quinta-feira, 8 de junho de 2017

Vídeo mostra médica suspeita de negar socorro a bebê rasgando papéis na ambulância antes de ir embora

08/06/2017 14h16 

Polícia do RJ investiga omissão de socorro que pode ter causado a morte de um bebê

Imagens da câmera de segurança de um condomínio podem ajudar a polícia do Rio a investigar uma denúncia de omissão de socorro, que pode ter causado a morte de um bebê. No banco do carona, a médica que, segundo a família, se recusou a levar para o hospital o menino Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e meio, aparece rasgando alguns papéis. Ela gesticula e depois vai embora, sem sequer falar com os pais.

Breno sofria de uma doença neurológica. O corpo dele foi velado nesta quinta-feira. Na quarta (7), o bebê começou a ter fortes dores abdominais. Os pais ligaram correndo pro plano de saúde, a Unimed. Segundo a mãe, a ambulância chegou em meia hora, mas o atendimento não foi feito.

"Nós não sabemos por que a médica da ambulância, plantonista que foi para levar o meu filho para a internação, não atendeu", diz a empresária Rhuana Lopes Rodrigues, mãe de Breno.

A médica trabalha para a empresa Cuidar, que faz as remoções para a Unimed. A Cuidar não retornou as nossas ligações para explicar o que aconteceu, nem para informar o nome da médica.

Desde julho, Breno dependia de cuidados especiais, em casa, e só poderia ser levado para o hospital de ambulância, acompanhado por uma equipe médica. Como o primeira foi embora, a mãe solicitou uma nova ambulância, mas a criança morreu antes da chegada do segundo socorro. Os pais do bebê prestaram queixa na delegacia.

"Eu teria chegado no hospital, ele teria sido socorrido, ele teria feito os procedimentos que deveriam ser feitos e provavelmente estaria vivo agora", lamenta a mãe.

Rhuana espera o segundo filho. A família está dilacerada.
"A gente lutou muito pelo nosso filho, que é especial. E a gente vê o descaso de uma profissional que deveria ter atendido na hora e a gente perdeu nosso filho. Então, o sentimento de muita tristeza", declarou Felipe Antônio Duarte da Silva, também empresário e pai do Breno.
Rhuana Lopes Rodrigues durante velório do filho (Foto: Alba Mendonça/G1)

Despedida
No velório do filho, Rhuana chorava muito e recebeu os cumprimentos de parentes que exibiram camisetas com a foto de Breno com a frase: "Para sempre nosso campeão".

"Meu filho poderia ter sido salvo. Mas a médica nem desceu da ambulância. Ela sequer desceu do carro. Ela chegou às 9h10 e meu filho morreu às 10h26. Nesse tempo ela teria chegado ao Centro Pediátrico da Lagoa ou ao Quinta D'Or", contou a empresária Rhuana Rodrigues. A segunda ambulância só chegou às 11h, mais de meia hora após a morte do bebê.

Rhuana contou que Breno sofria de eplepsia de difícil controle. A criança passou os sete primeiros meses de vida internada com convulções, até ser diagnosticado e ter o quadro estabilizado. Ele estava em internação domiciliar e precisava de respirador nasal para dormir.

"Parei toda a minha vida para me dedicar ao meu filho. Ele era especial e precisava de cuidados constantes. Sempre fui prontamente atendida pelos médicos e pela Unimed sempre que precisamos. Mas desta vez não sabemos o que aconteceu" , disse a mãe de Breno, que está grávida de três meses.

Ela explicou que, por estar em internação domiciliar, o menino só poderia ser transportado de ambulância. Caso decidissem socorrer o bebê por meios próprios, os pais poderiam ser responsabilizados judicialmente.

"Ele estava com uma gastroenterite que foi se agravando. Ele recebia atendimento médico semanalmente. Ligamos para a pediatra dele que disse para interná-lo num hospital. Ligamos pra Unimed e pedimos a ambulância. Se a médica tivesse socorrido o Breno ele ainda poderia estar vivo. Agora, vou morrer com essa dúvida: se eu tivesse levado ele para o hospital meu filho ainda estaria vivo?", indagou.

Os pais de Breno registraram o caso na 16ª DP (Barra da Tijuca) , na noite de quarta-feira. O advogado da família pretende entrar com três processos na justiça. Um criminal contra a médica por homicídio culposo com o agravante de ela ser médica e ter omitido socorro à vítima, um cível por danos morais e um no Conselho Regional de Medicina para que a médica seja penalizada pela conduta antiprofissional.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/video-mostra-medica-suspeita-de-negar-socorro-a-bebe-rasgando-papeis-na-ambulancia-antes-de-ir-embora.ghtml

Receita abre consulta a primeiro lote de restituição do IR deste ano

08/06/2017 05h54
Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

Crédito bancário para 1.636.218 contribuintes será feito no dia 16 de junho, totalizando mais de R$ 3 bilhões - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A consulta ao primeiro lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2017 vai ser aberta hoje (8) às 9h. O lote contempla também restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2016.

Segundo a Receita Federal, o crédito bancário para 1.636.218 contribuintes será feito no dia 16 de junho, totalizando mais de R$ 3 bilhões. O lote contempla os contribuintes com prioridade: mais de 1,527 milhão de idosos e 108.513 pessoas com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet, ou ligar para o Receitafone, no número 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones, que facilita a consulta às declarações do IR e à situação cadastral no CPF. Com ele, será possível consultar diretamente, nas bases da Receita Federal, informações sobre a liberação das restituições e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento, pela Internet, utilizando o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (exclusivo para pessoas com deficiência auditiva), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Para salvar Temer, tropa de choque de Gilmar Mendes elimina provas das delações

Gilmar, no comando da operação SOS Temer

Deu no Estadão

Após quase uma hora de sessão do Tribunal Superior Eleitoral, os ministros começaram a aprofundar o debate sobre as preliminares. “Estamos decidindo sobre decidir ou já proferindo o voto?”, perguntou o ministro Tarcísio Vieira, recentemente nomeado por Temer para o TSE. Na sequência, Gilmar Mendes, Admar Gonzaga e Napoleão Maia foram se manifestando a favor de limitar a causa de pedir, pois a preliminar em foco pretende que não sejam utilizadas provas da delação da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Os ministros Napoleão, Admar e Tarcísio queriam votar preliminar separadamente.

Após começar sua fala citando o poeta Torquato Neto, a ministra Rosa Weber defendeu que as preliminares devessem ser apreciadas juntamente com o mérito. A ministra disse, ainda, que “somente provas ilícitas devem ser retiradas do processo”.

E OS MOTIVOS? – O relator então pediu que os três ministros que se demonstram contrários à inclusão explicitassem os motivos para tal. “Eu peço que eles digam: a Odebrecth podia ser investigada ou não podia? Se a resposta é sim, quais os depoimentos que poderiam ser tomados?”

“Quem quiser rasgar a decisão desse tribunal, o faça sozinho”, desafiou Herman, em referência à uma possível decisão prévia da corte de impedir que os depoimentos relacionados a Odebrecht sejam usados como provas.

O ministro Napoleão Maia respondeu a Herman: “(A Odebrecht) Deve ser investigada, mas mediante ações adequadas”, disse, finalizando: “Não nesta ação.” Maia, que discorda do relator e defende a não inclusão das delações da Odebrecht, disse que “os delatores não poriam em risco informação das delações” fazendo vazamentos.

PEDIDO DA DEFESA – Herman Benjamin destacou o pedido da defesa, feito por Gustavo Guedes. “Tudo que tiver relação com a Petrobrás, mesmo sendo Odebrecht, o pedido da defesa é que isso deve permanecer.” Para o relator, o ministro Napoleão “foi muito além” do pedido feito pelo advogado. Os ministros já tinham se estranhado, quando Napoleão disse que estava com dificuldades para falar e Herman rebateu: “Percebe-se”.

Nomeado recentemente por Michel Temer para o lugar da ministra Luciana Lóssio, o ministro Tarcísio Vieira Neto indicou que vai votar favorável ao governo. “Fato novo não pode ser incorporado à demanda”, disse o novo ministro. Com o voto de Tarcísio, o governo parece ter maioria no tribunal para votar pela não inclusão das delações da Odebrecht no processo. Além dele, Admar (também nomeado por Temer, Gilmar e Napoleão) demonstram-se contrários ao relator.

“A meu ver, tais acontecimentos não estão relacionados diretamente com os contornos delimitados nas ações de julgamento, nem mesmo com o alegado financiamento de campanha mediante doações oficiais de empreiteiras contratadas pela Petrobrás com a alegada distribuição de propinas”, afirmou Tarcísio Vieira no seu argumento.

INVERSÃO DO PAPEL – O ministro relator do caso, Herman Benjamin, disse que os colegas que rejeitam a apreciação de fatos novos no processo “invertem” o papel do tribunal. “Aqui estamos num dos julgamentos mais importantes da história do TSE para julgar caixa 1 e não caixa 2, invertendo nossa história”, ironizou.

Tarcísio se posicionou pela exclusão da Odebrecht no processo. “Longe de mim questionar extrema gravidade que vieram dos depoimentos”. Porém, para o ministro, “fatos estranhos (da ação inicial) não podem ser considerados.”

Herman então questiona o ministro: “É para excluir a Odebrecht ou os depoimentos? Se formos esperar a Justiça Penal para emitir nossos julgamentos, não haveria nenhum julgamento”. E pediu que o novo ministro deixe clara sua posição: “O julgamento só deve considerar caixa 1, não caixa 2 e caixa 3?”, questiona o relator. E a resposta de Tarcísio foi positiva: “Na minha compreensão, caixa 2 não está em julgamento, nem caixa 3, apenas caixa 1”, afirmou Tarcísio.

“HITCHCOCKIANO” – Diante da certeza da exclusão da provas sobre caixa 2, o ministro Fux comentou: “O processo é hitchcockiano, só se sabe quem tem razão no final”.

Repetindo o que fizera na quarta-feira, o relator Herman Benjamin insistiu em citar um voto de Gilmar na relatoria sobre contas da campanha de Dilma Rousseff. “Eu apenas disse entre aspas”, disse o relator ao ser questionado por Gilmar. “Isso não está em meu voto”, rebateu Gilmar sobre delações da Odebrecht.

“Foi a Bíblia”, ironizou Herman sobre relatoria de Gilmar a respeito das contas da campanha de Dilma Rousseff, insistindo que o posicionamento de Gilmar naquela época serviu de “guia” para relatar o atual processo. Herman disse que estava citando Gilmar apenas para mostrar o “roteiro” que seguiu até ali. “Eu sou extremamente disciplinado. Tentei seguir na íntegra o que estava aqui.”

Desde a primeira sessão, relator e presidente do TSE trocam farpas. Na sua relatoria, Herman usa posicionamentos antigos de Gilmar sobre contas das campanhas de Dilma, o que tem incomodado o presidente do tribunal. Na quarta-feira, ao falar sobre testemunhas que ouviu, Herman falou de “donos de inferninhos”, os “donos de cabaré”, já que havia delação de propinas entregues numa casa noturna.

INFERNINHOS – Herman, que leu a antiga relatoria do presidente do TSE e lembrou uma citação de São Jorge, fazendo Gilmar replicar:”É pra rimar com as visitas que o senhor andou fazendo nos inferninhos”.

O advogado Flávio Caetano, que defende Dilma, afirmou que as acusações do PSDB, autor da ação, são ‘infundadas’ e que houve ‘inaceitável e ilegal extrapolação do objeto’ por parte do relator, Herman Benjamin, ao ouvir delatores da Odebrecht e os marqueteiros do PT Mônica Moura e João Santana.

Napoleão Maia então volta a dizer que delatores confirmariam depoimento para manter benefícios estabelecidos em acordo de delação premiada. Dessa vez, o ministro questionou Herman sobre sua posição. “Para mim é irrelevante”, responde o relator.

MANADA DE ELEFANTES – “A Odebrecht era a matriarca de uma manada de elefantes que transformou a Petrobrás numa savana africana para rapinagem”, acrescentou, assinalando: “Não existe fase Odebrecht”, diz Herman, em defesa de não separar do processo a empreiteira. “A fase Odebrecht é uma criação magnífica dessa bancada também magnífica de advogados”, afirmou Herman, dizendo que querem arrancar a Odebrecht do processo “a fórceps”.

Logo em seguida, o presidente suspendeu a sessão, para almoço.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Tudo dominado, Temer será salvo pela tropa de choque de Gilmar Mendes, que se posiciona totalmente em desacordo com a legislação vigente (art. 370 do Código de Processo Civil e art. 23 da Lei Complementar 64), que determina ao magistrado o uso de informações públicas e notórias, como é o caso das delações da Odebrecht. É uma página vergonhosa na História da Justiça brasileira, que os ministros Herman Benjamin e Luiz Fux não podem aceitar, de forma alguma, e certamente vão deixar seus protestos registrados nas atas do deplorável julgamento, que tem o claro objetivo de preservar um governo indigno e criminoso, com prazo de validade vencido, como diz o jornalista Augusto Nunes. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

CCJ da Câmara aprova criação de programa para estimular uso de bicicletas

07/06/2017 20h37
Brasília
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou hoje (7) projeto de lei que cria o Programa Bicicleta Brasil, a ser implantado em municípios com mais de 20 mil habitantes. De autoria do deputado Jaime Martins (PSD-MG), o texto foi aprovado em caráter conclusivo e deve seguir para apreciação do Senado, a não ser que haja recurso para sua deliberação pelo plenário da Câmara.

Programa quer estimular uso de bicicletas Wilson Dias/Arquivo/Agência Brasil

De acordo com o projeto, o Programa Bicicleta Brasil será financiado com um percentual de 15 % do valor arrecadado com multas de trânsito.

Segundo Martins, a proposta visa promover a integração das bicicletas ao sistema de transporte público coletivo, apoiar estados e municípios na construção de bicicletários em terminais do sistema de transporte público coletivo e na construção de ciclovias e ciclofaixas, instalação de banheiros públicos e bebedouros em locais estratégicos para ciclistas, além da promoção de campanhas de divulgação dos benefícios do uso da bicicleta.

O projeto estabelece que essas iniciativas também podem ser financiadas com recursos da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis), por meio de alteração na lei que fixa os critérios desse tributo e no Código de Trânsito Brasileiro. A execução do programa caberá aos setores público e privado ligados ao trânsito e à mobilidade urbana.

Pelo texto, também poderão ser utilizadas para implantação do Bicicleta Brasil dotações específicas dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios que forem atribuídas ao programa nos termos das respectivas legislações e contribuições e doações de pessoas físicas ou jurídicas, entidades e organismos de cooperação nacionais ou internacionais.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

quarta-feira, 7 de junho de 2017

MPF investiga possível ilegalidade da Polícia Civil na apreensão de fuzis no Rio

07/06/2017 13h04
Rio de Janeiro
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro vai investigar eventual conduta irregular da Polícia Civil na apreensão de carga ilegal no Aeroporto Internacional Tom Jobim, área sob controle da Polícia Federal (PF). O MPF quer saber porque a Polícia Federal não participou da operação, além de suas possíveis conexões com agentes públicos.

Na semana passada, a operação da Polícia Civil apreendeu 60 armas de guerra, como fuzis AK47, AR10 e G3. O armamento estava escondido entre cargas embaladas de aparelhos de aquecedores para piscina.

"Evidentemente, não é a apreensão de armas em si o centro de nossas preocupações, uma vez que a entrada ilegal, inclusive as de armas de grosso calibre, pelas fronteiras do país, especialmente aeroportos e portos, destinam-se, em regra, a fortalecer o crime organizado, com ênfase nas facções criminosas que dominam o tráfico de substâncias entorpecentes", disse o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, coordenador de Controle Externo da Atividade Policial no Rio, ao instaurar a investigação. Para ele, nesse cenário, o Estado perde eficácia em seu dever de combater o crime. "A questão é compreender em que circunstâncias a operação foi deflagrada e quais são seus antecedentes."

De acordo com o MPF, o Departamento de Polícia Federal encontra no setor aeroportuário brasileiro “senão a mais importante, uma de suas principais áreas de atuação, agindo contra práticas de repercussão interestadual e internacional, para prevenir e combater, entre outras práticas ilícitas, o contrabando e o descaminho”.

Eduardo Oliveira disse ainda que é na área de atuação da Seção de Fiscalização do Tráfego Internacional que a PF deve exercer plenamente seu dever de resguardar o Estado Brasileiro da incidência dos diversos atos ilícitos sob sua responsabilidade de apuração. “A criminalidade praticada de forma organizada, como registrado e apurado, imprescinde da colaboração, gerência ou cooptação de agentes públicos associados à atividade policial, o que ao mesmo tempo que robustece o crime organizado enfraquece, com severos prejuízos ao regular funcionamento da sociedade e do Estado, as instituições policiais”, avalia.

Entre as primeiras medidas tomadas pelo Ministério Público, está a de pedir à PF e à Polícia Civil do Rio que preste, em até cinco dias, esclarecimentos sobre a operação que apreendeu as armas no Aeroporto Tom Jobim/Galeão. O processo tramita na Procuradoria da República, no setor de controle externo da atividade policial.

A Agência Brasil entrou em contato com a Polícia Civil do Rio e aguarda resposta.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

“O Kinofrei”: quarto ciclo da mostra alemã é iniciado com ficção amorosa

JUIZ DE FORA - 7/6/2017 - 11:19
Foto: Divulgação

Um casal de funcionários que trabalha em um hotel de luxo vive um drama romântico na ficção “Love Steaks”. A produção audiovisual faz parte da mostra de cinema alemão “O Kinofrei” e será exibida nesta sexta-feira, 9, às 19h30, no Anfiteatro João Carriço, na sede da Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). Com 1h30 de duração, o filme foi dirigido e escrito por Jakob Lass e lançado em 2014. A classificação etária é 16 anos.

“O Kinofrei” é um projeto idealizado pelo Instituto Werther, em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Funalfa, que tem como objetivo evidenciar a produção cinematográfica alemã.

Sinopse
Um refinado hotel é o cenário do primeiro encontro entre o casal Clemens (Franz Rogowski) e Lara (Lana Cooper), ambos com diferentes objetivos a serem alcançados. Por trabalharem no mesmo local, os encontros serão inevitáveis. Juntos, eles descobrirão uma nova trilha a ser seguida.

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF

Museu Mariano Procópio guarda cartas pessoais de Dom Pedro I

JUIZ DE FORA - 7/6/2017 - 11:21

O acervo do Museu Mariano Procópio conta com diversas coleções de arte e objetos históricos, entre fotografias, livros, móveis, utensílios e documentos. Entre as coleções, destacam-se as que são vinculadas ao império brasileiro. No arquivo histórico da instituição estão guardadas nove cartas trocadas entre Dom Pedro I e Domitila – a Marquesa de Santos, seu relacionamento extraconjugal.

Uma curiosidade é que os amantes assinavam tais cartas com apelidos particulares: Dom Pedro assinava como o “Demonão” ou “Fogo Foguinho” e chamava Domitila de “meu benzinho” ou “Titila”. Os documentos guardam características da escrita do século 19.

As cartas que documentam a vida íntima do imperador serviram de referência para a produção de materiais como livros históricos, literatura e até peças da teledramaturgia. No ar na faixa das 6 da Rede Globo, a novela “Novo Mundo” explora o cenário do Brasil Império. A dramaturgia retrata a história do triângulo amoroso formado por Dom Pedro I, a amante Domitila e a imperatriz Leopoldina.

* Informações com a assessoria da Fundação Museu Mariano Procópio pelo telefone 3690-2004.
Portal PJF

Em Juiz de Fora - Comunicado importante - Banco do Brasil não está recebendo pagamentos de impostos, taxas e demais receitas municipais.

JUIZ DE FORA - 7/6/2017 - 12:26
Comunicado 
A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informa que, temporariamente, o Banco do Brasil não está recebendo pagamentos de impostos, taxas e demais receitas municipais. Dessa forma, os pagamentos deverão ser realizados nas seguintes instituições financeiras credenciadas:

* Caixa Econômica Federal
* Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob)
* Bradesco
* Itaú-Unibanco
* Mercantil do Brasil
* Santander S/A

Nas lotéricas, serão aceitos pagamentos de até R$ 2 mil. Itaú-Unibanco e Bradesco só receberão pagamentos de correntistas no caixa eletrônico e internet banking. 

Pagamentos realizados fora do prazo acarretarão encargos.

A PJF reforça que está trabalhando para que, no mais curto espaço de tempo possível, os clientes do Banco do Brasil voltem a contar com os serviços prestados pela instituição.

* Informações com a assessoria de comunicação da Secretaria da Fazenda, pelo telefone 3690-8596.
Portal PJF

'Não consegui acreditar', diz estudante de 16 anos que passou em Medicina na UFJF

Por Roberta Oliveira, G1 Zona da Mata

06/06/2017 19h00 
Calouro de Medicina, João Pedro de Paula Souza é o caçula dos 2.900 alunos que ingressaram em 2017 na UFJF 
(Foto: João Pedro de Paula Souza/Arquivo Pessoal)

Aos 16 anos, o estudante João Pedro de Paula Souza recebeu uma notícia inesperada: a aprovação no vestibular para Medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). "Quando vi o resultado, eu não consegui acreditar. Meus pais choraram. Todo mundo deu pulos de alegria. Foi uma felicidade muito grande", contou o calouro ao G1.

Ele foi aprovado em quarto lugar em um dos grupos do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism), de candidatos que fizeram todo o ensino médio em escola pública, com renda per capita familiar inferior a 1,5 salário mínimo.

De acordo com a instituição, o adolescente é o mais novo dos 2.900 calouros que ingressaram em 2017. Para efeito de comparação, a faixa etária média dos alunos que iniciaram no primeiro semestre é de 21 anos. Já a média de idade de todos os alunos de graduação da instituição é 23 anos.

Medicina pela avó
Às vésperas de completar 17 anos, no dia 16 de junho, o estudante foi adiantado um ano na escola, aos cinco de idade, quando cursava o ensino infantil. A justificativa é que ele apresentava conhecimento além da idade. Desde então, Souza se acostumou a ser o caçula das turmas.

Ele cursou o ensino médio no Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste), ao mesmo tempo que fazia aulas de cursinho. "Foram três anos de muita dedicação e organização, para poder me programar como e o que estudar, abrir mão de algumas atividades. Ter esta rotina foi o que mais me ajudou a conseguir este resultado", disse.

"Eu me decidi pela Medicina mais ou menos na metade do 1º ano do Ensino Médio. Queria Direito, mas na época minha avó estava no hospital. Eu tinha vontade de ajudar, mas não sabia como. Ao ver a rotina dos médicos, acabei mudando de ideia e me organizei para isso", explicou.

Tentar a vaga no curso tão jovem teve um fator positivo - diminuiu a pressão pela aprovação. "Sempre me disseram que eu poderia tentar no ano que vem, para não ir nervoso e ter calma. Que eu tinha muito tempo pela frente, porque várias pessoas são aprovadas depois dos 20 anos. Por isso, me preparei para não ser aprovado, assim não ficaria decepcionado. Sem pressão, deu certo", contou João Pedro.

Caçula na universidade
Agora, ele passa por um novo período de adaptação, desta vez, à vida de universitário. "Sendo muito honesto, foi mais difícil que eu esperava. Creio que, por questão de organização, de não me enxergar mais como aluno de ensino médio. Mas estou me reprogramando", comentou.

No entanto, ser o mais novo da sala também rende aprendizados. "Achei que seria difícil acompanhar o ritmo das outras pessoas, seja nas atividades de aula e até sociais, mas até agora está indo muito tranquilo. Mas estou acostumado a ser o caçula e estou aprendendo muito com meus colegas", afirmou.

Para quem ainda está em dúvida sobre o que fazer, o agora universitário do primeiro período indica a pesquisa além da internet. "A pessoa tem que procurar se informar. Às vezes, na internet, tudo parece uma maravilha, mas na prática, nem tanto. No primeiro ano, eu tinha uma ideia do que queria, mas ainda não era certeza. Então participei de um workshop realizado pela Acadêmica de Medicina. Depois também visitei a Faculdade e o que vi me agradou", narrou.

Caso complete o curso nos seis anos regulamentares, João Pedro vai colar grau aos 22 anos. Acostumado a respeitar o próprio tempo, ele ainda não decidiu qual especialidade pretende seguir. "Eles falam que a gente muda muito de ideia ao longo do curso. Acho que vou gostar da rotina de trabalhar em um hospital. Talvez uma emergência. Mas ainda não decidi", concluiu.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Emenda constitucional que autoriza vaquejadas é promulgada pelo Congresso

06/06/2017 12h20
Brasília
Débora Brito - Repórter da Agência Brasil
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, participa da sessão do Congresso Nacional para a promulgação da Emenda Constitucional 96, chamada PEC da Vaquejada, que regulamenta os esportes equestres. 
 Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Congresso Nacional promulgou hoje (6) a Emenda Constitucional 96, que autoriza a prática da vaquejada no país. A emenda acrescentou um parágrafo ao artigo 225 da Constituição Federal e determina que as práticas desportivas e manifestações culturais com animais não são consideradas cruéis.

O novo artigo determina ainda que a vaquejada seja registrada como “bem de natureza imaterial” e seja regulamentada por lei que garanta o bem-estar dos animais. A festa é tradicional em várias cidades do interior do país, principalmente na região Nordeste.

A proposta foi aprovada em dois turnos no Senado e na Câmara e entrará em vigor a partir da publicação no Diário Oficial. A promulgação da emenda foi feita em sessão solene comandada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Vários representantes de associações de vaqueiros participaram da sessão.

A decisão do Congresso torna sem efeito o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que em outubro do ano passado julgou inconstitucional uma lei do estado do Ceará que reconhecia a vaquejada como esporte e patrimônio cultural. A ação de inconstitucionalidade tinha sido movida pela Procuradoria Geral da República (PGR), que considerou a prática ilegal por submeter os animais à crueldade.

Após a proibição, os vaqueiros protestaram contra a decisão do STF e promoveram forte campanha pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Vaquejada no Congresso. Os ativistas pela proteção animal fizeram campanha contrária, argumentando que a prática é violenta e provoca sofrimento físico e mental aos animais.

A polêmica em torno da vaquejada se dá pela forma como os animais participam da festa. Um boi é puxado pelo rabo por um vaqueiro e deve correr entre dois cavalos em uma pista de areia até ser derrubado em uma área demarcada de 10 metros. O destino dos animais utilizados nas vaquejadas é o abatedouro. Segundo a Associação Brasileira de Vaquejada, a festa movimenta cerca de R$ 600 milhões e gera em torno de 700 mil empregos.

Edição: Lidia Neves
Agência Brasil