quinta-feira, 5 de outubro de 2017
Após empate sem gols, César brilha nos pênaltis, e Londrina é campeão da Primeira Liga
DESTAQUE PRIMEIRO TEMPO
A final começou agitada entre as equipes no Café. No jogo brigado, quem chegou primeiro ao ataque foi o Galo, que assustou com Alex Silva, aos sete minutos, em cruzamento rasteiro. Enquanto tentava se defender e apostava nos erros do Galo, o Londrina teve a primeira boa chance aos 18 minutos, quando Rômulo arriscou de fora da área e exigiu a defesa de Victor. Em seguida foi a vez de Artur ficar no "quase". O camisa 7 carregou a bola, trouxe pra canhota e finalizou à esquerda do gol. Empurrado pela torcida, o Tubarão equilibrou o jogo e quase abriu o placar aos 25, quando Negueba disparou uma bomba de perna direita e obrigou Victor a fazer um milagre.
O Galo melhorou a marcação, mas continuou sendo pressionado pelos donos da casa. O time mineiro chegou mais uma vez com Valdívia, que chutou forte da meia lua, mas a bola subiu demais. Depois, o meia teve outra chance, quando saiu na cara do gol, mas foi travado por Ayrton.
DESTAQUE SEGUNDO TEMPO
Os visitantes voltaram mais ligados mais ligados no segundo tempo e tomaram a iniciativa da partida. O Galo quase abriu o placar com Valdívia, que por pouco não fez um gol olímpico. Acuado, o Londrina não conseguia furar bloqueio defensivo do Atlético-MG e só assustou aos 20 minutos, em uma cabeçada perigosa de Dirceu. Truncada, a partida caiu de ritmo no Café, sem grandes emoções até o apito final. Sem gols no tempo normal, a taça foi decidida nos pênaltis.
Público pagante: 15.735
Público total: 17.003
Renda: R$ 383.920,00
Nas penalidades, jovem goleiro do Tubarão pega dois pênaltis e levanta título inédito.
http://globoesporte.globo.com/pr/futebol/primeira-liga/jogo/04-10-2017/londrina-atletico-mg/
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Supremo decide que Lei da Ficha Limpa vale para casos anteriores a 2010
04/10/2017 18h53
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (4) a favor da aplicação retroativa da Lei da Ficha Limpa, norma que entrou em vigor em 2010 para barrar a candidatura de condenados por órgãos colegiados. Por 6 votos a 5, a Corte foi favorável à inelegibilidade por oito anos de condenados antes da publicação da lei.
O entendimento que prevaleceu é no sentido de que é no momento do registro de candidatura na Justiça Eleitoral que se verifica os critérios da elegibilidade do candidato. Dessa forma, quem foi condenado por abuso político e econômico, mesmo que anterior à lei, está inelegível por oito anos e não poderá participar das eleições do ano que vem.
Votos
O julgamento começou na semana passada e foi retomado na sessão desta tarde para a tomada de votos dos ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e da presidente da Corte, Cármen Lúcia. Os demais votaram na sessão da semana passada. Antes do início da sessão, o placar anterior era de 5 votos a 3 pela aplicação retroativa.
No primeiro voto proferido nesta tarde, o ministro Marco Aurélio votou contra a aplicação retroativa da lei e afirmou que a decisão provocará insegurança jurídica. O ministro considerou a retroação como “o fim do Estado democrático de Direito”.
"Se eu pudesse, presidente, eu faria com que esse julgamento, que para mim vai ser uma página negra na história do Supremo, não terminasse. Jamais vi nesses quase 39 anos de judicatura uma situação idêntica em que se coloca em segundo plano a segurança jurídica", afirmou.
Durante a sessão, o ministro Gilmar Mendes, que iniciou seu voto na semana passada, voltou a criticar o texto da norma. Para o ministro, o Congresso deixou várias lacunas e criou problemas jurídicos ao aprovar a Lei da Ficha Limpa. “É uma lei cheia de problemas. Por exemplo, a questão do duplo grau da jurisdição. O júri é órgão colegiado para esses fins ou não? É uma pergunta que não estava contemplada no texto. Portanto, o texto foi feito por gente que ignorava o português e o direito", disse.
Em seguida, Celso de Mello manifestou contra a retroação, apesar de entender que a vida pregressa dos políticos deve ser levada em conta para impedir as candidaturas.
Última a votar, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, foi responsável pelo desempate na votação. A ministra decidiu validar a retroação da Lei da Ficha Limpa.
No entendimento da ministra, no momento do registro de candidatura o candidato deve mostrar seu passado à Justiça Eleitoral. “Vida pregressa é a vida anterior e tudo o que tinha acontecido", disse Cármen Lúcia.
O processo, que tem repercussão geral, e cuja tese se aplicará a centenas de casos que se acumulam na Justiça Eleitoral, foi motivado pelo recurso do vereador Dilermando Soares, de Nova Soure, na Bahia, que foi condenado por abuso de poder econômico e compra de votos em 2004, quando ficou inelegível por três anos, conforme a regra vigente à época. Após a Ficha Limpa, entretanto, ele teve seu registro negado nas eleições de 2012.
Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil
Congresso promulga emenda que veda coligações e restringe propaganda
04/10/2017 16h54
Brasília
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
O Congresso Nacional promulgou nesta quarta-feira (4) a Emenda Constitucional que veda as coligações de partidos em eleições proporcionais e estabelece a cláusula de desempenho, que gradativamente impede a propaganda de rádio e TV e o repasse de dinheiro do fundo partidário a partidos pequenos.
Durante a sessão solene de promulgação da chamada EC 97/2017, o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que as mudanças irão "eliminar as contradições programáticas" e atendem a uma "reivindicação que se estende para além do processo eleitoral". "Trata-se de medidas que se debruçam sobre a nova ordem democrática em busca de mais ética, transparência, justiça e equilíbrio no âmbito da representação política do Brasil", afirmou.
Aprovada ontem (3) pelos senadores, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2017 é originária do Senado, mas como foi alterada na Câmara, precisou de uma nova votação dos senadores.Caso as propostas de criação de um fundo público para financiar campanhas não sejam aprovadas até a próxima sexta-feira (6), esta será a única mudança de reforma política que valerá para as eleições de 2018.
Além de proibir coligações partidárias em eleições para deputados e vereadores, a partir de 2020, a emenda cria uma cláusula de desempenho para que os partidos só tenham acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão se atingirem um patamar mínimo de candidatos eleitos em todo o país.
A partir de 2030, somente os partidos que obtiverem no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço dos estados, terão direito aos recursos do Fundo Partidário. Para ter acesso ao benefício, os partidos também deverão ter elegido pelo menos 15 deputados distribuídos em pelo menos um terço dos estados.
O mesmo critério será adotado para definir o acesso dos partidos à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. A mudança, no entanto, será gradual, começando pelo piso de 1,5% dos votos válidos e nove deputados federais eleitos nas eleições de 2018; chegando a 2% e 11 deputados eleitos, em 2022; a 2,5% e 13 eleitos em 2026, até alcançar o índice permanente de 3% e 15 eleitos em 2030.
A solenidade contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que é senador licenciado, do vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), da relatora da proposta na Câmara, deputada Shéridan (PSDB-RR), além de diversos parlamentares.
Ontem (3), após a votação, Eunício Oliveira já havia elogiado a aprovação da matéria. "Nós, hoje, acabamos com essa coisa esdrúxula chamada coligações partidárias proporcionais. Também criamos a cláusula de desempenho, que vai moralizar a vida pública brasileira, diminuindo essa quantidade enorme de partidos", disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Durante a tramitação na Câmara, a matéria sofreu críticas de parlamentares de partidos pequenos. Para o líder do PSOL, deputado Glauber Braga (RJ), a cláusula de barreira pode levar à extinção de partidos com pequena representação mas que têm algum tipo de ideologia. "Do jeito que foi aprovado, você coloca em xeque partidos programáticos, ideológicos, que não são os partidos da ordem, que são os grandes partidos brasileiros, que podem ser numericamente pequenos hoje, mas que podem ser a opção dos brasileiros amanhã", reclamou, na ocasião.
Edição: Maria Claudia
Agência Brasil
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Segunda etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica acontece neste sábado
JUIZ DE FORA - 3/10/2017 - 11:55
A Prefeitura de Juiz de Fora realiza neste sábado, 7, das 7h às 17 horas, a segunda etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica para cães e gatos, em área urbana. Este segundo momento é destinado ao reforço da dose nos animais que foram vacinados pela primeira vez este ano, durante a primeira etapa da campanha e também para aqueles que ainda não foram imunizados.
Nesta fase, a campanha ocorre de forma regionalizada, portanto nem todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e postos centrais funcionarão. Serão disponibilizados 36 postos de atendimento.
A vacina não apresenta contraindicação e é recomendada para cães e gatos a partir de 3 meses de idade. A Raiva é uma doença causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central. Transmitida em seres humanos e animais, pode levar a óbito após curto período de evolução. Em Juiz de Fora, desde 1998 não há registro da doença entre caninos e felinos.
Primeira etapa imuniza cerca de 70% dos animais
Na primeira etapa da Campanha, realizada no dia 2 de setembro, cerca de 70% dos animais receberam as doses. Foram 53.202 cães e 7.480 e gatos que passaram pelas unidades básicas de Saúde (UBSs), além de escolas e postos volantes montados em espaços públicos. O resultado superou a vacinação do último ano, quando 52 mil cães e gatos receberam as doses.
Confira a relação de postos de vacinação no anexo.
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Assessoria da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7123/ 7389.
Portal PJF
Fachin nega pedido de Aécio para suspender decisão que o afastou do cargo
03/10/2017 17h16
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou há pouco recurso para suspender a decisão que determinou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) das atividades legislativas, determinado pela Primeira Turma da Corte na semana passada, quando foi imposto também o recolhimento domiciliar noturno contra o parlamentar.
No mandado de segurança protocolado ontem (2), o advogado de Aécio, Alberto Toron, pediu que o afastamento fosse suspenso ao menos até que seja julgada a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) sobre a necessidade ou não de aval do Legislativo para que o Judiciário possa aplicar medidas cautelares contra parlamentares. A ADI deve ser julgada no dia 11 de outubro.
Na decisão, Fachin entendeu que é incabível um mandando de segurança para questionar a deliberação de um órgão da Corte.
No processo, Toron justifica que Aécio “não pode, para fins processuais penais, ser tratado como um funcionário público qualquer”, entre outros argumentos. “É que a Constituição Federal o desequipara, dotando-o de prerrogativas especiais. Se ele não pode ser preso, é de se perguntar: a medida, que é alternativa à prisão, pode lhe ser imposta?”, indagou.
Edição: Davi Oliveira
Agência Brasil
Sada Cruzeiro x JF Vôlei em 04/10/2017
03/10/17 - CAMPEONATO MINEIRO
POR UM LUGAR NA FINAL DO MINEIRO, SADA CRUZEIRO ENCARA JF NESTA QUARTA, NO RIACHÃO
O Sada Cruzeiro busca seu oitavo título consecutivo do Campeonato Mineiro. E para garantir um lugar na decisão do Estadual, a Raposa enfrenta o JF Vôlei na semifinal desta quarta-feira, 4/10, às 20h. Invicto e dono da melhor campanha da etapa classificatória, o time celeste garantiu o direito de sediar a fase final e recebe a equipe da Zona da Mata em casa, no Riachão. O confronto terá transmissão ao vivo pela internet, no Youtube e Facebook do jornal O Tempo.
E o torcedor que quiser apoiar o time no confronto decisivo pode garantir seu lugar antecipadamente. Os ingressos já estão à venda em centraldoseventos.com.br e em diversos postos físicos listados abaixo. Os bilhetes custam R$15 a inteira e R$7,50 a meia-entrada.
Longe do Riachão há quase três semanas, o elenco azul esteve na Argentina para a disputa de torneios preparatórios. A Raposa voltou com uma taça na bagagem e quer a vitória nesta quarta para seguir brigando pelo segundo troféu da temporada.
Evandro vê o time entrosado para a semifinal –
Fotos: Renato Araújo/Sada Cruzeiro
Segundo o oposto Evandro, a experiência da equipe no país vizinho reforçou o elenco também para disputa da reta final do Estadual. “Deu para entrosar bem e acertar bastante coisa nessa nossa viagem para a Argentina. Tivemos um pequeno descanso no fim de semana e já começamos a semana com tudo. Treinamos muito forte na segunda-feira, também vamos trabalhar firmes nesta terça para que na quarta esteja tudo certo quando o time entrar em quadra. Acredito que a nossa equipe chega muito bem para a semifinal, todo mundo unido e entrosado para brigar por um lugar na decisão do Mineiro”, avaliou o oposto Evandro.
A semifinal será o terceiro encontro entre Sada Cruzeiro e JF Vôlei em 2017/18. Durante a fase classificatória, as equipes duelaram duas vezes, uma em Contagem e outra em Sete Lagoas. Foram duas vitórias pelo placar de 3 a 0 para o time estrelado, que está invicto na competição regional.
Equipes já duelaram em Contagem, com vitória por 3 a 0 para a Raposa
Semifinal – Campeonato Mineiro de Vôlei 2017
04/10(Quarta-feira)–20h–Sada Cruzeirox JF Vôlei–Ginásio do Riacho– Contagem
Venda de Ingressos
centraldoseventos.com.br
Valor: R$ 15 a inteira e R$ 7,50 a meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, com necessidade de comprovação de direito ao benefício
Pontos de venda Central dos Eventos
Belo Horizonte:
Savassi | Loja Central dos Eventos (Rua Fernandes Tourinho 470, Loja 16)
Galeria C&A Centro | Loja Central dos Eventos
Shopping Pampulha Via Brasil | Loja Central dos Eventos
Center Minas | Quiosque Central dos Eventos
Shopping Estação | Quiosque Central dos Eventos
Contagem: Big Shopping Contagem | Quiosque Central dos Eventos
Betim: Monte Carmo Shopping | Quiosque Central dos Eventos
Sete Lagoas:
Shopping Sete Lagoas | Quiosque Central dos Eventos
Shopping Lagoa | Quiosque Central dos Eventos
Divinópolis:
Shopping Pátio Divinópolis | Quiosque Central dos Eventos
Bilheteria do Riachão: caso restem bilhetes, a bilheteria do ginásio do Riacho abrirá para venda no dia do jogo, a partir das 15h (Rua Rio Paraopeba, 1200 – Contagem)
http://sadacruzeiro.com.br/por-um-lugar-na-final-do-mineiro-sada-cruzeiro-encara-jf-nesta-quarta-no-riachao/
Polícia encontra túnel que levaria a cofre de banco em SP e prende 16 pessoas
Por César Galvão, Jornal Nacional, São Paulo
02/10/2017 21h19
Polícia de SP descobre túnel que levava a cofre do banco do Brasil
A policia descobriu, na noite desta segunda-feira (2), um túnel que levaria ao cofre principal do Banco do Brasil, na Chácara Santo Antonio, na Zona Sul de São Paulo, segundo informou o Jornal Nacional. Dezesseis pessoas foram presas em outro endereço, na Zona Norte da capital paulista, onde eles fabricavam as ferramentas para serem usadas na escavação.
Segundo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, que investiga o caso, a quadrilha foi monitorada por cerca de dois meses até os integrantes serem presos.
"O investimento da quadrilha foi na faixa de R$ 4 milhões, segundo eles informaram, cada um dos participantes calçou R$ 200 mil e a estimativa deles era levar R$ 1 bilhão. Seria o maior assalto do mundo", disse o delegado.
O delegado informou que o túnel vinha sendo escavado há quatro meses e que foi concluído na quarta-feira (27). "Por isso resolvemos fazer a operação e prender quase todo mundo. Prendemos os líderes, se escapou algum [integrante] foi mão-de-obra", disse Lopes.
A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou que vai colaborar com as investigações.
Túnel iluminado, ancorado por madeira e ferro
A escavação estava ancorada por madeira e barras de ferro, tinha cerca de 500 metros. Várias ferramentas foram apreendidas. Na casa que onde o túnel começava, havia uma geladeira e muita comida armazenada no local.
O delegado disse que a casa onde estava sendo feito o túnel era comprada. "Agora vamos ver se estava em nome de um laranja. Eles não entraram no cofre, eles estavam na casca do cofre. A gente não podia correr risco desse roubo se concretizar."
Segundo a polícia, uma casa próxima ao banco foi alugada pela quadrilha, de onde começou a escavação, de dentro de um dos quartos. É possível ficar em pé dentro do buraco, que tem iluminação.
Várias roupas especiais, botas e objetos pessoais dos integrantes também foram apreendidos.
“A gente já avisou o banco, o banco está fazendo o acompanhamento. E hoje a gente conseguiu pegar a maior parte dos participantes da quadrilha. Foram 16 presos, ninguém morreu”, disse o delegado.
https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/policia-encontra-tunel-que-levaria-a-cofre-de-banco-em-sp.ghtml
Barranco cede em Juiz de Fora; duas mortes são confirmadas
Por G1 Zona da Mata
03/10/2017 08h53
Barranco cedeu no Bairro São Mateus em Juiz de Fora
(Foto: Vagner Tolendato/G1)
Dois homens morreram após o deslizamento de um barranco de cerca de seis metros na Rua Tietê, no Bairro São Mateus, em Juiz de Fora. Quatro pessoas ficaram feridas e foram socorridas para hospitais. A ocorrência foi registrada nos fundos de um prédio em construção na manhã desta terça-feira (3).
Este foi o mais grave registro após a forte chuva que atingiu a cidade nesta segunda-feira (2).
Os corpos dos dois homens foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Três feridos foram encaminhados para atendimento hospitalar pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma quarta pessoa conseguiu deixar o local e buscou atendimento por conta própria, segundo apuração do MGTV.
De acordo com a assessoria do Hospital de Pronto Socorro (HPS), três homens deram entradas. Um está passando por tomografia, outro está na sala de raio X e o terceiro está em cirurgia. Outro ferido está no Hospital Maternidade Therezinha de Jesus, onde passa por uma cirurgia por causa de uma fratura no fêmur.
Equipes da Polícia Militar (PM), da Defesa Civil e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também estiveram no local.
Técnicos da Defesa Civil compareceram ao local, avaliaram a obra e os imóveis no entorno. Eles também orientaram os moradores sobre a contenção da encosta. O subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Ricardo de Oliveira, informou que por medida preventiva a residência vizinha foi evacuada. “A empresa responsável pela obra e a Secretaria de Atividades Urbanas serão notificadas para eliminar completamente os riscos e também foram orientados para que os trabalhos não sejam continuados. Toda a obra está sendo acompanhada pelo responsável técnico”, disse o coronel.
O levante de Aécio e a mensagem da impunidade
Charge do Mariano (Charge Online)
José Casado
O Globo
O relógio marcava 20h30m, quando o líder do PSDB subiu à tribuna do Senado. Ele criticou duramente a tese de que o Legislativo abdicaria do seu poder, caso aceitasse a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a prisão de um senador acusado de corrupção e de obstrução à Justiça na Operação Lava-Jato:
“Dizem que estamos diante de uma ofensa, ou poderíamos estar diante de ofensa, ao mandato. Ora, a imunidade parlamentar não é um patrimônio pessoal. Ela protege o exercício do mandato dentro dos parâmetros definidos pela Constituição, pela moralidade. Ela não confere o direito de abusar do mandato”.
PÓS-DITADURA – Continuou: “A Constituição previa uma regra absoluta na proteção da imunidade parlamentar, e essa regra se justificava: o Brasil saía de uma ditadura (…) Mas, em 2001, a democracia estava consolidada. E foi por isso que, a partir da Câmara dos Deputados, na gestão de Aécio Neves, promovemos uma mudança, dizendo que, a partir daquela data, o parlamentar podia, sim, ser processado criminalmente, independentemente de autorização do Congresso, sendo julgado pelo Supremo”.
E concluiu: “Ora, se o parlamentar pode, e deve ser julgado pelo Supremo, não seria admissível entender-se que, podendo o Supremo exercer a jurisdição criminal sobre um parlamentar, fosse privado do poder de exercer medidas cautelares para, justamente, garantir a sua jurisdição. É óbvio!”
Líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira sorriu diante do senador Aécio Neves. Naquela quarta-feira, 25 de novembro de 2015, 80% dos senadores apoiaram a decisão do Supremo de prender o líder do PT, Delcídio do Amaral.
A VEZ DE AÉCIO – Dezesseis meses depois, na sexta-feira 24 de março deste ano, Aécio foi flagrado tomando R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista. Malas de dinheiro foram rastreadas com a pessoa por ele escolhida — “um que a gente mata eles antes dele fazer delação”, disse na gravação.
Documentos e depoimentos indicam que o senador mineiro recebeu R$ 60 milhões em propina do grupo J&F na temporada eleitoral de 2014, quando dizia que sua vitória na disputa presidencial significaria “um não à corrupção”. A lavagem do dinheiro foi realizada com notas frias emitidas a empresas indicadas por ele e em repasses a partidos que o apoiaram — contou Batista em juízo. Como contrapartida, “usou o seu mandato para beneficiar” empresas controladas pela família Batista.
Na gravação, Aécio detalhou um plano para induzir o Legislativo à obstrução e à manipulação da Justiça, com o suposto respaldo do presidente Temer: “Eu estive ontem com o Michel para saber também se o cara vai bancar, entendeu? Ele disse que banca.”
CRISE INSTITUCIONAL – Semana passada, o Supremo afastou Aécio do mandato e determinou que durma em casa — medida cautelar, alternativa à prisão. Ele iniciou um levante contra o STF no Senado como tática de defesa. Alega ofensa ao mandato, embora a imunidade parlamentar tenha deixado de ser patrimônio pessoal há 16 anos. Como não é possível rever decisões do Supremo no Legislativo, a estratégia de defesa de Aécio prevê uma crise institucional.
Anuncia-se que o tribunal pode dar meia-volta. Nesse caso, correria o risco de carbonizar a reputação, origem de sua autoridade. O preço da efêmera harmonia seria uma mensagem de impunidade à sociedade: o uso da lei para proteger os que até agora dela conseguiram escapar.
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