sábado, 26 de agosto de 2017

Apesar do discurso de conter gastos, número de servidores só aumenta


Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)

Rosana Hessel e Vera Batista
Correio Braziliense

O Executivo federal contrata, em média, mil pessoas por mês, conforme dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), do Ministério do Planejamento. Esse aumento de servidores vai na contramão do discurso de austeridade fiscal da equipe econômica, avisam especialistas. “É preciso tomar uma atitude para frear esse ritmo de contratações. Caso contrário, o governo não conseguirá equilibrar as contas públicas”, alertou o economista e especialista em contas públicas Bruno Lavieri, sócio da 4E Consultoria.

A força de trabalho dos concursados passou de 581.098 para 588.187 pessoas de janeiro a julho deste ano, de acordo com dados do PEP.

AUMENTO AINDA MAIOR – Em nota, o Planejamento disse que o crescimento “reflete o fluxo de entrada e saída de servidores”, mas enviou dados que mostram um aumento maior ainda. As aposentadorias somaram 15.670, no acumulado do ano. No mesmo período, entraram 11.924 pessoas por concurso e 30.235 por processos seletivos. Foram incorporados 4.387 professores e 4.397 técnicos das universidades. A pasta reforçou que “as autorizações de vagas ocorridas atenderam a situações emergenciais ou àquelas decorrentes de nomeações de concursos já autorizados”.

Há quem reclame de falta de mão de obra e do excesso de cargos comissionados. Segundo Carlos Silva, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores do Trabalho (Sinait), “30% dos cargos estão vagos (menos 1.240 auditores)”. Sílvia Alencar, diretora parlamentar do Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal (Sindireceita), descartou qualquer reforço de pessoal na Fazenda. “Os que apareceram certamente são titulares de cargos de confiança, substitutos dos que votaram contra o presidente”, disse.

FAZENDA GASTADORA – Curiosamente, uma das pastas que mais gastam com pessoal é justamente a da Fazenda. Segundo a assessoria do ministério chefiado por Henrique Meirelles, a incorporação da Previdência é uma das razões do aumento de 6,42% nas despesas com pessoal apenas no mês passado, ritmo acima da inflação no período, de 0,24%.

Evolução de servidores contratados por concurso — cargos ocupados na força de trabalho: janeiro 581.098, julho 588.187. Variação: houve 7.089 contratações.

Quanto custa a folha: R$ 166 bilhões (despesas com pessoal até julho); R$ 22,1 bilhões (gastos somente em julho)

Os que mais gastaram em julho: Exército, 2,69 bilhões (mais 12,19%); Fazenda, 1,42 bilhão (mais 6,42%); Aeronáutica, 1,37 bilhão (mais 6,20%).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os números, fornecidos pelo Ministério do Planejamento, mostram que o governo Temer/Meirelles está fazendo uma coisa e dizendo que faz outra. É lamentável e desanimador. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Boleto ou cartão de crédito: como é mais seguro pagar suas compras?


Boleto passa por mudanças que melhoram a segurança mas, segundo alguns analistas, caminha para a extinção.

Usado quase exclusivamente no Brasil, o boleto era muito popular tanto entre os comerciantes e prestadores de serviço quanto entre os consumidores. Podendo ser descontado em 2 dias úteis – comparado com os 30 dias necessários para o recebimento das operadoras de cartão de crédito – e não exigindo que a pessoa tenha uma conta bancária e cartão de crédito, o boleto parece trazer vantagens para todos.

Os bancos também mordem a sua fatia ao cobrar tarifas, mas, em geral, elas são menores do que as das operadoras de cartão de crédito. No entanto, há desvantagens significativas quanto à segurança e aos reembolsos. Os golpes utilizando falsos boletos sempre existiram: empresas fantasma, mercadorias que não são entregues, etc. E é praticamente impossível obter o ressarcimento do pagamento de um boleto caso haja algum problema na venda. Inclusive, golpistas pediam os dados da conta bancária da vítima para fazer uma transferência e conseguiam mais dados privados.

Outra forma de golpe utiliza malwares que alteram o código de barra dos boletos e desviam o pagamento das vítimas para outras contas bancárias. Também há relatos de desvio de malotes de boletos físicos e troca por boletos falsos.

Por isso, regulamentos da Febraban alteraram a plataforma de cobrança dos boletos bancários, terminando com o “boleto não registrado”. Segundo a Febraban, atualmente são emitidos 3,6 bilhões de boletos por ano, sendo 40% sem registro. Em princípio, o período de adaptação deveria ir até dezembro deste ano. Agora o CPF ou CNPJ de quem emite e de quem paga o boleto (sacado), o valor da cobrança e a data de vencimento do título têm de ser cadastrados no sistema bancário.

Acabaram os boletos “em aberto” para fazer contribuições e doações, também os boletos facultativos ou de proposta, que são enviados sem a autorização do cliente e muito usados para golpes. Várias imobiliárias estão repensando a sua forma de cobrança. Há quem preveja o fim dos boletos e que tudo passe a ser digitalizado.

Agora, quem emitir um boleto irá pagar uma tarifa bancária, mesmo que o consumidor não pague o boleto e isso, como é lógico, terá impacto no e-commerce. Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre 30 e 50% dos boletos emitidos no e-commerce não são pagos pelas pessoas. Outro ponto desfavorável é que, enquanto espera a data de vencimento, o consumidor “repensa” a compra e acaba desistindo.

No novo sistema, os bancos prometem contrapartidas de segurança: os fraudadores deverão serão bloqueados imediatamente em toda a rede bancária e os juros, multas e descontos serão limitados a um padrão bancário.

Os cartões de crédito, além de melhorarem a segurança das suas compras no caso de devolução e ressarcimento, também são mais seguros contra fraudes e permitem compras a prazo. Segundo a Clearsale, o Brasil movimentou R$ 53,4 bilhões no e-commerce em 2016, sendo que 38,2% da população realiza compras online. Também a “compra por impulso” aumenta com o cartão de crédito, o que é um atrativo para os lojistas online.

A Avast está sempre procurando aumentar a sua segurança
No caso dos boletos, além de detectar os malwares que alteram o código de barras em todas as suas versões, os módulos de proteção premium do Avast bloqueiam ataques de phishing e redirecionamento para sites falsos. Para os aparelhos Android, o Avast Mobile Security contém uma proteção extra de bloqueio por senha dos seus aplicativos, além, é claro, de bloquear malwares que “substituem” os verdadeiros aplicativos do seu banco e do leitor de código de barras.

https://blog.avast.com/pt-br/boleto-ou-cartao-de-credito-como-e-mais-seguro-pagar-suas-compras

Tudo indica que Lula será condenado em 2ª instância e não poderá ser candidato


Charge do Alpino (Arquivo Yahoo)

Carlos Newton

Como já era esperado, a apelação da defesa do ex-presidente Lula da Silva acaba de chegar ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), dentro do prazo previsto de um mês e meio. Também já foi encaminhado o recurso do Ministério Público. A partir de agora, portanto, o processo que condenou o ex-chefe do governo a nove anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, passa a ser analisado pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, presidente e relator da 8ª Turma, que julga os processos da Lava Jato.

A tramitação das apelações deve ser rápida, por se tratar de réu com mais de 65 anos (Estatuto do Idoso), conforme já explicou aqui na Tribuna da Internet o jurista Jorge Béja. Na verdade, o ritmo – acelerado ou lento – dependerá exclusivamente do relator Gebran Neto, que vai analisar as razões da acusação e da defesa, para então redigir seu parecer e marcar a data do julgamento, na condição de presidente da 8ª Turma.

JULGAMENTO – Antes de marcar a sessão, o presidente e relator Gebran Neto vai encaminhar cópias de seu parecer aos desembargadores Leandro Paulsen, revisor, e Victor Luis dos Santos Laus, para que estudem a importantíssima questão.

Nos casos da Lava Jato, tem havido muita unanimidade nos julgamentos da 8ª Turma. Mas há exceções, como um dos processos contra João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

No julgamento do TRF-4, embora o relator Gebran Neto tivesse pedido que se confirmasse a sentença, o revisor Leandro Paulsen considerou que as denúncias foram baseadas somente em delações premiadas, não havia provas materiais. O terceiro desembargador Victor Laus acompanhou o revisor e Vaccari foi inocentado por 2 a 1, devido à carência de provas.

SENTENÇA IRRETOCÁVEL – No caso de Lula, acusado por receber vantagens ilícitas da empreiteira OAS “envolvendo a ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas”, a condenação deve ser confirmada, porque há provas materiais, inclusive fotos.

Em entrevista ao Estadão, no início de agosto, o presidente do TRF-4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, disse que a sentença que condenou Lula “é tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil”.

Conforme já assinalamos aqui na Tribuna da Internet, trata-se de uma corrida contra o tempo. Se Lula for condenado em segunda instância antes da eleição, estaria com a ficha suja e não poderá ser candidato à sucessão de Temer. Assim que o acórdão do TRF-4 transitar em julgado na segunda instância, após embargos de declaração e/ou embargos infringentes, o registro de sua candidatura, se já tiver sido feito, será automaticamente cancelado pela Justiça Eleitoral.

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P.S. – Pode-se dizer, sem medo de errar, que o julgamento de Lula pela 8ª Turma será o mais importante da História do Brasil, em termos político-eleitorais. Se não for condenado e puder disputar a eleição, Lula já está no segundo turno e dificilmente será batido, embora sua rejeição ainda seja alta. É o futuro do país que está em jogo, por vias indiretas. (C.N.)Posted in C. Newton

Mulher é detida por falsa comunicação de crime de roubo em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

26/08/2017 13h02 

Uma mulher de 45 anos foi detida na manhã deste sábado (26) após uma falsa comunicação de crime em Juiz de Fora. De acordo com o tenente Aroldo Vital, da Polícia Militar (PM), ela registrou um roubo de celular e de R$ 500. No entanto, o roubo não ocorreu. Pelo menos 12 registros do tipo já foram feitos na cidade entre janeiro e julho de 2017, conforme dados da PM, o dobro de casos ocorridos no mesmo período em 2016.

Segundo a polícia, a mulher entrou em contato com a polícia para relatar que havia sido vítima de roubo dentro de uma agência bancária no Centro da cidade. Durante atendimento da ocorrência, no entanto, a polícia percebeu uma contradição na história.

Ainda conforme os militares, a mulher acabou admitindo que passou a noite fora de casa e, quando deu falta do celular e do dinheiro, inventou ter sido vítima de assalto para que a família não descobrisse onde ela estava.

Infração que se repete
Há 15 dias, situação semelhante foi registrada na cidade. Uma mulher também acionou a PM comunicando que havia sido roubada quando, na verdade, estava tentando evitar que o marido soubesse que ela perdeu o aparelho.

“Algumas pessoas, na tentativa de encobrirem fatos que envolvem sua vida íntima ou na tentativa de aplicarem golpe em seguro, simulam terem sido vítimas de roubo”, explicou o tenente Aroldo Vital.

No Código Penal, a falsa comunicação de crime é considerada uma infração, punida com penas que pode variar entre um e seis meses de detenção ou multa.

Jovem é morto a tiros no Bairro Progresso, em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

26/08/2017 17h05 

Um jovem de 22 anos foi morto a tiros no início da tarde deste sábado (26) no Bairro Progresso, em Juiz de Fora. De acordo com a Polícia Militar (PM), os suspeitos fugiram em um carro.

Testemunhas relataram à PM que a vítima caminhava pela Rua Augusto Stoppa quando, ao lado dele, parou um carro e um dos passageiros atirou por diversas vezes na direção dele. Quando os policiais chegaram ao local, o jovem já estava morto.

Em rastreamento, a PM encontrou o carro em que os suspeitos estava abandonado no Bairro Parque Independência, mas ninguém foi preso até esta publicação.

Botafogo- SP 1 X 1 Tupi - 26/08/2017

26/08/2017



A disputa, com transmissão do canal Esporte Interativo, foi iniciada por volta das 15h00..

Durante o primeiro tempo o Tupi conseguiu o seu intento, que era segurar o empate.

Na segunda etapa a equipe Carijó vai mantendo o placar que lhe coloca na liderança da Série C.

Em contra-ataque aos 05min, o Tupi perdeu uma chance de gol.

Aos 18' o goleiro do Tupi fez uma defesa milagrosa. Evitou o primeiro gol da partida.

Aos 23' a equipe "Pantera" abriu o placar, após sufocar a equipe Carijó, que apresenta deficiência pelo lado direito,embora tenha feito substituições no setor.

Aos 34' o Tupi empata com Patrick.

Nos acréscimos, aos 48', o Tupi, após um bate-rebate na área da Pantera, perdeu a grande change de vencer a partida.


O Botafogo passou a integrar o G-4 da Série C, com 22 pontos. 
O Volta Redonda com 21 pontos, recebe neste domingo o Mogi Mirim, podendo reassumir a zona de classificação.

O Tupi, comemora o empate no estádio Santa Cruz, chegando aos 27 pontos e aumentando suas chances de prosseguir na competição, restando apenas dois jogos para o fim desta fase.

100 PMs assassinados: média é a maior em mais de 10 anos no RJ

Por Felipe Grandin, Henrique Coelho e Cássio Bruno, G1 Rio

26/08/2017 10h12

PMs, amigos e familiares foram homenagear o soldado Samir em enterro 
(Foto: Reprodução/TV Globo)

O Rio de Janeiro chegou neste sábado (26) à marca de 100 PMs mortos só em 2017. O número indica que um policial é morto a cada 57 horas, pouco mais de dois dias. A média é a maior desde 2006, quando um policial foi assassinado a cada 53 horas.


A 100ª vítima foi morta neste sábado (26) na Baixada Fluminense. O sargento foi baleado próximo ao Largo do Guedes, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele, que trabalhava em Magé, chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, mas não resistiu a um tiro de fuzil na cabeça. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da corporação.

Segundo o coronel Fabio Cajueiro, da Comissão de Vitimização da Polícia Militar, a Polícia do Rio está lutando em uma "guerra inglória". "Eu acredito que a população do Rio ainda não gosta de criminoso. E a gente tem outro problema: em qualquer lugar do mundo tem tráfico. Mas narcotráfico associado à arma de guerra e caçada a policial, a gente só vê aqui no Rio", lamenta Cajueiro.

A Baixada Fluminense é a região com maior número de mortes. Foram 27este ano, mais de um quarto do total. A maior parte das mortes ocorreu entre quinta-feira e domingo.

Em 2017, quase 60% desses PMs morreram durante suas folgas: 58. Até o dia 25, já haviam morrido em serviço 22 policiais, mais do que em todo o ano de 2015, quando morreram 18.

3 mil PMs mortos em 22 anos
Em média, um policial morreu a cada 64 horas no Rio desde 1995 e 2017. Foram 3087 durante este período. Essa é a conclusão feita a partir de estatísticas da Polícia Militar sobre a morte de soldados da corporação, a que o G1 teve acesso. A taxa de mortalidade entre 1994 e 2016, segundo a PM, é maior do que a de soldados americanos na Segunda Guerra Mundial.

Nos últimos 22 anos, 3,52% dos 90 mil integrantes do efetivo da PM do Rio morreram. Durante 3 anos e meio da participação americana na guerra, 405 mil soldados americanos morreram, o equivalente a 2,52% da tropa, composta por mais de 16 milhões de soldados.

"O número é maior do que as baixas do exército americano na primeira e segunda guerra mundiais. É 765 vezes mais fácil você ser ferido servindo na polícia do rio do que estando em guerras como a Guerra do Golfo", disse o coronel Fabio Cajueiro, oficial responsável por tabular as estatísticas.

Em 2017, a PM realizou uma mudança metodológica nos próprios dados: além de contar os policiais mortos em serviço e os que estavam de folga, a corporação passou a contabilizar também as mortes dos PMs reformados. Anteriormente, apenas as mortes causadas por perfurações de armas de fogo eram contabilizadas. Desde 2017, qualquer tipo de morte violenta também passou a entrar na estatística.

É nas folgas que os policiais são mais vítimas de mortes violentas. Das 3083 mortes ocorridas desde 1995, 2465 ocorreram durante a folga dos agentes, ou seja, 80% dos casos. No período, o número de policiais mortos em serviço foi de 598.

Se o problema já é antigo,o aumento entre 2015 e 2016 chama a atenção. Em 2015 foram 91 mortes, entre mortos em serviço e de folga. Já no ano seguinte, o número chegou a 146, um aumento de 60%.

Mortes de folga, colapso e 'culpa do estado'

Bruno Paes Manso, doutor em ciência política e especialista do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP), considera que três fatores podem ajudar a explicar os números:

"Você tem uma cultura que incentiva o bico dentro das polícias. Isso, com o passar do tempo, acabou ficando institucionalizado. O policial, quando trabalha na corporação, ele tem toda uma estrutura. Quando ele está de folga, é ele contra o mundo. Ele fica muito mais vulnerável. Existe também um medo de os policiais serem executados quando são roubados, além dos confrontos que acontecem todo dia", explica Paes Manso.

Segundo o especialista, o Rio adotou durante um determinado período uma política de combate ao crime relativamente mais eficaz durante a gestão de José Mariano Beltrame na pasta de segurança pública, entre 2007 e 2016.

"Os traficantes da ADA e do PCC conversando, eles falavam: 'Quando a gente faz guerra, o estado ocupa, então a gente parou de entrar em confronto'. Ou seja, tinha uma política pública, que produzia uma nova forma de se comportar. Hoje, temos uma fotografia de um estado em crise. É quase como se não existisse mais lei. A impressão é de que é uma selva, em que quem vence é o mais forte. A solução passa pelo fortalecimento do Estado e por um governante respeitado. Não adianta você botar só polícia. ", afirma ele.

A letalidade de policiais está ligada, segundo o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais e especialista em Segurança Pública Paulo Storani, ao fato de o policial se sentir PM 24 horas por dia, e sempre impelido a agir, colocando-se em uma situação de risco e desvantagem.

"O policial, de forma geral, não se encontra na plena capacidade de exercer a sua capacidade, está sempre no déficit físico e psicológico. Na folga, quando ele deveria descansar, ou está no bico ou está no trabalho extra. Há então uma superposição de carga de estresse que logicamente leva a tomar decisões equivocadas. A tendência desse profissional é agir com a maior força que ele puder agir, e por isso que vários morrem durante a folga: eles não se omitem", avaliou o especialista.

Política de confronto
O ex-comandante da Polícia Militar, Ibis Silva, elege o próprio estado como o principal culpado por todas essas mortes. "O grande vilão é essa política pública belicista, de guerra às drogas, que gera morte e ódio. O estado é responsável por essas mortes, tanto no serviço ativo quanto na folga", afirma ele, classificando a política como "esquizofrênica", na qual a polícia militar é obrigada a apreender armas e drogas entrando nas favelas.

"Essa polícia então ela é empurrada para dentro da favela, para matar e para morrer. Isso para não falar do cenário federal, com uma política de drogas irracional e com a falta de uma politica de redução de homicídios e de circulação de armas e munições. Se você juntar isso tudo, você entende porque as UPPs entraram em colapso,e porque entramos nesse cenário catastrófico que temos hoje, e com tendência de alta".

Ibis diz ainda que o número de mortes de policiais está diretamente vinculado ao aumento de homicídios por intervenção policial. Segundo os dados do Instituto de Segurança Pública, desde 2003 até junho de 2017, havia mais de 12,8 mil casos registrados. De 2015 para 2016, o crescimento foi de 645 para 925, um aumento de 43%. Em março de 2016, foi registrado o maior número em um único mês desde maio de 2008: 123 casos.

"Esses dois números têm que ser pensados juntos. A polícia que mais morre é a polícia que mais mata. A redução de homicídios tem que começar pela redução da letalidade das polícias. Primeiro porque a Polícia é o estado, e segundo porque não podemos conviver com o alto índice de letalidade das políticas num estado democrático de direito. E quando isso acontecer, teremos uma diminuição da vitimização de policiais. Uma coisa está ligada à outra, ainda mais com essa política pública manchada de sangue. Se a gente não botar o dedo nessa ferida, vamos continuar produzindo esses números vergonhosos", finalizou.

Famílias sofrem com a saudade
Os assassinatos dos PMs deixaram um rastro de dor, sofrimento e saudade. Bianca Marins, de 28 anos, ainda está de luto. Ela é esposa do 1° sargento Márcio Leandro do Nascimento Marins, de 46. Lotado no 22° BPM (Maré) e há 22 anos na corporação, o policial foi encontrado morto carbonizado em 14 de fevereiro em um carro próximo à comunidade da Palmeirinha, em Marechal Hermes. Márcio deixou duas filhas, de 7 e 9 anos.

"Estou desorientada. Não sei mais o que fazer. O nosso Dia dos Pais foi terrível. O meu sogro teve que ir à festa da escola das meninas no lugar do Márcio. Não sei o que é passar um dia sem chorar" desabafou Bianca.

Inconformada com a violência no Rio, a esposa do PM não esconde a vontade de sair do país. Bianca lamentou a falta de apoio adequado do governo do estado, principalmente em relação ao atendimento psicológico. Ela contou que recorre à religião para tentar minimizar a perda do marido, com quem mantinha um relacionamento de 22 anos.

"Mesmo com parentes e amigos por perto, nós, viúvas, nos sentimos sozinhas. Depois dos crimes, acabou. É a gente e mais ninguém. Passa o tempo e os PMs viram estatística. Não temos apoio psicológico. Não temos apoio de representantes dos Direitos Humanos" disse Bianca.

Grávida de 8 meses, Michele Lima, de 33 anos, defendeu a aprovação de leis mais severas a bandidos que matam agentes público ligados à segurança pública. Michele é viúva do soldado Samuel Oliveira da Silva, também com 33. O PM morreu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, depois que seu carro foi metralhado em uma suposta tentativa de assalto. Ele era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Vidigal.

"Se não mudarem as leis, o Rio vai continuar enxugando gelo. A polícia prende e, depois, é obrigada a soltar o bandido", afirmou ela.

Michele revelou temer quando o filho, que receberá o mesmo nome do PM ao nascer, a perguntar sobre a história do pai.

"Será um desafio criá-lo. Nunca imaginei em ter um filho sem pai. A minha maior preocupação é que, quando ele crescer, queira saber o que aconteceu. Estou vivendo um dia de cada vez", disse.

Situação semelhante com a de Lucília Lance, de 29 anos. Em 20 de abril, nasceu Téo, 46 dias depois do assassinato do cabo da PM Thiago de Oliveira Lance, lotado na UPP Camarista Méier. Ele foi morto a tiros em 23 de fevereiro por dois homens que estavam em uma moto, a poucos metros de onde mora a família no bairro de Cordovil. Téo nasceu com 2,285 quilos e 47 centímetros e não conheceu o pai.

"Sinto que a minha vida está em suspenso. Eu lido com o luto da perda do meu companheiro e amigo, e lido com a missão e desafio de receber uma nova vida. Dificuldade que vem sendo amenizada com passar dos dias e desafios que vou vencendo e adquirindo maturidade e autoconfiança", relatou Lucília.

Secretário pede reforma nas leis criminais
O secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, pediu novamente por mudanças na legislação criminal após mais um enterro (Foto: Reprodução/ GloboNews)

Desde que assumiu o cargo no lugar de José Mariano Beltrame, Roberto Sá se acostumou a frequentar enterros de agentes de forças de segurança. No último sábado, o secretário esteve no enterro do soldado Samir da Silva Oliveira, de 36 anos. Na ocasião, ele pediu reformas na legislação criminal do país e lamentou os 97 policiais mortos até então.

"É um número alarmante que nos deixa muito tristes, muito perplexos e que nos leva à seguinte reflexão: é uma polícia que está nas ruas, é uma polícia que se doa, são heróis que estão morrendo. Não tenham dúvidas que a gente mergulha nos nossos protocolos, nossas estratégias, dias após dia, para poder melhorar. Mas, me parece, que isso no Rio de Janeiro e no Brasil não tem sido suficiente para a gente ter uma sociedade cujo o criminoso reflita antes de sair praticando crime", disse Roberto Sá.

Segundo o secretário, enquanto as penas para criminosos não foram modificadas, a sociedade vai continuar a "sangrar".

"Nós precisamos exigir reforma na política criminal. Eu vejo reforma tributária, reforma política, reforma econômica, cadê a reforma criminal? Essa legislação te atende como cidadão? Você acha que três anos [de pena] inicialmente, para quem porta um fuzil para sair em 6 meses, é razoável? Vocês acham que quem tira uma vida de uma pessoa pode progredir de uma pena de 15 [anos] e sair com cinco, seis anos? Não é razoável".

O mundo não trata o crime assim. Sociedade que depende só da polícia para evitar isso é uma sociedade que vai "sangrar".
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/100-pms-assassinados-media-e-a-maior-em-mais-de-10-anos-no-rj.ghtml

Sorriso. Beijo a beijo. Poemas de Rosa Lobato Faria

Internet
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Rosa Lobato de Faria

Sorriso

O sorriso é uma chave
Que abre portas e janelas.
Entre muitas coisas mágicas
O sorriso é uma delas.

O sorriso é simpatia
Também pode ser amor.
O sorriso tem magia
Tem ternura e calor.

O sorriso dá carinho
O sorriso faz amigos.
Constrói tu, no teu caminho
Uma ponte de sorrisos.

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Beijo a Beijo

E de novo a armadilha dos abraços. 
E de novo o enredo das delícias. 
O rouco da garganta, os pés descalços 
a pele alucinada de carícias. 
As preces, os segredos, as risadas 
no altar esplendoroso das ofertas. 
De novo beijo a beijo as madrugadas 
de novo seio a seio as descobertas. 
Alcandorada no teu corpo imenso 
teço um colar de gritos e silêncios 
a ecoar no som dos precipícios. 
E tudo o que me dás eu te devolvo. 
E fazemos de novo, sempre novo 
o amor total dos deuses e dos bichos. 

Rosa Lobato Faria, in 'Dispersos'

http://www.citador.pt/poemas/a/rosa-lobato-faria

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Lista de medicamentos do SUS inclui novos remédios para HIV e Alzheimer

25/08/2017 20h44
Brasília
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

Novos medicamentos são incluídos no Rename   Arquivo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde divulgou hoje (25) a nova Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que define os medicamentos que devem atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os novos medicamentos incluídos está o dolutegravir, para tratamento de infecção pelo HIV.

Também foi incluída a rivastigmina como adesivo transdérmico, para o tratamento de pacientes com demência leve e moderadamente grave no Alzheimer; o cloridrato de cinacalcete e paricalcitol, para pacientes com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica, e a ceftriaxona, para tratamento de sífilis e gonorreia resistentes a ciprofloxacina.

A nova edição da Rename, que conta com 869 medicamentos, também prevê a centralização do tratamento básico da toxoplasmose, com o objetivo de solucionar episódios de desabastecimento no país. O Ministério da Saúde iniciará aquisição dos medicamentos pirimetamina, sulfadiazina e espiramicina, que atualmente são ofertados pelos municípios no âmbito da Atenção Básica.

Segundo o Ministério da Saúde, a nova relação de medicamentos essenciais foi obtida após consolidação das inclusões, exclusões e alterações dos medicamentos recomendados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. A organização da Rename segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece o material como uma das estratégias para promover o acesso e uso seguro e racional de medicamentos. A lista define a responsabilidade de aquisição e distribuição de cada ente do SUS - estados, municípios e União.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Procon orienta sobre alimentação escolar

JUIZ DE FORA - 25/8/2017 - 17:09


A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) fiscaliza periodicamente a alimentação escolar nas instituições de ensino básico das redes particular e pública do ensino municipal. Além disso, orienta pais ou responsáveis sobre a importância dos bons hábitos nutricionais. As leis estaduais 15.072/04 e 18.372/09 e Municipal 12.121/10 determinam quais alimentos não devem ser oferecidos para consumo dos estudantes. São proibidos frituras em geral, pães ou salgados feitos com gordura hidrogenada, salgados com massa folhada, biscoito recheado, balas, pirulitos, gomas de mascar, “catchup”, mostarda e maionese. Também são proibidos salgadinhos e pipoca industrializada, alimentos apresuntados e embutidos, refrigerantes e outras bebidas artificiais e qualquer produto de alto teor calórico e de poucos nutrientes.

As orientações visam estimular a formação de hábitos alimentares saudáveis em crianças e adolescentes, em suas famílias e comunidades. De acordo com as orientações do Procon, problemas de saúde, tais como desnutrição, alergia alimentar, diabetes, deficiência de vitaminas e minerais são motivados pela má alimentação infantil. A formação de bons hábitos nutricionais, que começa na pré-escola, é de extrema importância e contribui para evitar a rejeição de produtos saudáveis, como frutas, legumes e verduras. Manter este tipo de alimentação ajuda a prevenir a obesidade, a hipertensão arterial e as hiperlipidemias e fornece nutrientes adequados: vitaminas, sais minerais, proteínas, carboidratos e gorduras.

Durante a fiscalização são analisados alguns itens para verificar se os alimentos estão próprios para o consumo, como data de validade, condição de armazenamento, exposição do produto e procedência. As cantinas que descumprirem as determinações estarão sujeitas a notificação, multa, interdição e cassação de alvará.

* Informações com a Assessoria de Comunicação do Procon/JF pelo telefone 3690-8439.
Portal PJF