domingo, 9 de abril de 2017

Pesquisa com veneno de aranha pode gerar remédio para disfunção erétil

09/04/2017 10h48
Belo Horizonte
Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil
A aranha armadeira tem esse nome pela sua posição de defesa: ela se apoia sobre as pernas traseiras e ergue as dianteiras para dar o bote no possível agressor - Léo Rodrigues/Agência Brasil

A picada da aranha armadeira pode provocar, nos homens, o priapismo. Trata-se de uma ereção involuntária e dolorosa que, se não for tratada, pode levar à necrose do pênis em alguns casos. No laboratório, porém, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) mostraram que o veneno desse aracnídeo pode ser manipulado em favor da saúde e levar a um novo medicamento para disfunção erétil, com algumas vantagens em relação aos já existentes no mercado. A biotecnologia desenvolvida já foi licenciada pela empresa Biozeus, que dará sequência ao projeto.

De origem sul-americana, a aranha armadeira é bem distribuída no sudeste brasileiro, tanto em áreas rurais como em áreas urbanas. Conhecida cientificamente como Phoneutria nigriventer, ela é também chamada popularmente de aranha-de-bananeira por ser constantemente encontrada em cachos de bananas. Seu veneno é extremamente potente e pode provocar a morte de pequenos mamíferos. A picada em humanos não é incomum.

Segundo dados preliminares do Ministério de Saúde, o país registrou no ano passado 171.576 acidentes com animais peçonhentos. A maioria dos casos estão relacionados com escorpiões. Foram 90.026 registros. Os episódios com aranhas vêm em segundo lugar e envolvem 28.799 notificações, das quais 14% se relacionavam com a aranha armadeira. A maioria dos acidentes ocorre quando a espécie se esconde entre entulhos ou busca abrigo nas residências, misturando-se às roupas e aos sapatos.

A pesquisa da UFMG e da Funed teve início há mais de dez anos, quando a molécula responsável pelo priapismo – a toxina PnTx(2-6) – foi isolada do restante das substâncias do veneno. Os primeiros estudos buscaram mostrar o processo pelo qual essa molécula levava à ereção. A toxina mostrou atividade nos canais para sódio, que são altamente distribuídos pelo organismo e presentes, por exemplo, no sistema nervoso e nos músculos do coração.

“Nós começamos a estudar qual a parte da toxina atuava nesses canais, para que pudéssemos removê-la. Ao final, dos 48 resíduos de aminoácido que compõem a toxina, nós selecionamos um grupo de 19 aminoácidos e eliminamos o resto. E a partir desse estudo, pudemos sintetizar o peptídeo PnPP 19. Aí, já não era mais a molécula do veneno. Era outra molécula produzida em laboratório”, explica a pesquisadora Maria Elena de Lima Perez Garcia, do departamento de química e neurologia da UFMG.

O peptídeo PnPP 19 foi testado em ratos, onde foi verificada a ereção sem os efeitos indesejados. “Para nossa surpresa, ele não mostrou toxicidade nenhuma nos animais. E também não foi imunogênico, isto é, o organismo não produziu anticorpos contra a substância. Observamos que não houve nenhuma outra alteração no tecido do pênis além da ereção. E também não houve ação nos canais para sódio no restante do organismo”, relata Maria Elena.

Medicamentos
Os testes com a nova molécula vêm sendo conduzidos pela pesquisadora Carolina Nunes Silva, que desenvolve seu doutorado em cima da pesquisa. Ela acredita que um medicamento com base no peptídeo, por ter um mecanismo diferente, poderia atender pacientes com contraindicação aos que hoje estão em circulação, como o Viagra ou o Cialis.

“O grande problema do Viagra é que ele não pode ser usado por pessoas que tem problemas cardiovasculares. E, pelo que vimos, um medicamento a partir do peptídeo não teria esse problema. Nós fizemos testes isolados nos corações dos ratos e também em canais pra sódio expressos exclusivamente no miocárdio e não foi observada nenhuma ação”, diz a pesquisadora. Ela avalia ainda que é possível imaginar medicamentos que combinem as duas drogas. “O efeito aditivo pode atender a pacientes que não sejam tão responsivos ao Viagra”, acrescenta.

Resultados mais recentes mostraram que o peptídeo estimulou a ereção em ratos com diabetes ou hipertensão, enfermidades que podem provocar a disfunção erétil. A molécula também não provocou alteração na pressão arterial dos roedores. Essa é uma boa notícia para muitas pessoas diabéticas e hipertensas com contraindicação ao Viagra ou ao Cialis, pois são medicamentos que podem amplificar a vasodilatação e levar a quedas acentuadas e perigosas da pressão arterial.

Um medicamento a partir do peptídeo PnPP 19 possivelmente não geraria esse efeito indesejado. “Os avanços da pesquisa nos animam. Quando começamos os estudos, era mais pela curiosidade em entender a farmacologia do veneno. Pela toxicidade da substância, não imaginava que íamos chegar a um medicamento e hoje estamos caminhando nessa direção. Confesso que foi praticamente um golpe de sorte, porque quando passamos a trabalhar com os 19 aminoácidos, a molécula deixou de ser tóxica e, ao mesmo tempo, continuou ativando a ereção sem nenhum efeito secundário. Tem uma dose de conhecimento, mas também uma dose de sorte”, diz Maria Elena.

Patente
A UFMG detém a patente da biotecnologia que desenvolveu o peptídeo PnPP 19. Em dezembro de 2016, foi feita a transferência de tecnologia para a Biozeus, que passou a ter os direitos de exploração da molécula. A empresa, que existe desde 2012, promove a articulação entre as instituições científicas e as indústrias farmacêuticas.

“Nós mapeamos estudos com potencial para gerar fármacos que atendam a uma necessidade médica global. E fazemos os ensaios que podem comprovar a viabilidade do produto. A indústria hoje busca minimizar riscos. Então, ela evita realizar as primeiras fases dos testes, que envolvem uma aposta financeira alta. Atualmente, ela prefere licenciar projetos mais desenvolvidos. Aí, entra a nossa empresa", explica Perla Borges, analista de projetos da Biozeus.

Alguns testes mais complexos e mais caros estão sendo realizados no exterior. Se as etapas ocorrerem dentro do esperado, o produto pode chegar ao mercado em 2023. Os ensaios pré-clínicos com animais levariam mais dois anos. Os testes clínicos com humanos demandariam aproximadamente quatro anos, parte deles desenvolvidos pela Biozeus e outra pela indústria que vier a se interessar pelo remédio.

A Biozeus está estudando a melhor formulação. Uma das possibilidades é o desenvolvimento de um medicamento para aplicação tópica, como pomada, gel, creme ou adesivo. Testes preliminares na UFMG mostraram que a aplicação do peptídeo na pele dos ratos provocou ereção. Um remédio com essas características, além de reduzir bastante os riscos de efeitos adversos, pode obter uma tramitação mais rápida nos órgãos de saúde.

Edição: Wellton Máximo
Agência Brasil

Olimpíada de Robótica está com inscrições abertas para estudantes de todo o país


08/04/2017 13h36
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas de todo o país podem se inscrever, até o próximo dia 20 de maio, na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), no site, que este ano tem a coordenação-geral da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No ano passado, quando a OBR completou 10 anos, a coordenação coube à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O coordenador-geral da edição deste ano da olimpíada, professor Rafael Vidal Aroca, da UFSCar, disse à Agência Brasil que, também, escolas de atividades extracurriculares, como organizações não governamentais (ONGs) que dão aulas extras, podem participar do certame. As provas teóricas começam em junho, na escola do aluno inscrito. A organização da OBR envia o material, “a própria escola aplica a prova, manda os resultados para a coordenação, a gente faz a pontuação e envia as medalhas, a premiação”, disse Aroca.

Ele esclareceu que não há obrigatoriedade de o aluno fazer a prova teórica para concorrer na prova prática, programada para o período de 8 a 11 de novembro, em Curitiba, no Paraná, onde ocorrerá também a final da competição. “Elas são independentes”, disse. Isso ocorre porque, às vezes, a escola ou os alunos não têm recursos para construir um robô. “Então, ele faz só a prova teórica, porque ela já traz conceitos, explicações, sobre robótica. É uma oportunidade totalmente gratuita de a escola envolver os alunos com a robótica”.

Como a prova prática exige que se construa um robô, a OBR admite a possibilidade de alguma empresa ou entidade patrocinar a construção do protótipo. De maneira geral, a maioria das escolas compra material para os alunos que, muitas vezes, fazem “vaquinha” (coleta de dinheiro) ou pedem ajuda aos pais, afirmou Aroca.

Em sua décima primeira edição, a OBR espera suplantar com vantagem o resultado do ano passado, que registrou 111.287 estudantes inscritos e 2.968 equipes inscritas na prova prática. O crescimento, segundo o coordenador-geral, está sendo “exponencial” nos últimos cinco anos. Daí, a expectativa para 2017 é atingir 135 mil inscrições.

Novidades
Na avaliação de Rafael Vidal Aroca, trabalhar em um projeto de robótica é uma oportunidade muito relevante para a formação dos jovens, não apenas pelo conhecimento técnico, mas para aprender a trabalhar em equipe, superar desafios, resolver problemas, se organizar. “A gente acredita, e nós vemos resultados disso, no desenvolvimento de habilidades especiais também. Além de aprender um pouco sobre eletrônica, mecânica, matemática, ainda tem essas vantagens. É muito benéfico”, disse.

Este ano, a OBR traz muitas novidades para motivar os alunos. Entre elas, o prêmio 'maker' para a equipe que construir um robô com o menor número de peças de kits prontos, informou Aroca. “A gente está muito animado e contando com a participação dos alunos do ensino fundamental e médio do Brasil”. Outra novidade são os desafios surpresa que acontecerão nas provas práticas, em que tarefas especiais serão sorteadas na hora dos eventos para que as equipes façam adaptações em seus robôs.

Alguns estados farão também a integração da OBR com a Mostra Nacional de Robótica (MNR) que este ano perdeu o apoio do governo federal. “O organizador regional ou estadual vai se responsabilizar por montar uma mostra na região dele”. Exemplos já acertados são da Bahia, do Paraná, de Mato Grosso e do interior de São Paulo. A coordenação-geral está procurando ajudar no que for possível, excetuando recursos financeiros, para dar oportunidade para os alunos mostrarem o que estão criando para benefício da comunidade, dentro e fora da escola.

Desastre natural
O robô construído para disputar a modalidade prática da OBR participa da simulação de um desastre natural. As equipes de estudantes têm então a missão de construir um robô inteligente, sem uso de controle remoto, com um software (programa de computador) interno que o torne capaz de andar por um terreno acidentado, localizar vítimas e resgatá-las para um local seguro. “Isso não é diretamente aplicável à sociedade”, disse o professor da UFSCar. “Mas é um exercício e, em uma escala maior, poderia ser replicado”, destacou Aroca.

Outra atividade nova que a OBR traz este ano prevê que as equipes poderão criar um diário ou 'blog' no Facebook. Aroca declarou que a ideia é incentivar as equipes a trocar informações e se ajudarem mutuamente. A intenção é, nos próximos anos, premiar as equipes que mais compartilharem informações. A primeira equipe a criar uma página na rede social foi a Jegue Robotics, de Fortaleza, Ceará.

Rafael Aroca assegurou que para a educação e formação das crianças e jovens, a robótica é, “sem sombra de dúvida”, uma disciplina interessante. Pesquisas feitas com alunos e professores revelam que trabalhar com robótica ajuda a absorver novos conhecimentos. “Mais de 90% dos alunos e professores relataram que fica mais motivador estudar outras disciplinas quando tem robótica envolvida”. A robótica ajuda a entender conceitos de matemática, geometria, física, até mesmo inglês e português, afirmou. Segundo Aroca, a multidisciplinaridade acaba sendo enfatizada na hora que a escola usa a robótica como elemento para agregar vários assuntos e motivar os estudantes.

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

sábado, 8 de abril de 2017

Beneficência do 2º Batalhão de Caçadores Mineiros

BENEFICÊNCIA DO 2º BATALHÃO DE CAÇADORES MINEIROS
Localizada na cidade de Juiz de Fora, no bairro Santa Terezinha, Avenida Rui Barbosa Nr 890. 
O CEP definido pelo Correio para este endereço é 36045-410.

Rua Alencar Tristao 15
Juiz de Fora, Minas Gerais 36046-010
Brazil


Juiz de Fora tem suas histórias:
Tupi - Fantasma do Mineirão.
Fundador da Rosa Mística se converte à outra seita religiosa.
João das Telhas - Consegue material para cobrir a cidade e na verdade a quantidade apurada não cobria uma quadra esportiva.
Sauna com Trenzinho da Alegria.
Usava dinheiro destinado ao pagamento de diárias por até dez dias e se posava de puritano. 

O que você sabe da Bené?

Conta de João Santana na Suíça abrigava propinas de políticos da cúpula do PT

Charge do Baggi (Jornal de Brasília)

Débora Bergamasco e Mario Simas Filho
IstoÉ

O Banco Central e a Polícia Federal conduzem sigilosamente uma investigação para saber a origem e o destino de US$ 7,5 milhões de uma conta na Suíça. Parte desse dinheiro foi desviada da Petrobras e teria sido destinada a integrantes da cúpula do PT. A conta em questão foi aberta no banco suíço Heritage e é conhecida como Shellbill, nome de uma empresa offshore criada pelo publicitário e ex-marqueteiro de campanhas petistas, João Santana, que na semana passada teve homologado seu acordo de delação premiada pelo ministro do STF, Edson Fachin.

Tanto a PF como o BC já sabiam da existência da conta, que foi confirmada pelo próprio marqueteiro, quando foi preso em fevereiro de 2016. O que não se sabia até agora é que boa parte dos recursos que passaram por essa conta teria como destino final outros personagens do PT.

MAIS INVESTIGAÇÕES – A revelação foi feita por João Santana durante negociação com a Procuradoria-Geral da República, mas não se sabe se essa informação entrou no texto final da delação premiada porque os procuradores ponderaram que, para incluí-la, seria necessário aprofundar as investigações.

“A princípio imaginamos que a conta na Suíça era usada para que João Santana recebesse pelos serviços prestados tanto no Brasil como no exterior. Mas, com as informações que temos agora, podemos inferir que a conta seria uma espécie de laranja para que os dirigentes do PT recebessem propinas no exterior”, afirmou na noite da quarta-feira 5 uma dos participantes das negociações.

“Para atestar a informação, já solicitamos ajuda da Suíça para rastrear a saída de recursos dessa conta”, assinalou.

MANTEGA ENVOLVIDO – O marqueteiro não declinou os nomes dos favorecidos. Apenas afirmou que se tratava de membros da cúpula do partido. Quem lhe informava sobre os depósitos e as transferências que deveriam ser feitas era o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. Reticente em abrir o jogo num primeiro momento, João Santana só reconheceu que a Shellbill era uma conta-laranja depois que a Procuradoria da República começou a contabilizar o valor que, pelo acordo, ele deveria devolver aos cofres públicos.

Os procuradores usavam como base de cálculo os US$ 7,5 milhões movimentados no banco suíço. Foi quando Santana afirmou que o dinheiro não era apenas dele. O marqueteiro foi taxativo: a pedido de cabeças coroadas do PT, ele disponibilizou sua conta para que petistas pudessem receber dinheiro sujo não declarado no exterior. O intermediário era Mantega. A existência da conta-laranja mostra que os préstimos de Santana ao PT transcenderam os serviços de marketing às campanhas dos ex-presidentes Lula e Dilma entre 2006 e 2014.

TUDO IRREGULAR – Na delação premiada, homologada na última semana, o casal João Santana e Monica Moura deixa claro que houve movimentação irregular de dinheiro em todas as campanhas eleitorais nas quais participaram no Brasil e em outros países da América Latina, no período de 2006 até serem presos, incluindo as de Lula e Dilma. As operações ilícitas envolveram ainda as campanhas de Hugo Chavez, falecido, e Nicolas Maduro, na Venezuela, de Maurício Funes, em El Salvador, de Danilo Medina, na República Dominicana e de José Eduardo dos Santos, em Angola.

Aos procuradores, Santana também atestou relato do empresário Marcelo Odebrecht à força-tarefa da Lava Jato e ao TSE de que, sim, Dilma tinha conhecimento das operações ilícitas de caixa dois – o que desmonta de maneira cabal e irrefutável todas as versões apresentadas até agora pela ex-presidente segundo as quais ela estaria alheia às tratativas de propina e caixa 2.

DILMA ATINGIDA – Entre todos os políticos implicados pelo casal João Santana e Monica Moura, a ex-presidente petista foi, indubitavelmente, a mais atingida. Num dos capítulos do depoimento, Santana e sua mulher fazem outra imputação grave a Dilma. Guarda relação com mais uma tentativa da petista de obstruir a Justiça. Eles acusam Dilma de vazar de dentro do Planalto informações sigilosas sobre o andamento da Lava Jato. Segundo Santana, o Planalto, sob o comando de Dilma e com o consentimento e conhecimento dela, o avisou de que ele estava para ser preso, às vésperas de sua detenção pela PF em fevereiro de 2016.

O marqueteiro disse não saber se o alerta foi redigido por Dilma ou por um assessor dela. Ele teria confirmado, porém, que a fonte do alerta seria o Palácio do Planalto. O aviso foi dado por meio de uma mensagem, localizada dentro de um e-mail cifrado. O endereço do e-mail teria sido criado na presença de Dilma Rousseff e dentro da biblioteca do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. A senha era compartilhada entre Dilma, Mônica Moura e o marqueteiro. Ou seja, somente os três tinham acesso ao endereço eletrônico. Cópias de uma dessas mensagens cifradas alusivas à investigação da Lava Jato foram entregues aos procuradores.

SEM SURPRESAS – Nos bastidores do PT, ninguém revela surpresa com o conteúdo do depoimento do marqueteiro. No dia em que Santana e sua mulher foram presos, ainda em 2016, Lula já sabia que a casa tinha caído. Sobretudo para Dilma. “Ela (Dilma) sabia que ia dar merda… Que isso tudo chegaria na campanha”, esbravejou o petista em conversa telefônica com o então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.

Na mesma conversa, Lula rememorou uma conversa mantida no Palácio do Planalto entre o senador Delcídio do Amaral (PT) e a presidente Dilma na esteira da prisão de Marcelo Odebrecht. Durante uma reunião, o senador petista advertiu a chefe do Executivo: “Presidente, a sra. sabe que foi uma dessas empreiteiras implicadas na Lava Jato que bancaram sua campanha e pagaram ao publicitário João Santana”. Ao que Dilma respondeu: “Isso é problema do Lula. Ele que resolva”. Delcídio então rebateu: “Não, a campanha era sua. É sua a responsabilidade”.

Compete agora ao procurador-geral Rodrigo Janot, que está em viagem à Coreia do Sul e ao Japão, definir os próximos passos das investigações. Janot se debruçará sobre o assunto a partir desta semana, quando estará de volta ao Brasil. Segundo apurou IstoÉ, na PGR não pairam dúvidas: é líquido e certo que a delação do marqueteiro ensejará abertura de inquéritos para investigar a tríade petista – Lula, Dilma e Guido Mantega. Pode sobrar até para o tesoureiro da campanha de Dilma à reeleição, Edinho Silva, hoje prefeito de Araraquara. O lulopetismo agoniza.

Ministro do STJ manda soltar conselheiros do TCE-RJ presos pela PF

07/04/2017 16h27
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer mandou soltar hoje (7) os cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), presos na semana passada na Operação Quinto do Ouro, deflagrada pela Polícia Federal. Na mesma decisão, o ministro determinou que os investigados fiquem afastados das funções por 180 dias. A decisão atinge os conselheiros Aloysio Neves, Domingos Brasão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, os alvos da operação são acusados de fazerem parte de um esquema de pagamentos de vantagens indevidas que pode ter regularmente desviado valores de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do TCE-RJ e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O ministro também estabeleceu medidas cautelares a todos os acusados, que deverão entregar os passaportes à Justiça e estão proibidos de deixar o Rio sem autorização.

*texto atualizado às 18h22 para acréscimo de informações.
Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

TJMG abre concurso para 15 vagas com salário-base de R$ 3.400

Conforme previsto em lei, 10% das vagas por cargo/especialidade serão reservadas aos candidatos com deficiência

PUBLICADO EM 07/04/17 - 08h53

DA REDAÇÃO

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) publicou nesta sexta-feira (7), no Diário Judiciário eletrônico, o Edital 1/2017, para o preenchimento de vagas e formação de cadastro de reserva na Justiça de 1ª Instância. Ao todo, o concurso oferece, para provimento imediato, dez vagas para o cargo de oficial de apoio judicial – classe D, de nível médio, e cinco para o cargo de oficial judiciário – classe D, na especialidade de comissário da infância e da juventude, também de nível médio.

A novidade deste edital é que os candidatos aprovados poderão ser nomeados, pelo cargo/especialidade em se inscreveram, para atuar em qualquer uma das comarcas de Minas Gerais, de acordo com a ordem de classificação. A definição da comarca onde será preenchida a vaga atenderá às necessidades e prioridades do TJMG. A inscrição, que deverá ser feita exclusivamente pela internet, custa R$ 60 e estará aberta das 14h do dia 19 de junho de 2017 às 17h do dia 28 de julho de 2017. Os pedidos de isenção da taxa de inscrição deverão ser feitos de 19 a 21 de junho.

Provas
As provas de múltipla escolha (língua portuguesa, noções de informática, noções de direito e atos de ofício), com 80 questões, serão aplicadas em 24 de setembro de 2017, das 14h às 18h, nas cidades de Belo Horizonte, Diamantina, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberlândia e Varginha. Para o cargo de oficial de apoio judicial, haverá também prova prática de digitação, de caráter eliminatório, que será aplicada apenas em Belo Horizonte, em data, local e horário a serem divulgados posteriormente. O concurso é promovido pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), por meio da empresa Consulplan.

O salário-base para os cargos é de R$ 3.457,01, para uma jornada de 8 horas diárias e 40 horas semanais. A inscrição será feita pelo cargo/especialidade, e o candidato não poderá concorrer para mais de um deles.

Vagas
Conforme previsto em lei, 10% das vagas por cargo/especialidade serão reservadas aos candidatos com deficiência, incluindo os que apresentam transtorno do espectro autista. Outros 20% das vagas serão reservadas a negros. O concurso terá validade de dois anos, contada da data de publicação da homologação, podendo ser prorrogado uma vez por mais dois anos.

Faça a sua inscrição pelo endereço eletrônico www.consulplan.net, a partir de junho. Antes disso, confira a íntegra do Edital 1/2017, disponível no Diário do Judiciário. Informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 2834628,das 8h às 17h30, ou pelo e-mail atendimento@consulplan.com.

http://www.otempo.com.br/cidades/tjmg-abre-concurso-para-15-vagas-com-salário-base-de-r-3-400

Aloysio Neves, ex-presidente do TCE, tem relógios que valem R$ 200 mil, cada um


Aloysio Neves era da “Turma do Guardanapo”

Aguirre Talento
Época

A Polícia Federal apreendeu, durante diligências da Operação Quinto do Ouro, na semana passada, dezenas de bens de luxo e obras de arte na casa do presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Aloysio Neves. Para Felix Fischer, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a operação de busca e apreensão demonstrou que os conselheiros possuíam padrão de vida acima dos seus rendimentos. Segundo a PF, Aloysio Neves possuía em sua residência obras de arte, esculturas, imagens sacras e móveis de alto valor, “incompatíveis para o padrão de vida de um servidor público”. “Foram encontrados dois relógios, por exemplo, no valor, segundo consta, de R$ 200 mil reais cada”, apontou Fischer. Aloysio Neves possuiria até mesmo um seguro para suas obras de arte, no valor de R$ 18 milhões.

Outro conselheiro, Domingos Brazão, possui bens no exterior e “muitas pessoas jurídicas registradas em seu nome ou de sua esposa”, de acordo o STJ. Também foram encontrados documentos apontando a possível existência de contas no exterior em nome de parentes dele. Na casa do ex-conselheiro Aloisio Gama de Souza foram encontrados documentos comprovando pagamentos de R$ 7 milhões a um sobrinho.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como chefe do Gabinete da Assembleia do Rio, Aloysio Neves foi o elemento-chave dos esquemas de corrupção de Sérgio Cabral e Jorge Picciani e se tornou um dos destaques da famosa “Turma do Guardanapo”. Como retribuição aos serviços prestados, Cabral o nomeou para o Tribunal de Contas do Estado. Agora, Aloysio Neves e os outros conselheiros corruptos vão gastar com advogados o dinheiro que roubaram dos contribuintes. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Dez gigantes que realmente existem

A Grande Muralha - Trailer Oficial


Publicado em 28 de jul de 2016
A Grande Muralha - 2017 nos cinemas.


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Protagonizado por Matt Damon e com direção de Zhan Yimou (Hero, House of Flying Daggers), um dos mais competentes visual stylists do momento, a produção “A Grande Muralha", da Legendary, conta a história de uma força de elite que dá um último apoio para a humanidade na construção da estrutura mais icônica do mundo.

Primeiro filme de língua inglesa produzida por Yimoy é também o maior filme já feito inteiramente na China. A Grande Muralha também traz Jing Tian, Pedro Pascal, Willem Dafoe e Andy Lau no elenco. O filme será lançado em 3D pela Universal Pictures.

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Stonehenge - Esta descoberta se deu em 1960, demonstrando, através da arqueologia, que os povos neolíticos, 3000 anos antes de Cristo, já tinham este conhecimento.

Stonehenge
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Stonehenge
Tipo Cultural
Critérios i, ii, iii
Referência 373
Região** Europa
Histórico de inscrição
Inscrição 1986 (10ª sessão)


Localização do Stonehenge, nas Ilhas Britânicas.

O Stonehenge é uma estrutura composta, formada por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinquenta toneladas, onde se identificam três distintos períodos construtivos:
O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava de uma simples vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira. Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.
Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.) deu-se a realocação do santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a construção do círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas. As altas pedras azuis, que pesam quatro toneladas, foram transportadas das montanhas de Gales a cerca de 24 quilômetros ao Norte.
No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e as pedras de grandes dimensões (megálitos) - ainda no local - foram erguidas. Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e pesando cerca de 25 toneladas cada, foram transportadas do Norte por 19 quilômetros. Entre 1500 a.C. e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do círculo.

Estima-se que essas três fases da construção requereram mais de trinta milhões de horas de trabalho.

Recolhendo os dados a respeito do movimento de corpos celestiais, as observações de Stonehenge foram usadas para indicar os dias apropriados no ciclo ritual anual. Nesta consideração, é importante mencionar que a estrutura não foi usada somente para determinar o ciclo agrícola, uma vez que nesta região o Solstício de Verão ocorre bem após o começo da estação de crescimento; e o Solstício de inverno bem depois que a colheita é terminada. Desta forma, as teorias atuais a respeito da finalidade de Stonehenge sugerem seu uso simultâneo para observações astronômicas e a funções religiosas, sendo improvável que estivesse sendo utilizado após 1100 a.C..

A respeito da sua forma e funções arquitetônicas, os estudiosos sugeriram que Stonehenge - especialmente os seus círculos mais antigos - pretendia ser a réplica de um santuário de pedra, sendo que os de madeira eram mais comuns em épocas Neolíticas.

No dia 21 de Junho, o Sol nasce em perfeita exatidão sob a pedra principal.

Segundo dados mais recentes, obtidos por arqueólogos chefiados por Mike Parker Pearson, Stonehenge está relacionada com a existência do povoado Durrington. Este povoado formado por algumas dezenas de casas construídas entre 2600 a.C. e 2500 a.C., situado em Durrington Walls, perto de Salisbury, é considerada a maior aldeia neolítica do Reino Unido. Segundo os arqueólogos foi aí encontrada uma espécie de réplica de Stonehenge, em madeira.


Sol sobre o Stonehenge, durante o solstício de inverno.

Denominado pelos Saxões de "hanging stones" (pedras suspensas) e referido em escritos medievais como "dança dos gigantes", existem diversas lendas e mitos acerca da sua construção, creditada a diversos povos da Antiguidade.

Uma das opiniões mais populares foi a de John Aubrey. No século XVIII, antes do desenvolvimento dos métodos de datação arqueológica e da pesquisa histórica, foi quem primeiro associou este monumento, e outras estruturas megalíticas na Europa, aos antigoscionadas, difundiram-se na cultura popular do século XVII, mantendo-se até aos dias atuais.

Na realidade, os Druidas só apareceram na Grã-Bretanha após 300 a.C., mais de 1500 anos após os últimos círculos de pedra terem sido erguidos. Algumas evidências, entretanto, sugerem que os Druidas encontraram os círculos de pedra e os utilizaram com fins religiosos.

Outros autores sugeriram que os monumentos megalíticos foram erguidos pelos Romanos, embora esta idéia seja ainda mais improvável, uma vez que os Romanos só ocuparam as Ilhas Britânicas após 43, quase dois mil anos após a construção do monumento.

Somente com o desenvolvimento do método de datação a partir do Carbono-14 estabeleceram-se datas aproximadas para os círculos de pedra. Durante décadas não foram formuladas explicações plausíveis para a função dos círculos, além das suposições de que se destinavam a rituais e sacrifícios.

O mais famoso monumento da pré-história pode ter sido um centro de cura, para onde iam peregrinos há mais de 4.500 anos. A afirmação é de um grupo de arqueólogos que trabalha nas primeiras escavações em mais de 40 anos no monumento. O grupo acredita ter encontrado indícios que podem, finalmente, explicar os mistérios da construção de blocos de pedra. A equipe descobriu um encaixe que, no passado, abrigou as chamadas pedras azuis, rochas vulcânicas de tom azulado, a maioria já desaparecida, que formava a primeira estrutura construída no monumento. Eles acreditam que as pedras azuis podem confirmar a tese de que Stonehenge era um local onde as pessoas iam em busca de cura.

Em 2013, um grupo de estudos da Universidade College London levantou uma nova teoria de que Stonehenge pode ter surgido como um cemitério para famílias de elite por volta do ano 3000 A.C. Estudos de restos humanos encontrados no local, indicam que antes do monumento ser o que hoje se conhece, havia ali um grande círculo de pedras construído como um cemitério.

A arqueoastronomia
Nascer do Sol sobre o Stonehenge numa manhã de um solstício de verão (21 de junho de 2005).

Nas décadas de 1950 e de 1960, o professor Alexander Thom, coordenador da Universidade de Oxford e o astrônomo Gerald Hawkins abriram caminho para um novo campo de pesquisas, a Arqueoastronomia, dedicado ao estudo do conhecimento astronômico de civilizações antigas. Ambos conduziram exames acurados nestes e em outros círculos de pedra e em numerosos outros tipos de estruturas megalíticas, associando-os a alinhamentos astronômicos significativos às épocas em que foram erguidos. Estas evidências sugeriram que eles foram usados como observatórios astronômicos. Além disso, os arqueoastrônomos revelaram as habilidades matemáticas extraordinárias e a sofisticação da engenharia que os primitivos europeus desenvolveram, antes mesmo das culturas egípcia e mesopotâmica. Dois mil anos antes da formulação do teorema de Pitágoras, constatou-se que os construtores de Stonehenge incorporavam conhecimentos matemáticos como o conceito e o valor do {\displaystyle {\pi }} (Pi) em seus círculos de pedra.

A explicação científica para a construção está no ponto em que o monumento tenha sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com exatidão, a ocorrência de datas significativas como solstícios e equinócios, eventos celestes que anunciam as mudanças de estação. Para isto basta se posicionar adequadamente entre os mais de 70 blocos de arenito que o compunham e observar-se na direção certa. Esta descoberta se deu em 1960, demonstrando, através da arqueologia, que os povos neolíticos, 3000 anos antes de Cristo, já tinham este conhecimento.

A importância estaria vinculada diretamente à agricultura dos povos da época. Segundo o historiador Johnni Langer, a vida dos povos agrícolas está ligada ao ciclo das estações, e o homem pré-histórico precisava demarcar o tempo para saber quais eram as melhores épocas para colheita e semeadura, e a observação do céu nasceu daí.

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