essa política de investimentos públicos em empresas que já eram grandes, ao invés de fomentar pequenas e médias, isso não se configurou.

RENDA PER CAPITA – Se pegarmos o avanço da renda per capita brasileira veremos que entre 1994 e 2016, ela cresceu 31%, menos que a média dos países da América Latina e no Caribe, cujo índice avançou 37%. Diante dos países emergentes, onde o Brasil está incluso, a vergonha é ainda maior. Nesse grupo, o aumento do PIB per capita foi de 152% no mesmo período. Já as nações desenvolvidas cresceram 42%.

Na prática, o BNDES, nas mãos do Partido dos Trabalhadores, deu prejuízos ao país. Como se diz quando um carro é inutilizado num acidente de trânsito, o BNDES deu PT. Perda Total.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não estranhe quando o BNDES anuncia ter tido lucro. Grande parte dos prejuízos tem cobertura do próprio governo, que cobre os rombos com recursos do Fundo Garantidor de Exportações, com dinheiro do Tesouro Nacional – leia-se seu, meu, nosso… (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Candidatura de Lula é lançada hoje e governadores cobram a indicação do vice

Charge do Nani (nanihumor.com)

Ricardo Galhardo
Estadão

Neste domingo, dia 27, o PT faz mais um “lançamento” nacional da candidatura de Lula com pequenos atos nas cidades onde o partido está organizado. Ao mesmo tempo, o partido vai encaminhar ao ex-presidente Lula a proposta dos governadores petistas de abrir negociações para a escolha do vice na chapa do partido para a disputa presidencial. Na prática, isso é interpretado por setores da sigla como a primeira vez o PT vai provocar Lula, condenado e preso na Operação Lava Jato, a se manifestar sobre a possibilidade de ser substituído na eleição do dia 7 de outubro.

Duas semanas atrás a corrente majoritária do PT, Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Lula faz parte, tentou barrar o debate quanto à escolha do vice por entender que isso desencadearia novas especulações sobre um “plano B”.

QUATRO PLANOS – Segundo fontes que participaram da reunião entre a direção petista e os governadores do partido, quarta-feira, em Brasília, ao menos dois dos quatro cenários em estudo no PT apontam a indicação de possíveis planos B para a vice.

UM – O principal deles é a indicação de um petista. Os nomes cogitados são os do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, os ex-ministros Jaques Wagner e Celso Amorim e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Qualquer um destes nomes poderia substituir Lula caso o petista seja barrado pela Justiça.

DOIS – O segundo cenário é a escolha de Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT. No caso de Ciro vale a mesma lógica. Se Lula for barrado, o pedetista viraria candidato a vice. Mas esta hipótese esbarra em Ciro que não abre mão de encabeçar a chapa.

TRÊS – O terceiro cenário seria a escolha do empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, hoje filiado ao PR. É o nome ideal do PT, mas também a hipótese mais improvável, já que sua indicação depende de Lula contornar os entraves jurídicos, algo que mesmo os lulistas mais fiéis admitem ser quase impossível. Petistas, porém, não descartam que o nome de Josué pode evoluir para ser a cabeça de chapa.

QUATRO – O quarto cenário é não falar em vice agora para evitar as especulações sobre “plano B”. Depois da reunião com os governadores Gleisi deixou claro que a decisão será de Lula. Segundo fontes do PT, o ex-presidente já sugerira que as conversas ocorressem extraoficialmente e que o processo de escolha do vice só seja desencadeada publicamente depois da Copa do Mundo.

O encaminhamento da proposta até Lula faz parte de um acordo firmado entre Gleisi e os governadores. Segundo participantes da reunião, a presidente do PT se comprometeu a tratar do assunto com o ex-presidente em troca de os governadores seguirem a decisão de Lula.

Até lá a direção do PT vai se concentrar na negociação das alianças estaduais, principalmente com partidos de centro-esquerda como o PDT, PSB e PCdoB. O PSOL, tradicional adversário do PT, também será procurado para acordos locais.

TRUNFO ELEITORAL – O PT avalia que o bom desempenho de Lula nas pesquisas, mesmo depois de preso, é um trunfo eleitoral importante para a negociação de alianças estaduais. Em conversas preliminares, petistas perceberam o interesse de vários candidatos a governador, principalmente no Nordeste, de contar com o apoio do ex-presidente.

Com isso, cresce no PT o apoio à estratégia de manter o nome de Lula durante o máximo de tempo possível e fazer a troca de candidato só depois que a Justiça decidir se aceita o registro da candidatura.

Por isso o PT marcou para o dia 28 de julho, quase no limite imposto pela lei, a convenção que vai decidir a chapa para a disputa presidencial. Na quinta, Lula reiterou aos deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e José Guimarães (PT-CE), que é candidato. “Ele disse que é candidato e quer receber os governadores”, disse Guimarães.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O impasse continua. A candidatura de Lula é “fake”, só serve para manter vivo o partido, mas seria interessante ter um vice para fazer campanha, como os governadores petistas reivindicam, e o único nome é Fernando Haddad, que não ganha, mas marca presença. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Para variar, o governo cantou vitória antes da hora e acabou agravando a crise

Como sempre, a solução de Temer são os militares

Bernardo Mello
O Globo

O governo dormiu em festa e acordou em pânico. Na noite de quinta-feira, o Planalto cantou vitória e anunciou que os caminhões voltariam a circular. Na manhã de sexta, foi atropelado pelos fatos. As rodovias continuaram bloqueadas, e a crise de abastecimento se agravou em todo o país.

O Planalto errou ao ignorar os alertas de revolta contra a disparada do preço do diesel. Errou de novo ao negociar com gente que não tinha força para suspender o motim. Errou mais uma vez ao abrir o cofre antes de garantir a liberação das estradas.

MILITARES – Com o acordo na lona, Michel Temer apelou à saída de sempre: pediu socorro às Forças Armadas. Os militares não conseguem reduzir a violência no Rio, e agora se veem atirados em outra fogueira. Ao receber a nova missão, avisaram ao chefe que também correm o risco de ficar sem combustível.

O presidente resolveu endurecer o discurso. Em tom enfezado, disse que “terá a coragem de exercer sua autoridade”. Qual autoridade? O poder presidencial parece cada vez menor, esvaziado pela rejeição popular e pela debandada de aliados.

BAJULADORES – Temer está entrincheirado no palácio, cercado de bajuladores e políticos sem voto. O ministro Moreira Franco, novo titular de Minas e Energia, desapareceu no auge da crise. Agora quem fala pelo presidente é Carlos Marun, ex-capataz de Eduardo Cunha.

O ministro-pitbull voltou a dar plantão na TV para defender o chefe. “Fomos exitosos”, assegurou à GloboNews, na tarde em que o noticiário mostrava o fiasco do acordo. Na mesma entrevista, ele disse integrar o “melhor governo da história do país por hora de mandato”.

“AVANÇAMOS” – Marun não é o único desconectado da realidade. O Planalto acaba de lançar uma campanha publicitária para comemorar os dois anos do impeachment que instalou Temer no poder. Enquanto a propaganda repete o bordão “Avançamos”, a população experimenta a escassez de combustível, transporte e alimentos.

Na quarta-feira, terceiro dia de bloqueio nas estradas, o site do MDB afirmou que “os tempos de instabilidade, recessão e desequilíbrio econômico ficaram para trás”.

Petroleiros deflagram greve de 72 horas a partir de quarta-feira

Publicado em 27/05/2018 - 10:44

Por Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil Brasília

No momento em que o governo federal negocia o fim da paralisação dos caminhoneiros, que entrou hoje (27) no sétimo dia, os petroleiros organizam uma greve nacional “de advertência“. A paralisação de 72 horas será a partir da próxima quarta-feira (30). A mobilização é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados. 

Os petroleiros preparam para hoje atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.

Para amanhã (28), a FUP e seus sindicatos promovem o Dia Nacional de Luta, com atos públicos e mobilizações.

Em nota, a FUP informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar o governo federal a reduzir os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, também é uma manifestação contra a eventual proposta de privatização da Petrobras e a gestão do presidente da empresa, Pedro Parente.

“A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, diz o comunicado da FUP.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil