Antonio Rocha
O corre-corre da vida contemporânea e a explosão (no bom sentido) das redes sociais faz com que não tenhamos tanto tempo assim disponível. Deste modo, um pensamento, uma reflexão tem maior impacto do que uma longa falação, quase sempre enfadonha, cochilante e até roncante… em alguns casos. Vez por outra, aparece nas mídias uma determinada figura pública dormindo enquanto alguém discursa.
Claro que muita gente vai afirmar, e com razão, que as redes sociais têm muita bobagem. Certo, mas busquemos o melhor, o que enleva, constrói, edifica, educa.
Antigos latinos já informavam: “Seja breve, e agradarás”. Uma vez, aquela revista Ele/Ela, do finado grupo Manchete, falando sobre o prazer declarou: “Os 30 segundos que te fazem inesquecível pelo resto da vida”. Quiçá, tal lembrança vá até as próximas vidas, para quem acredita em renascimento/reencarnação, como dizem os budistas.
CLIMAX SEXUAL – A revista estava falando do clímax sexual. O orgasmo, que mereceu e merece estudos vários, um desses, recomendo, a leitura de “A Função do Orgasmo”, do psicanalista alemão William Reich.
Criativamente, o cartunista paulista Angeli, da FSP, criou o personagem Osgarmo, divertidíssimo. (Interessante que eles escrevem Folha de S. Paulo. Ora, o “S” pode ser qualquer coisa, fica muito abrangente. Portanto, em homenagem ao grande pregador Saulo de Tarso, já que estamos escrevendo sobre discursos, que passem a titular Folha de São Paulo).
Mas voltemos às citações. Um livro ótimo que vale a pena estudar aos poucos, sem pressa, saboreando os pequenos textos que valem milhões de sabedorias, é “O Livro das Citações”, de Eduardo Gianetti, economista formado pela USP e PhD pela Universidade de Cambridge, Inglaterra. Um dos seus livros, “O Valor do amanhã” foi transformado em série pelo Fantástico.
UMA BELA OBRA – O Livro das Citações vem com o selo da Companhia Das Letras e tem 458 páginas. Capa dura, parece uma Bíblia de bom gosto gráfico e cultural. A correria pós-moderna e a tendência a ler pequenos trechos de autores famosos talvez venha, originalmente, do multimilenar Taoísmo chinês, cinco mil anos antes de Cristo: “Uma imagem vale mais que mil palavras”, depois a publicidade passou a usar e divulgar.
Na página 315, da obra de Giannetti, temos uma referência ao Padre Antonio Vieira (1608-1697) sobre o nosso país: “A gente destas terras é a mais bruta, a mais ingrata, a mais inconstante, a mais avessa, a mais trabalhosa de ensinar de quantas há no mundo (…) outros gentios são incrédulos até crer; os brasis, ainda depois de crer, são incrédulos”.
A citação acima dá panos para manga, como se falava antigamente… Mesmo hoje, quando se fala tanto em Crer, tanto em Crença, observo que aqueles que dizem Crer em algo transcendente, nem sempre suas atitudes no cotidiano correspondem aos ditames do Sagrado… conforme os caminhos que seguem…
DEUS DINHEIRO – Por exemplo, vez por outra reflito: “Mas será que as bancadas religiosas do Congresso, das Assembléias Legislativas, das Câmaras Municipais são mesmo… cumpridoras de suas respectivas correntes que seguem a Bíblia? Fizeram do Deus dinheiro um ídolo. É isso mesmo que está nos Evangelhos?
Alguns irão afirmar: “Você está julgando… e Jesus falou para não julgarmos…” Digamos, na qualidade de eleitor, estou avaliando, com vistas às próximas eleições, queira Deus que, de fato, elas se concretizem, pode ser que alguns filhos de Deus resolvam cancelá-las ou deixar para 2020, mas se for assim, qualquer data será alterável.
E enquanto vamos lendo e refletindo sobre os importantes textos coletados, colecionados, coligidos por Giannett, vamos também já meditando sobre as vindouras eleições de 2018. Elas serão decisivas para todos nós.Posted in Tribuna da Internet