segunda-feira, 2 de abril de 2018

Bêbado, vereador é preso após se envolver em acidente e agredir PMs no Sul de MG

Vereador se envolveu em acidente e tinha sinais de embriaguez

PUBLICADO EM 02/04/18 - 13h14

RAFAELA MANSUR

O presidente da Câmara Municipal de Machado, no Sul de Minas, o vereador Maycon Willian da Silva (PSB), de 27 anos, foi preso por dirigir alcoolizado após se envolver em um acidente de trânsito, na madrugada de anteontem. Ele ainda teria agredido os policiais militares que atenderam a ocorrência.

De acordo com o boletim de ocorrência, o veículo de Silva, um Volkswagen Gol, bateu na traseira de uma caminhonete Fiat Strada, na avenida Artur Bernardes.

A Polícia Militar (PM) foi acionada e, ao chegar ao local, notou sintomas de embriaguez no vereador, como andar cambaleante, olhos vermelhos, hálito etílico e fala desconexa. Uma garrafa de cerveja vazia foi encontrada dentro do carro dele.

Os militares deram ordem de prisão em flagrante ao parlamentar, mas ele resistiu. O político teria ficado "agressivo" e "exaltado" e, como ele é conhecido pela prática de artes marciais, os policiais acionaram o apoio de outras guarnições para contê-lo.

Silva foi conduzido para uma unidade de pronto-atendimento e, ao descer da viatura, teria cuspido no rosto de um sargento e o agredido com uma cabeçada. O vereador ainda teria ameaçado os policiais e dito que iria dar "tiros na cara" de um deles. A mãe do político, que também estava no local, teria desacatado os militares, dizendo que eles não "valem nada" e que iria tirá-los da cidade.

Ao médico, Silva teria falado que estava em uma festa e havia consumido bebida alcoólica. O parlamentar contou que o acidente ocorreu quando ele se abaixou para pegar o celular e perdeu o controle do carro. Ele recusou-se a fazer o teste de alcoolemia.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do vereador foi recolhida e entregue na Delegacia de Polícia Civil de Plantão de Alfenas, também no Sul de Minas. Ele se manteve em silêncio e foi liberado após pagar fiança de R$ 5 mil. Silva deve ser indiciado pelos crimes de embriaguez ao volante, desacato e resistência.

O parlamentar afirmou que a PM chegou ao local do acidente quando a situação estava "quase resolvida" e que não entendeu por que recebeu voz de prisão, mas não usou de força. Ele disse, ainda, que, quando a mãe o viu sair da viatura, na unidade de pronto-atendimento, ficou nervosa e começou a gritar, e um dos policiais deu uma "gravata" nela e a algemou.

"Eu, como filho, vendo minha mãe naquela situação, realmente me exaltei", disse o vereador, ressaltando que estava algemado o tempo todo. Ele declarou que foi vítima de vários socos por parte dos militares.

A reportagem tentou contato com a 164ª Companhia da PM, em Machado, que atendeu a ocorrência, mas ninguém deu entrevista. No boletim de ocorrência, consta que foi necessário o "uso moderado e progressivo da força", o que provocou "lesões leves" em Silva.

A ocorrência não vai interferir no cargo do vereador Maycon Willian da Silva como presidente da Câmara Municipal de Machado. De acordo com a assessoria de imprensa da Casa, o fato ocorreu quando ele estava fora do exercício da função, em seu veículo pessoal.

Silva é o segundo vereador mais jovem da história do município. Ele tem formação técnica em redes de computadores e atua como radialista, além de ser professor de jiu-jitsu.

Jornal OTempo

Subtenente é o 35º policial morto neste ano no Rio

02/04/2018 10h24
Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O subtenente Marcílio de Melo Ferreira, de 54 anos, foi assassinado na madrugada de hoje (2), durante assalto a posto de gasolina, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O policial militar estava abastecendo o carro no posto localizado na Avenida Intendente Magalhães, em Campinho, quando os assaltantes perceberam que ele estava armado.

O policial lutou com os criminosos, que conseguiram roubar sua arma e atiraram contra ele. Marcílio chegou a ser levado para o Hospital Estadual Carlos Chagas, mas não resistiu aos ferimentos.

Logo em seguida, policiais militares que faziam o patrulhamento daquela avenida prenderam três pessoas que supostamente se envolveram no roubo e assassinato do policial. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

Marcílio, que estava na Polícia Militar há 31 anos, era casado e tinha seis filhos. Ele foi o 35º policial assassinado neste ano no estado do Rio de Janeiro.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

STF julga nesta semana habeas corpus preventivo de Lula

02/04/2018 05h48
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na quarta-feira (4) o habeas corpus preventivo com o qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer evitar sua prisão após condenação pela segunda instância da Justiça Federal no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Os 11 ministros que compõem a Corte devem agora entrar no mérito do pedido de liberdade de Lula, que não foi abordado no julgamento iniciado em 22 de março, quando o ex-presidente ainda tinha um recurso pendente de julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre.
Voto da ministra do Rosa Weber pode definir o julgamento 
Arquivo/Antonio Cruz/Agência Brasil

As cinco horas da sessão plenária daquele primeiro dia de julgamento foram dedicadas somente à discussão sobre o cabimento ou não do habeas corpus de Lula, que acabou sendo aceito por sete votos a quatro. Na ocasião, foi concedida, por seis votos a cinco, uma liminar ao ex-presidente para garantir sua liberdade até a análise final do habeas corpus, no dia 4 de abril.

Discussão de mérito
Ao entrar no mérito, a questão de fundo a ser discutida pelo plenário do Supremo será a possibilidade de execução provisória de pena por condenado em segunda instância, mesmo que ainda existam recursos contra a condenação pendentes de análise em tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou o próprio STF.

As expectativas estarão voltadas em grande medida para a ministra Rosa Weber, que é contra a execução provisória de pena, mas que por outro lado tem respeitado, ao longo dos últimos dois anos, o entendimento que prevalece até o momento no STF, de permitir a prisão de condenados mesmo que ainda caibam recursos a instâncias superiores.

O voto de Rosa Weber pode ser decisivo diante do impasse que o tema vive hoje na Corte. Cinco ministros defendem e aplicam monocraticamente a tese de que condenados em segunda instância só devem começar a cumprir pena após o trânsito em julgado, quando se encerram todos os recursos possíveis. São eles Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e o decano, Celso de Mello.

Os outros cinco ministros – Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Luiz Fux – têm até agora se posicionado a favor de que o condenado possa ser preso quando se esgotam as apelações em segunda instância. A expectativa é de que mantenham a posição e votem contra o habeas corpus preventivo de Lula.

Também pode ser decisiva para Lula a presença ou não de Gilmar Mendes no julgamento. O ministro votou favoravelmente ao ex-presidente na aceitação do habeas corpus, no dia 22, mas por uma questão de agenda pode não estar presente na apreciação do mérito do pedido de liberdade.

Recurso negado 
Após receber o salvo-conduto do STF, Lula teve seu último recurso na segunda instância, um embargo de declaração, negado pelo TRF4. Com isso, o julgamento do habeas corpus no STF tornou-se a última chance para que o ex-presidente consiga garantir o direito de continuar recorrendo em liberdade às instâncias superiores contra sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, determinada em junho do ano passado pelo juiz Sérgio Moro e confirmada em janeiro deste ano pelo TRF4.

Na semana passada, a defesa do ex-presidente disse que pretende protocolar mais um embargo de declaração no TRF4, contra a rejeição do primeiro embargo de declaração – tipo de recurso que prevê esclarecimentos de uma decisão, mas não mudança de sentença judicial. O TRF4 tem negado rapidamente esse tipo de recurso sucessivo, por ser considerado protelatório.

A possibilidade de expedição de mandado de prisão por Moro dependeria, então, do encerramento do trâmite do processo no TRF4 e de negativa do STF ao pedido de habeas corpus preventivo no julgamento desta quarta (4).

Edição: Lidia Neves
Agência Brasil

Shoppings em Juiz de Fora realizam vacinação contra febre amarela

Por G1 Zona da Mata

01/04/2018 09h56 

Shoppings de Juiz de Fora oferecem vacina contra febre amarela. 
(Foto: Secom/PMU)

Os shoppings Independência e Santa Cruz , em Juiz de Fora, vão realizar campanhas de vacinação contra a febre amarela a partir desta segunda-feira (2). Poderão receber a dose pessoas com idade a partir de nove meses, que nunca foram imunizados contra a doença. Grávidas e idosos com mais de 60 anos serão avaliados no local pela equipe de saúde.

No Independência Shopping, o ponto de vacinação vai funcionar em horário especial e diferenciado dos postos de saúde, atendendo às pessoas que trabalham e não têm disponibilidade de tempo em horário comercial. O serviço será oferecido de 3 a 6 de abril, das 19h às 22h, no piso L1.

Já no Shopping Santa Cruz, a vacinação acontece de 2 a 6 de abril, das 10h às 16h, no primeiro piso. No sábado (7), a ação acontecerá na Feira de Saúde na Praça do Riachuelo, das 9h às 13h.

Avanço da doença
No último boletim epidemiológico divulgado na última terça-feira (27) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostra que mais duas pessoas morreram em Juiz de Fora por febre amarela. Outro óbito também foi confirmado em Matias Barbosa. Com esses dados, sobe para 42 o número de mortes na Zona da Mata e do Campos das Vertentes.

Em todo o estado, as mortes chegam a 145 desde o fim do ano passado. De acordo com o balanço, no total, 413 casos da doença foram confirmados. Outros 607 seguem sob investigação.

Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa.

Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

domingo, 1 de abril de 2018

Ninguém acerta os números da Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 40 milhões

01/04/2018 08h09
Brasília
Da Agência Brasil

O prêmio do sorteio 2.027 da Mega-Sena, realizado com o caminhão da sorte em Canela (RS), acumulou. Ninguém acertou as seis dezenas e, com isso, o próximo sorteio tem prêmio previsto de R$ 40 milhões.

Confira as dezenas sorteadas: 11 - 15 - 29 - 37 - 39 - 44

Os cinco números da quina tiveram 76 apostas ganhadoras, que levaram R$ 32.815,34 cada. Fizeram os quatro números da quadra 4.916 jogadores, que recebem R$ 724,73 cada.

Cálculo do prêmio
O valor arrecadado com o concurso da Mega-Sena não é totalmente revertido em prêmio para o ganhador. Parte do montante é repassada ao governo federal para investimentos nas áreas de saúde, educação, segurança, cultura e esporte.

Além disso, há despesas de custeio do concurso, imposto de renda e outros, que fazem com que o prêmio bruto corresponda a 46% da arrecadação. Dessa porcentagem:

35% são distribuídos entre os acertadores dos 6 números sorteados (sena);
19% entre os acertadores de 5 números (quina);
19% entre os acertadores de 4 números (quadra);
22% ficam acumulados e distribuídos aos acertadores dos 6 números nos concursos de final 0 ou 5.
5% ficam acumulado para a primeira faixa - sena - do último concurso do ano de final zero ou 5.

Não havendo acertador em qualquer faixa, o valor acumula para o concurso seguinte, na respectiva faixa de premiação.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

*Matéria ampliada às 8h12

Edição: Lidia Neves
Agência Brasil

Prazo para isenção da taxa de inscrição do Enem começa na segunda-feira

31/03/2018 10h39
Brasília
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil
Para todos os casos de solicitação de isenção da taxa, o participante deverá ter documentos que comprovem a condição declarada - Arquivo/Agência Brasil

Os estudantes que irão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 e quiserem pedir isenção da taxa de inscrição devem ficar atentos. Neste ano, a solicitação de isenção será feita entre os dias 2 e 11 de abril, ou seja, antes do período de inscrição, que começa em maio. O pedido deve ser feito, exclusivamente, pelo endereço site do Enem.

Serão isentos os estudantes que estejam cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública, ou que tenha cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio.

Também tem isenção o participante que declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Neste ano, também são isentos os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado, que tenham atingido a nota mínima do exame.

O estudante Emanuel Noronha, que mora em Belém (PA), vai fazer o Enem pela segunda vez neste ano e vai pedir a isenção da taxa de inscrição por se enquadrar no critério de baixa renda. Segundo ele, se fosse para pagar, teria que fazer uma “vaquinha” na família para conseguir os R$ 82 da taxa de inscrição.

O candidato diz que já está preparado para pedir o benefício logo nos primeiros dias, para evitar transtornos. “Vou pedir o mais cedo possível, porque mesmo que muitos ainda não saibam dessa mudança, quero evitar problemas, como o site estar congestionado”, diz.

Comprovação
Prazo para isenção da taxa de inscrição do Enem começa na segunda-feira
Para todos os casos de solicitação de isenção da taxa de inscrição, o participante deverá ter documentos que comprovem a condição declarada, sob pena de responder por crime contra a fé pública e de ser eliminado do Exame.

O participante que solicitar isenção da taxa de inscrição por estar incluído no CadÚnico deverá informar o seu Número de Identificação Social (NIS) válido. O Inep poderá consultar o órgão gestor do CadÚnico para verificar a conformidade da condição indicada pelo participante no sistema de isenção.

Se a solicitação de isenção for negada, ainda é possível recorrer da decisão, na Página do Participante, entre os dias 23 e 29 de abril.

A aprovação da isenção da taxa de inscrição não significa que o participante já está inscrito no Enem. As inscrições deverão ser feitas das 10h do dia 7 de maio às 23h59 de 18 de maio deste ano, pelo site do Enem.

Justificativa

Os participantes que tiveram isenção da taxa de inscrição no Enem no ano passado e que faltaram aos dois dias de provas terão que justificar a ausência para fazer o Enem de 2018 sem pagar a taxa novamente. A ausência deve ser comprovada entre os dias 2 e 11 de abril, por meio de documentos como atestado médico, documento judicial, certidão pública ou boletim de ocorrência que comprove e justifique a ausência no exame.

Quem não apresentar justificativa de ausência no Enem 2017 ou tiver a justificativa reprovada após recurso e quiser se inscrever no Enem 2018 deverá pagar o valor da taxa de inscrição, que foi mantida neste ano em R$ 82. Da mesma forma, o participante que obtiver a isenção da taxa de inscrição do Enem deste ano e não comparecer às provas nos dois dias de aplicação deverá justificar sua ausência se desejar solicitar nova isenção para o exame em 2019.

A exigência foi adotada por causa dos prejuízos que o exame vem registrando nos últimos anos aos cofres públicos. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as últimas cinco edições do Enem representaram um prejuízo de R$ 962 milhões com participantes que se inscreveram e não compareceram às provas.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Páscoa - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Páscoa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ressurreição de Cristo. A Páscoa é a comemoração do fundamento da fé cristã, a crença que Jesus morreu e ressuscitou no terceiro dia.
1499-1502. Por Rafael, atualmente no Museu de Arte de São Paulo, Brasil.

Páscoa ou Domingo da Ressurreição é uma festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã. 
A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento.
O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período de quarenta dias de jejum, orações e penitências.

O termo "Páscoa" deriva, através do latim Pascha e do grego bíblico Πάσχα Paskha, do hebraico פֶּסַח (Pesaḥ ou Pesach), a Páscoa judaica.

A última semana da Quaresma é chamada de Semana Santa, que contém o chamado Tríduo Pascal, incluindo a Quinta-Feira Santa, que comemora a Última Ceia e a cerimônia do Lava pés que a precedeu e também a Sexta-Feira Santa, que relembra a crucificação e morte de Jesus. A Páscoa é seguida por um período de cinquenta dias chamado Época da Páscoa que se estende até o Domingo de Pentecostes.

A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que sua data não é fixa em relação ao calendário civil. O Primeiro Concílio de Niceia (325) estabeleceu a data da Páscoa como sendo o primeiro domingo depois da lua cheia após o início do equinócio vernal (a chamada lua cheia pascal).
Do ponto de vista eclesiástico, o equinócio vernal acontece em 21 de março (embora ocorra no dia 20 de março na maioria dos anos do ponto de vista astronômico) e a "lua cheia" não ocorre necessariamente na data correta astronômica. Por isso, a data da Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril (inclusive). 
Os cristãos orientais baseiam seus cálculos no calendário juliano, cuja data de 21 de março corresponde, no século XXI, ao dia 3 de abril no calendário gregoriano utilizado no ocidente. Por conseguinte, a Páscoa no oriente varia entre 4 de abril e 8 de maio inclusive.

A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica pela data e também por muitos dos seus simbolismos centrais. Ao contrário do inglês, que tem duas palavras distintas para as duas festas (Easter e Passover respectivamente), em português e em muitas outras línguas as duas são chamadas pelo mesmo nome ou nomes muito similares. 
Os costumes pascais variam bastante entre os cristãos do mundo inteiro e incluem missas matinais, a troca do cumprimento pascal e de ovos de Páscoa, que eram, originalmente, um símbolo do túmulo vazio.
Muitos outros costumes passaram a ser associados à Páscoa e são observados por cristãos e não-cristãos, como a caça aos ovos, o coelho da Páscoa e a Parada da Páscoa. Há também uma grande quantidade de pratos típicos ligados à Pascoa e que variam de região para região.

Etimologia
Por Teresa Peña, fotografada na Catedral de Burgos.

Nas línguas de origem grega e latina, o nome utilizado para Páscoa é derivado do grego Πάσχα (Pascha), um termo que derivou, através do aramaico, do hebraico פֶּסַח (Pesach ou Pesaḥ), um termo utilizado originalmente para designar um festival judaico comemorando o Êxodo e conhecido em português como Páscoa judaica.
Já nos primeiros anos da década de 50 do século I, Paulo, escrevendo de Éfeso aos cristãos de Corinto utilizou o termo para fazer referência a Cristo e é improvável que os efésios e coríntios tenham sido os primeiros a ouvir o Êxodo 12 interpretado como uma referência à morte de Jesus e não a um ritual de passagem judaico. Quase todos os países falantes de línguas não-inglesas utilizam nomes derivados de Pascha para a festa.

O termo em inglês é Easter, cognato com alemão moderno Ostern, derivado do inglês antigo Ēastre ou Ēostre. A teoria geralmente aceita defende que ele era originalmente o nome de uma deusa anglo-saxônica, Ēostre, uma forma do termo indo-europeu encontrado em muitos lugares para a deusa do amanhecer.

Importância teológica
O Novo Testamento ensina que a ressurreição de Jesus, celebrada pela Páscoa, é o fundamento da fé cristã
A ressurreição estabeleceu Jesus como sendo Filho de Deus e é citada como prova de que Deus irá julgar o mundo com justiça. Deus «regenerou os cristãos para uma viva esperança pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos»(I Pedro 1:3). Estes, pela fé na obra de Deus, são espiritualmente ressuscitados com Jesus para que possam seguir para uma nova vida eterna.

A Páscoa está ligada à Páscoa judaica e ao Êxodo, relatado no Antigo Testamento, através da Última Ceia e a crucificação que precederam a ressurreição. De acordo com o Novo Testamento, Jesus deu à refeição pascal um novo significado, pois ele preparava a si e aos seus discípulos para morte quando durante a ceia no cenáculo. Ele identificou o pão (matzah judaico) e o vinho como sendo seu corpo, que logo seria sacrificado, e seu sangue, que seria derramado (veja instituição da Eucaristia). Diz Paulo, "Purificai o velho fermento, para que sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois, na verdade, Cristo, que é nossa Páscoa, foi imolado.", fazendo referências aos requisitos judaicos de que não haja fermento na casa e do sacrifício do cordeiro pascal (korban), alegoricamente identificado como Jesus.

Uma interpretação do Evangelho de João é que Jesus, como cordeiro pascal, foi crucificado, grosso modo, no mesmo horário que os cordeiros estavam sendo sacrificados no Templo, a tarde de 14 Nisan. As instruções na Bíblia especificam que ele deve ser imolado «a tardinha» (Êxodo 12:6), ou seja, no crepúsculo. No período romano, porém, os sacrifícios eram realizados no meio da tarde.

Esta interpretação, porém, inconsistente com a cronologia nos evangelhos sinóticos. Ela assume que o texto de João 19:14 ("Era a parasceve e cerca da hora sexta"), literalmente traduzido, é obrigatoriamente uma referência ao 14 de Nisan (o dia de preparação para a Páscoa judaica) e não ao Yom Shishi (a sexta seguinte, dia de preparação para o sabá da semana do festival da Páscoa judaica) e que o desejo dos sacerdotes de estarem puros para «...poderem comer a páscoa» (João 18:28) era uma referência obrigatória à refeição do cordeiro de Páscoa e não às demais feitas durante as oferendas públicas do festival da Páscoa (chamado também de "Festival do Pão sem Fermento"), como comanda Levítico 23:8.

Cristianismo primitivo
A Última Ceia, celebrada por Jesus e seus discípulos, era uma "sêder de Pessach" ("ceia de Páscoa"). Os primeiros cristãos também celebravam esta refeição para comemorar a morte e ressurreição de Jesus.
Cordeiro Pascal, uma das refeições tradicionais judaicas durante a Páscoa. Ao re-interpretar o significado desta celebração, os cristãos identificaram Jesus como sendo o cordeiro imolado, criando o símbolo do Cordeiro de Deus.
1660-1670. Pela artista portuguesa Josefa de Óbidos, atualmente no Museu de Évora, em Portugal.

Os primeiros cristãos, judeo-cristãos e gentios, certamente conheciam o calendário hebraico e não existem evidências diretas de que eles celebrassem nenhum tipo específico de festival anual cristão. A Páscoa era provavelmente um aspecto da Páscoa judaica na qual os judeo-cristãos, os primeiros a comemorarem-na, celebravam a ressurreição de Jesus.

Evidências diretas começam a aparecer na metade do século II. Talvez a mais antiga fonte primária sobrevivente a fazer referência à Páscoa seja uma homilia pascal do meio do século II atribuída a Melito de Sardis, que apresenta o evento como uma festa já consolidada (e não uma "novidade"). Evidências de um outro tipo de festival anual cristão, a comemoração dos mártires, começam a aparecer mais ou menos na mesma época.

Enquanto os dias reservados aos mártires (em geral as datas de seus respectivos martírios) eram celebrados em datas fixas utilizando o calendário solar local, a data da Páscoa era determinada através do calendário lunissolar judaico, o que é consistente com o fato de a festa da Páscoa ter sido incorporada ao cristianismo durante seus primeiros anos, o chamado período judaico, mas mesmo assim a questão não está livre de controvérsias.

O historiador eclesiástico Sócrates Escolástico atribui a observância da Páscoa pela igreja à perpetuação de seu costume, "da mesma forma que outros costumes foram criados", afirmando que nem Jesus e nem seus apóstolos desejavam manter este ou qualquer outro festival. Embora ele descreva em detalhes a celebração da Páscoa como sendo derivada de costumes locais, ele insiste, por outro lado, que a festa era de fato universalmente observada.
Data
Ver artigos principais: Data da Páscoa e Controvérsia da Páscoa
ANO  DATA
2018 1 de abril
2019 21 de abril
2020 12 de abril
2021 4 de abril
2022 17 de abril
2023 1 de abril

Posição no ano litúrgico
Ver artigo principal: Ano litúrgico

Cristianismo ocidental
No cristianismo ocidental, a Páscoa é precedida pela Quaresma, um período preparatório de jejuns e penitências que começa na Quarta-Feira de Cinzas e dura quarenta dias (sem contar os domingos). A semana antes da Páscoa, conhecida como Semana Santa, é muito especial na tradição cristã. O domingo anterior é o Domingo de Ramos. Os três dias antes da Páscoa, conhecidos como Tríduo Pascal, são a Quinta e a Sexta-Feira Santa mais o Sábado de Aleluia.

Muitas igrejas começam a celebrar a Páscoa no fim da noite do Sábado de Aleluia na chamada Vigília Pascal. Em alguns países, a Páscoa dura dois dias, com a adição da chamada "Segunda-Feira de Páscoa".

A semana começando com o Domingo de Páscoa é chamada de Semana de Páscoa (ou Oitava da Páscoa) e cada dia é sucedido pelo sufixo "pascal" (ou "da Páscoa"). O Sábado de Páscoa é, portanto, o sábado depois do Domingo de Páscoa (e não o Sábado de Aleluia, antes dele). A Época da Páscoa começa no domingo e vai até o Domingo de Pentecostes, sete semanas depois.

Cristianismo oriental
No cristianismo oriental, a preparação espiritual para a Páscoa começa com a Grande Quaresma, que começa na Segunda-Feira Limpa e dura quarenta dias seguidos (inclusive os domingos). A última semana da Grande Quaresma (depois do quinto domingo da Grande Quaresma) é chamada de Semana de Ramos e termina com o Sábado de Lázaro. As vésperas deste dia encerram oficialmente a Grande Quaresma, embora o jejum continue ainda na semana seguinte. Depois vêm o Domingo de Ramos, a Semana Santa e, finalmente, a Páscoa. O período de jejuns se encerra imediatamente depois da Divina Liturgia da Páscoa.

A Vigília Pascal começa com o Serviço da Meia-Noite, que é o último do Triodion da Quaresma e é sincronizado para acabar pouco antes da meia-noite do Sábado de Aleluia. Quando o relógio marca a meia-noite, a celebração da Páscoa começa, que abrange as matinas pascais, as horas pascais e a Divina Liturgia Pascal. Este sincronismo garante que a liturgia da Páscoa ocorrerá mais cedo que qualquer outra liturgia matinal no ano litúrgico, garantindo assim sua preeminência entre as Festas das Festas.

A época litúrgica que vai da Páscoa até o domingo de Todos os Santos (o domingo depois do Pentecostes) é conhecido como Pentecostarion (os "cinquenta dias"). A semana que começa no Domingo de Páscoa é chamada de Semana Brilhante, durante a qual não se jejua (mesmo às quartas e sextas).

Observância
Cristianismo ocidental
Uma tradição ocidental de origem não religiosa, o Coelho da Páscoa, assim como o Papai Noel, representa a tradição de trocar presentes em datas festivas. Para algumas denominações, é o retrato da secularização e comercialização da festa da Páscoa.
Cartão postal de 1915.

O festival da Páscoa é observado de diferentes formas entre os cristãos ocidentais. A observância litúrgica tradicional, praticada por católicos, luteranos e alguns anglicanos, começa na noite do Sábado de Aleluia com a Vigília Pascal. Esta, considerada a mais importante liturgia do ano, começa numa escuridão total com o fogo pascal e o acendimento do Círio Pascal (símbolo do Cristo ressuscitado) e o canto do Exultet, uma proclamação de Páscoa atribuída a Santo Ambrósio.

Depois deste serviço de luz, seguem-se diversas leituras do Antigo Testamento. Elas contam as histórias da criação, o sacrifício de Isaac, a travessia do Mar Vermelho e profecia da vinda do Messias. Esta parte do serviço litúrgico culmina com o canto do Gloria, do Alleluia e finalmente com a proclamação do "boa nova" (evangelion) da ressurreição. Neste ponto, as luzes são novamente acesas e os sinos bradam (de acordo com os costumes locais).

O foco então se volta do púlpito para a pia batismal. Nos tempos antigos, a Páscoa era considerada o período ideal para que os convertidos recebessem o batismo e esta prática continua entre os católicos romanos e na Comunhão Anglicana. Havendo ou não batismos neste momento, é tradicional que a congregação renove seus votos batismais, um ato que é geralmente selado com o aspergimento da água benta da fonte. O sacramento da Confirmação é também celebrado durante a Vigília.

A Vigília de Páscoa termina com a Eucaristia (conhecida também como "Comunhão" em algumas tradições).

Algumas igrejas preferem realizar a vigília bem cedo no domingo ao invés da noite de sábado para refletir o relato evangélico das mulheres chegando ao túmulo na manhã do primeiro dia da semana (o domingo). Estes serviços, conhecidos como "Serviços do Amanhecer", geralmente ocorrem ao ar livre (o cemitério, jardim ou estacionamento da igreja em geral). O primeiro deles ocorreu em 1732 entre os irmãos singulares da Igreja Morávia em Herrnhut, Saxônia. O costume foi depois exportado por missionários para diversas cidades no mundo.

Outras celebrações ocorrem também no próprio Domingo de Páscoa. Tipicamente, estes serviços seguem a ordem de um domingo normal de cada congregação, incorporando elementos mais festivos. A música, em particular, geralmente é mais alegre; a incorporação dos metais na orquestra para incrementar os instrumentos habituais dos músicos da congregação é bastante comum. Além disso, é bastante comum que toda a igreja seja decorada com faixas e flores.

Cristianismo oriental
Velas pascais acesas durante a Liturgia da Ressurreição, que comemora o milagre anual do Fogo Sagrado que ocorre na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém no Grande e Santo Sábado.
Catedral Ortodoxa Grega da Anunciação da Virgem Maria,Toronto, Canadá.

Para os cristãos orientais, todas as demais festas do calendário são secundárias em relação à Páscoa, inclusive o Natal, o que se reflete na rica gama de costumes pascais na cultura de países tradicionalmente de maioria ortodoxa. Os católicos orientais também enfatizam a Páscoa em seu calendário e tem costumes muitos similares.

Isto não quer dizer que os demais elementos do ano litúrgico cristão sejam ignorados, mas que, ao invés disso, eles são vistos não apenas como sendo preliminares mas também como sendo iluminados pelo clímax da ressurreição, um evento que realiza e frutifica tudo o que veio antes. 
A Páscoa é o ato primário que completa o objetivo do ministério de Jesus na terra - derrotar a morte com sua morte e exaltar e purificar a humanidade assumindo voluntariamente suas fragilidades e depois superando-as. Este credo é resumido pelo Troparion Pascal, cantado repetidamente durante a Páscoa até a Apodosis da Páscoa, que é a véspera do dia da Ascensão.

A preparação para a Páscoa começa com a Grande Quaresma. Além dos jejuns, da distribuição de esmolas e da oração, os cristãos ortodoxos se privam de toda forma de entretenimento e atividades mundanas não essenciais, gradualmente eliminando-as até a Grande e Santa Sexta-Feira, o mais austero dia do ano. Tradicionalmente, na noite do Grande e Santo Sábado celebra-se o o Ofício da Meia-Noite (vide Vigília Pascal).

Quando ele termina, todas as luzes da igreja são apagadas e todos esperam no escuro e em silêncio a chegada da meia-noite. Então, uma nova chama é acesa no altar (ou o sacerdote acende sua vela a partir da lâmpada perpétua que fica acesa lá) e acende as velas acesas pelos diáconos e outros assistentes, que então acendem as velas trazidas pelos fieis (uma prática que se originou no antigo ritual do recebimento do Fogo Sagrado na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém). Então, o padre e a congregação seguem em procissão com a cruz circundando (por fora) a igreja, segurando as velas e cantando. Ela tem por objetivo simbolizar o trajeto das Portadoras de mirra ao túmulo de Jesus «muito cedo» (Lucas 24:1). Depois de rodear o tempo de uma a três vezes, a procissão pára em frente às portas fechadas. 
Na tradição grega, o padre faz uma leitura dos evangelhos (Marcos 16:1-8). Nas demais tradições e depois da leitura na grega, ele faz o sinal da cruz com o turíbulo ali (as portas fechadas simbolizam o túmulo ainda fechado).

Ele e os fieis cantam o Troparion Pascal e todos os sinos e semantra tocam. Todos entram no edifício e as matinas pascais começam imediatamente, seguidas pelas horas pascais, culminando depois na Divina Liturgia de Páscoa. O ponto alto da liturgia é a homilia pascal de São João Crisóstomo, que a congregação escuta de pé.

Logo depois da dispensa, o padre geralmente abençoa cestos e ovos de Páscoa trazidos pelos fieis e que geralmente contém alimentos que eles não podiam comer durante o jejum da Grande Quaresma. Logo depois da liturgia, é tradicional em algumas regiões que a congregação faça uma refeição coletiva, essencialmente uma forma de Ágape, apesar de ocorrer às duas da manhã ou ainda mais tarde.

Na manhã seguinte, o Domingo de Páscoa, não há Divina Liturgia, uma vez que ela já foi celebrada durante a madrugada. Ao invés disso, à tarde, é geralmente o costume celebrar-se um "Ágape Vespertino". Neste serviço, vem se tornando tradicional nos últimos séculos que o padre e alguns membros da congregação leiam uma parte do Evangelho de João (João 20:19-25 e, em alguns lugares, também João 20:26-31) no maior número de línguas que os fieis conseguirem, um símbolo da universalidade da ressurreição.

Durante o resto da semana, conhecida como "Semana Brilhante", é proibido jejuar e o habitual cumprimento pascal é "Cristo ressuscitou!", para o qual a resposta é "Verdadeiramente Ele ressuscitou!". Os serviços litúrgicos nesta semana são idênticos aos da Páscoa, exceto que ocorrem nos horários normais e não à meia-noite. As procissões ocorrem ou depois das matinas ou depois da Divina Liturgia.

Grupos não-observantes
Cruzes simples (e não crucifixos) são preferidas pelos protestantes não-conformistas para representar o milagre da ressurreição.

Juntamente com as comemorações do Natal e do Advento, muitas tradições pascais foram alteradas ou até mesmo abandonadas completamente pelas diversas denominações surgidas no decorrer da Reforma Protestante, geralmente sob o argumento de serem "pagãs" ou "papistas" (e, portanto, maculadas), por muitos movimentos puritanos. Porém, algumas das igrejas e movimentos da Reforma (luteranos, metodistas e anglicanos, por exemplo) preferiram manter grande parte das observâncias do já estabelecido ano litúrgico juntamente diversas tradições associadas. Nas igrejas luteranas, por exemplo, não apenas as datas da Semana Santa são observadas, mas também o Natal, a Páscoa e o Pentecostes são comemorados com festivais de três dias (o próprio e os dois seguintes).

Entre muitas outras tradições reformistas e contra-reformistas, porém, a situação foi bastante diferente, resultando que anabatistas, quacres e puritanos congregacionistas e presbiterianos passaram a considerar estes festivais como uma abominação. A rejeição puritana das tradições pascais está fundamentada parcialmente na interpretação de II Coríntios 6:14-16 e parcialmente na crença de que se uma prática ou festa religiosa não está diretamente na Bíblia então ela deve ser um desenvolvimento posterior e não deve ser considerada parte da prática cristã autêntica, sendo desnecessária no mínimo e pecadora no limite.

Alguns grupos cristãos rejeitam a celebração da Páscoa por causa de suas raízes pagãs (reais ou percebidas) e ligações históricas com as práticas e autorizações derivadas da Igreja Católica "Romana". Finalmente, vários grupos cristãos não-conformistas que ainda celebram o evento preferem chamá-lo de "Dia da Ressurreição" (ou "Domingo da Ressurreição") pelos mesmos motivos e também como uma forma de rejeitar os aspectos seculares e comerciais que o feriado adquiriu nos séculos XX e XXI.

As Testemunhas de Jeová defendem um ponto de vista similar, realizando um serviço anual comemorando a Última Ceia e a subsequente execução de Cristo na noite do 14 de Nisan (veja Quartodecimanismo). 
As Testemunhas de Jeová acreditam que versículos como Lucas 22:19-20 e I Coríntios 11:26 são mandamentos para que se relembre a morte de Cristo e não a sua ressurreição, o que eles fazem anualmente.

Os quacres, como parte de seu histórico "testemunho contra o tempo e as épocas", não celebram a Páscoa e nem nenhum outro feriado cristão, acreditando ao invés disso que "todos os dias são dias do Senhor". Mais do que isso, eles acreditam que a elevação de um dia acima dos outros sugere que atitudes não-cristãs sejam aceitáveis nos demais dias. Nos século XVII e XVIII, ele foram perseguindo justamente por isso.

Alguns grupos cristãos acreditam que a Páscoa seja um evento a ser comemorado com grande alegria, mas dando menos ênfase ao dia propriamente dito, mas à lembrança da alegria no evento que ela comemora. Neste contexto, estes movimentos ensinam que todos os dias e todos os sabás devem ser santificados de acordo com os ensinamentos de Jesus. Judeo-cristãos, membros do Nome Sagrado e armstrongistas (como a Igreja Viva de Deus) geralmente rejeitam a Páscoa em prol da observância do 14 de Nisan e a celebração da chamada Pessach cristã. Isto é especialmente verdadeiro para grupos que celebram a lua nova ou os altos sabás anuais além do Sabá no sétimo dia. Eles defendem estes costumes textualmente fazendo uma referência ao trecho «Ninguém, portanto, vos julgue pelo comer, nem pelo beber, nem a respeito de um dia de festa, ou de lua nova ou de sábado, as quais coisas são sombras das vindouras, mas o corpo é de Cristo.» (Colossenses 2:16-17) de Colossenses.

Celebrações pelo mundo
Caça aos ovos numa gravura de 1889. Diversas tradições não cristãs sobre a Páscoa foram adotadas por cristãos durante os séculos, inclusive as caçadas, a história do coelho da Páscoa e os ovos de chocolate.

Em países onde o cristianismo é uma religião estatal ou nos quais há uma grande população cristã, a Páscoa é geralmente um feriado nacional. Como ela cai sempre num domingo, muitos países também fazem da segunda-feira seguinte um feriado também. Algumas lojas, shoppings e restaurantes também fecham neste dia. A Sexta-Feira Santa, que ocorre dois dias antes do Domingo de Páscoa, é também um feriado em muitos países. É também feriado em doze estados norte-americanos e, naqueles onde não é, muitas instituições financeiras, as bolsas de valores e as escolas públicas fecham. Entre os bancos que normalmente abrem aos domingos funcionam na Páscoa. A data é comemorada em muitos lugares com paradas e procissões, sendo a Parada de Nova Iorque a mais conhecida.

Na Escandinávia, a Sexta-Feira Santa, o Domingo e a Segunda de Páscoa são feriados, e os dois primeiros são também feriados bancários. Para a maior parte do comércio, são dias de folga também, exceção feita apenas aos shoppings, que geralmente abrem por meio período. Muitos empresários dão aos funcionários quase uma semana de folga, a chamada "Folga de Páscoa".

Na Comunidade das Nações, a Páscoa raramente é considerada um feriado, assim como todas as demais celebrações que caem num domingo. No Reino Unido, tanto a sexta quanto a segunda são feriados bancários. Contudo, no Canadá, o Domingo de Páscoa é feriado, assim como a segunda-feira seguinte. Na província de Quebec, tanto a sexta quanto a segunda são feriados facultativos, mas a maior parte das empresas concede os dois aos funcionários.

Ovos de Páscoa
Ver artigo principal: Ovo de Páscoa

Ovos de Páscoa são ovos especialmente decorados trocados como presentes para celebrar o feriado da Páscoa. A tradição mais antiga consiste em utilizar ovos de galinha tingidos e depois pintados, mas o costume moderno consiste em trocar ovos de chocolate.

O coelho da Páscoa é um popular personagem lendário de características antropomórficas que distribui presentes análogo ao Papai Noel em muitas culturas. Nos Estados Unidos, o presidente realiza um caça aos ovos anual nos jardins da Casa Brancapara crianças pequenas.

Notas[a] ^ Veja por exemplo o termo Eastre do inglês antigo, o nome da deusa do amanhecer e correspondente à deusa romana Aurora e grega Eōs. "O exemplo mais simples da deusa do amanhecer acabando ligada a um único festival, o da primavera, é da deusa Eostre anglo-saxônica e sua suposta contraparte germânica Ôstara, que deram-nos [os anglófonos] "Easter" e "Ostertage". 
Nossa fontes não ligam Eostre com o amanhecer, mas é sem dúvida este o significado de seu nome". Finalmente, material comparativo, como o inglês antigo Eostre "nos permitem propor um termo PIE para a ... 'deusa do amanhecer', caracterizada como a que traz a luz de forma 'relutante', um ato pelo qual ela é punida. 
Em três grupos [linguísticos] indo-europeus, báltico, grego e indo-iraniano, a existência de um termo PIE para 'deusa do amanhecer' tem ainda mais apoio linguístico por neles ela ser designada como 'filha do céu'. Todos [os termos correspondentes em lituano, grego e hindu antigo] derivados de um termo PIE ...'filha do céu'. O correspondente 'filho do céu' é impossível de ser reconstruído lexicamente, mas é, semântica e mitologicamente, associado com os 'Gêmeos Divinos'".

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