Por G1 Zona da Mata
17/04/2017 07h27 Atualizado há 18 horas
Manifestantes estão no pedágio de Simão Pereira na manhã desta segunda-feira (17) (Foto: Laiz Perrut/Arquivo Pessoal)
Um protesto ocorreu por quase três horas na praça de pedágio de Simão Pereira, na BR-040, na manhã desta segunda-feira (17) . De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a ação faz parte de uma ação nacional contra o governo Temer e a favor da retomada da reforma agrária. Os manifestantes também são contra a reforma da previdência e a retirada de direitos. A organização estima 200 integrantes do MST, de sindicatos e movimentos estudantis da região.
A assessoria da Concer, empresa que administra o trecho, informou que o grupo, com integrantes mascarados, chegou em ônibus e carros por volta das 6h40. Eles pediram que os funcionários do pedágio deixassem as cabines e liberaram o fluxo de veículos em uma pista em cada sentido. Os veículos passaram pelo pedágio sem pagar.
A Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas para tentar negociar com os manifestantes. "Aguardamos pacificamente a desocupação da via. Não houve depredação no local, mas as câmeras de filmagem e as cabines do pedágio foram tampadas com plástico", relatou o policial rodoviário federal, André Marinho.
A PRF ainda informou que o grupo liberou o pedágio às 9h25 e a cobrança para os motoristas foi retomada no local. Segundo a Concer, a empresa orientou os motoristas a passarem pelo local com segurança.
A assessoria do MST ainda informou que esta segunda-feira é o dia internacional da luta camponesa e também nesta data são lembrados os 21 anos do massacre em Eldorado dos Carajás (PA). "Hoje inicia a jornada de luta em defesa da reforma agrária, pois há 21 anos atrás muitos de nossos companheiros foram assassinados pela PM e vamos continuar com o movimento a semana inteira", disse a coordenadora regional do MST, Tatiana Gomes.
Gomes ainda relatou que um documento feito pelos manifestantes pede que mais de cinco mil famílias sejam assentadas em Minas Gerais e deve ser entregue para ao Governo Federal. "É uma reivindicação antiga, o Governo quer simplesmente ignorar a reforma agrária, e temos muitas famílias acampadas que precisam ser assentadas. Fora isso, temos a questão da infraestrutura nos assentamentos que é precária", finalizou.
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/grupo-manifesta-em-praca-de-pedagio-em-simao-pereira-diz-concer.ghtml
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