domingo, 9 de abril de 2017

Vasco 0 x 0 Flamengo - Botafogo 3 x 1 Fluminense

TAÇA RIO (SEMIFINAL)



http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/

Pedido de proteção da PM a filhos de juízes mostra que a Justiça virou uma “casta”

Charge do Alpino (Arquivo Yahoo)

Jorge Béja

O site “O Antagonista” obteve e divulgou ofício em que o diretor de segurança institucional do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro solicita à PM reforço da segurança na praia para filhos de magistrados. Não há previsão legal para esse tipo de privilégio. O coronel-PM Márcio Rocha, comandante do 12º Batalhão que fica em Niterói, ele atendeu? É óbvio que o diretor geral de Segurança Institucional do TJRJ (servidor de carreira, porque tem matrícula, ao passo que a “segurança” do TJRJ é terceirizada e a outrora categoria da “guarda judiciária”, integrada por agentes públicos de carreira, foi extinta) é claro que o coronal Rocha redigiu, assinou e enviou este ofício por determinação da presidência do TJ. Ou se já não o recebeu redigido e entregue a ele só para assinar e enviar. Ele não faria a solicitação sem que a mesma lhe fosse ordenada. Nem se negaria a assinar. Muito menos enviar. Ordem é ordem.

É assim. Eles não se acham castas e nem se acham donos do mundo. A magistratura brasileira é uma casta. A magistratura brasileira é a dona do mundo. Se não tanto, pelo menos dona do Brasil. E são mesmo. Antigamente existia prisão administrativa. Isso acabou. E quem é que manda prender e manda soltar? São eles, os magistrados. Quem diz dos nossos Direitos? São eles, os magistrados.

UM SUPERPODER – Dos três poderes, o mais forte é o Judiciário. E quando se fala em Judiciário, se fala nos magistrados. Porque é o poder que fala por último e diz se os atos dos dois outros poderes estão ou não corretos. Se devem ou não ser mantidos. São eles que julgam os atos de todo o povo, de quem todo o povo deles é jurisdicionado. Isso é ou não é ser Deus aqui na Terra? Na Venezuela, a Suprema Corte de lá chegou ao cúmulo de deixar de emprestar valor jurídico ao Parlamento (Assembleia Nacional) para acumular suas funções, passando a elaborar leis e julgar!!! Isso está quase acontecendo aqui no Brasil. Se é que não aconteceu. Para citar um exemplo, sem a mínima conotação de aprovação ou reprovação, de crítica ou censura à questão de gênero, pois cada um vive como se sente melhor. É um direito personalíssimo. Mas o exemplo é de ordem jurídica. Nada mais do que jurídica. E serve para demonstrar o poder absoluto da magistratua.

O exemplo. O artigo 226, parágrafo 3º da Constituição Federal diz o seguinte: “Para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher, como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”.

ORDEM AOS CARTÓRIOS – Indaga-se: não está claríssimo que a Constituição Federal somente autoriza (“Para efeito de proteção do Estado…”) o casamento entre homem e mulher? É claro que está. E, mesmo assim, o Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, não autorizou o casamento de homem com homem e mulher com mulher!!!

E a decisão foi de tal ordem de importância que o então ministro Joaquim Barbosa, então presidente do Conselho Nacional de Justiça expediu, naquela ocasião em que o caso foi julgado pelo STF, ordem a todos os oficiais dos cartórios do registro civil de todo o país ordenando que os casamentos fossem realizados, sem delongas. Caso contrário, haveria punição para o servidor. Então, o Judiciário, ou seja, os magistrados, é (são) ou não é (ou não são) o(s) mais forte(s)?. Neste caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o STF, sem poder, legislou. Autorizou o que o Constituição não autoriza.

MESMA PROTEÇÃO? – Os alunos de todas as escolas públicas e privadas do Estado do Rio de Janeiro também querem a mesma proteção que o diretor da Segurança do TJRJ pediu à cúpula da Polícia Militar do Rio. Não, para quando forem embarcar em direção a um evento. Os alunos querem segurança armada, vinte e quatro horas, junto às escolas. Todos os dias. Todas as noites, sem cessar. Polícia para tudo quando é lado, porque cada escola nunca tem menos de 800 alunos, nenhum deles filho de magistrado, mas com os mesmíssimos direitos que os filhos de Suas Excelências têm. E até um pouco mais, pela pobreza em que vivem nas comunidades.

Os meninos e meninas carentes – e é duro dizer isso e fazer essa comparação – estão na mesma situação que o respeitado e irreverente escritor católico Léon Bloy escreveu numa passagem de sua famosa obra “Le Mendiant Ingrat” (O Mendigo Ingrato). Escreveu Bloy: “A miséria é como o diabo, quando faz um prisioneiro, rodeia-o de excrementos”. E Bloy não se referia aos filhos dos magistrados franceses.
Posted in J. Béja

Consumidores pedem reavaliação de indenização a transmissoras de energia

09/04/2017 19h11
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

O Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica (Conacen) quer que o governo reavalie o cálculo dos valores que terão que ser incluídos na conta de luz dos brasileiros para pagar indenizações às transmissoras de energia elétrica. O assunto foi tratado na última semana em reunião da diretoria do Conacen com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

Recentemente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que nove concessionárias de transmissão de energia deverão receber indenizações de R$ 62,2 bilhões nos próximos oito anos. A remuneração é uma gratificação paga pelos investimentos feitos pelas empresas que renovaram suas concessões antecipadamente em 2012.

Valores serão repassados ao consumidor na conta de luz
Arquivo/Agência Brasil

“Consideramos que deveria ser melhor avaliado se esse é o número que deve ser praticado. Também questionamos por que isso está sendo cobrado dos consumidores, pois a portaria inicial falava que qualquer indenização desse tipo iria ser coberta pelo Tesouro. E, de repente, saiu uma medida tirando do Tesouro e passando para o consumidor”, disse o presidente do Conacen, José Luiz Nobre Ribeiro.

Segundo ele, o ministro mostrou-se aberto a fazer uma reavaliação dos números e a encontrar uma forma de amenizar a cobrança para os consumidores ao longo dos anos. A diretoria do Conacen também foi recebida na Aneel, onde conversou com o diretor Reive Barros sobre o assunto.

Caso a indenização seja mantida, o Conacen defende que ela seja cobrada dos consumidores de uma forma “mais palatável”, com prazo maior, por exemplo. “Poderia aproveitar momentos em que a tarifa já tenha que ser reduzida, e não significar um aumento na tarifa de energia”, disse Ribeiro. A estimativa da Aneel é que o impacto das indenizações às distribuidoras nas contas de luz seja de 7,17%, que será aplicado nos reajustes das tarifas dos próximos oito anos.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Questão em concurso do Ministério Público de Minas Gerais sobre “Teoria da Graxa” causa polêmica

Segunda-feira, 3 de abril de 2017

Foto: Reprodução/Google Maps

Uma teoria nem um pouco conhecida no meio jurídico chamou a atenção de quem compareceu para o concurso de Promotor da Justiça Ministério Público de Minas Gerais, que aconteceu neste domingo (02): a “teoria da Graxa” ou “teoria do Vampiro”. 

A teoria, segundo o teólogo Wagner Francesco, que possui pesquisas em áreas de Direito Penal e Processual Penal, diz que existem corrupções boas, “que são aquelas que ajudam o sistema a se movimentar – pense, por exemplo, em obras públicas que são feitas por mero interesse político. Assim, todo aquele político que ‘rouba, mas faz’, é adepto dela”.

Há ainda uma teoria que a contrapõe, a teoria da Bola de Neve. Ainda de acordo com Francesco, esta “propõe que qualquer ato de corrupção, em qualquer grau e por qualquer motivo, atrai mais corrupção. Corrupção é corrupção e acabou a conversa”.

Questionar sobre a teoria da Graxa neste concurso, no entanto, causou polêmica entre juristas, que não viram base sólida e profundidade teórica na questão, muito menos relevância para ser cobrada em um concurso com tantos candidatos e candidatas.

O professor Aury Lopes Jr., autor do livro Direito Processual Penal, afirmou em suas redes sociais que “esse pessoal [que formulou a prova] perdeu completamente o bom senso. São absurdos que sequer merecem o adjetivo de ‘teorias jurídicas’“.

“São questões que nada avaliam, pois nada representam. Ademais, constituem um desprezo e falta de respeito por quem estuda seriamente, investe tempo e faz grandes sacrifícios pessoais se preparando para um concurso e se depara com esses absurdos“, critica Aury.

Guilherme Madeira, professor de Direito Processual Penal, disse lamentar profundamente “este tipo de questão em concurso público ou onde mais que o valha. O candidato estuda, estuda e estuda pra cair isso? O sistema de justiça brasileiro merece mais! Precisamos avaliar melhor os candidatos“.

O professor Rogério Sanches, também promotor de Justiça de São Paulo, se solidarizou com os candidatos. “O que uma questão dessa ajuda na seleção de candidatos vocacionados para o cargo?“, questionou. 

http://justificando.cartacapital.com.br/2017/04/03/questao-em-concurso-do-ministerio-publico-de-minas-gerais-sobre-teoria-da-graxa-causa-polemica/

PM registra homicídio no Bairro Dom Bosco em Juiz de Fora

09/04/2017 10h35 - Atualizado em 09/04/2017 10h43

Do G1 Zona da Mata

Ocupantes de veículo foram baleados em Juiz de Fora 
(Foto: Luciana Morais/G1)

Um homicídio foi registrado na madrugada deste domingo (9) no Bairro Dom Bosco, em Juiz de Fora. De acordo com as primeiras informações da Polícia Militar (PM), cinco pessoas estavam dentro de um carro quando tiros acertaram três delas na Rua Antônio Marinho Saraiva por volta das 5h30.

Um homem, de idade não informada, morreu. Outra pessoa foi ferida gravemente e levada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) com dois tiros no tórax e um na cabeça.

A terceira vítima foi ferida de raspão no braço e procurou ajuda no posto policial do Bairro São Mateus, onde foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

As identidades das vítimas são foram divulgadas, não sendo possível verificar o estado de saúde.

Ao chegar ao local, a PM encontrou o veículo com os vidros quebrados na contramão. O automóvel bateu em pelo menos dois outros carros que estavam estacionados na rua.

A ocorrência segue em andamento.

Pena de morte para os que ainda não nasceram?

Charge do Amarildo, reprodução do Google

Carlos Chagas

Decidiu o presidente Michel Temer atenuar o texto da reforma da Previdência Social que, de resto, não seria aprovado por deputados e senadores. Vão-se os anéis, ficam os dedos, pois a verdade é que apesar de teoricamente contar com ampla maioria parlamentar, a dita reforma não passaria. Equivaleria, para o atual Congresso, decretar a pena de morte para os que ainda não nasceram. Já pressionados pela sombra das condenações e da inelegibilidade decorrente dos processos de corrupção a tramitar no Supremo Tribunal Federal, Suas Excelências corriam o perigo de não se reeleger, ano que vem. O governo ganhou sensível moratória com o recuo presidencial.

Temer espera ver a reforma previdenciária aprovada até julho, caso não surjam outros obstáculos. Ignora-se o potencial de desastres que os processos no Supremo causarão nas bancadas governistas, a começar pelo PMDB. Ministros e ex-ministros responderão a acusações de corrupção. Terão seus nomes expostos na mídia e talvez não consigam escapar.

Em entrevista recente, Michel Temer afirmou não ter cometido erros, em seus onze meses de poder. O problema é saber quantos acertos conseguiu. Voltar atrás na reforma da Previdência Social pode ter sido um deles, mas não basta. Apesar da disposição de não se candidatar em 2018, o presidente necessita manter unida sua base parlamentar. Henrique Meirelles conseguirá sucesso bastante em sua tentativa de recuperar a economia, a ponto de aspirar a indicação?
Posted in C. Chagas

Indústria mantinha 31 pessoas em situação análoga à escravidão em Mato Grosso

08/04/2017 - 13h58 Brasília 

Maíra Heinen

Trinta e uma pessoas foram resgatadas esta semana de uma multinacional chinesa em Mato Grosso, em situação semelhante à escravidão. O resgate ocorreu no município de Nova Maringá. As vítimas trabalhavam no manejo da soja para a empresa COFCO Agri, indústria de processamento de produtos agrícolas com sede nacional em São Paulo.

Os trabalhadores foram recrutados pelo Sindicato dos Trabalhadores de Movimentação de Mercadorias de Nova Maringá, a pedido da COFCO Agri.

A procuradora do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso, Lys Sobral, relata a atuação do sindicato em relação aos trabalhadores.

Sonora: "Leva os trabalhadores que ao chegarem no local recebem alojamento em condições precárias, praticam jornada exaustiva e ficam em locais distantes, sem receber assistência. Existe a promessa de um salário, mas na verdade quando se chega na empresa, a promessa é de salário por produtividade, o que acaba fazendo com que o salário prometido não se cumpra sempre e também acaba ensejando a prorrogação de jornada que leva até à jornada exaustiva mesmo."

Pelas irregularidades, foi comprovada a nulidade do contrato entre a empresa e o sindicato. A multinacional teve que se responsabilizar pelos direitos trabalhistas e restituir financeiramente as vítimas.

O Ministério Público do Trabalho informou ainda que as vítimas também relataram assédio moral, ameaças e até violência física promovidos pelo feitor.

Em nota a Cofco Agri informou que optou por um modelo de contratação com a participação da entidade sindical representativa dos empregados e que assim que recebeu a denúncia sobre a situação dos trabalhadores, adotou as medidas de adequação necessárias antes mesmo do início da fiscalização feita pelo Ministério do Trabalho.

Também disse repudiar qualquer situação que comprometa as condições do ambiente de trabalho e que ainda está revisando todos os processos e procedimentos relacionados à contratação.

A reportagem não conseguiu contato com o Sindicato dos Trabalhadores em movimentação de Mercadorias de Nova Maringá.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, esse é o maior resgate de trabalhadores em situação semelhante à escravidão realizado nos últimos oito anos.

http://radioagencianacional.ebc.com.br/direitos-humanos/audio/2017-04/industria-mantinha-31-pessoas-em-situacao-analoga-escravidao-em-mato

Pesquisa com veneno de aranha pode gerar remédio para disfunção erétil

09/04/2017 10h48
Belo Horizonte
Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil
A aranha armadeira tem esse nome pela sua posição de defesa: ela se apoia sobre as pernas traseiras e ergue as dianteiras para dar o bote no possível agressor - Léo Rodrigues/Agência Brasil

A picada da aranha armadeira pode provocar, nos homens, o priapismo. Trata-se de uma ereção involuntária e dolorosa que, se não for tratada, pode levar à necrose do pênis em alguns casos. No laboratório, porém, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) mostraram que o veneno desse aracnídeo pode ser manipulado em favor da saúde e levar a um novo medicamento para disfunção erétil, com algumas vantagens em relação aos já existentes no mercado. A biotecnologia desenvolvida já foi licenciada pela empresa Biozeus, que dará sequência ao projeto.

De origem sul-americana, a aranha armadeira é bem distribuída no sudeste brasileiro, tanto em áreas rurais como em áreas urbanas. Conhecida cientificamente como Phoneutria nigriventer, ela é também chamada popularmente de aranha-de-bananeira por ser constantemente encontrada em cachos de bananas. Seu veneno é extremamente potente e pode provocar a morte de pequenos mamíferos. A picada em humanos não é incomum.

Segundo dados preliminares do Ministério de Saúde, o país registrou no ano passado 171.576 acidentes com animais peçonhentos. A maioria dos casos estão relacionados com escorpiões. Foram 90.026 registros. Os episódios com aranhas vêm em segundo lugar e envolvem 28.799 notificações, das quais 14% se relacionavam com a aranha armadeira. A maioria dos acidentes ocorre quando a espécie se esconde entre entulhos ou busca abrigo nas residências, misturando-se às roupas e aos sapatos.

A pesquisa da UFMG e da Funed teve início há mais de dez anos, quando a molécula responsável pelo priapismo – a toxina PnTx(2-6) – foi isolada do restante das substâncias do veneno. Os primeiros estudos buscaram mostrar o processo pelo qual essa molécula levava à ereção. A toxina mostrou atividade nos canais para sódio, que são altamente distribuídos pelo organismo e presentes, por exemplo, no sistema nervoso e nos músculos do coração.

“Nós começamos a estudar qual a parte da toxina atuava nesses canais, para que pudéssemos removê-la. Ao final, dos 48 resíduos de aminoácido que compõem a toxina, nós selecionamos um grupo de 19 aminoácidos e eliminamos o resto. E a partir desse estudo, pudemos sintetizar o peptídeo PnPP 19. Aí, já não era mais a molécula do veneno. Era outra molécula produzida em laboratório”, explica a pesquisadora Maria Elena de Lima Perez Garcia, do departamento de química e neurologia da UFMG.

O peptídeo PnPP 19 foi testado em ratos, onde foi verificada a ereção sem os efeitos indesejados. “Para nossa surpresa, ele não mostrou toxicidade nenhuma nos animais. E também não foi imunogênico, isto é, o organismo não produziu anticorpos contra a substância. Observamos que não houve nenhuma outra alteração no tecido do pênis além da ereção. E também não houve ação nos canais para sódio no restante do organismo”, relata Maria Elena.

Medicamentos
Os testes com a nova molécula vêm sendo conduzidos pela pesquisadora Carolina Nunes Silva, que desenvolve seu doutorado em cima da pesquisa. Ela acredita que um medicamento com base no peptídeo, por ter um mecanismo diferente, poderia atender pacientes com contraindicação aos que hoje estão em circulação, como o Viagra ou o Cialis.

“O grande problema do Viagra é que ele não pode ser usado por pessoas que tem problemas cardiovasculares. E, pelo que vimos, um medicamento a partir do peptídeo não teria esse problema. Nós fizemos testes isolados nos corações dos ratos e também em canais pra sódio expressos exclusivamente no miocárdio e não foi observada nenhuma ação”, diz a pesquisadora. Ela avalia ainda que é possível imaginar medicamentos que combinem as duas drogas. “O efeito aditivo pode atender a pacientes que não sejam tão responsivos ao Viagra”, acrescenta.

Resultados mais recentes mostraram que o peptídeo estimulou a ereção em ratos com diabetes ou hipertensão, enfermidades que podem provocar a disfunção erétil. A molécula também não provocou alteração na pressão arterial dos roedores. Essa é uma boa notícia para muitas pessoas diabéticas e hipertensas com contraindicação ao Viagra ou ao Cialis, pois são medicamentos que podem amplificar a vasodilatação e levar a quedas acentuadas e perigosas da pressão arterial.

Um medicamento a partir do peptídeo PnPP 19 possivelmente não geraria esse efeito indesejado. “Os avanços da pesquisa nos animam. Quando começamos os estudos, era mais pela curiosidade em entender a farmacologia do veneno. Pela toxicidade da substância, não imaginava que íamos chegar a um medicamento e hoje estamos caminhando nessa direção. Confesso que foi praticamente um golpe de sorte, porque quando passamos a trabalhar com os 19 aminoácidos, a molécula deixou de ser tóxica e, ao mesmo tempo, continuou ativando a ereção sem nenhum efeito secundário. Tem uma dose de conhecimento, mas também uma dose de sorte”, diz Maria Elena.

Patente
A UFMG detém a patente da biotecnologia que desenvolveu o peptídeo PnPP 19. Em dezembro de 2016, foi feita a transferência de tecnologia para a Biozeus, que passou a ter os direitos de exploração da molécula. A empresa, que existe desde 2012, promove a articulação entre as instituições científicas e as indústrias farmacêuticas.

“Nós mapeamos estudos com potencial para gerar fármacos que atendam a uma necessidade médica global. E fazemos os ensaios que podem comprovar a viabilidade do produto. A indústria hoje busca minimizar riscos. Então, ela evita realizar as primeiras fases dos testes, que envolvem uma aposta financeira alta. Atualmente, ela prefere licenciar projetos mais desenvolvidos. Aí, entra a nossa empresa", explica Perla Borges, analista de projetos da Biozeus.

Alguns testes mais complexos e mais caros estão sendo realizados no exterior. Se as etapas ocorrerem dentro do esperado, o produto pode chegar ao mercado em 2023. Os ensaios pré-clínicos com animais levariam mais dois anos. Os testes clínicos com humanos demandariam aproximadamente quatro anos, parte deles desenvolvidos pela Biozeus e outra pela indústria que vier a se interessar pelo remédio.

A Biozeus está estudando a melhor formulação. Uma das possibilidades é o desenvolvimento de um medicamento para aplicação tópica, como pomada, gel, creme ou adesivo. Testes preliminares na UFMG mostraram que a aplicação do peptídeo na pele dos ratos provocou ereção. Um remédio com essas características, além de reduzir bastante os riscos de efeitos adversos, pode obter uma tramitação mais rápida nos órgãos de saúde.

Edição: Wellton Máximo
Agência Brasil

Olimpíada de Robótica está com inscrições abertas para estudantes de todo o país


08/04/2017 13h36
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas de todo o país podem se inscrever, até o próximo dia 20 de maio, na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), no site, que este ano tem a coordenação-geral da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No ano passado, quando a OBR completou 10 anos, a coordenação coube à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O coordenador-geral da edição deste ano da olimpíada, professor Rafael Vidal Aroca, da UFSCar, disse à Agência Brasil que, também, escolas de atividades extracurriculares, como organizações não governamentais (ONGs) que dão aulas extras, podem participar do certame. As provas teóricas começam em junho, na escola do aluno inscrito. A organização da OBR envia o material, “a própria escola aplica a prova, manda os resultados para a coordenação, a gente faz a pontuação e envia as medalhas, a premiação”, disse Aroca.

Ele esclareceu que não há obrigatoriedade de o aluno fazer a prova teórica para concorrer na prova prática, programada para o período de 8 a 11 de novembro, em Curitiba, no Paraná, onde ocorrerá também a final da competição. “Elas são independentes”, disse. Isso ocorre porque, às vezes, a escola ou os alunos não têm recursos para construir um robô. “Então, ele faz só a prova teórica, porque ela já traz conceitos, explicações, sobre robótica. É uma oportunidade totalmente gratuita de a escola envolver os alunos com a robótica”.

Como a prova prática exige que se construa um robô, a OBR admite a possibilidade de alguma empresa ou entidade patrocinar a construção do protótipo. De maneira geral, a maioria das escolas compra material para os alunos que, muitas vezes, fazem “vaquinha” (coleta de dinheiro) ou pedem ajuda aos pais, afirmou Aroca.

Em sua décima primeira edição, a OBR espera suplantar com vantagem o resultado do ano passado, que registrou 111.287 estudantes inscritos e 2.968 equipes inscritas na prova prática. O crescimento, segundo o coordenador-geral, está sendo “exponencial” nos últimos cinco anos. Daí, a expectativa para 2017 é atingir 135 mil inscrições.

Novidades
Na avaliação de Rafael Vidal Aroca, trabalhar em um projeto de robótica é uma oportunidade muito relevante para a formação dos jovens, não apenas pelo conhecimento técnico, mas para aprender a trabalhar em equipe, superar desafios, resolver problemas, se organizar. “A gente acredita, e nós vemos resultados disso, no desenvolvimento de habilidades especiais também. Além de aprender um pouco sobre eletrônica, mecânica, matemática, ainda tem essas vantagens. É muito benéfico”, disse.

Este ano, a OBR traz muitas novidades para motivar os alunos. Entre elas, o prêmio 'maker' para a equipe que construir um robô com o menor número de peças de kits prontos, informou Aroca. “A gente está muito animado e contando com a participação dos alunos do ensino fundamental e médio do Brasil”. Outra novidade são os desafios surpresa que acontecerão nas provas práticas, em que tarefas especiais serão sorteadas na hora dos eventos para que as equipes façam adaptações em seus robôs.

Alguns estados farão também a integração da OBR com a Mostra Nacional de Robótica (MNR) que este ano perdeu o apoio do governo federal. “O organizador regional ou estadual vai se responsabilizar por montar uma mostra na região dele”. Exemplos já acertados são da Bahia, do Paraná, de Mato Grosso e do interior de São Paulo. A coordenação-geral está procurando ajudar no que for possível, excetuando recursos financeiros, para dar oportunidade para os alunos mostrarem o que estão criando para benefício da comunidade, dentro e fora da escola.

Desastre natural
O robô construído para disputar a modalidade prática da OBR participa da simulação de um desastre natural. As equipes de estudantes têm então a missão de construir um robô inteligente, sem uso de controle remoto, com um software (programa de computador) interno que o torne capaz de andar por um terreno acidentado, localizar vítimas e resgatá-las para um local seguro. “Isso não é diretamente aplicável à sociedade”, disse o professor da UFSCar. “Mas é um exercício e, em uma escala maior, poderia ser replicado”, destacou Aroca.

Outra atividade nova que a OBR traz este ano prevê que as equipes poderão criar um diário ou 'blog' no Facebook. Aroca declarou que a ideia é incentivar as equipes a trocar informações e se ajudarem mutuamente. A intenção é, nos próximos anos, premiar as equipes que mais compartilharem informações. A primeira equipe a criar uma página na rede social foi a Jegue Robotics, de Fortaleza, Ceará.

Rafael Aroca assegurou que para a educação e formação das crianças e jovens, a robótica é, “sem sombra de dúvida”, uma disciplina interessante. Pesquisas feitas com alunos e professores revelam que trabalhar com robótica ajuda a absorver novos conhecimentos. “Mais de 90% dos alunos e professores relataram que fica mais motivador estudar outras disciplinas quando tem robótica envolvida”. A robótica ajuda a entender conceitos de matemática, geometria, física, até mesmo inglês e português, afirmou. Segundo Aroca, a multidisciplinaridade acaba sendo enfatizada na hora que a escola usa a robótica como elemento para agregar vários assuntos e motivar os estudantes.

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

sábado, 8 de abril de 2017

Beneficência do 2º Batalhão de Caçadores Mineiros

BENEFICÊNCIA DO 2º BATALHÃO DE CAÇADORES MINEIROS
Localizada na cidade de Juiz de Fora, no bairro Santa Terezinha, Avenida Rui Barbosa Nr 890. 
O CEP definido pelo Correio para este endereço é 36045-410.

Rua Alencar Tristao 15
Juiz de Fora, Minas Gerais 36046-010
Brazil


Juiz de Fora tem suas histórias:
Tupi - Fantasma do Mineirão.
Fundador da Rosa Mística se converte à outra seita religiosa.
João das Telhas - Consegue material para cobrir a cidade e na verdade a quantidade apurada não cobria uma quadra esportiva.
Sauna com Trenzinho da Alegria.
Usava dinheiro destinado ao pagamento de diárias por até dez dias e se posava de puritano. 

O que você sabe da Bené?