Foto: Douglas Magno / O Tempo
PUBLICADO EM 01/04/17 - 18h00
THIAGO PRATA
@SUPERFC
Quem disse que o clássico deste sábado não valia nada? Valia, sim. E muito. A rivalidade por si só já era capaz de render vários lances de emoção, jogadas de plasticidade, rispidez nas disputas de bola e muito empurra-empurra. No fim, só a China Azul comemorou. A vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o Atlético não é capaz de tirar o Galo da liderança do Campeonato Mineiro. Mas para os torcedores celestes pouco importava. O que interessava era levar a melhor novamente sobre o arquirrival.
Os gols de Thiago Neves e Arrascaeta tiveram sabores diferentes à Raposa – Elias fez o tento da equipe preta e branca: ampliaram o tabu sobre o Atlético – agora são sete partidas seguidas sem perder para o alvinegro –, mantiveram a invencibilidade dos azuis na temporada – são 13 triunfos e quatro empates – e extinguiu os 100% de aproveitamento do Galo no Estadual. E ainda tinha gente que dizia que o clássico não valia nada.
Assim como em tantos jogos deste porte, os detalhes foram cruciais para o resultado. O gol marcado por Neves logo a 1 min de partida acabou sendo determinante para atrapalhar o psicológico de muitos alvinegros. A expulsão de Fred e a atuação ruim de Cazares ilustraram alguns dos grandes problemas enfrentados pelo Atlético no primeiro tempo.
Apesar de tantas dificuldades encontradas, o time comandado por Roger encarou o Cruzeiro de frente e vendeu caro o resultado. Em boa parte da partida, atuou melhor que o time dirigido por Mano Menezes. Por sua vez, os celestes demonstraram eficiência cirúrgica para se esbaldar e comemorar mais um triunfo em cima do arquirrival.
O jogo. Os minutos iniciais de um clássico são usados para as duas equipes se estudarem dentro de campo, certo? Nem sempre. O Cruzeiro não quis saber de nada disso e tratou de agredir o Galo logo no começo. Depois da bobeada de Marcos Rocha, Diogo Barbosa recuperou a bola, armando o contra-ataque rápido. Arrascaeta deixou para Thiago Neves, que contou com a falha de Giovanni para abrir o placar. Tudo isso logo a 1 min de partida.
O que se viu depois foi o Atlético partindo para cima, porém, sem eficiência no último passe. A bola parada de Otero era uma arma importante. Quase surtiu efeito, se não fosse o goleiro Rafael. Já os celestes tentavam encaixar um novo contragolpe ampliar.
O cenário se alterou no número de jogadores em campo aos 25 min. Fred acabou expulso depois de acertar o rosto de Manoel com o braço esquerdo. O Galo só voltou a incomodar os azuis depois que Luan entrou no lugar de Cazares aos 41 min, melhorando o sistema tático do alvinegro.
Na saída do intervalo, a disputa continuou. Cruzeirenses faziam de tudo para aumentar ampliar a vantagem. Atleticanos tentavam superar a inferioridade numérica para empatar. Quem se deu melhor nesta disputa foi a Raposa. E com a mesma dupla dinâmica do primeiro tento, só que invertendo os papeis.
Aos 13 da segunda etapa, Thiago Neves serviu Arrascaeta, que fuzilou Giovanni e fez novamente a festa da China Azul. A estreia de Marlone, pelo Galo, e o gol de Elias, aos 42 min, não foram o suficiente para mudar o panorama do embate e tirar o triunfo das mãos da Raposa – e olha que Rafael Moura, outro destaque, chegou a balançar as redes, porém, para o desespero da Massa, o impedimento acabou sendo bem assinalado.
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