domingo, 2 de abril de 2017

Settra modifica horários de ônibus da zona rural e ponto na região nordeste

JUIZ DE FORA - 31/3/2017 - 10:16

A partir deste sábado, 1º de abril, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) vai alterar o quadro de horários de duas linhas de ônibus da zona rural, nos dias úteis: 741 – Valadares e 742 – Rosário. A medida atenderá demanda da comunidade e beneficiará, principalmente, os estudantes que dependem do transporte coletivo.

Com a modificação, a linha 741 terá saída de Valadares para Rosário às 22 horas; saída de Rosário para Palmital às 22h20; e saída de Palmital para Valadares / Posto Penalva 22h50 e do Posto Penalva para o centro de Juiz de Fora 23h10. Na 742, as alterações serão as seguintes: a saída de Rosário para Buieié passa de 20h30 para 21 horas; de Buieié para Rosário, de 20h45 para 21h15; de Rosário para o Centro, de 21h15 para 21h30; e do Centro para Rosário, de 22h45 para 23 horas.

Na região nordeste, a mudança será no ponto final da linha 135 – Parque Guarani/ Sagrado Coração, que será transferido para a Rua São João Batista, 141, no Bairro Parque Guarani.

O quadro de horário pode ser conferido no anexo.

* Informações com a Assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo 3690-7767.


Portal PJF

Polícia Militar registra dois homicídios em 15 minutos em Juiz de Fora

02/04/2017 10h34 - Atualizado em 02/04/2017 10h34

Do G1 Zona da Mata

Um homem, de 33 anos, e um jovem, de 18, foram assassinados na noite deste sábado (1º) em Juiz de Fora. Os crimes ocorreram em um intervalo de menos de 15 minutos, nos Bairros Novo Triunfo e Dom Bosco.

De acordo com a Polícia Militar (PM), no primeiro caso, o homem era amigo de outra pessoa que tinha uma dívida com um adolescente, de 17 anos, que foi paga. Mesmo assim, o suspeito foi até a casa da vítima e disparou duas vezes contra ela.

O homem foi socorrido até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte e, em seguida, transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no trajeto. O crime foi na Rua Jacy de Assis, por volta das 20h20m e o adolescente fugiu a pé. A PM fez rastreamento pelo local, mas ele não foi encontrado.

Pouco depois das 20h30m, um jovem, de 18 anos, também foi baleado na Rua Gustavo Dodt, no Bairro Dom Bosco. Segundo a PM, ele discutiu com algumas pessoas , até que uma delas atirou e matou a vitima. Os suspeitos saíram correndo pelas escadarias do bairro e conseguiram fugir.

Tupi1x1 América -Atacante em dúvida, gol 'roubado' e revolta do goleiro marcam empate

Flávio Caça-Rato não quis saber de firula e empurrou a bola para o fundo do gol
PUBLICADO EM 02/04/17 - 18h13

RÔMULO ALMEIDA
@SUPERFC

Flávio Caça-Rato elevou o oportunismo ao nível mais alto e não perdoou nem a demora de um companheiro de equipe para empurrar a bola para o fundo do gol no empate por 1 a 1 entre Tupi e América. Depois de driblar o goleiro do América João Ricardo, Jájá ficou com a meta aberta, era só chutar e correr para o abraço, mas parou a bola em cima da linha e se virou de costas como se quisesse fazer um gol de calcanhar – atitude que causou revolta dos jogadores do Coelho.

No intervalo do jogo, cada um deu sua versão sobre a confusão. Jájá disse que pensou estar em posição irregular e negou ter menosprezado o time da capital. “Não quis desrespeitar o América. Eu fiquei de costa, os jogadores do América falaram que eu estava impedido, por isso eu parei. Aí o Caça-rato chegou correndo e disse que eu não estava impedido e fez o gol”, justifica o atacante.

O gol acabou ficando na conta de Caça-Rato, que não quis saber de firula e empurrou a bola que estava nos pés do companheiro de ataque. “Não quis desrespeitar o América. Eu fiquei de costa, os jogadores do América falaram que eu estava impedido, por isso eu parei. Aí o Caça-rato chegou correndo e disse que eu não estava impedido e fez o gol”, diz.

O goleiro do América não aceitou a justificativa dos atacantes do time rival. “O cara (Jajá) estava com o gol aberto, em vez de fazer, ficou pisando na bola. Isso é que revolta a gente”.

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Classificação - Pontos - Nº de jogos

1 - ATLÉTICO            27 - 10
2 - CRUZEIRO           24 - 10
3 - AMÉRICA             17 - 09 
4 - URT                    16 - 10
5 -TOMBENSE           14 - 10
6 -UBERLÂNDIA        13 - 10
7 - CALDENSE          11 -  09
8 - TUPI                  11 -  09
9 - 
VILLA NOVA        10 -  10
10 -DEMOCRATA GV 07  - 09
11 - TRICORDIANO   05  - 09
12 - AMÉRICA TO     03   -09 

Ciclistas desenvolvem aplicativos para ajuda mútua

02/04/2017 14h35
São Paulo
Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil

Aplicativo pode ajudar ciclistas quando sofrem quebra mecânica
Arquivo/Wilson Dias/Agência Brasil

Ciclistas de grandes cidades estão desenvolvendo aplicativos de smartphones para se ajudarem mutuamente diante do desafio de se deslocar de bicicleta nas metrópoles, em meio ao trânsito e, por vezes, enfrentando violência.

Dois dos aplicativos, o Alerta Bike e o Bike Ajuda, desenvolvidos em Curitiba e em São Paulo, respectivamente, facilitam a cooperação entre os ciclistas vítimas de assaltos ou que estejam enfrentando uma quebra mecânica longe de casa.

“Os ciclistas naturalmente cooperam entre si, se ajudam mesmo. Essa comunidade já existe, o aplicativo foi o modo de tentar otimizar isso”, disse o ciclista Daniel Moral, idealizador do Bike Ajuda.

Ele conta que teve a ideia de criar o aplicativo quando pedalava na ciclovia da avenida Faria Lima, na capital paulista. O pneu de sua bicicleta furou e ele estava atrasado para uma reunião. “Comecei a parar o pessoal, ver quem poderia me ajudar, e uma pessoa me ajudou, tinha lá remendo, tudo, e resolveu o meu problema. Naquela hora, eu pensei: precisa ter um formato, um mecanismo para eu conseguir automatizar isso.”

O Bike Ajuda desenvolvido por Daniel funciona da seguinte forma: quando o ciclista enfrenta um problema, como uma quebra mecânica, ele aciona o botão de emergência no aplicativo. O programa emite uma mensagem de socorro para todos os ciclistas que utilizam a ferramenta eletrônica e estejam nas proximidades do ocorrido.

“O GPS do celular localiza onde você está, informa sua localização e dispara a mensagem em um raio de cinco quilômetros para todos os ciclistas cadastrados que estiverem mais próximos. Ele vai encontrar algum ciclista, ou um mecânico profissional. O mecânico é o único que pode cobrar pelo serviço, o ciclista é voluntário”, explicou.

Caso nenhum ciclista ou mecânico seja encontrado, o Bike Ajuda, então, informa uma lista de oficinas de bicicletas das proximidades, em que se possa buscar socorro.

O aplicativo gratuito, disponível até o momento apenas para celulares da Apple, será lançado nos próximos meses também para o sistema Android. Em funcionamento desde outubro de 2016, a ferramenta tem sido utilizada, na maioria das vezes, para buscar socorro para ocorrências de pneu furado, e também para a localização de oficinas mais próximas.

“A gente já fez bastante ajuste, reforçamos a segurança. Quando a pessoa se cadastra, ela recebe um SMS com código de cadastro, confirma e-mail, CPF. Colocamos uma avaliação maior por conta de ter medo de ser uma pessoa de má-fé, e vá lá e roube uma bicicleta”.

O aplicativo também pode ser usado em caso de acidente ou de assaltos. Nesse caso, ele funciona como um atalho, e faz a ligação para o Samu ou para a Polícia Militar.

Bicicleta Recuperada
O professor e ciclista Jackson Luís Cunha, idealizador do Alerta Bike, desenvolveu o aplicativo devido ao alto índice de roubos de bicicletas em Curitiba. A ferramenta funciona de maneira similar ao Bike Ajuda, usando a rede de usuários para ajudar um ciclista em perigo.

“Eu desenvolvi, e usávamos entre amigos. Inclusive tivemos a felicidade, enquanto o aplicativo era beta [versão de teste], e só nós tínhamos, aconteceu um furto, e nós conseguimos localizar a bicicleta em menos de duas horas”, disse.

Objetivo do aplicativo é alertar instantaneamente as pessoas em caso de furto ou roubo. “As pessoas que têm o aplicativo recebem o alerta na hora, com a foto da bike, endereço do ocorrido, e até informações dos envolvidos do roubo”, afirmou Jackson.

No aplicativo gratuito, que já está disponível para Android, o ciclista registra, no momento do cadastro, fotos da bicicleta, e demais características. Caso ocorra um roubo ou furto, um alerta é emitido para os demais usuários com a foto, modelo da bicicleta, e o local. O alerta também pode ser compartilhado nas redes sociais, e ampliar a divulgação do ocorrido.

“As pessoas podem se comunicar, informar se viram sua bicicleta em alguma região. Existe um chat [bate-papo] dentro de cada ocorrência.”

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Novas regras para rotativo do cartão de crédito valem a partir de amanhã

02/04/2017 09h08
Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
O consumidor que não conseguir pagar integralmente a tarifa do cartão de crédito somente poderá ficar no rotativo por 30 dias - Arquivo Agência Brasil

A partir deste mês, os consumidores que não conseguirem pagar integralmente a tarifa do cartão de crédito só poderão ficar no crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, entrará em vigor amanhã (3).

A medida consta da reforma microeconômica anunciada pelo governo no fim do ano passado. Os bancos tiveram pouco mais de dois meses para se adaptarem à nova regra, que obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que cobra taxas menores, os clientes que não conseguirem quitar o rotativo do cartão de crédito nos primeiros 30 dias.

Durante esse período de quase dois meses, os bancos definiram as novas taxas para o crédito parcelado. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a medida tem o potencial de reduzir pela metade os gastos com juros em 12 meses.

Impacto
No entanto, o diretor econômico da entidade, Miguel de Oliveira, diz que o impacto das medidas sobre os juros só será conhecido nos próximos meses.

“Em primeiro lugar, muitos bancos fixaram taxas bem elásticas, que podem chegar de 1,99% a 10% ao mês, dependendo da instituição financeira e do histórico [capacidade de pagamento] do consumidor. Então, fica difícil saber qual será o efeito efetivo, porque cada consumidor tem uma taxa personalizada, e a gente precisa ver quem não conseguirá pagar a fatura integral”, acrescentou Oliveira.

Em fevereiro, após o anúncio da nova regra, a taxa média do crédito rotativo subiu de 15,12% para 15,16% ao mês, conforme pesquisa mensal da Anefac. A taxa média do crédito parcelado foi na contramão e caiu de 8,34% para 8,30% ao mês. Segundo Miguel de Oliveira, os juros do cartão só deverão sofrer influência das novas regras a partir de maio.

“Como a nova regra limita em 30 dias o prazo do rotativo, o consumidor que não conseguir pagar a fatura de março vai cair no rotativo em abril e só passará para o crédito parcelado em maio. Só lá, nossos levantamentos começarão a refletir os efeitos da mudança”, esclareceu Oliveira.

Dívida multiplicada
Com base em dados mais recentes da Anefac, de fevereiro, a taxa média de 15,16% ao mês no crédito rotativo equivale a 444,03% ao ano. Ao fim de três meses, uma dívida de R$ 1 mil na fatura do cartão subiria para R$ 1.527,23. Ao fim de 12 meses, equivaleria a R$ 5.440,26.

Com a nova regra, pela qual a taxa mais alta – de 15,16% ao mês – incidirá nos primeiros 30 dias e a taxa de 8,3% ao mês incide nos meses restantes, a dívida aumenta para R$ 1.350,70 em três meses e para R$ 2.768,31 em 12 meses. A diferença chega a 11,6% em 90 dias e a 49,1% em um ano.

O cálculo, no entanto, leva em conta as taxas médias de juros. A economia efetiva pode variar porque os bancos personalizam as taxas para cada consumidor no rotativo e no crédito parcelado. Os juros finais também variam em função do histórico e da capacidade de pagamento do cliente.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

sábado, 1 de abril de 2017

Cruzeiro bate Atlético por 2 a 1 e mantém invencibilidade no ano

Foto: Douglas Magno / O Tempo

PUBLICADO EM 01/04/17 - 18h00

THIAGO PRATA
@SUPERFC

Quem disse que o clássico deste sábado não valia nada? Valia, sim. E muito. A rivalidade por si só já era capaz de render vários lances de emoção, jogadas de plasticidade, rispidez nas disputas de bola e muito empurra-empurra. No fim, só a China Azul comemorou. A vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o Atlético não é capaz de tirar o Galo da liderança do Campeonato Mineiro. Mas para os torcedores celestes pouco importava. O que interessava era levar a melhor novamente sobre o arquirrival.

Os gols de Thiago Neves e Arrascaeta tiveram sabores diferentes à Raposa – Elias fez o tento da equipe preta e branca: ampliaram o tabu sobre o Atlético – agora são sete partidas seguidas sem perder para o alvinegro –, mantiveram a invencibilidade dos azuis na temporada – são 13 triunfos e quatro empates – e extinguiu os 100% de aproveitamento do Galo no Estadual. E ainda tinha gente que dizia que o clássico não valia nada.

Assim como em tantos jogos deste porte, os detalhes foram cruciais para o resultado. O gol marcado por Neves logo a 1 min de partida acabou sendo determinante para atrapalhar o psicológico de muitos alvinegros. A expulsão de Fred e a atuação ruim de Cazares ilustraram alguns dos grandes problemas enfrentados pelo Atlético no primeiro tempo.

Apesar de tantas dificuldades encontradas, o time comandado por Roger encarou o Cruzeiro de frente e vendeu caro o resultado. Em boa parte da partida, atuou melhor que o time dirigido por Mano Menezes. Por sua vez, os celestes demonstraram eficiência cirúrgica para se esbaldar e comemorar mais um triunfo em cima do arquirrival.

O jogo. Os minutos iniciais de um clássico são usados para as duas equipes se estudarem dentro de campo, certo? Nem sempre. O Cruzeiro não quis saber de nada disso e tratou de agredir o Galo logo no começo. Depois da bobeada de Marcos Rocha, Diogo Barbosa recuperou a bola, armando o contra-ataque rápido. Arrascaeta deixou para Thiago Neves, que contou com a falha de Giovanni para abrir o placar. Tudo isso logo a 1 min de partida.

O que se viu depois foi o Atlético partindo para cima, porém, sem eficiência no último passe. A bola parada de Otero era uma arma importante. Quase surtiu efeito, se não fosse o goleiro Rafael. Já os celestes tentavam encaixar um novo contragolpe ampliar.

O cenário se alterou no número de jogadores em campo aos 25 min. Fred acabou expulso depois de acertar o rosto de Manoel com o braço esquerdo. O Galo só voltou a incomodar os azuis depois que Luan entrou no lugar de Cazares aos 41 min, melhorando o sistema tático do alvinegro.

Na saída do intervalo, a disputa continuou. Cruzeirenses faziam de tudo para aumentar ampliar a vantagem. Atleticanos tentavam superar a inferioridade numérica para empatar. Quem se deu melhor nesta disputa foi a Raposa. E com a mesma dupla dinâmica do primeiro tento, só que invertendo os papeis.

Aos 13 da segunda etapa, Thiago Neves serviu Arrascaeta, que fuzilou Giovanni e fez novamente a festa da China Azul. A estreia de Marlone, pelo Galo, e o gol de Elias, aos 42 min, não foram o suficiente para mudar o panorama do embate e tirar o triunfo das mãos da Raposa – e olha que Rafael Moura, outro destaque, chegou a balançar as redes, porém, para o desespero da Massa, o impedimento acabou sendo bem assinalado.

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Orgulho brasiliense, respeito à faixa de pedestres completa 20 anos

01/04/2017 10h09
Brasília
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

Faixa de pedestre no Distrito Federal completa 20 anos -
Marcello Casal Jr/Arquivo Agência Brasil

Recém-chegado a Brasília, o turista se aproxima do meio-fio e para diante da faixa de pedestre, à espera de que os carros passem. Acostumado à preferência dada aos veículos, ele demora um pouco para se dar conta de que, na ausência de semáforo, os motoristas freiam diante do aceno de braços do pedestre ao seu lado. A constatação de que, no Distrito Federal (DF), a prioridade é para quem está a pé e sinaliza antes de atravessar uma rua costuma ser uma das primeiras surpresas de quem visita a capital pela primeira vez.

Sustentada por ampla campanha que a associava à segurança no trânsito e a exemplos de cidadania, a prática passou a vigorar no DF em 1º de abril de 1997, ou seja, cinco meses antes da entrada em vigor do Código Brasileiro de Trânsito. Entre outras coisas, o código aumenta de um terço até a metade a pena de dois a quatro anos aplicada a motoristas que atropelarem e matarem um pedestre na faixa ou na calçada.

Com a medida, o Distrito Federal tornou-se referência nacional em educação no trânsito, sendo uma das poucas unidades da Federação onde motoristas efetivamente respeitam a preferência do pedestre. Além disso, segundo o Detran-DF, a medida ajudou a poupar vidas. Em 1996, 266 pedestres morreram atropelados. Em 1997, ano da implantação da faixa e de intensa campanha de conscientização, 202 pessoas morreram atropeladas nas vias locais. Passados 19 anos, o número de mortes caiu para 132 em 2016, uma redução total de 50%, ainda que a frota de veículos tenha aumentado 154% no mesmo período.

De acordo com o Detran-DF, de todos os mortos por atropelamento ao longo dos últimos 20 anos, apenas 3,4% foram atingidos na faixa de pedestres. Desses, as maiores vítimas são os idosos. De 106 óbitos registrados até abril do ano passado, 46 vítimas tinham mais de 60 anos, o que representava cerca de 49% do total registrado até então.

Apesar de ser motivo de orgulho para muitos brasilienses e de ter provocado no trânsito uma mudança de costumes sem paralelo no país, pedestres e especialistas revelam que, ainda hoje, nem sempre a faixa é respeitada.

“A coisa não está mais funcionando tão bem quanto antes. Dias atrás, eu ia atravessando a rua, na faixa, quando um carro avançou o sinal fechado. Ele podia ter me atropelado se eu tivesse atravessado mais rápido”, contou a jornalista Adriana de Araújo Alves, que costuma se deslocar a pé por Brasília. Segundo ela, o desrespeito é ainda mais frequente nas chamadas cidades-satélites.

Peruano que reside no país há 15 anos, o coordenador do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru) da Universidade de Brasília (UNB), Pastor Willy Gonzales Taco, considera o respeito à faixa um “cartão-postal” de Brasília a ser preservado pelos governantes e por todos os moradores.

“Infelizmente, a experiência de Brasília não foi replicada em outras cidades do país. Não de forma efetiva, capaz de criar uma cultura que, aqui, acabou por se tornar um ícone para ampla parcela da sociedade. Esse é um dos problemas brasileiros: não valorizar as tecnologias e soluções desenvolvidas pelo país; implementá-las; reproduzi-las e preservá-las”, disse Taco à Agência Brasil.

Para o professor, o efeito positivo da faixa de pedestres é inegável, conforme revelam os números do Detran-DF, mas é necessário mais investimento em campanhas de educação no trânsito e conscientização dos motoristas para evitar retrocessos e para chegar o mais próximo possível do “utópico”, que seria zerar as mortes de pedestres.

“Esse respeito à faixa, seja pelos motoristas, seja pelos pedestres, é mais bem observado no Plano Piloto. Em outras regiões do DF, a situação é um pouco mais complicada. É preciso fazer campanhas, ações concretas e permanentes, envolver toda a população, até que se torne normal para todos ver um veículo dar passagem a um pedestre na faixa, em qualquer região.”

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Veja revela que Odebrecht depositou propina para Aécio Neves em Nova York

Aécio jogou na lama as famílias Neves e Cunha

Deu na Folha

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu propina da Odebrecht em uma conta bancária em Nova York operada por sua irmã, a jornalista Andrea Neves. A informação foi publicada nesta sexta (31) pela revista “Veja”, que afirmou ter tido acesso ao conteúdo da delação de Benedicto Junior, ex-­pre­sidente da Odebrecht Infraestrutura. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

BJ, como é conhecido o executivo, afirmou, segundo a revista, que os pagamentos a Aécio foram “contrapartida” ao atendimento de interesses da empreiteira em obras como a da Cidade Administrativa, em Minas, e da usina de Santo Antônio, em Rondônia, onde a Cemig (estatal mineira) integrou um consórcio.

NA CONTA DA IRMÃ – Andrea Neves, 58, é uma das principais conselheiras de Aécio na política e foi responsável pela área de comunicação de seu governo (2003- 2010) em Minas. Como a Folha revelou no último dia 19, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora, e outros executivos do grupo disseram em acordo de delação premiada que acertaram junto com a Andrade Gutierrez o repasse de R$ 50 milhões a Aécio após vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em 2007.

Em fevereiro, a Folha também noticiou que BJ contou aos investigadores que se reuniu com Aécio para tratar de um esquema de fraude em licitação na obra da Cidade Administrativa a fim de favorecer grandes empreiteiras.

OUTRO LADO – A assessoria de Aécio divulgou nota em que classificou como “falsas e absurdas” as informações publicadas pela revista Veja. “É lamentável que afirmações graves como as apresentadas venham a público sem a devida apuração de sua veracidade”, diz a nota.

“Em nenhuma das obras citadas, usina de Santo Antônio e Cidade Administrativa, houve qualquer tipo de pagamento indevido. O então governador Aécio Neves jamais participou de qualquer negociação das etapas da construção da sede do governo mineiro, nem interferiu na autonomia da Cemig para definição de investimentos da empresa”, afirmou.

À Folha o advogado Alberto Toron, que defende o senador tucano, afirmou que ligou para o advogado de BJ, Alexandre Wünderlich, e que ele disse que não havia na delação do ex-executivo nenhuma menção a conta nos EUA nem à irmã de Aécio. Procurado, Wünderlich, que está em Miami, não quis se manifestar sobre o caso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Conforme disse o delator Sérgio Machado, na conversa gravado com Romero Jucá, “O primeiro a ser comido vai ser o Aécio”. O senador mineiro, neto de Tancredo Neves e filho do ex-deputado Aécio Cunha (PMDB-RJ), jogou na lama o nome da família. A mãe dele Inês Maria Neves é viúva do banqueiro e ex-deputado Gilberto de Andrade Faria, fundador do Banco Bandeirantes. Quando morreu, em 2008, Faria era um dos homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Istoé Dinheiro. E surge a dúvida-constatação: Por que Aécio e Andrea Neves precisavam ainda de mais dinheiro? Dr. Tancredo, que defendia a tese de que político não pode nem aparentar ser rico, deve estar se revirando no túmulo. Que vergonha! 
(C.N.)This entry was posted in Tribuna da Internet.

Temer é tão inábil que conseguiu unir as centrais sindicais e já ressuscitou Lula

Charge do Tacho, reproduzida do Jornal NH

Carlos Newton

Com uma inabilidade realmente fora do comum, Michel Temer está conseguindo derrubar a crença de que nenhum governo poderia ser pior do que a gestão de Dilma Rousseff. A última pesquisa do Ibope é reveladora, ao mostrar que aumentou de 34% para 41% o número de brasileiros que consideram o governo de Temer pior do que o de Dilma. Para 38%, os dois governos são iguais, ante 42% na pesquisa anterior. Outros 3% não sabem ou não quiseram responder.

APENAS UMA REAÇÃO – Esta avaliação negativa é apenas uma reação ao comportamento de Temer, que não se manifesta em defesa dos interesse do povo, sua única preocupação é permanecer no poder, o resto não interessa. Na visão distorcida da equipe do governo, os trabalhadores, aposentados e pensionistas são os verdadeiros responsáveis pela crise econômica, embora todos saibam que essa conclusão não corresponde à realidade dos fatos, muito pelo contrário.

Ao invés de estudar profundamente os problemas do país, a começar pelo mais grave, o crescimento absurdo da dívida pública interna e externa, que ameaça destabilizar o país, o governo foi logo apresentando um pacote de maldades desumano, impiedoso e aterrorizador. A dívida aumentou 2,66% em fevereiro, diante de uma inflação de apenas 0,33, com crescimento real de 2,33%, uma progressão assustadora. O resultado dessa política é a avaliação cada vez mais negativa da gestão.

Se Temer aparecer na TV em rede nacional, o panelaço será ensurdecedor, vai deixar sua ex-amiga Dilma Rousseff aliviada.

LULA RENASCE – Essa ofensiva suicida contra os direitos sociais,, que está desagradando a base aliada, já ressuscitou politicamente o ex-presidente Lula, que está aproveitando a oportunidade e voltou a fazer campanha em excursões pelo país. O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, afirmou esta semana que, se não for preso, Lula já está no segundo turno da eleição de 2018, não importa quais sejam os demais candidatos.

Mas há controvérsias, diria nosso amigo Francisco Milani. Os otimistas continuam a alegar que a rejeição a Lula é altíssima e isso é garantia de que o petista será derrotado na batalha final. Na verdade, ninguém sabe ao certo o que vai acontecer.

DESEMPREGO RECORDE – O fato inconteste é que o povo está massacrado, o desemprego continua aumentando e bateu novo recorde, chegando a 13,5 milhões em fevereiro, sem contar os biscateiros e carentes totais, que nem entram nessa curiosa e criativa estatística à brasileira, que não inclui “aqueles que desistiram de procurar emprego”. Se você contar a algum economista estrangeiro que essa pesquisa funciona assim no Brasil, ele não vai acreditar, pensará que é gozação.

Essa situação aflitiva, é claro, favorece Lula, com sua pregação demagógica e popularesca, sempre dizendo exatamente o que o povo quer ouvir.

Em meio a essa situação, Temer se mostra tão inábil que já conseguiu unir contra si todas as centrais sindicais, que tradicionalmente sempre estiveram separadas. Nesta sexta-feira, 31 de março. houve protestos em várias capitais e em cidades de médio porte. Essas manifestações, que ajudam a ressuscitar Lula, vão prosseguir até a greve geral de 28 de abril, que também cai numa sexta-feira. Todo cuidado é pouco, porque a democracia brasileira parece ainda ser uma plantinha frágil, como se dizia antigamente.
Posted in C. Newton
Tribuna da Internet

Faculdade de Direito da USP adota cota para pretos, pardos e indígenas

31/03/2017 19h08
São Paulo
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil

A Congregação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), conhecida como Faculdade do Largo São Francisco, aprovou a reserva de vagas para pretos, pardos e indígenas que ingressarem na instituição em 2018 por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Na decisão, tomada ontem (30), a instituição definiu que 138 (30%) das 460 vagas do curso de direito serão preenchidas por meio do Sisu. Dessas, 46 (10% do total) vagas serão reservadas para alunos de escolas públicas e 92 (20%) reservadas para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas. Em 2017, a faculdade preencheu 92 (20%) de suas vagas com alunos selecionados pelo Sisu advindos de escolas públicas.

Atualmente, dos 143 cursos oferecidos pela Universidade de São Paulo, 50 reservam vagas para estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que ingressam na instituição por meio do Sisu.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil