quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Homem é preso suspeito de sacar mais de R$ 54 mil com cartão de crédito de idosa em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

13/09/2017 20h15 

Um homem de 35 anos foi preso, nesta quarta-feira (13), suspeito de furtar mais de R$54 mil de uma idosa de 87 anos em Juiz de Fora. Ele trabalhava para a vítima e é acusado de realizar cerca de 19 saques na conta bancária da vítima.

Segundo informações da Polícia Civil, o homem foi flagrado pelas câmeras de segurança dos bancos realizando diversos saques em caixas eletrônicos. O prejuízo foi calculado com base na análise de extratos bancários da idosa.

A prisão foi efetuada na residência dos pais do suspeito, no Bairro Santa Cruz.

À autoridade policial, o suspeito disse que gastou o dinheiro com festa, baladas, churrascos, viagens e drogas. Apesar da alegação do autor, durante as buscas os policiais constataram que ele está construindo uma casa no quintal dos pais.

Na residência do homem foram apreendidos um revólver e 10 munições calibre 38, munições de calibre 32 e pequena quantidade de maconha e cocaína.

Pelo menos cinco traficantes são acusados de atentados a terreiros

14/09/2017 07:00:46
FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Pelo menos cinco traficantes já foram indiciados pela Polícia Civil como mandantes e participantes de ataques em série a terreiros de religiões de matriz afro-brasileira, especialmente Umbanda e Candomblé, no estado. Os suspeitos seriam ex-presidiários, que teriam se convertido a outras denominações religiosas atrás das grades. Os responsáveis pelas investigações não dão informações para, segundo eles, não atrapalhar a prisão dos envolvidos.

Ontem , agentes da 58ª DP (Posse) teriam identificado e até trocado tiros com integrantes de uma quadrilha que promoveu sete ataques só em Nova Iguaçu nas últimas semanas, conforme O DIA denunciou.

Em menos de um mês, o Disque Combate ao Preconceito já recebeu cerca de 30 denúncias de terreiros de Umbanda e Candomblé destruidos
FOTOS: WHATSAPP O DIA

“Em reunião com representantes da cúpula da Secretaria de Segurança e chefia da Polícia Civil há alguns dias, fui informado que cinco traficantes já foram indiciados por esse tipo de crime”, afirmou o deputado estadual Carlos Minc. Em seu perfil no facebook, Minc lembrou que, há dois anos, denunciou à Procuradoria-Geral de Justiça, que traficantes que se converteram a religiões evangélicas nas cadeias que estariam ordenando o fechamento de terreiros de Candomblé e de Umbanda, nos complexos do Alemão e Maré, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, e em Nova Iguaçu.


O traficante Fernando Gomes de Freitas, de 38 anos, o Fernandinho Guarabu, que comanda há 13 anos o tráfico de drogas na Ilha do Governador, e segundo investigações, se auto denomina “traficante evangélico”, seria um dos indiciados. Guarabu é líder do TCP (sigla de uma facção criminosa), que lidera ataques com antigos inimigos e agora aliados de outra facção.

Sacerdotisa foi obrigada a destruir altar, enquanto traficante filmava.
Reprodução

Ontem, mais um vídeo circulou pelas redes sociais, causando mais apreensão entre os religiosos. Nas imagens, um suposto traficante ordena uma sacerdotisa a destruir o próprio templo de oração, que seria no Morro do Dendê.

O homem manda a mulher destruir tudo. “O 'capeta chefe' tá aqui, quebra tudo. O sangue de Jesus tem poder. Todo mal tem que ser destruído em nome de Jesus... Quebra! Arrebenta esse demônio que tá aí”, brada o agressor.

Aparentemente, conforme investigações, a voz seria a mesma de outro vídeo que viralizou no dia anterior, onde um sacerdote, obrigado a vestir uma camisa com o rosto de Jesus Cristo, aparece inutilizando guias, conhecidas também como cordões de santos, que restaram de um altar totalmente destruído pouco antes, sob ordens de um traficante.

“Da próxima vez eu mato. Que bandeira branca é essa? Bandeira aqui é do TCP , p*, ou de Jesus Cristo”, ameaçou.

Ontem, à tarde, 43 deputados estaduais aprovaram Moção de Repúdio aos ataques, de autoria de Luiz Martins (PDT) . 

O secretário de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, Átila Alexandre Nunes, informou que, até ontem, umas 30 denúncias de templos destruídos em menos de 20 dias foram feitas pelo Disque Combate ao Preconceito (21-2334 9551). “Todas estão sendo investigadas”, garantiu, reafirmando que, como O DIA revelou, a criação Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) deverá ser antecipada para as próximas semanas. O delegado mais cotado para assumir a titularidade da nova unidade é Orlando Zaccone, ligado a causas sociais.

Protesto está marcado no domingo
A motivação da onda de ataques a terreiros de Umbanda e Candomblé divide opiniões. Para Ivanir dos Santos, da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, que promoverá a 10ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa domingo, às 13h, em Copacabana, não há dúvidas de que “traficantes travestidos de evangélicos” estão por trás dos casos.

“Segundo o Disque 100, em quatro anos foram registrados 131 casos de intolerância, a maioria no Estado do Rio. É preciso ações conjuntas e urgentes”, defendeu. Por meio das redes sociais, líderes religiosos, como o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, e Marco Oliveira, do Movimento Negro Evangélico, fizeram convocações para a caminhada.

A antropóloga, professora e mãe de santo Rosiane Rodrigues, pesquisadora das religiões afro-brasileiras e especializada no estudo de relações étnico-raciais, por sua vez, diz que o assunto está ganhando maior visibilidade agora, mas que os ataques a terreiros ocorrem desde 1988. Ela também não concorda que a os sucessivos ataques estejam ligados à intolerância.

“O que estamos presenciando são ataques terroristas orquestrados”, advertiu. Rosiane defende que ao invés da criação da Decradi, “as autoridades deveriam prender os agressores e a Justiça fazê-los cumprir as penas das leis contra intolerância e discriminação que já existem”. Ela também criticou a eficácia da caminhada contra a intolerância.

http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-09-14/pelo-menos-cinco-traficantes-sao-acusados-de-atentados-a-terreiros.html

Senado aprova em primeiro turno PEC que cria carreira de polícias penais

13/09/2017 22h11
Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil

Plenário do Senado aprova projeto que transforma a carreira dos agentes penitenciários em carreira policial - Wilson Dias/Agência Brasil

O plenário do Senado concluiu, nesta noite, a primeira aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que transforma a carreira dos agentes penitenciários em carreira policial. Como se trata de uma mudança constitucional, a PEC 14/206 precisa ser aprovada novamente pelos senadores para, posteriormente, ser analisada, também em dois turnos, pelos deputados.

A proposta cria as carreiras das polícias penais federal, estaduais e distrital, incluindo-as no sistema de segurança pública previsto como dever do Estado, de acordo com a Constituição. Atualmente, fazem parte dessa lista órgãos como a Polícia Federal, as polícias civis, militares, os bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal.

Com as mudanças, os agentes penitenciários teriam como atribuições a segurança dos estabelecimentos penais e a escolta de presos. Segundo os autores do projeto, a medida vai possibilitar a liberação de policiais civis e militares que têm essas atividades hoje em dia.

Mais cedo, os parlamentares aprovaram outro projeto que precisará ser aprovado pela Câmara para que vire lei. Trata-se do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 71/2014, que estipula regras de segurança para o uso de piscinas. O objetivo é evitar acidentes com equipamentos que aumentam a segurança e evitam, por exemplo, a sucção de cabelos pelo ralo das piscinas.

Embora seja originário da Câmara, o projeto que visa proteger especialmente crianças prevenindo acidentes, deve ser novamente analisado pelos deputados porque foi alterado pelo Senado.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Carmelitas dos pés na bola: time de freiras quebra paradigmas e mita no futebol

Por Gabriela Ribeiro, Ponta Grossa

12/09/2017 13h21 Atualizado 12/09/2017 15h22

Fé no coração e bola no pé - o lema das irmãs carmelitas de Ponta Grossa

Seja no convento ou na praça, as irmãs Carmelitas de Monte Sião, da cidade de Ponta Grossa (PR), a 100 km de Curitiba, não escondem a paixão pelo futebol. Bater uma bolinha já é tradição para as freiras, que colocam a fé em prática até na hora do jogo.

- Só o fato de nós estarmos usando o hábito, o véu, já significa que nós queremos dar um testemunho de Jesus pras pessoas. Não importa onde nós estamos. Nós damos o testemunho de que nossa vida é uma oração - explica a irmã Andressa.
As irmãs carmelitas de Ponta Grossa (PR) usam as praças da cidade para jogar futebol (Foto: Gabriela Ribeiro)

Antes da diversão, os momentos sagrados. Elas moram em casas diferentes da região dos Campos Gerais e, diariamente, dividem momentos de leituras, canções e rezas. O futebol é compartilhado no tempo de lazer, já que a vida de reclusão tem sacrifícios e exige que as freiras sigam à risca a rotina religiosa.

- Muitas irmãs gostam de jogar, e nós precisamos fazer um tipo de exercício físico. A ideia foi nos reunirmos no nosso dia comunitário. Iniciamos em uma praça da cidade - conta a irmã Maria Madalena.

Constantemente em missões e viagens, as carmelitas não têm local fixo para praticar o esporte. Quando estão em Ponta Grossa, variam entre o Parque Ambiental e outras quadras públicas nos arredores do principal convento da cidade. Com uniforme inusitado, o time chama a atenção de quem passa.

- Eu nunca tinha visto irmã jogando, então achei muito curioso, interessante e fiquei observando. É a primeira vez que eu vejo isso - disse Helena Komay, uma habitante da região, intrigada com o grupo de freiras.

Freiras x time do bairro: Carmelitas!
Enquanto o GloboEsporte.com acompanhava o treino das irmãs, em um fim de manhã, um grupo de estudantes as desafiou para uma partida. Os adolescentes desistiram rápido do confronto: em poucos minutos de jogo, as carmelitas abriram 2 a 0 no placar.

As próprias irmãs garantem que nada na história foge do comum. Apesar da indumentária característica até na hora de jogar bola, elas seguem um cotidiano como outro qualquer.

- Nós somos religiosas, consagradas, mas também temos uma vida normal. A gente se diverte, algumas jogam melhor, outras mais ou menos, mas pra gente conviver. Pra gente mostrar que somos capazes de jogar futebol - resume a irmã Chiara.

Como todo bate-bola entre amigos, algumas freiras se destacam, enquanto outras vão no ritmo do time. Mas elas se unem sempre, independentemente da qualidade individual, com o mesmo grito antes de entrar em quadra:

Time, time... Carmelitas!
A irmã Andressa é uma das craques e prefere o futebol raiz, sem chuteiras. A opção pelos pés descalços nada têm a ver com a religião.

- Todos ficam curiosos com o que a gente vive. Porque pensam que a irmã está só dentro do convento. E as irmãs foram feitas também para sair, para estar em missão - prega a freira.
Irmã Andressa prefere o futebol raiz, sem chuteiras (Foto: Gabriela Ribeiro)

Fantasma católico
Não é só com a bola nos pés que elas se divertem. As irmãs Maria Madalena e Chiara, por exemplo, são torcedoras de coração do Operário-PR, campeão da Série D. A dupla é figura recorrente nas arquibancadas do Germano Krüger.

- Nós vamos às vezes no estádio, mas o intuito maior é porque nós estamos em reforma com a nossa paróquia e vendemos show de prêmios para a torcida. Mas não tem como não interceder, vibrar junto com eles, porque é inédito. Em particular para nós, que gostamos do futebol - conta Maria Madalena, sobre o troféu conquistado no último domingo.
Freiras de Ponta Grossa torcem pelo Operário-PR no Germano Krüger

- Eu comecei a torcer para o Operário. Não conhecia muito bem, mas a gente começou a pegar gosto pelo time. É da nossa cidade. Estamos entrosadas com eles, rezando por eles - lembra a irmã Chiara.
https://globoesporte.globo.com/pr/futebol/noticia/carmelitas-dos-pes-na-bola-time-de-freiras-quebra-paradigmas-e-mita-no-futebol.ghtml

Lula é 'dissimulado' e mudou de opinião após Palocci ter resolvido 'falar a verdade', diz advogado de ex-ministro

Por G1

13/09/2017 18h46
 
Palocci presta depoimento ao juiz Sergio Moro (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Lula é "dissimulado" e mudou de opinião após Antonio Palocci ter decidido "falar a verdade", afirmou nesta quarta-feira (13) Adriano Bretas, advogado do ex-ministro.

"Enquanto Palocci mantinha o silêncio, era inteligente e virtuoso; depois que resolveu falar a verdade, passou a ser tido como calculista e dissimulado", afirmou Bretas.

Foi uma referência ao depoimento do ex-presidente dado nesta quarta ao juiz Sérgio Moro. "Eu vi o Palocci mentir aqui", afirmou Lula. Ele chamou o ex-ministro de "calculista e frio" e disse que Palocci só citou seu nome para reduzir alguns anos de condenação. "Fiquei com pena disso".

No processo, Lula é acusado de receber propina da empreiteira Odebrecht por meio da compra de um terreno para a nova sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que mora em São Bernardo do Campo (SP).

"Dissimulado é ele [Lula], que nega tudo o que lhe contraria e teve a pachorra de dizer que se encontrava raramente com o Palocci a cada oito meses", disse Bretas. "Quando lhe foi apresentada a agenda do doutor Emilio Odebrecht, esquivou-se, dizendo que o documento é falso. Essa é a lógica dele: os que o acusam mentem, os documentos são falsos, e só ele diz a verdade."

Palocci
Palocci foi interrogado por Moro nesta mesma ação na semana passada e afirmou que Lula tinha um "pacto de sangue" com o dono da empreiteira Odebrecht, que incluía um "pacote de propinas" para o ex-presidente no valor de R$ 300 milhões.

Em seu depoimento, que durou mais de duas horas, Lula afirmou que a delação de Palocci é focada nele numa tentativa de redução de pena. "Palocci tem o direito de querer ser livre, tem o direito de querer ficar com um pouco do dinheiro que ele ganhou fazendo palestra, ele tem família, tudo isso eu acho. O que não pode é, se você não quer assumir a tua responsabilidade pelos fatos ilícitos que você fez, não jogue em cima dos outros", afirmou o ex-presidente.

Entrada franca: “Cineclube Bordel sem Paredes” exibe filme inspirado em fábula africana

JUIZ DE FORA - 13/9/2017 - 16:01

Foto: Divulgação

“A Luz” é o filme escolhido para a sessão desta quinta-feira, 14, no projeto “Cineclube Bordel sem Paredes”. O longa-metragem gravado no Mali é inspirado em uma fábula mítica do povo Bambara e será exibido às 19 horas no Anfiteatro João Carriço (Avenida Rio Branco 2.234 – Parque Halfeld – Centro), com entrada franca.

A trama tem como personagem central o jovem Niankoro (Issiaka Kane), que possui poderes mágicos e está disposto a descobrir os mistérios da natureza. Dirigido por Souleymane Cissé, o filme conquistou atenção internacional ao ganhar o Prêmio do Júri no Festival de Cannes.

O “Cineclube Bordel Sem Paredes” é realizado por um grupo independente, em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). A proposta do projeto é apresentar filmes brasileiros e internacionais pouco conhecidos do grande público, de produção autoral e independente.

Gênero: Drama Direção: Souleymane Cissé Duração: 1h45 Elenco: Issiaka Kane, Niamanto Sanogo, Soumba Traore Sinopse O Niankoro (Issiaka Kane) é um jovem que parte com o objetivo de descobrir os mistérios da natureza. Com a ajuda da mãe (Soumba Traore) e do tio (Ismaila Sarr), ele terá de lutar contra o pai Soma (Niamanto Sanogo), um poderoso feiticeiro que pretende matá-lo.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044.
Portal PJF

CCJ do Senado aprova projeto que obriga preso a pagar pela própria tornozeleira

13/09/2017 12h08
Brasília
Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
A proposta estabelece que os custos com o monitoramento possam ser descontados do salário que o preso recebe pelo trabalho remunerado que exercer Secretaria de Justiça do Paraná/Divulgação

Condenados que são monitorados eletronicamente poderão ter que assumir as despesas referentes à manutenção desses equipamentos. É o que prevê o Projeto de Lei do Senado (PLS) 310/2016, que sugere a inclusão desse artigo na Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984). Aprovado na Comissão e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (13) em caráter terminativo, caso não haja recurso para votação em plenário, o texto seguirá direto para a Câmara dos Deputados.

De autoria do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), a proposta estabelece que os custos com o monitoramento possam ser descontados do salário que o preso recebe pelo trabalho remunerado que ele exerce.

Dados do primeiro diagnóstico nacional sobre monitoração eletrônica do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), reproduzidos na justificativa da proposta, atestam que atualmente existem cerca de dez situações em que os presos no Brasil são monitorados, somando mais de 18 mil pessoas sobre vigilância. O estudo também aponta que são gastos em média R$ 300 por mês para monitorar condenados. O principal item utilizado na monitoração é a tornozeleira eletrônica.

Na justificativa, Bauer afirmou que os recursos investidos nesse programa chegam em torno de R$ 23 milhões e que abrigam até 40 mil pessoas. “O gasto com a manutenção do monitoramento eletrônico representa 12% das despesas de um condenado encarcerado, a sociedade brasileira não pode e não deve arcar com esse custo”, justificou o senador.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Semana Paralímpica – Inscrições para futebol e polybat terminam nesta quarta-feira

JUIZ DE FORA - 12/9/2017 - 18:26

Foto: Divulgação SEL

A abertura da Semana Paralímpica está marcada para esse sábado, 16. O evento é organizado pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora e é aberto a todas as pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual, visual ou múltipla, aos alunos(as) deficientes de programas da SEL, de entidades ou de escolas públicas e particulares, que queiram participar das modalidades de atletismo, bocha, futebol paralímpico, goalball, natação e polybat (ou tênis de mesa lateral).

Os interessados em participar do futebol paralímpico e do polybat têm até esta quarta-feira, 13, para realizar suas inscrições. As pessoas e entidades devem entregar a ficha de inscrição, devidamente preenchida, na Supervisão de Esporte Adaptado da Secretaria de Esporte e Lazer, até as 18 horas ou enviá-la para o e-mail jfparalimpicosel@pjf.mg.gov.br até o mesmo dia e horário. A SEL reforça que pessoas que eventualmente não participem de alguma equipe ou instituição podem se inscrever como avulsas, inclusive nas modalidades coletivas, como é o caso do futebol, pois serão inseridas do time da secretaria. Os formulários de inscrição podem ser baixados neste link.

As disputas do futebol acontecem na segunda-feira, 18, a partir das 14 horas. Já o polybat será disputado na terça-feira, 19, também a partir das 14 horas. Ambas as competições serão realizadas no ginásio da SEL (Rua Custódio Tristão, 10 – Santa Terezinha (em frente à Apae). As demais modalidades seguem até o sábado, 23, quando ocorre o encerramento.

Conheça as modalidades:
Futebol paralímpico - é praticado por atletas com paralisia cerebral, deficiência física, auditiva e intelectual. É uma alternativa de modalidade ao Futebol de 7, que é praticado apenas por paralisados cerebrais.

Polybat (ou tênis de mesa lateral) - surgiu como alternativa de esporte para pessoas que não conseguem praticar o Tênis de Mesa tradicional e nem são elegíveis para a bocha. Inclui pessoas com distrofia muscular, paralisia cerebral, ossos quebradiços, traumatismo craniano e outras limitações severas, como também deficiência intelectual e visual.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da SEL pelos telefones 3690-8552 ou 3690-7849.
Portal PJF

Polícia e Ministério Público realizam operação para prender bombeiros do RJ

Por G1 Rio

12/09/2017
Bombeiros suspeitos de vender alvarás são alvos de operação no RJ

A polícia e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam 34 pessoas, até as 9h50 desta terça-feira (12), em uma operação que visa cumprir mandados de prisão contra 38 pessoas, das quais 35 são bombeiros suspeitos de receber propina para conceder licenças a estabelecimentos comerciais.

Durante as investigações, foram interceptadas conversas telefônicas sobre um esquema de corrupção para expedir alvarás mediante o pagamento de propina aos militares. Os comandantes de alguns batalhões estão entre os citados na operação.

Entre os 35 bombeiros denunciados estão dez coronéis, sendo dois da ativa e oito da reserva, oito tenentes coronéis, dois majores, oito capitães, um primeiro tenente, um subtenente, três segundos sargentos, um terceiro sargento e um cabo bombeiro. Também estão sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e na Diretoria de Serviços Técnicos e nos gabinetes e armários de denunciados.

O esquema de corrupção ocorria principalmente no setor de engenharia do 4.º Grupamento do Bombeiro Militar de Nova Iguaçu, do 14 º Grupamento do Bombeiro Militar de Duque de Caxias e do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos, do qual participavam oficiais bombeiros militares responsáveis por expedir documentação indispensável para o funcionamento de qualquer estabelecimento comercial. Os presos estão sendo levados para a Cidade da Polícia.
Quartel de Nova Iguaçu (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)

As investigações começaram a apurar a prática criminosa no grupamento de Nova Iguaçu, mas a polícia identificou que o grupo atuava em um âmbito maior e a prática criminosa atuava em outros municípios.

Dentre os mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, estão os de dois assessores especiais do Comandante Geral do CBMERJ, dos comandantes da Baixada Fluminense, Nova Iguaçu, Irajá, (ex-comandante de Duque de Caxias), GOPP, Copacabana, Campinho, Jacarepaguá e do Destacamento de Paracambi, além de sete coronéis da reserva.

Os militares recebiam propina para expedir os laudos técnicos de diversos estabelecimentos comerciais, tanto de pequeno, médio e grande portes. Para conceder essas licenças os bombeiros deveriam avaliar as instalações hidráulica e elétrica, assim como o posicionamento da saída de emergência e outros aspectos ligados a segurança do local. As licenças eram vendidas por R$ 750 até R$ 30 mil, dependendo do tamanho do estabelecimento.
Suspeito preso na operação chega à Cidade da Polícia, no Jacarezinho
 (Foto: Bruno Albernaz / G1)

De acordo com a denúncia do Ministério Público, três grupos atuavam no Corpo de Bombeiros. O primeiro era o núcleo da liderança, composto por assessores especiais de um comandante da corporação. Desse núcleo faziam parte Ricardo Luiz Ferreira de Aguiar e José Augusto da Cunha Bandeira, contra os quais estão sendo cumpridos mandados de prisão. A dupla indicava os responsáveis pelos quartéis apenas para aqueles que aceitassem participar do esquema.

O segundo núcleo era o da engenharia, composto pelos bombeiros responsáveis pela liberação dos alvarás e licenças dos estabelecimentos comerciais. O terceiro núcleo era composto por bombeiros da ativa e da reserva responsáveis por intermediar o esquema de propina, ou seja, era eles que recebiam o dinheiro dos comerciantes.

O primeiro militar preso que chegou à Cidade da Polícia, por volta das 6h40, foi um capitão do Corpo de Bombeiro do Recreio, na Zona Oeste.

Quartel Central do Corpo de Bombeiros no Centro do Rio
 (Foto: Luciano Cabral / Globonews)
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/policia-realiza-grande-operacao-para-prender-bombeiros-do-rj.ghtml

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Veja imagens da exposição cancelada pelo Santander, no RS

Por Paula Sperb
access_time11 set 2017, 20h03 - Publicado em 11 set 2017, 15h22more_horiz
Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS) 
(Fredy Vieira/Santander Cultural/Facebook)

Cancelada pelo Santander Cultural após críticas de movimentos religiosos e do Movimento Brasil Livre (MBL), a exposição “Queermuseu – cartografias da diferença na arte da brasileira” reuniu obras de 85 artistas, incluindo os mundialmente conhecidos Alfredo Volpi e Cândido Portinari, no museu de Porto Alegre.

Com curadoria de Gaudêncio Fidelis, que foi curador da Bienal do Mercosul de 2015, a exposição tinha como mote a diversidade e as questões LGBT, aos moldes de exposições estrangeiras como a Queer British Art (1861-1967), em Londres, na Inglaterra, e a Hide/Seek: Difference and Desire in American Portraiture, em Washington, nos Estados Unidos.

Porém a mostra foi cancelada no último domingo, um mês antes do previsto, depois que os movimentos apontaram que a exposição fazia apologia à pedofilia e zoofilia. Os movimentos também fizeram campanhas virtuais para que os correntistas do Banco Santander, que mantém o centro, cancelassem suas contas como forma de boicote.

Uma das obras que causou revolta foi a que faz referência ao meme “Criança Viada”, conhecido e apreciado pela comunidade LGBT (imagem abaixo). ” Isso aqui é praticamente prostituição infantil”, diz um simpatizante dos movimentos contra a exposição em um vídeo que circula nas redes sociais. Porém, o significado atribuído pela curadoria é diferente. A obra “Travesti da lambada e deusa das águas”, de 2013, de autoria de Bia Leite, “desmascara o preconceito e a homofobia através de uma iconografia da cultura pop”, diz o curador no texto explicativo do catálogo da mostra.
Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS) (Reprodução/Facebook)

“Há pouco tinha crianças olhando essa ‘arte’ escarnecendo a Cristo”, disse o blogueiro Felipe Diehl, durante o vídeo em que ele circula pela exposição e critica as obras acompanhado de outro blogueiro, Rafinha BK, do MBL de Porto Alegre. “Olha o Satanás no meio”, diz Rafinha sobre outra obra. No vídeo, os blogueiros censuram as imagens com um “borrão”. A obra “Cruzando Jesus Cristo com Deusa Shiva”, de 1996, de Fernando Baril, (abaixo) retrata “as inúmeras pernas e braços da figura que reverberam pela superfície da pintura, exibindo objetos de toda ordem nas mãos e pés, muitos deles relacionados à história da arte e à cultura pop”, explica Fidelis no catálogo.
Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS) (Reprodução/Facebook)

Gilberto Schwartsmann, presidente da Fundação Bienal do Mercosul, o maior evento de arte latino-americana do mundo, disse a VEJA que lamenta o fechamento da exposição. “Fiquei triste. As pessoas têm o direito de gostar e de não gostar, de querer e de não querer. Mas precisam respeitar. O que a gente precisa é de uma lição de tolerância. Entendo todos os lados. As pessoas não estão preparadas para certas coisas. Isso aconteceu muito na história. Coisas que nos assustam em 2020, não nos assustam em 2040”, disse Schwartsmann a VEJA sobre o fechamento .
Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS) (Reprodução/Facebook)
Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS) (Reprodução/Facebook)

Outras obras retratavam a prática sexual como a “Cena de Interior II”, de Adriana Varejão (imagem acima). No caso desta obra, apenas uma parte dela está sendo divulgada isoladamente como apologia à zoofilia. “Ela mostra o avanço da pintura brasileira como manifestação crítica diante do processo de colonização do país. Trata-se de uma pintura que cobre um considerável território an confluência entre sexualidade e história, revirando (literalmente) as hierarquias de raça, influências, miscigenação”, explica o curador Gaudêncio Fidelis em texto do catálogo da obra. “Só tem putaria, só tem sacanagem” , disse o blogueiro blogueiro Felipe Diehl, no seu vídeo, queixando-se que as obras são “reconhecidas como arte”.

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB) comentou o fechamento da exposição. Na sua página do Facebook, Marchezan diz que a mostra tinha “imagens de zoofilia e pedofilia”. Horas mais tarde, Marchezan apagou sua postagem. Algumas horas depois, o prefeito apagou a postagem. O prefeito, que é apoiado pelo MBL, obteve liminar na Justiça para que os protestos contra sua administração fossem proibidos.
Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS) (Reprodução/Facebook)

Defesa da exposição
Grupos de defesa dos direitos dos LGBT organizam, pela internet, um ato em apoio em “defesa da cultura e democracia” em frente ao Santander Cultural para próxima terça-feira, às 16h. Críticos ao conservadorismo do MBL, os organizadores do ato apontam a contradição de um suposto movimento liberal atuar pela censura da exposição.
Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS) (Reprodução/Facebook)

Polêmicas
Esta não é a primeira vez que o MBL protagoniza uma polêmica no Rio Grande do Sul. Recentemente, a Justiça determinou que o blogueiro Arthur Moledo do Val, do canal Mamãefalei, retire do ar um vídeo em que aborda Luciana Genro (Psol) e sua família, em Porto Alegre. Caso descumpra a decisão, Do Val deverá pagar uma multa de 5 mil reais por dia.

http://veja.abril.com.br/blog/rio-grande-do-sul/veja-imagens-da-exposicao-cancelada-pelo-santander-no-rs/