quinta-feira, 11 de maio de 2017

Desfile dos usuários da saúde mental celebra “Dia da Luta Antimanicomial”

JUIZ DE FORA - 11/5/2017 - 17:08


"Superar é genial". Com esse tema, os personagens “Frida Kahlo”, “Beethoven”, “Van Gogh”, “Profeta Gentileza” e outros ganharão vida na pele de usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), na Praça Antônio Carlos, no dia 18. No desfile, ponto alto das comemorações do “Dia da Luta Antimanicomial”, os usuários apresentarão figurinos de personalidades que tiveram sua vida atrelada à temática da loucura e da deficiência física ou mental. As celebrações pela data, promovidas pela Secretaria de Saúde (SS), através do Departamento de Saúde Mental (DSME), serão entre os dias 17 e 19.

A apresentação contará com peças confeccionadas à mão pelos psicólogos e artistas do Centro de Convivência Recriar (CCR) da SS. A ideia do tema "Superar é Genial" é mostrar que, mesmo com alguma problemática mental ou física, os personagens homenageados conseguiram se superar e ganhar destaque pelos seus feitos, deixando seu legado marcado na história. “A intenção é fazer com que a população repense ideias preconceituosas com relação a essas pessoas, que, apesar de terem algum aspecto deficitário, puderam ser grandes exemplos e contribuir para a sociedade”, explicou a coordenadora do CCR, Ilka de Araújo Soares.

Preconceito e inserção
Continuam abertas até segunda-feira, 15, as inscrições para a mesa-redonda “Preconceitos e Inserção Social com o Usuário Após a Implementação da Rede de Atenção Psicossocial”, que será realizada no dia 17, das 9 às 12 horas, no Auditório do Centro Universitário Estácio (Unidade do Bairro Cruzeiro do Sul). O evento é direcionado para os profissionais da área. Os funcionários do DSME podem se inscrever nos Caps, e o público externo no DSME, na Rua Tiradentes, 75, Centro, das 15 às 17 horas.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7389/7123.
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Ônibus circulam com cartazes do movimento Maio Amarelo

JUIZ DE FORA - 11/5/2017 - 12:38
Foto: Divulgação Settra

Dando sequência às ações do Maio Amarelo, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) começou, nesta quarta-feira, 10, a afixar cartazes da campanha nos veículos do serviço de Transporte Coletivo Urbano. O objetivo é reforçar a importância deste movimento, que busca conscientizar a população da importância de ter um comportamento seguro nas vias.

Próximas atividades
Nesta sexta-feira, 12, será realizada uma blitz educativa no Posto da Polícia na MG-353. No dia 19, será feita uma abordagem corpo a corpo com a Trupe do Trânsito, no calçadão da Rua Halfeld, a partir das 9 horas; e no dia 25, uma blitz educativa na Avenida Brasil.

* Informações com a assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo 3690-7767.
Portal PJF

Projeto “Vem Brincar Aqui Fora” resgata brincadeiras antigas no Museu

JUIZ DE FORA - 11/5/2017 - 12:34

Foto: Divulgação Museu

No sábado, 13, das 10 às 12 horas, as crianças que visitarem o Parque do Museu Mariano Procópio poderão participar de mais um encontro do "Vem Brincar Aqui Fora". O projeto, que é uma iniciativa da Extra Via Turismo Criativo, está em sua quarta edição e tem como objetivo proporcionar atividades para que as crianças entrem em contato com a natureza, brincando ao ar livre. A ação resgata brincadeiras antigas, contando com diversas parcerias.

A programação será diversificada, com circuito de atividades da Brincatrupe, contação de histórias com a Arteria, dinâmica e interação com alimentos com a Unidunitê comidinhas, brinquedos educativos e artesanais do Parquinho Li Lara, pintura de rosto da Artes da Fifia, Arte em feltro e laços de cabelo da Mimos da Sophia e Mimos da Valentina e aula de yoga.

As crianças que quiserem participar não precisam de inscrição, a atividade é aberta e gratuita. Depois do evento, a diversão continua no Parque, que funciona até as 18 horas, de terça-feira a domingo.

* Informações com a assessoria da Fundação Museu Mariano Procópio pelo telefone 3690-2004.
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Duolhodágua com-vida: projeto realiza apresentações culturais em espaços públicos da cidade

JUIZ DE FORA - 11/5/2017 - 12:21

Foto: Divulgação Funalfa

Aprovado pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, o projeto “Duolhodágua com-vida” pretende circular por espaços públicos de Juiz de Fora com apresentações culturais contemporâneas, possibilitando encontros entre artistas e a população. No sábado, 13, o encontro acontecerá na Praça Jarbas de Lery Santos (Avenida Presidente Itamar Franco, São Mateus), a partir das 11 horas. Esta é a segunda edição, de sete apresentações, que o duo fará pelo projeto, passando por bairros como Marilândia, Santa Cândida e Bom Pastor.

Para o evento, foram convidados o coletivo “O Círculo”; Disritmia, que fará discotecagem em vinil; o músico e instrumentista Lula Ricardo, que participou da gravação do CD “Circo Cigano; a artista circense Deborah Lisboa; o escritor, ator e diretor Norberto Presta, que possui duas parcerias de trilha sonora com o duo; e a atriz e educadora Gabriela Machado, que contará histórias. A parte gastronômica ficará por conta da pastelaria “O Trem” e do bar “Brahaus”.

De acordo com o músico Alexandre Moraes, integrante do duo, o que norteia o trabalho do “Duolhodágua” é a vontade de criar ligação entre os gêneros musicais erudito e popular, e diferentes intervenções artísticas, como o teatro e a dança. “Nós vamos fazer a trilha sonora para as performances dos convidados. No primeiro encontro que tivemos, no Vale Verde, o “feedback” foi muito legal. O evento foi bem setorial, tivemos contato com um público que não sai muito da região para frequentar eventos no Centro, por exemplo. Foi uma forma de abrir a porta para eventos desse tipo, com uma plateia muito receptiva”, contou.

:: DUOLHODÁGUA ::

O duo iniciou-se dentro de um projeto de mesmo nome, em 2008, coordenado por André Oliveira, no Diversão & Arte. De lá para cá, continuaram pesquisando seu estilo e compondo várias músicas, além de militar dentro do movimento de música instrumental e autoral, com o objetivo de potencializar o circuito musical.

Desde 2010, o duo vem se apresentando em importantes espaços culturais de Juiz de Fora, ampliando, assim, seu público e diversificando os formatos das apresentações. Participou de duas edições do Corredor Cultural da Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), e dos projetos Música MAMM,/UFJF e Terças Musicais. Entre 2014 e 2015, lançou seu primeiro CD, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Murilo Mendes.

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
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JFEmpregos oferece 26 novas oportunidades nesta quinta-feira

JUIZ DE FORA - 11/5/2017 - 12:31
Novas oportunidades foram divulgadas no portal JFEmpregos nesta quinta-feira, 11. Para se candidatar às vagas e participar do processo de seleção, basta que o interessado acesse o site, faça cadastro e preencha o currículo. O serviço é gratuito e aberto a todos.

Administrativo – uma vaga

Ajudante de caminhão (PCD) – uma vaga

Assistente de departamento – uma vaga

Assistente de manutenção – uma vaga

Auxiliar de limpeza – uma vaga

Auxiliar de soldador – uma vaga

Coordenador de manutenção – uma vaga

Estágio em ciências contábeis – uma vaga

Estágio em TI – uma vaga

Garçom – uma vaga

Gerente de estacionamento – uma vaga

Gerente de vendas – uma vaga

Operador industrial – três vagas

Padeiro/Confeiteiro – uma vaga

Serralheiro – uma vaga

Serviços gerais (PCD) – uma vaga

Social media/Marketing – uma vaga

Técnico em informática – uma vaga

Vendedor – duas vagas

Vigia (PCD) – quatro vagas

É disponibilizado uma equipe para atendimento aos usuários pelo telefone 2104-7643.

O Departamento de Inclusão Socioprodutiva e Qualificação Profissional (Disq) da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura de Juiz de Fora, realiza o cadastramento de inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) que não possuem acesso à internet, com prioridade para os beneficiários do Bolsa Família, mediante agendamento pelo telefone 3690-7749 ou comparecimento na sede da secretaria, na Rua Halfeld, 450, 5º andar. Demais cidadãos, na mesma situação, devem comparecer às regionais, portando Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e carteiras de identidade e de trabalho.

Os profissionais podem acompanhar as vagas anunciadas na página do facebook, no site e no twitter.

Endereços das regionais:

Regional Oeste
Avenida Presidente Costa e Silva, 1.800 - São Pedro. Contato: 3690.8285

Regional Sul
Rua Porto das Flores, 270 - Santa Luzia. Contato: 3690.8299 / 3690.8301

Regional Nordeste
Rua Santa Terezinha, 172 - Santa Terezinha. Contato: 3690.8605 / 3690.8610

Regional Norte
Rua Inês Garcia, 357 – Benfica. Contato: 3690.7918

* Informações com a assessoria de comunicação da Sedettur, pelo telefone 3690-8341.
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STJ decide que transexual pode alterar gênero na carteira de identidade

11/05/2017 12h57
Brasília
Da Agência Brasil*

A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os transexuais têm direito à alteração do gênero no registro civil, mesmo sem realização de cirurgia de mudança de sexo. Na decisão, o colegiado entendeu que a mudança do documento não pode ser condicionada apenas à realização de cirurgia, mas que deve levar em conta aspectos físicos e psicológicos.

Apesar de não ter caráter vinculante, a decisão do STJ deve servir de parâmetro para casos semelhantes nas instâncias inferiores. Para mudar o registro civil, os interessados terão que recorrer à Justiça, que fará a avaliação de cada caso.

Identidade de gênero
A decisão foi tomada na última terça-feira (9) a partir do julgamento do pedido de modificação de prenome e de gênero de transexual que apresentou avaliação psicológica pericial para demonstrar identificação social como mulher. Os ministros entenderam que vincular a alteração de gênero e da carteira de identidade à cirurgia de mudança de sexo pode inviabilizar a mudança.

No pedido de retificação de registro, a autora afirmou que, apesar de não ter se submetido à operação de mudança de sexo, fez intervenções hormonais e cirúrgicas para adequar sua aparência física à realidade psíquica, o que provocou dissonância evidente entre sua imagem e os dados constantes na carteira de identidade.

O ministro relator do caso, Luis Felipe Salomão, lembrou em seu voto que, apesar da existência de princípios como a imutabilidade do nome, dispositivos legais como a Lei de Registros Públicos prevêem a possibilidade de alteração em casos em que haja situação vexatória ou de degradação social, a exemplo das denominações que destoem da aparência física do indivíduo.

Salomão entendeu que a simples modificação de nome não seria suficiente para a concretização do princípio da dignidade da pessoa humana. Segundo o relator, também seriam violados o direito à identidade, o direito à não discriminação e o direito fundamental à felicidade.

“Se a mudança do prenome configura alteração de gênero [masculino para feminino ou vice-versa], a manutenção do sexo constante do registro civil preservará a incongruência entre os dados assentados e a identidade de gênero da pessoa, a qual continuará suscetível a toda sorte de constrangimentos na vida civil, configurando-se, a meu juízo, flagrante atentado a direito existencial inerente à personalidade”, ressaltou o relator.

Pela decisão, os cartórios ficam proibido de incluir, ainda que de forma sigilosa, a expressão “transexual”, sexo biológico ou os motivos das modificações da carteira de identidade.

*Com informações do STJ
Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Abolição da escravatura é abordada em exposição no Museu

JUIZ DE FORA - 11/5/2017 - 07:57
Tomando como ponto de partida a estatueta comemorativa do 13 de maio, integrante da exposição “Esplendor das Formas”, que faz referência à abolição da escravatura (1888), a Fundação Museu Mariano Procópio propõe reflexão crítica sobre alguns dos diversos aspectos envolvidos no processo de abolição da escravidão no Brasil. Com esse intuito, foi realizada intervenção temática na exposição, atualmente em cartaz na instituição.

Por meio dessa intervenção, intitulada “Entre a Forma e o Traço: o Processo de Abolição da Escravidão no Brasil”, o público é convidado a refletir não somente sobre a construção histórica da imagem da princesa Isabel, como a “redentora” dos escravos, mas também sobre outros fatores que revelam a complexidade do processo abolicionista brasileiro. Para tanto, oito caricaturas e charges do abolicionista Ângelo Agostini (1842-1910) foram selecionadas e reproduzidas com objetivo de despertar o olhar do visitante para esses fatores. As imagens fazem parte da “Revista Ilustrada”, que, assim como a estatueta, compõe o acervo do Museu Mariano Procópio.

A intervenção estará disponível ao público a partir de sexta-feira, 12, e durante todos os dias da próxima semana, e será tema de atividades escolares. As visitas monitoradas para instituições de ensino, projetos sociais e outros grupos podem ser solicitadas pelo telefone 3690-2027. A galeria abre de terça a sexta-feira, com entrada gratuita. O funcionamento é das 10 às 18 horas, com entrada até as 17 horas.

* Informações com a assessoria da Fundação Museu Mariano Procópio pelo telefone 3690-2004.
Portal PJF

No STF, o corporativismo fala mais alto e ministro não sofre impeachment

Charge da Pryscila, reprodução do Google

Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Estadão

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, rejeitou nove dos dez pedidos de impedimento de ministros da Corte recebidos desde setembro do ano passado, quando ela assumiu o cargo, sem levar nenhum ao plenário. Um deles, contra o ministro Alexandre de Moraes, ainda não foi analisado.

Nesta segunda-feira, 8, a Procuradoria-Geral da República entrou com uma ação para que a Corte declare o ministro Gilmar Mendes impedido de julgar habeas corpus do empresário Eike Batista.

Levantamento feito pelo Estadão mostra que, das 44 arguições de impedimento apresentadas ao STF até agora, 43 foram avaliadas por seus relatores, sem julgamento em plenário na decisão inicial. Apenas em cinco casos de rejeição pelo relator houve recurso e a decisão foi a julgamento pelo colegiado. Em todos eles, o plenário confirmou a decisão inicial e não impediu a atuação dos ministros. O Supremo, assim, nunca afastou um integrante de qualquer caso em tramitação na Corte.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, Gilmar Mendes pode dormir tranquilo, se é que consegue, diante de tantas críticas a seu proceder extravagante, digamos assim, em respeito à nobreza que deveria marcar o uso da histórica toga. (C.N.)

Melhor piada de Lula foi Léo Pinheiro ter forçado a barra para “vender” o tríplex

Lula: ‘Léo queria vender o apartamento de qualquer jeito’

Deu em O Globo

Depois de negar ser dono do tríplex no Guarujá e de ter dito que achou “500 defeitos” no imóvel, que visitou em 2014, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu as decisões a respeito do apartamento à ex-primeira dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro passado. Afirmou que só falou sobre o apartamento duas vezes — a primeira em 2005, quando a ex-primeira dama comprou uma cota da Bancoop, a cooperativa que lançou o empreendimento, e a segunda em 2013, quando foi chamado pelo empresário Léo Pinheiro, então presidente da OAS, para conhecer o imóvel.

— Léo estava querendo vender o apartamento. E como todo e qualquer vendedor, quer vender de qualquer jeito. Não sei se o doutor já procurou alguma casa para morar, para saber como o vendedor quer fazer. E eu disse ao Léo que o apartamento tinha 500 defeitos — disse Lula.

NÃO SABIA DE NADA – O ex-presidente e Marisa visitaram o tríplex juntos, no início de 2014. A Moro, Lula disse que achou o apartamento inadequado e apontou defeitos, mas nunca pediu qualquer reforma à OAS, como a instalação de um elevador privativo. E assinalou que só soube depois que dona Marisa havia feito uma segunda visita ao local, em agosto de 2014:

— Eu nem sabia que teve essa visita, doutor. Eu não sei se o senhor tem mulher, mas nem sempre elas perguntam pra gente o que vão fazer. Dez ou quinze dias depois ela me relatou e disse que não tinha gostado. Ela já sabia que eu não queria o apartamento.

Lula contou ter dito a dona Marisa que ela não gostava de praia e, embora ele gostasse, achava o tríplex inadequado.

FAZER NEGÓCIO – “O apartamento estava no nome da minha mulher. Eu tinha dito em fevereiro que não queria. Ela certamente pensava em fazer negócio se ela fosse ficar com o apartamento” — afirmou.

As citações a Marisa Letícia causaram irritação em Lula. Após pergunta de Moro se ela havia relatado reformas no tríplex, o ex-presidente disse que não e, lamentavelmente, ela não estava mais viva para perguntar.

O ex-presidente não respondeu a diversas perguntas sobre o apartamento, justificando não ter conhecimento porque o negócio era tratado por sua ex-mulher. E chegou a pedir a Moro que evitasse citar o nome de Marisa Letícia no interrogatório:

“Deixa eu te dizer uma coisa. Eu ouvi falar desse apartamento em 2005, quando comprou, e fui voltar a ouvir falar do apartamento em 2013. Ninguém nunca conversou comigo. Eu não sabia que esse apartamento estava na OAS. Eu queria pedir uma coisa. É muito difícil para mim toda hora que o senhor cita a minha mulher sem ela poder estar aqui para se defender. Uma das causas que ela morreu foi a pressão que ela sofreu”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como já era esperado, Lula se superou no depoimento, com uma quantidade enorme de piadas novas. E a assistência só não caiu na gargalhada e aplaudiu de pé porque Lula desta vez atuou no estilo de Buster Keaton, que fazia a piada mas não ria. De toda forma, foi sensacional, embora muitas piadas tenham sido de humor negro, quando ele insistiu em jogar a culpa sobre dona Marisa Letícia, que já não está mais aqui para aplaudi-lo, especialmente quando ele contou que não tem mais influência no PT, uma anedota verdadeiramente sensacional. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Lula obedeceu à ordem dos advogados e não fez críticas diretas ao juiz Moro

Charge do Clayton (O Povo/CE)

Tiago Dantas
O Globo

Ao prestar depoimento perante o juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente voltou a dizer que será candidato, sem mencionar eventuais impedimentos legais: — Se quisesse ser candidato, eu seria em 2014, mas, depois de tudo isso que está acontecendo, eu estou dizendo, em alto e bom som, que vou querer ser candidato à Presidência da República outra vez — disse Lula.

No depoimento, Moro perguntou a Lula se, com sua “influência” no PT, ele havia pedido investigações internas no partido depois que as denúncias vieram à tona. O petista, embora tenha sido e ainda seja a pessoa mais influente dentro do partido — tanto que conseguiu emplacar Dilma Rousseff como sua candidata à Presidência em 2010 — tentou negar.

— Sabe que essa influência dentro do Partido dos Trabalhadores é porque o Ministério Público não conhece o PT. Porque, se eles conhecessem o PT, eles não falariam isso. Eu não participo de uma reunião de dirigentes do PT desde que fui eleito presidente, em 2002. Até 2014, quando deixei a Presidência, que eu comecei a participar. Eu não tenho nenhuma influência no PT, eu tenho influência na sociedade, quando eu falo, as pessoas me ouvem, algumas ouvem.

MANDAR PRENDER ? – No depoimento, Lula foi indagado por Moro sobre a declaração que o petista fez na semana passada, quando citava o noticiário, em que disse que mandaria prender quem diz mentiras sobre ele. Moro quis saber o que ele quis dizer com tal declaração.

— Eu quis dizer o seguinte. A história não para com esse processo, a história um dia vai julgar se houve abuso ou não de autoridade nesse caso do comportamento, tanto da Polícia Federal quanto do Ministério Público, no meu caso — disse Lula, interpelado em seguida pelo juiz.

— E o senhor pretende mandar prender os agentes públicos? — insistiu o magistrado.

— Como é que vou saber, nem sei se eu vou tá vivo amanhã — esquivou-se Lula.

— Foi o que o sr. afirmou lá (no evento do PT) — disse Moro.

— Uma força de expressão. O dia que o senhor for candidato o senhor vai ter muita força de expressão — afirmou o ex-presidente.

— Acha apropriado um ex-presidente da República dizer isso? — seguiu Moro.

— Acho que não, acho que não — admitiu o ex-presidente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula treinou muito com seus advogados a forma de prestar o depoimento. A estratégia ensaiada foi de jamais fazer críticas ao juiz Sérgio Moro, sempre mencionando, criticando e culpando o “Ministério Público”, até mesmo quando se tratava de responder às observações pessoais do juiz Moro, como ocorreu na pergunta sobre o fato de Lula ter influência no PT, que ele desmentiu atribuindo a tese a um desconhecimento por parte do MP. O treino de Lula deu certo e em momento algum ele criticou o juiz, mas culpou o Ministério Público o tempo todo. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet