08/08/2017 18h54
Brasília
Yara Aquino e Ivan Richard - Repórteres da Agência Brasil
Tropas do Exército patrulham a Linha Vermelha após o início da operação de reforço na segurança do Rio de Janeiro - Fernando Frazão/Agência Brasil
O governo vai enviar ao Congresso Nacional um pacote de mudanças legislativas para apoiar as ações Plano Nacional de Segurança Pública. A intenção é alterar, por exemplo, a Lei de Execuções Penais, para impor penas mais graves para alguns crimes, como para o porte de armas. Atualmente, quem é pego portando um fuzil, por exemplo, tem a mesma pena aplicada a quem transporta um revólver.
As alterações podem ser enviadas ao Congresso Nacional como projetos de lei e medidas provisórias. Outras poderão ser sugeridas aos estados para serem enviadas às assembleias legislativas por não serem de competência da União. Para elaborar as medidas, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI_ de Presidência da República recebeu sugestões de entidades e associações ligadas à área de segurança, ministérios e secretarias estaduais. Ao todo, foram encaminhadas 36 propostas, divididas em 20 temas que estão em fase de consolidação.
O ministro-chefe do GSI, Sérgio Etchegoyen, disse que é preciso revisar certas penas e fazer alterações que resultem na valorização dos profissionais da área da segurança. Ele citou medidas como aumento de salários e formas de facilitar a aquisição da casa própria em locais mais seguros para os agentes penitenciários federais. Para o ministro, é preciso proteger e valorizar os profissionais que atuam diretamente no combate ao crime e nos presídios, evitando que eles sejam coagidos ou ameaçados pelos criminosos.
Segurança no Rio de Janeiro
Sobre a atuação das forças federais no Rio de Janeiro, Etchegoyen ressaltou a importância da integração entre os órgãos de segurança estadual, municipal e federal. Segundo ele, está na mesa do presidente Michel Temer o decreto que institui o Comitê Integrado de Pronta Resposta a Eventos Críticos. O comitê, que teria início no Rio de Janeiro, atuará nos moldes do plano de segurança adotado pelo país na Copa do Mundo e nas Olimpíadas.
O grupo, que será coordenado pelo ministro da Justiça, integrará todos os órgãos de segurança pública e de inteligência até o final de 2018. Sobre a fase fluminense do Plano Nacional de Segurança Pública, o ministro informou haver dotação orçamentária de R$ 700 milhões para este ano e R$ 1,2 bilhão para 2018.
Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil