quarta-feira, 19 de abril de 2017

Jovem tenta entregar droga escondida em pacotes de suco a detento em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

19/04/2017 08h15 

Uma jovem de 23 anos foi detida ao tentar entregar drogas escondidas em um pacote de suco para o marido, um detento de 24 anos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) em Juiz de Fora. O caso foi descoberto nesta quarta-feira (18).

Os agentes penitenciários relataram aos policiais que esta terça-feira (18) era dia de entrada de sacolas com comestíveis e materiais de higiene e que os itens deveriam estar obrigatoriamente identificados em uma lista manuscrita por quem entregou.

Na sacola da jovem foram encontradas seis embalagens de suco em pó mais pesadas do que o comum e com diferença de peso entre elas. Ao serem abertas, em duas delas havia substância semelhante à cocaína e nas duas restantes havia uma pasta semelhante a crack.

A jovem disse que levaria a droga para o marido, fato que ele negou. Os dois foram detidos pelos agentes, que chamaram a PM para registrar a ocorrência.

A moça teve o flagrante ratificado por tráfico de drogas e foi encaminhada à Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires.

O G1 solicitou posicionamento à assessoria da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) sobre o caso e aguarda retorno.

Operação da Polícia Federal investiga fraudes na Caixa Participações

19/04/2017 08h05
Brasília
Da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (19) a Operação Conclave que investiga possíveis fraudes na compra de ações do Banco Panamericano pela Caixa Participações S.A. (Caixapar). O inquérito apura a responsabilidade de gestores da Caixa Econômica Federal (CEF), além de investigar possíveis prejuízos causados a correntistas e clientes.

Cerca de 200 policiais estão cumprindo desde cedo 46 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília. "A decisão ainda determinou a indisponibilidade e bloqueio de valores de contas bancárias de alvos das medidas cautelares. O bloqueio alcança o valor total de R$ 1,5 Bilhão", diz a nota da PF. Os mandados estão sem cumpridos em São Paulo (30), no Rio de Janeiro (6), em Brasília (6), Belo Horizonte (1), no Recife (1) e em Londrina, no Paraná (2).

De acordo com as investigações, alguns núcleos criminosos foram identificados, entre eles, "o núcleo de agentes públicos, responsáveis diretos pela assinatura dos pareceres, contratos e demais documentos que culminaram com a compra e venda de ações do Banco Panamericano pela Caixapar e com a posterior compra e venda de ações significativas do Banco Panamericano pelo Banco BTG Pactual S/A",

Outro núcleo, o de consultorias, segundo a PF, emitia pareceres para legitimar os negócios realizados. E o núcleo de empresários que, "conhecedores das situações de suas empresas e da necessidade de dar aparência de legitimidade aos negócios, contribuíram para os crimes em apuração".

Segundo a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de gestão temerária ou fraudulenta, além de outros delitos que possam vir a ser descobertos. As punições para esses crimes podem chegar a 12 anos de reclusão. O nome da operação fa referência à forma sigilosa com que foram tratadas as negociações e alude ao ritual (Conclave), no Vaticano, para a escolha do papa.

A CaixaPar informou, por meio de nota, que está "prestando irrestrita colaboração" com os trabalho de investigação, mantendo permanente contato com as autoridades policiais.

Atualizada às 10h20 para acréscimo de informação
Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

BALEIA AZUL - BLUE WHALE GAME - Jogo mortal!

terça-feira, 18 de abril de 2017

Livros infantis ganham espaço no mercado brasileiro

18/04/2017 07h06
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Os livros infantis têm papel fundamental na formação das crianças e ajudam inclusive no processo de alfabetização -Elza Fiúza/Arquivo Agência Brasil

Dados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) mostram que o crescimento de vendas do gênero infantil em 2016, em relação a 2015, foi de 28%. Nesse mesmo período, o mercado geral de livros caiu 9,7%. Os dados tratam dos livros vendidos no varejo, em livrarias, e foram levantados a pedido da Agência Brasil. Hoje (18) é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, data escolhida em homenagem ao escritor brasileiro Monteiro Lobato, que nasceu neste dia, em 1882.

A empresária Flávia Oliveira, 31 anos, é uma das compradoras. Ela apresentou os livros à filha, Bruna, de 3 anos, desde cedo, antes mesmo de completar 1 ano. Eram livros de páginas mais duras e com imagens que faziam parte do cotidiano. “Como ela ia muito ao zoológico, comprávamos livros com ilustrações de animais, nos quais ela identificava coisas que faziam parte do universo dela".

Segundo Flávia, após ouvir várias vezes a mesma história, Bruna se senta com as bonecas em círculo e conta para elas o que ouviu e o que criou a partir do livro. “Eu acho que se a gente quiser que ela tenha esse interesse por livros quando for maior, tem que criar hábito desde criança, para que seja algo prazeroso. Eu não tive isso. Quando entrei na escola, achava os livros muito maçantes. Eu queria que a leitura trouxesse algo prazeroso para ela”, diz. 

Embora as vendas tenham aumentado, as obras infantis ainda representam fatia pequena do mercado nacional de livros, 2,8% em 2016 - um aumento em relação aos 2% registrados em 2015.

"É muito importante saber que esses livros tiveram um crescimento, pequeno, mas significativo", diz a secretária-geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Elizabeth D'Angelo Serra. Para ela, os dados, que mostram os livros comprados em livraria, não refletem no entanto todo o acesso das crianças, que ocorre pela escola. As compras das escolas públicas, como não ocorrem no varejo, não entram no cálculo.

"Se pensarmos na maioria das crianças do país, sem dúvida o acesso a livros infantis se dá na escola. Muitas nunca tiveram isso nas próprias famílias, têm pais e mães analfabetos e semianalfabetos".

Livros na escola
Nos lugares onde se tem acesso à literatura, os efeitos são positivos. Para Márcia Helena Gomes de Sousa Dias, professora do Centro de Educação Infantil (CEI) do Núcleo Bandeirante, região administrativa do Distrito Federal, os livros infantis têm papel fundamental na formação das crianças e ajudam inclusive no processo de alfabetização. A escola, além de ter momentos de leitura dos professores para os estudantes, incentiva as crianças e pegarem os livros, a inventarem histórias a partir das imagens. A intenção é que os livros estejam inseridos em todas as atividades, que se forem brincar, por exemplo, possam usá-los. E aprendam também a cuidar, a colocar no lugar depois de usar.

Os livros, de acordo com Márcia, servem para que as crianças se familiarizem com as letras: "As crianças têm primeiro o trabalho visual. Começam a perceber nos livros de história que algumas letras fazem parte do nome dela, dos pais ou de colegas. É uma pré-alfabetização. Fazem sempre essa conexão, de figuras com letras e depois de letras som, quando lemos para elas". 

Além de trabalhar a literatura na própria sala de aula, as escolas podem servir de incentivo para que a leitura chegue à casa dos estudantes.

Um estudo da Universidade de Nova York, em colaboração com o IDados e o Instituto Alfa e Beto, divulgado no ano passado, mostrou um aumento de 14% no vocabulário e de 27% na memória de trabalho de crianças cujos pais leem para elas pelo menos dois livros por semana.

O estudo revelou ainda que a leitura frequente para as crianças leva à maior estimulação fonológica, o que é importante para a alfabetização, à maior estimulação cognitiva e a um aumento de 25% de crianças sem problemas de comportamento.

O estudo foi feito com base na experiência de Boa Vista (Acre), com o programa Família que Acolhe, voltado para a primeira infância, que acompanha as crianças desde a gravidez até os 6 anos de idade.

A leitura é um dos carro-chefe do programa, segundo a gestora das Casas Mães no município - espécie de escolas de educação infantil de tempo integral - do Núcleo Senador Helio Campos, Maria de Lourdes Vieira dos Santos. Cada criança escolhe, na escola, dois livros para levar para casa e ficar com eles pelos próximos 15 dias. Nesse período, devem elas mesmas manuseá-los e pedir que pais ou responsáveis leiam para elas. “A leitura é importante porque, além de aproximar os pais da criança, que têm esse tempo proveitoso junto ao filho, ajuda a criança a desenvolver a oralidade, a mudar o repertório de palavras. Trabalha também o imaginário e a fantasia por meio das histórias que são contadas”, diz.

Faltam livros
Dados do último Censo Escolar, de 2016, mostram que 50,5% das escolas de educação básica têm biblioteca e/ou sala de leitura (esse percentual é de 53,7% para as que oferecem ensino fundamental e de 88,3% no ensino médio). O Brasil tem até 2020 para cumprir a meta de universalizar esses espaços, prevista na Lei 12.244. A legislação, sancionada em 24 de maio de 2010, obriga todos os gestores a providenciar um acervo de, no mínimo, um livro para cada aluno matriculado, tanto na rede pública quanto privada.

A realidade do ensino fundamental e médio se estende ao ensino infantil público, segundo a vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral, dirigente municipal de Costa Rica (MS). Ela estima que metade das escolas tenha pelo menos o mínimo de um livro por estudante. "E um livro ainda é pouco, porque os livros, se utilizados, vão se gastando. Além disso, para as escolas envolverem as famílias, precisam que os estudantes levem livros para casa, o que vai demandar mais de um livro".

Segundo ela, muitos municípios não têm condições de investir em livros e dependem de parcerias com o Ministério da Educação (MEC). Essa parceria se dá, principalmente, pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola, que investiu, até 2014, R$ 50,5 milhões em mais de 12 milhões de livros para mais de 5 milhões de crianças da creche e pré-escola. Depois, o investimento passou a ser feito no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), programa criado em 2013 para alfabetizar as crianças até os 8 anos de idade. "O Brasil é imenso, tem localidade que tem condição de fazer um investimento, mas ainda temos municípios que não têm condição, porque livro no Brasil ainda é caro. A gente precisa dessa parceria com o MEC". 

Atualmente, o Brasil tem 64,5 mil creches, sendo a maior parte pública, da rede municipal (58,8%), enquanto 41% são privadas e 105,3 mil unidades com pré-escola, sendo 72,8% municipais e 26,3%, privadas. São mais de 8 milhões de matrículas até os 5 anos de idade.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Lutar por seu direito é um defeito que mata, na visão crítica de Gonzaguinha



Paulo Peres
Site Poemas & Canções

O economista, cantor e compositor carioca Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (1945-1991) , conhecido como Gonzaguinha foi, sem dúvida, um dos maiores talentos da Música Brasileira em seus diversos estilos populares. Sua obra teve, inicialmente, como característica sua postura de crítica à ditadura militar, conforme mostra a letra de “Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória (À Legião dos Esquecidos)”, que faz parte do LP De Volta ao Começo, gravado em 1980, pela Emi-Odeon.

Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória
(À Legião dos Esquecidos)

Gonzaguinha

Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens
São sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Uma crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas
Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que fizeram os heróis
São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue
Ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha
Quem espera, nunca alcança
Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará
Ê ê, não quero esquecer
Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta.

Grupo manifesta em praça de pedágio em Simão Pereira, MG

Por G1 Zona da Mata

17/04/2017 07h27 Atualizado há 18 horas
Manifestantes estão no pedágio de Simão Pereira na manhã desta segunda-feira (17) (Foto: Laiz Perrut/Arquivo Pessoal)

Um protesto ocorreu por quase três horas na praça de pedágio de Simão Pereira, na BR-040, na manhã desta segunda-feira (17) . De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a ação faz parte de uma ação nacional contra o governo Temer e a favor da retomada da reforma agrária. Os manifestantes também são contra a reforma da previdência e a retirada de direitos. A organização estima 200 integrantes do MST, de sindicatos e movimentos estudantis da região.

A assessoria da Concer, empresa que administra o trecho, informou que o grupo, com integrantes mascarados, chegou em ônibus e carros por volta das 6h40. Eles pediram que os funcionários do pedágio deixassem as cabines e liberaram o fluxo de veículos em uma pista em cada sentido. Os veículos passaram pelo pedágio sem pagar.

A Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas para tentar negociar com os manifestantes. "Aguardamos pacificamente a desocupação da via. Não houve depredação no local, mas as câmeras de filmagem e as cabines do pedágio foram tampadas com plástico", relatou o policial rodoviário federal, André Marinho.

A PRF ainda informou que o grupo liberou o pedágio às 9h25 e a cobrança para os motoristas foi retomada no local. Segundo a Concer, a empresa orientou os motoristas a passarem pelo local com segurança.

A assessoria do MST ainda informou que esta segunda-feira é o dia internacional da luta camponesa e também nesta data são lembrados os 21 anos do massacre em Eldorado dos Carajás (PA). "Hoje inicia a jornada de luta em defesa da reforma agrária, pois há 21 anos atrás muitos de nossos companheiros foram assassinados pela PM e vamos continuar com o movimento a semana inteira", disse a coordenadora regional do MST, Tatiana Gomes.

Gomes ainda relatou que um documento feito pelos manifestantes pede que mais de cinco mil famílias sejam assentadas em Minas Gerais e deve ser entregue para ao Governo Federal. "É uma reivindicação antiga, o Governo quer simplesmente ignorar a reforma agrária, e temos muitas famílias acampadas que precisam ser assentadas. Fora isso, temos a questão da infraestrutura nos assentamentos que é precária", finalizou.

http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/grupo-manifesta-em-praca-de-pedagio-em-simao-pereira-diz-concer.ghtml

Polícia do Rio investiga jogo em redes sociais que induz jovens ao suicídio

17/04/2017 22h40
Rio de Janeiro
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio está investigando um jogo de internet que pode estar levando jovens a mutilações corporais e até ao suicídio. Conhecido como Baleia Azul, o jogo é praticado em comunidades fechadas de Facebook e Whatsapp. Ele instiga os jogadores, a grande maioria adolescentes, a cumprirem 50 tarefas, sendo que a última delas é o suicídio.

A delegada Fernanda Fernandes, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), acredita que o jogo, já identificado em outros países e outros estados do Brasil, esteja sendo praticado no Rio. Ela já tem, pelo menos, quatro casos suspeitos, todos envolvendo adolescentes.

“Não parece se tratar de um boato.Temos várias comunidades que estamos rastreando sobre o jogo, algumas falando diretamente o nome Baleia Azul, outras com codinomes. O jogo existe, é real”, disse a delegada.

Fernanda ouviu, na tarde desta segunda-feira (17), o pai de uma estudante de 14 anos, de um colégio do interior do estado, que relatou preocupação de que a adolescente possa estar envolvida no jogo, pois ela teria riscado a baleia, com objeto cortante, no antebraço, o que é uma das fases do Baleia Azul.

Nesta terça-feira (18), a delegada irá, com o pai da jovem, ao seu encontro. O objetivo da investigação, segundo ela, é evitar que os jovens se suicidem, mais do que encontrar os mentores dos grupos, o que será feito no decorrer dos trabalhos.

“Temos esta vítima que vamos tentar ouvir. Os indícios, as fotos e postagens no Facebook, nos levam a crer que ela tem envolvimento com o jogo. Ela tem o desenho da baleia azul no antebraço, embora não tenhamos contato com ela para confirmar isso. Nós já vimos cortes no corpo dela e postagens insinuando suicídio, então a gente fica preocupada”, disse.

Fernanda Fernandes fez uma apelo aos familiares e amigos de possíveis vítimas para procurarem a delegacia e relatarem os fatos. “O apelo para os pais é que verifiquem qualquer mudança, alteração de comportamento dos jovens e qualquer comportamento depressivo, mais introspectivo. Se têm hábitos mais noturnos e de madrugada na internet. Os pais têm que ter controle do que os filhos estão fazendo nas redes sociais. E prestar atenção se têm indícios de lesão no corpo dos filhos. Também é preciso entrar em contato com a escola. O adolescente, quando vira vítima do jogo, muda o comportamento”, disse.

As denúncias podem ser feitas pelo telefone da DRCI (21) 2202-0273 ou pelo e-mail da delegacia (drci@pcivil.rj.gov.br). Os mentores dos jogos, que surgiu na Rússia, podem ser indiciados por crimes de associação criminosa, lesão corporal, ameaça e até homicídio. Segundo relatos, os mentores ameaçam as vítimas se elas deixarem o jogo.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Fachin envia inquéritos contra Aécio, Jucá e Renan para Polícia Federal

17/04/2017 17h57
Brasília
André Richter – Repórter da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, determinou hoje (17) o envio dos inquéritos envolvendo os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) para a Polícia Federal (PF). A decisão dá início ao processo de investigação na PF, que poderá solicitar quebra dos sigilos telefônico e fiscal, além da oitiva dos próprios acusados.

As investigações envolvendo outros parlamentares também deverão seguir o mesmo procedimento nos próximos dias. Os inquéritos foram abertos pelo ministro, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para apurar citações aos nomes dos parlamentares nos depoimentos de delação de ex-executivos da empreiteira Odebrecht.

Aécio Neves e Romero Jucá são os que acumulam o maior número de pedidos de investigações na Lava Jato, cinco ao todo. Renan Calheiros foi citado em quatro inquéritos envolvendo a Odebrecht e passou a responder a 12 investigações na operação. 

Outro lado
Após a abertura da investigação, o senador Aécio Neves disse considerar "importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações". Segundo o comunicado, a divulgação das colaborações premiadas foi solicitada pelo próprio parlamentar a Fachin na semana passada. "[Aécio Neves] considera que assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta", informou a assessoria do senador.

Já Romero Jucá disse que "sempre esteve" e "sempre estará” à disposição da Justiça para qualquer informação. "Nas minhas campanhas eleitorais, sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas", disse o parlamentar, também por meio de nota.

Renan Calheiros disse que a abertura dos inquéritos permitirá que ele possa conhecer "o teor das supostas acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos seletivos de delações".

"Um homem público sabe que pode ser investigado. Mas isso não pode significar uma condenação prévia ou um atestado de que alguma irregularidade foi cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro deles", argumentou o senador e ex-presidente do Senado. 

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

domingo, 16 de abril de 2017

Missão de Lula era se contrapor aos sindicalistas que voltavam do exílio com Brizola

Lula aprendeu a ser sindicalista nos Estados Unidos

Antonio Santos Aquino

Não pensem que Lula é um apedeuta (ignorante) devido à ausência de escolaridade acima do primário. Lula não se absteve de estudar, passou como aluno pela IDESIL (Instituto Americano de Desenvolvimento do Sindicalismo Livre), escola doutrinária mantida desde 1963 em São Paulo pelos norte-americanos da AFL-CIO (American Federation of Labor Congresso Industrial Organization), e seguiu tanto a IDESIL como a AFL-CIO, que ministravam cursos contra-revolucionários de “liderança” sindical, desenhados sob medida para parecer de esquerda, apenas parecer, mas na verdade servir ao sistema dominante.

Os organismos americanos tinham interesse de ter um aliado num país como o Brasil. Isso é comprovado por quem leu o Relatório Kissinger II.

NA DITADURA – A aproximação com os militares deveu-se ao empresário Paulo Villares (Indústria Villares), ex-patrão de Lula, em reconhecimento as habilidades do líder metalúrgico em acabar com uma greve. Não devemos esquecer que em 1972/73 Lula fez curso de Sindicalismo (tomou aulas) na Johns Hopkins University nos EUA.

Lula foi protegido pelo general Golbery do Coutto e Silva, ideólogo da revolução. Lula fora preparado para contrapor-se aos sindicalistas que voltavam do exílio junto com Brizola depois de 15 anos e haveriam de querer exercer influência nos sindicatos. Lula, a meu entender, não é um criminoso. Talvez nem tivesse a consciência do papel que lhe reservaram. Depois deixou correr frouxo. Fez da sorte malandragem e está em dificuldades.

Ainda daria para romper o cerco se Lula fosse convincente em suas alegações. Acho muito fraco o argumento de que foi reservado para Lula um total de R$ 40 milhões prevendo que ele poderia necessitar depois de deixar o governo. Neste caso, Lula não pediu. Mas não está nada fácil. Posted in Tribuna da Internet

Vídeo mostra locomotiva atingindo carro em JF



Publicado em 15 de abr de 2017 - G1.com.br

Acidente ocorreu na tarde deste sábado, no Bairro Araújo. Três pessoas ficaram feridas, duas em estado grave. Um carro de passeio foi atingido por uma locomotiva na tarde deste sábado (15) no Bairro Araújo, em Juiz de Fora. De acordo com o Corpo de Bombeiros, quatro pessoas estavam no veículo e três delas ficaram feridas e foram socorridas, duas em estado grave.
Segundo os militares, o condutor do veículo, de 33 anos, disse que foi fechado por outro carro, perdeu o controle de direção e colidiu com a locomotiva. Ele recusou atendimento médico.Uma das passageiras do carro, de 32 anos, sofreu trauma crânio encefálico e foi encaminhada para um hospital particular da cidade. Uma jovem, de 25 anos, está grávida de 37 semanas e também foi levada para uma unidade de saúde. As duas estão em estado grave.
Um jovem, de 26 anos, foi imobilizado e encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). No momento do atendimento médico, ele estava consciente e orientado.
Acidente
A MRS Logística, responsável pela linha férrea, divulgou as imagens do acidente. No vídeo, é possível notar que as cancelas estão fechadas para os carros, mas um dos veículos sai da fila de espera e avança pela contramão. Como não há tempo hábil para a passagem, o trem atinge o carro em cheio.
A empresa classificou o caso como "lamentável, de absoluto descaso com as leis de trânsito e irresponsável", conforme nota.
A MRS sempre divulga dicas de segurança em casos como este e recentemente criou a campanha "Linha da Vida", para conscientizar pedestres e motoristas dos perigos de desrespeitar regras de trânsito, principalmente próximo a passagens de nível.

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