segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Encurralados, políticos corruptos passam a guardar dinheiro sujo até em contêineres

Charge do Kacio (kacio.art.br)

Eliane Cantanhêde
Estadão

Ao estourar o apartamento com os R$ 51 milhões do ex-ministro e agora presidiário Geddel Vieira Lima, a Lava Jato chegou a uma outra frente de investigações: essa nova forma de guardar dinheiro sujo está longe de ser exclusividade de Geddel e tende a produzir escândalos e fotos espetaculares desde já e principalmente nas eleições de 2018. Nem doleiros, nem laranjas, nem contas no exterior, nem paraísos fiscais. A moda agora é esconder dinheiro vivo em apartamentos, casas, depósitos e… contêineres.

Os investigadores esfregam as mãos diante da delação do ex-poderoso Antonio Palocci, ansiosos para ele entregar onde estaria, afinal, a dinheirama que delatores atribuem ao ex-presidente Lula.

AQUI E NO EXTERIOR – A expectativa é de que esteja não em um contêiner só, mas em contêineres, no plural, nos países em que Lula atuava com as empreiteiras – por exemplo, na África e na América Latina. Lembram dos dólares bolivarianos dando sopa por aí? Sem contar o que pode estar em solo nacional, muito além das aplicações de R$ 9 milhões do ex-presidente que têm origem clara e legal.

Segundo Marcelo Odebrecht e o próprio Palocci, era o ex-ministro, e só o ex-ministro, quem gerenciava os milhões da conta pessoal do “Amigo” Lula, cuidando da contabilidade de entradas e saídas, das retiradas em dinheiro vivo, dos envios até Lula. Quando os também ex-ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo tentaram entrar na operação, Marcelo rechaçou. Quem metia a mão no dinheiro de Lula era Palocci, hoje o principal algoz do chefe.

NÃO ERA EXCEÇÃO – A primeira impressão, quando surgiu o inacreditável bunker de Geddel, foi a de que se tratava de uma mania individual e patológica de roubar e amontoar dinheiro num apartamento usado especificamente para esse fim. Depois, foi ficando claro que a fortuna não era só de Geddel, como a prática não ficava restrita a ele, sua família e o PMDB.

Os corruptos e corruptores começaram a se sentir encurralados pelos vários e efetivos acordos entre a PF e o MPF com seus correspondentes na Suíça, no Uruguai, nos EUA… e isso piorou com as novas regras de transparência na Europa para depósitos de estrangeiros. O dinheiro sujo ficou facilmente rastreável, não é, Eduardo Cunha? Ele dizia que nunca teve conta no exterior. A Suíça dizia que tinha e comprovou com contas e extratos. A mentira ruiu, a carreira política de Cunha também.

QUEM VAI LAVAR? – Além disso, os principais operadores estão presos, a começar por Marcos Valério, Alberto Youssef e Lúcio Funaro, e os outros andam de barbas de molho. Quem vai lavar o dinheiro? Enviá-lo para o exterior? Servir de laranja? Daí porque a PF acha que a descoberta dos R$ 51 milhões de Geddel é um veio de ouro. Basta procurar para achar outros apartamentos, depósitos e contêineres que seus donos julgam mais seguros do que operações obsoletas, malas e cuecas. Só questão de tempo.

A maior festa de novos “apartamentos do Geddel”, porém, deverá ser em 2018. As campanhas continuam pela hora da morte, mas as fontes tradicionais (empreiteiras, JBS…) secam, as regras estão mais rígidas e a PF e o MP estão na espreita. Sem falar que os vizinhos, como no caso de Geddel, estão na onda de denunciar movimentos suspeitos. Coitados dos corruptos. A vida deles está cada dia mais difícil.

AUTOPRESERVAÇÃO – Surgem as dobradinhas de inimigos irreconciliáveis, como Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello ou PT e PSDB… São curiosas essas alianças contra a decisão do Supremo de prender Aécio Neves sem prender, inventando a figura da prisão preventiva domiciliar, como diz Marco Aurélio ao criticar o “recolhimento noturno”.

Além das dúvidas jurídicas, há o sentido de autopreservação no Congresso: hoje é Aécio, amanhã pode ser qualquer um. Assim, os senadores deram um tempo ao STF: ou o plenário da Corte derruba a decisão, ou o plenário do Senado vai fazê-lo.Posted in Tribuna da Internet

Sonho americano: Um louco, um fuzil-metralhadora, 50 mortos e 200 feridos

Era um simples show musical, que acabou em tragédia

Deu na Folha

Um ataque a tiros deixou ao menos 50 mortos e 200 feridos no festival de música country Route 91 Harvest, em Las Vegas, na madrugada desta segunda-feira (dia 2). A polícia matou o atirador no 32º andar do resort Mandalay Bay, que fica em frente ao local onde ocorria o festival, de onde foram feitos os tiros. Várias armas de fogo foram encontradas no quarto que ele ocupava.

O atirador foi identificado pela polícia como o morador local Stephen Paddock, 64. Um porta-voz afirmou que sua motivação é desconhecida. As autoridades acreditam que ele agiu sozinho e que não tinha ligações com nenhum grupo terrorista.

Dois carros de propriedade de Paddock foram localizados pela polícia durante a investigação, assim como Marilou Danley, uma mulher que dividiria um apartamento com o atirador. A polícia afirmou que ela será interrogada, mas não deixou claro se considerava que ela poderia ter alguma ligação com o ataque.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma rotina exasperante, que mostra a insanidade da permissão para compra e venda de armas de qualquer tipo. A meu ver, todo homem de bem deve ter direito a possuir uma arma para defender sua casa e sua família, mas apenas um revólver de seis tiros. Todas as demais armas devem ser de uso exclusivo dos policiais e dos militares, com penas pesadíssimas para quem seja flagrado portando qualquer uma delas. Nos EUA, pode tudo. Aqui no Brasil, não pode nada. O meio termo seria uma postura muito mais lógica. Como todos sabem, o equilíbrio está no meio… (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

domingo, 1 de outubro de 2017

PM prende nove pessoas e cerca de R$500 mil em drogas

Douglas Ribeiro 01 Outubro 2017 11:01
O material foi apreendido no bairro Boa Vista em Ubá. Foto: Divulgação

A Polícia Militar (PM) realizou na manhã deste domingo, 1º de outubro, a Operação Talismã no município de Ubá. A ação tinha o objetivo de combater o tráfico de drogas. Os militares cumpriram mandados de busca e apreensão no bairro Boa Vista.

Os policiais apreenderam nove pessoas por associação ao tráfico, drogas e materiais que eram utilizados no comércio de entorpecentes. De acordo com a PM, estima-se, que após a venda do material, o grupo arrecadaria aproximadamente R$500 mil.

CONFIRA O MATERIAL APREENDIDO
Nove tabletes de pasta base, duas barras, três porções e 122 pinos de cocaína; cinco porções de maconha; 243 pedras e uma porção de crack; quatro balanças de precisão; dois mil pinos vazios, que seriam utilizados para venda de cocaína; caderno de anotações com a contabilidade; duas motocicletas; um carro; um revólver calibre 22; um rádio comunicador e quatro celulares.

Última Atualização: 01 Outubro 2017 11:01
http://www.diarioregionaljf.com.br

Maníaco do São Mateus retornou......Assista ao vídeo

Ele ficou preso até 19 de setembro e continua com o golpe

Goleiro é preso por injúria racial após jogo entre América-MG e Oeste, no Independência, em BH

Por Flávia Cristini, G1 MG, Belo Horizonte

01/10/2017 18h14 Atualizado há 2 horas

Messias, zagueiro do América-MG, procurou a polícia para denunciar injúria racial (Foto: Reprodução/TV Globo)

O goleiro Rodolfo, do time paulista Oeste, foi preso em flagrante por crime de injúria racial após ser denunciado pelo zagueiro Messias, do América-MG, de acordo com a Polícia Civil, e pagou fiança no valor de R$ 2 mil. O jogador do time mineiro afirma que foi chamado de "macaco" em jogada dentro da área do Oeste no minuto final da partida. Ainda no gramado, o goleiro Rodolfo se defendeu da acusação, dizendo que também era negro.

A fiança foi paga pelo clube, segundo o presidente do time, Ernesto Garcia, que esteve na delegacia, no bairro Floresta, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O atleta foi liberado por volta das 18h e, na saída, voltou a negar que tenha feito ofensas a Messias.

"O, como que é, Messias, não lembrava do que foi chamado. Foi o meu esclarecimento, o esclarecimento dele. E eu fui liberado. [...] Não pedi desculpa, não fiz nada, não fiz nada para eles", disse quando perguntado sobre o que declarou à polícia.
Jogador Rodolfo, do Oeste, ao deixar a delegacia em Belo Horizonte 
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Também nesta tarde, Messias foi ouvido por um delegado e saiu sem dar entrevista. Um assessor do clube disse que o jogador reafirmou em depoimento que foi chamado de "macaco" ao virar de costas, após uma disputa de bola. Após a partida, o jogador foi acompanhado por policias até a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.

Pelo Código Penal, o crime de injúria consiste em ofender alguém usando elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A pena é de reclusão de um a três anos e multa.

Após a passagem pela delegacia, Rodolfo embarcaria para São Paulo, ao lado de outros dois que serviram de testemunhas. O resto do time já havia embarcado, segundo o clube.

O que disseram os times
Em uma rede social, o América-MG lamentou o caso. "Perder é ruim, mas inaceitável mesmo é racismo. O zagueiro Messias recebeu injúrias raciais e isso não pode passar!", disse o clube na postagem. O time também manifestou em nota oficial:

"O América Futebol Clube manifesta sua indignação por conta da injúria racial sofrida neste domingo pelo zagueiro Messias, durante o duelo entre América e Oeste, pela Série B do Campeonato Brasileiro. O Clube repudia totalmente qualquer tipo de discriminação, sobretudo no futebol, um ambiente que deve servir como espaço de diversidade e integração entre as pessoas.

Em sua história centenária, o América sempre prezou pela igualdade e, por isso, apoia Messias em sua decisão levar o fato adiante e tomar as medidas cabíveis. Estaremos ao lado do nosso atleta para oferecer todo o suporte necessário. Entendemos que esse tipo de conduta deve deve ser combatida diariamente no futebol e em toda a sociedade".

O Oeste se manifestou negando que Rodolfo tenha tido atitude discriminatória e dizendo que Messias pode "ter escutado algo de forma equivocada".

"Nós, do Oeste FC, repudiamos totalmente qualquer tipo de discriminação e garantimos que nosso atleta não teve essa atitude. Rodolfo, de cor negra, é totalmente contra o racismo, além de ser um profissional de conduta exemplar no dia a dia do clube. Leandro Amaro, zagueiro do Oeste e companheiro de Rodolfo, estava próximo aos atletas quando discutiam e garante que o goleiro não usou a palavra "macaco", afirma que houve sim ofensas, de ambas as partes, mas não foram raciais. Acreditando que não haja má fé na ação de Messias, pensamos que o zagueiro do América possa ter escutado algo de forma equivocada e no calor do momento se exaltou. Acusado, Rodolfo já deu seu depoimento para a polícia", disse o clube em nota.

https://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/goleiro-e-preso-por-injuria-racial-apos-jogo-entre-america-mg-e-oeste-no-independencia-em-bh.ghtml

Taxistas usam apps e oferecem descontos de até 40% para atrair passageiros em Juiz de Fora

Por Fellype Alberto, G1 Zona da Mata

01/10/2017 10h32
 
Aplicativos de táxi oferecem descontos em Juiz de Fora 
(Foto: Reprodução/TV Integração)

Na busca por reconquistar clientela, taxistas de Juiz de Fora têm adotado novas estratégias de oferta do serviço. Segundo o sindicato que representa os permissionários, a procura por táxis na cidade sofreu uma redução de 60% desde que a empresa que oferece transporte particular Uber passou a operar na cidade, em novembro de 2016.

Agora, quem precisa de transporte privado conta com alternativas como os aplicativos "Taxi Gold” e o “Vá de Táxi”- versões modernizadas para se chamar um táxi. Além da praticidade, pelos aplicativos, o cliente encontra descontos que vão de 10% a 40% nas corridas.

“Com os aplicativos, todos saem ganhando: o passageiro, que consegue corridas com descontos, e o taxista, que vai até algum bairro e pode fazer uma nova corrida em seu retorno ao Centro”, destacou Marcelo Alhadas, desenvolvedor e idealizador de um app para táxis.

Além de oferecer descontos, os aplicativos oferecem também a possibilidade de que os usuários realizem pagamentos por meio de cartões de crédito e débito.

Para o taxista Marcus da Costa, a nova estratégia já começou a apresentar resultado. “Ficamos até surpresos, pois não esperávamos ter um retorno tão imediato. A aceitação dos passageiros foi grande e cada dia mais usuários estão aderindo”, explicou.

Taxistas de Juiz de Fora adotam estratégias para driblar a crise

Sindicato vê iniciativas com restrição
O Sindicato dos Taxistas de Juiz de Fora, no entanto, é menos otimista diante da recente adesão de integrantes da categoria a essas novas ferramentas de oferta de serviços. Na avaliação, da entidade, as estratégias geram prejuízo financeiro.

“Além da fiscalização, nós temos uma série de custos com combustíveis, peças, manutenção, impostos, uniformes e, ainda, recentemente, foram incluídos gastos com câmeras, GPS e rastreador”, contou o presidente do sindicato, Aparecido Fagundes.

Conforme o sindicato, Juiz de Fora tem, atualmente, 623 táxis em circulação. Para a entidade, é preciso manter a qualidade do serviço e a ampliação da frota, em decorrência de licitação feita pela prefeitura, gerou um investimento alto para os motoristas.

Equilibrando a balança
Embora a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) tenha acatado, no final de agosto, a determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que liberou o uso do aplicativo Uber em todo o estado, um projeto de lei tramita na Câmara Municipal para regularizar o serviço do principal concorrente do táxi.

No dia 19 de setembro, o Legislativo também aprovou um requerimento, de autoria do vereador Charlles Evangelista (PP), que propõe que a Prefeitura libere os permissionários de táxis da cidade de todas as taxas e impostos.

De acordo com o parlamentar, o objetivo da medida é promover a igualdade nas condições para que taxistas e motoristas de Uber possam concorrer. O Executivo ainda não se manifestou em relação ao requerimento.

O caso Aécio não é jurídico, mas de ausência de caráter

Charge do Duke (dukechargista.com.br)

Clóvis Rossi
Folha

É jogar areia nos olhos do público desviar a discussão do caso Aécio Neves para um confronto entre o Supremo Tribunal Federal e o Senado. Não há uma crise institucional, mas uma profunda crise de caráter de substancial parcela do mundo político. Ao se retirar a areia da discussão, tem-se o seguinte: 1 – Aécio Neves teve um diálogo nada republicano com Joesley Batista? Teve. Nem ele nem o empresário negam. 2 – Aécio Neves pediu R$ 2 milhões a Joesley? Pediu. O senador agora afastado não nega, só dá uma desculpa esfarrapada para a solicitação. 3 – O dinheiro foi entregue? Foi, a um intermediário de Aécio, o famoso primo Fred. Entrega filmada.

Comprovados como estão tais fatos, houve, no mínimo, uma violação da dignidade funcional por parte do senador. Nessas circunstâncias, uma pessoa de caráter teria renunciado ao cargo. Como Aécio não o fez, seus pares deveriam tê-lo expulsado, se tivessem o caráter que faltou ao envolvido no caso.

SEM PUNIÇÃO – Os tucanos não expulsaram Aécio. Ao contrário, pretendem agora salvá-lo sob o pretexto de que não cabe ao Supremo determinar o seu “recolhimento noturno” – pena, aliás, branda para tanta falta de compostura.

É claro que há margem, do ponto de visto jurídico, para discutir se o STF acertou ou errou. Tanto há margem que três ministros votaram em uma direção (contra Aécio) e dois em outra (a favor dele).

Mas, do ponto de vista da moralidade pública, essa margem inexiste. O senador cometeu deslize abominável. Ponto. Se tivesse tido a decência básica de renunciar, não se armaria esse confronto Senado/STF.

CUMPLICIDADE – A compostura que faltou ao ainda presidente do PSDB (embora licenciado) faltou igualmente a seu partido. Ou, pelo menos, à maioria dele. Comprovados os fatos acima citados, a única atitude de um partido decente seria expulsar o envolvido não só da presidência, mas do próprio partido. Não00 fazê-lo é ser cúmplice de um atentado à moralidade pública.

E os políticos ainda se queixam quando um ranking, como o do Fórum Econômico Mundial, aponta os brasileiros como os políticos menos confiáveis do mundo, últimos colocados em confiabilidade entre 137 países.

Abrir uma crise institucional por esse tipo de gente seria uma tremenda aberração. Mas, no Brasil, não seria uma surpresa. Afinal, nosso mundo político, com meia dúzia de exceções, é uma aberração.Posted in Tribuna da Internet

Operação Abafa avança e Supremo vai derrubar a prisão em segunda instância

Moraes vai fazer a Lava Jato andar para trás

Carolina Brígido
O Globo

Cresce dentro e fora do Supremo Tribunal Federal (STF) a pressão para que seja marcado novo julgamento sobre a possibilidade de réus condenados em segunda instância irem para a cadeia. No ano passado, o tribunal decidiu pela execução antecipada da pena e abandonou a orientação anterior — em que, a não ser em casos de criminosos perigosos, a regra era deixar a pessoa recorrer em liberdade até a última instância. A decisão tem repercussão geral, ou seja, deve ser cumprida por juízes de todo o país, na análise específica de cada caso. No entanto, nem no próprio STF esse entendimento tem sido totalmente cumprido.

Desde o julgamento, vários ministros mudaram de ideia e cogitam alterar o voto em uma nova análise do caso. Gilmar Mendes, que votou pela execução da pena a partir da condenação em segunda instância, anunciou que mudaria o voto para que as prisões fossem determinadas com a confirmação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), dando chance para que o condenado passe mais tempo em liberdade.

INDECISÃO – Já Rosa Weber, que no ano passado era minoria, disse recentemente que cogita mudar de lado. Ela votou contra a antecipação da pena, permitindo que o condenado tenha direito de ficar em liberdade até o último recurso ser analisado. “Continuo refletindo sobre a matéria” — disse Rosa em um julgamento da Primeira Turma realizado em 19 de setembro.

Outro fator que pode mudar o entendimento sobre o caso é a entrada de Alexandre de Moraes no STF neste ano. Ele não participou do julgamento do ano passado e ocupa o lugar que era de Teori Zavascki — que votou pela execução antecipada da pena. Embora na sabatina do Senado Moraes tenha afirmado que “o princípio da presunção de inocência (…) não impede as prisões por decisão de segundo grau”, recentemente ele alertou para a necessidade de se definir a questão novamente em plenário.

FORA DE PAUTA – Mesmo diante das mudanças de ideias e de integrantes da Corte, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, não listou o caso como prioridade, e não tem a intenção de levá-lo a plenário. A ação julgada no ano passado foi decidida de forma liminar (provisória). O relator, ministro Marco Aurélio Mello, poderia liberar o processo para o julgamento de mérito para tentar pressionar a presidente. No entanto, o caso ainda não está pronto para ser analisado em plenário por motivos processuais.

A alternativa seria algum ministro levar um habeas corpus sobre a matéria para a análise em plenário, levantando uma questão de ordem. Regimentalmente, isso pode ser feito sem que a presidente seja previamente consultada. No entanto, nenhum ministro se prontificou a fazer isso ainda, por receio do resultado. Como o quadro ainda está indefinido, ninguém quer arriscar o movimento — já que, depois desse novo julgamento, todos ficariam obrigados a seguir o novo entendimento.

DISCREPÂNCIAS – As divergências atuais têm gerado situações discrepantes em que, a depender do relator sorteado para o habeas corpus, o réu pode ser solto ou mantido preso. Marco Aurélio Mello, por exemplo, costuma conceder habeas corpus a condenados, mesmo quando há decisão de segunda instância, em respeito a suas convicções pessoais, de forma contrária à decisão do STF do ano passado.

Na sessão do dia 19 de setembro da Primeira Turma, formada por cinco dos onze ministros do STF, Alexandre de Moraes alertou para essas discrepâncias nas decisões dos colegas. Ele ainda não disse como votará caso o assunto seja pautado em plenário. Mas, nas votações, tem obedecido a orientação de manter presos os condenados em segunda instância.

“Há uma necessidade premente de o plenário do STF reanalisar essa questão, para pacificar uma vez mais a questão. É absolutamente necessário. Temos hoje um tribunal dividido em relação a isso” — afirmou Moraes.

INJUSTIÇAS – Ao Globo, o ministro disse que a forma como o STF tem tratado o assunto tem gerado injustiças. “É injusto, porque, dependendo de com quem caia (o habeas corpus), uns dão a liminar, outros não. A meu ver, não é esse o papel da Corte. Tem que pacificar, para tratar todo mundo igual” — declarou.

No ano passado, o placar da votação sobre a execução antecipada das penas foi apertado, com seis votos a cinco. Do lado majoritário, alinharam-se os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Os ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewadowski e Celso de Mello votaram para que os condenados não sejam presos se estiverem recorrendo judicialmente da sentença. Toffoli explicou que, antes da prisão, a condenação deveria ser confirmada por um tribunal de segunda instância e, depois, pelo STJ. Os outros ministros não especificaram a instância final — que, em tese, pode ser o STF, se a defesa levar o recurso até a mais alta Corte do país.

MORAES DECIDIRÁ – O cenário atual ainda está nebuloso. Se, por um lado, Gilmar tende a sair do time majoritário para abraçar a tese de Toffoli; Rosa estuda fazer o caminho contrário. Nesse cenário, nada mudaria em relação à decisão tomada em 2016. O fator determinante é o voto de Moraes. Teori, seu antecessor, estava do lado majoritário, pelas execuções antecipadas da pena. A aposta no STF é de que o substituto dele tenha opinião contrária, na mesma linha do voto de Toffoli.

A solução apontada por Toffoli é uma espécie de meio termo que tem sido discutida pelos ministros nos bastidores. Toffoli sugeriu a alternativa em outubro do ano passado, no plenário. Isso porque diferentes tribunais de justiça — que integram a segunda instância — podem dar decisões em sentidos opostos, provocando injustiças. Entre as atribuições do STJ está justamente a de uniformizar a jurisprudência dos tribunais inferiores.

“O ministro Toffoli fez um avanço que eu estou a meditar se não devo também seguir, no sentido de exigir pelo menos o exaurimento da matéria no STJ. De modo que esse é um tema que nós temos talvez que revisitar” — afirmou Gilmar, em um julgamento ocorrido em maio.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, pode-se dizer que o Supremo está pronto para revogar as prisões após segunda instância. Vai liberar, de uma só penada, milhares de criminosos. Um dos mais conhecidos é o ex-senador Luiz Estevão, que só depende da decisão do Supremo para ser solto, pois seu julgamento no Tribunal Superior de Justiça (a terceira instância) ficou para o Dia de São Nunca, como se dizia antigamente. A galera da Lava Jato aguarda ansiosamente a ordem de soltura coletiva, com Dirceu à frente e Lula puxando o cordão. Os militares estão de olho, mas os ministros do Supremo estão pouco ligando para a legalidade e acreditam que eles não têm coragem de intervir. (C.N.) Posted in Tribuna da Internet

sábado, 30 de setembro de 2017

A responsabilidade é nossa! Que pais expõem uma criança a uma situação como da exposição no MAM?

ENTENDA NOSSO POSICIONAMENTO
REDAÇÃO PAIS&FILHOS 30.09.2017


(Foto: Istock)

Pensando na repercussão que o vídeo da menina interagindo com um homem nu em uma exposição do Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo, teve nas redes sociais, começamos a levantar diversas discussões. Uma delas foi: “Que mãe ou pai autoriza uma criança e expõe a uma situação dessas?”

Partindo dessa linha podemos pensar que existem duas responsabilidades:

1 - A de quem produz a arte com sua responsabilidade social.
2 - Dos pais que decidem expor uma criança a essa situação. 

É importante deixar claro que nem todo nu é pornográfico. Há manifestações artísticas com embasamento, e claro, classificação indicativa informada e devidamente respeitada, que têm seu valor e lugar como discussão social.

No caso recente, o museu se pronunciou dizendo que havia uma sinalização na sala indicando a faixa-etária e a criança estava acompanhada pela mãe. Isso não exime o estabelecimento da responsabilidade de bloquear a entrada de crianças, mas o que queremos colocar em questão aqui é o posicionamento dos pais. Afinal, eles são responsáveis pelos filhos e induzem as crianças aquilo que acreditam ser certo.

A Pais&Filhos mais uma vez reforça acreditar na liberdade artística, mas neste caso o museu e os pais passaram dos limites. Qual a sua opinião?

https://www.paisefilhos.com.br/familia/a-responsabilidade-e-nossa-que-pais-expoem-uma-crianca-a-uma-situacao-como-da-exposicao-no-mam

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Noticiários falsos apontam a morte do artista Wagner Miranda Schwartz, pivô da polêmica.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo nega e diz que não houve nenhuma morte a pauladas na região na data especificada. Procurada, a assessoria do MAM também diz que se trata de um boato.

Polícia Militar e Exército Brasileiro orquestrando o Hino do Cruzeiro