sexta-feira, 24 de março de 2017

Jovem foge de tiros, bate em carro e é detido em Juiz de Fora

24/03/2017 08h57 - Atualizado em 24/03/2017 08h57

Do G1 Zona da Mata

Um rapaz de 25 anos foi detido por crime de trânsito ao, segundo ele, fugir de uma perseguição na noite desta quinta-feira (23) em Juiz de Fora. A Polícia Militar (PM) informou que recebeu denúncias de disparos de arma de fogo em rua do Bairro Fábrica.

O rapaz de 25 anos contou que estava dirigindo quando começou a ser seguido por outro veículo. Ao chegar na Rua Luísa Maria Tostes, um indivíduo fez diversos disparos contra o carro dele, sendo que um tiro atingiu o retrovisor.

O jovem alegou que perdeu o controle direcional, desceu a rua de marcha a ré, e bateu em um carro que foi jogado contra outro, que também estava estacionado. Em seguida, ele correu e se escondeu em uma empresa.

O suspeito de efetuar os disparos fugiu sentido Bairro Mariano Procópio. O carro do jovem foi removido pelo autossocorro. O jovem foi detido por crime de trânsito e encaminhado para a Delegacia de Santa Terezinha.

http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2017/03/jovem-foge-de-tiros-bate-em-carro-e-e-detido-em-juiz-de-fora.html

Sábado, a Av. Paulista terá protesto contra Temer; domingo, a favor da Lava Jato


Charge do Pelicano (Pelicanocartum.net)

Deu no Estadão

Os movimentos que articularam as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) vão às ruas pela primeira vez neste ano, no próximo domingo (26) para defender a Operação Lava Jato. Além disso, os manifestantes pedirão o fim do foro privilegiado e a rejeição ao sistema de voto em lista fechada, que ganhou força nos últimos dias entre políticos e representantes do Judiciário.

A manifestação, que em São Paulo vai ocorrer na Avenida Paulista, está programada para 102 cidades no País, de acordo com o Movimento Vem Pra Rua. Em Brasília, o protesto vai se concentrar às 10 horas em frente ao Congresso Nacional. No Rio, os manifestantes estarão na praia de Copacabana, no mesmo horário. No Rio Grande do Sul, estarão no parque Moinhos de Vento, de Porto Alegre, a partir das 15h. O movimento chamou atos também em quatro cidades do exterior: Boston e Nova York, nos Estados Unidos, Lisboa, em Portugal, e Zurique, na Alemanha

FORO PRIVILEGIADO – Na pauta do evento convocado pelas redes sociais, o primeiro item é o apoio total à Operação Lava Jato. Os movimentos pedem ainda o fim do foro privilegiado como base para acabar com a impunidade no Brasil.

Nesta semana, o tema foi inserido na pauta de votações do Senado. Mas, como mostrou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, setores do Congresso começaram a articular emendas que podem modificar a proposta, criando filtros de investigação e até mesmo “varas especiais” para impedir que processos que envolvam políticos cheguem diretamente à primeira instância da Justiça. Os organizadores dos atos – o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua, entre outros – também citam o aumento do Fundo Partidário e o voto em lista fechada, considerados antidemocráticos.

ABUSO DE AUTORIDADE – Apesar de não ter sido incluído na pauta dos protestos, o projeto de lei do abuso de autoridade continua sendo alvo de críticos dos grupos. Em vídeo divulgado hoje, o Vem pra Rua ataca o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), autor da proposta, dizendo que a manobra serve para protegê-lo das investigações na Lava Jato.

Ontem, o senador criticou os vazamentos “seletivos” realizados no âmbito da operação e se disse vítima de preconceito e perseguição por parte do Ministério Público Federal (MPF).

PROFESSORES PROTESTAM – Já nas mobilizações organizadas pelos professores de São Paulo para os próximos dias, o alvo é o presidente Michel Temer (PMDB) No sábado, 25, professores da rede municipal da capital paulista farão um ato na Avenida Paulista contra a reforma da Previdência, a trabalhista e o ensino médio.

O Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem) também pede a retirada do projeto de lei na Câmara de Vereadores que cria o regime de previdência complementar e estabelece o mesmo teto do regime geral previdenciário para os servidores municipais. O texto foi apresentado pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) no ano passado. Uma parte dos professores da rede municipal está em greve.

E os professores estaduais de São Paulo se organizam para fazer uma paralisação no dia 28, combinando a oposição à reforma da Previdência com as reivindicações salariais da categoria. Eles vão realizar uma assembleia na Avenida Paulista no próximo dia 31. Para embasar o ato, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) começou hoje uma consulta popular em locais públicos no Estado para coletar opiniões sobre a reforma proposta pelo governo federal no Congresso.Posted in Tribuna da Internet

Serviços do Cras vão aos bairros Nossa Senhora Aparecida e Filgueiras

JUIZ DE FORA - 24/3/2017 - 11:28


O Centro de Referência em Assistência Social (CRAS​) ​da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) contemplar​á​ a comunidade de dois bairros na próxima semana através do projeto “CRAS no seu ​B​airro”.

No dia 28, moradores de Nossa Senhora Aparecida receberão representantes do CRAS Leste Linhares e, dia 29, o Bairro Filgueiras receberá funcionários do CRAS Nordeste Grama. Serão oferecidas ações de atendimento individual, orientações sobre Cadastro Único e condicionalidades do Bolsa Família, encaminhamentos para documentos, agendamentos no CRAS, entre outros. Contará ainda com os agentes de saúde das Unidades de Atendimento Primário à Saúde (UAPS).

​A​ ação é realizada em parceria com os equipamentos da comunidade, para facilitar o acesso das famílias destes bairros, que tem maior dificuldade para chegar até o CRAS de seu território.

Confira abaixo os locais e horários:

CRAS Leste Linhares - UAPS Nossa Senhora Aparecida - das 13h às 17h

CRAS Nordeste Grama - UAPS Filgueiras – Das 8h30 às 16h30

* Mais informações com Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) pelo 3690-8314.
Portal PJF

Igreja São José recebe evento de adoção do Canil Municipal

JUIZ DE FORA - 23/3/2017 - 19:04

Foto: Luíza Eiterer

Neste sábado, 25, o Departamento de Controle Animal do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Decan/Demlurb) promoverá evento de adoção na Igreja São José, na avenida Sete de Setembro, 288, Centro. O evento será das 10 às 14 horas, e conta com a parceria do pároco da igreja, padre Pierre.

A gerente do Decan, Miriam Neder, acredita que haverá grande participação da população: “Padre Pierre é apoiador da causa animal. Suas missas alcançam público de aproximadamente duas mil pessoas e, devido ao apoio dele, esperamos grande público no sábado, e, claro, muitas adoções”.

Quem comparecer ao evento conhecerá 28 animais do Canil Municipal. Serão 22 cães, sendo quatro filhotes, e seis gatos. Os interessados em adotar deverão preencher cadastro e marcar um dia para receber o animal em casa. Eles serão entregues já vacinados, vermifugados e castrados, se não forem filhotes.

O Canil Municipal abriga cerca de 500 animais, que também estão disponíveis para adoção. O local está aberto para visitação de 9 às 11 horas e de 13 horas às 15h30. O endereço é Rua Bartolomeu dos Santos, Bairro São Damião, zona norte (entre os bairros Benfica e Santa Cruz).

*Informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.
Portal PJF

Terceirização aprovada na Câmara tem 3 itens pró-trabalhador; Senado tem 50

Charge do Miguel, reproduzida da Charge Online

Ranier Bragon e Débora Álvares
Folha

A movimentação da base de Michel Temer para regulamentar a terceirização no Brasil tem como base dois projetos que, embora tratem do mesmo tema, são consideravelmente distintos ao listar salvaguardas aos trabalhadores. A Câmara aprovou nesta quarta (22) e enviou à sanção de Temer um texto de 1998 que cabe em quatro páginas e que traz apenas três salvaguardas genéricas aos trabalhadores terceirizados.

Ele diz que esses funcionários não poderão realizar serviços diferentes daqueles para os quais foram contratados, que terão as mesmas condições de segurança, higiene e salubridade dos empregados da “empresa-mãe” e que estarão abrangidos nas regras da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) sobre fiscalização.

Já o projeto de regulamentação da terceirização debatido em 2015 e que hoje tramita no Senado tem 16 páginas e ao menos 50 salvaguardas aos empregados terceirizados —número que irá aumentar, de acordo com relator, o senador de oposição Paulo Paim (PT-RS).

MANOBRA – O texto aprovado pelo plenário da Câmara nesta quarta havia passado em uma primeira votação na Câmara em 2000. Em 2002 o Senado também o aprovou, com modificações. Na época, apenas 12 dos atuais 81 senadores estavam no exercício do mandato. Com isso, o texto voltou para a Câmara para a palavra final.

Só que ele ficou engavetado por 15 anos sem votação no plenário, em um “limbo legislativo” em que dormitam projetos que não se enquadram nos critérios de arquivamento automático ao fim de cada legislatura (os já aprovados pelo Senado estão nessa categoria).

Como a atual composição do Senado vinha resistindo a aprovar o projeto de terceirização de 2015, aquele com as pelo menos 50 salvaguardas aos trabalhadores, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desengavetou o texto de 1998. Isso porque bastava apenas a nova votação dos deputados para ele seguir para a sanção de Temer. Tanto Maia quanto Temer defendem a possibilidade de ampla terceirização.

MAIA DELIRANTE – O presidente da Câmara já havia dito que, em sua visão, salvaguardas demais têm levado a desemprego no Brasil e emprego no exterior. Ele voltou a rebater nesta quinta (23) as críticas de que haverá precarização do trabalho. O seu argumento é que menos amarras aos empresários é uma das melhores formas de se combater o desemprego.

Também nessa quinta, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que a Casa deverá votar nos próximos dias o projeto de 2015, dando a Temer a possibilidade de selecionar, nos dois textos, o que pretende sancionar ou vetar.

Entre as 50 salvaguardas desse projeto estão, além das três aprovadas no projeto da Câmara, restrições para evitar que as empresas demitam seus funcionários e os recontratem na sequência como terceirizados.

FISCALIZAÇÃO – Existe também a obrigatoriedade de a “empresa-mãe” fiscalizar se a terceirizadora está cumprindo suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, e garantia ao terceirizados dos mesmos serviços de alimentação, transporte e atendimento médico dos contratados diretamente.

O projeto também estabelece que a empresa-mãe e a terceirizadora têm responsabilidade “solidária” em eventuais débitos com o trabalhador. No que passou na Câmara, o trabalhador deverá, primeiro, procurar cobrar a terceirizadora (responsabilidade subsidiária da “empresa-mãe”).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os parlamentares são meio distraídos para entender as coisas. No dia em que perceberem que a terceirização é uma das principais causas da queda na arrecadação da Previdência, pode ser tarde demais. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Odebrecht conseguiu R$ 1,3 bilhão do FI-FGTS através de suborno generalizado

Charge reproduzida do Arquivo Google

Wálter Nunes
Folha

O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Junior, conhecido como BJ, disse, em sua delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, que às vésperas da eleição de 2010 a empresa negociou pagamento de R$ 13,5 milhões para um conselheiro do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) para ele facilitar um negócio bilionário com a companhia baiana. O dinheiro pago seria contrapartida de 1% à aprovação de um aporte de R$ 1,3 bilhão do FI-FGTS para adquirir 30% da Odebrecht Transport Participações, empresa recém-criada pelo grupo.

O FI-FGTS foi criado em 2007 para investir dinheiro do fundo do trabalhador nas obras de infraestrutura do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Segundo a delação, a negociação foi feita entre o então presidente da Odebrecht Transport, Geraldo Villin, e André Luiz de Souza, indicado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para fazer parte do grupo de apoio permanente que assessora o conselho e o comitê de investimento do FI-FGTS.

NEGÓCIO FECHADO – A Caixa Econômica Federal era responsável pela gestão do FI-FGTS. Após o pagamento de R$ 13,5 milhões, o negócio com o FI-FGTS saiu.

Conforme a Folha revelou, Souza aparece também na delação de Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental. Reis disse que, em 2009, Souza recebeu R$ 8 milhões, depositados na Suíça, a título de “consultoria” para ajudar que o FI-FGTS comprasse 25% da Odebrecht Ambiental por R$ 650 milhões.

Três anos depois do acerto entre a Odebrecht Transport e o fundo de investimento do FGTS houve outra negociação para um novo aporte na empresa. Nas delações de BJ e de Paulo Cesena, que substituiu Villin na presidência da Odebrecht Transport, aparece a história de uma combinação para que o FI-FGTS investisse o valor de R$ 429 milhões no braço de transportes do grupo baiano.

BNDES E CUNHA – O fundo pretendia capitalizar a Odebrecht Transport em seguimento a uma investida do BNDES, que também havia colocado dinheiro na empresa. Dessa vez quem prometeu facilitar as coisas para a liberação de dinheiro do FI-FGTS foi o ex-deputado federal Eduardo Cunha. Segundo os executivos da Odebrecht, Cunha cobrou propina de 1% do valor da operação.

O ex-deputado justificou o valor do suborno de R$ 4 milhões dizendo que teria que repassar dinheiro a Fábio Cleto, na ocasião vice-presidente de Loterias da Caixa, e para três conselheiros do FI-FGTS. Nomeou como recebedores do repasse os conselheiros João Graça, ligado ao PDT, Luiz Fernando Emediato, ligado à Força Sindical, e uma pessoa ligada ao PT, não identificada por Cunha.

Após o pagamento do suborno o aporte de R$ 429 milhões foi liberado.

CUNHA MENTIRA – Cleto é delator em processo que investiga desvios na Caixa Econômica Federal. Ele menciona o episódio na sua delação. Diz que foi procurado por Cunha, em 2013, para que se posicionasse favoravelmente ao aporte de R$ 420 milhões na Odebrecht Transport. Cunha disse na ocasião que aquele caso específico era um favor e não envolvia pagamento de propina.

Cleto afirma na delação ter desconfiado que Cunha estava mentindo para ficar com o dinheiro todo para ele. Mesmo sem receber dinheiro por isso, Cleto apoiou o aporte.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Vejam aonde foi parar o dinheiro (FGTS) do trabalhador brasileiro, esse otário que agora está ameaçado de perder seus direitos com a terceirização irrestrita aprovada sob a batuta do deputado Rodrigo Maia, que foi eleito para ser representante do povo, segundo a prática democrática, mas na verdade somente representa interesses inconfessáveis. Esse dinheiro do FI-FGTS, “investido” na Odebrecht, hoje tem o mesmo valor das ações daquelas empresas de papel que Eike Batista criou. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Governo de MG ainda não depositou a última parcela do 13º salário de 2016

24/03/2017

Até o presente momento a última parcela alusiva ao 13º salário de 2016 não foi creditada na conta do servidor público de MG.


Relembrando:
O Governo de Minas Gerais anunciou na quarta-feira (07/12/2016), como pagará o 13º salário dos servidores: 

Metade do valor do benefício no dia 22 de dezembro de 2016. (Quitado)

Dia 24 de janeiro de 2017 a a segunda parcela, no valor de até R$ 3.000, de modo que os servidores que ganham até R$ 6.000 receberão integralmente o 13º no primeiro mês do ano.(Quitado)

Salário superior a R$ 6.000, o restante do valor devido será pago no dia 24 de março de 2017.

Informações dão conta que o numerário será depositado no decorrer do dia.

Atualização: Por volta de 14h20min o dinheiro foi creditado.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Juiz Moro demonstra grandeza e exclui do processo a fonte do blogueiro

Juiz Moro fez a coisa certa, na hora certa

Julia Affonso, Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Estadão

O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta quinta-feira, 23, que seja excluído do processo que investiga o blogueiro Eduardo Guimarães, responsável pelo Blog da Cidadania, ‘ qualquer elemento probatório relativo à identificação da fonte da informação’. Na terça-feira, Eduardo Guimarães foi conduzido coercitivamente em inquérito da Polícia Federal no Paraná que investiga o vazamento do mandado de condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato.

O magistrado havia determinado ainda a apreensão de aparelhos eletrônicos na residência de Guimarães. O blogueiro teve seu notebook e seu celular capturados.

A ação provocou polêmica em entidades de jornalistas. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota em que manifestou preocupação com o risco da quebra de sigilo de fonte.

OBJETIVO – Nesta quinta, Moro afirmou em despacho que ‘o objetivo da investigação não era propriamente 0 de identificar a fonte da informação do blog’. “Ela já estava, em cognição sumária, identificada desde o início, mas sim principalmente apurar se de fato o seu titular havia comunicado a decisão aos investigados previamente à própria divulgação no blog e a à diligência de busca e apreensão”, anotou o juiz da Lava Jato.

Na decisão, Sérgio Moro afirmou ‘reconhecer que, desde a diligência, houve manifestações públicas de alguns respeitados jornalistas e de associações de jornalistas questionando a investigação e defendendo que parte da atividade de Eduardo Cairo Guimarães seria de natureza jornalística’.

“Considerando o valor da imprensa livre em uma democracia e não sendo a intenção deste julgador ou das demais autoridades envolvidas na investigação colocar em risco essa liberdade e o sigilo de fonte, é o caso de rever o posicionamento anterior e melhor delimitar o objeto do processo”, destacou.

MAIS INVESTIGAÇÃO – “Deve a investigação prosseguir em relação às condutas de violação do sigilo funcional pelo agente público envolvido e, quanto aos demais, somente pelo suposto embaraço à investigação pela comunicação da decisão judicial sigilosa diretamente aos próprios investigados, já que esta conduta não está, em princípio, protegida juridicamente pela liberdade de imprensa. Deve ser excluído do processo e do resultado das quebras de sigilo de dados, sigilo telemático e de busca e apreensão, isso em endereços eletrônicos e nos endereços de Carlos Eduardo Cairo Guimarães, qualquer elemento probatório relativo à identificação da fonte da informação”, acrescentou o magistrado.

Segundo Sérgio Moro, ao ser ouvido, Eduardo Guimarães ‘revelou, de pronto, ao ser indagado pela autoridade policial e sem qualquer espécie de coação, quem seria a sua fonte de informação acerca da quebra do sigilo fiscal de Luiz Inácio Lula da Silva e associados’.

“Confirmou ainda que não só divulgou a informação em seu blog, mas antes comunicou-a a assessor do investigado (Lula)”, observou o magistrado.

VERSÃO DO BLOGUEIRO – Ao Estadão, o blogueiro disse que buscou a assessoria do ex-presidente para ouvir o outro lado após ter acesso à informação, como qualquer jornalista faria.

Em março do ano passado, o ex-presidente Lula foi alvo de um mandado de condução coercitiva na 24ª etapa da Operação Lava Jato, quando foi levado para depor no aeroporto de Congonhas. Na mesma ocasião, o Instituto Lula foi alvo de mandados de busca e apreensão.

Semanas antes, o Blog da Cidadania, de Eduardo Guimarães, havia divulgado que o ex-presidente e seu Instituto seriam alvo da Lava Jato. Diante disso, foi aberta uma investigação para apurar o vazamento de dados sigilosos da operação.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mais uma vez, o juiz Moro demonstra grandeza e humildade. Realmente, trata-se de uma pessoa admirável, realmente fora de série, que merece o respeito e a admiração de todos os brasileiros de boa vontade, como se dizia outrora. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Procon descarta 218 kg de carne com prazo de validade vencido no Rio

23/03/2017 19h21
Rio de Janeiro
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

O Procon estadual descartou hoje (23), 243 quilos de carnes, embutidos e frios com prazo de validade vencido no Rioja Frigorífico, instalado no Mercado São Sebastião, na Penha, zona norte do Rio. De acordo com a fiscalização, na câmara resfriada do frigorífico, foram encontrados 218,8 quilos de traseiro bovino com osso, vencidos em 26 de fevereiro.

Os fiscais encontraram ainda 24 quilos de produtos vencidos na área de vendas, entre queijo muçarela, presunto e linguiça calabresa. A câmara resfriada de carne com osso apresentava, ainda, ferrugem nos trilhos e portas. Os fiscais deram prazo de sete dias para adequação do sistema. Caso contrário, o frigorífico será interditado.

A direção da Rioja Indústria e Comércio de Alimentos Ltda informou, em nota, que confirma a visita dos fiscais do Procon, que encontraram na câmara frigorífica três peças de carne resfriada de bovino com osso (traseiro), no total de 218,8 quilos, com vencimento em 26 de fevereiro.

A Rioja defendeu-se informando que as três peças vieram junto com mais 169 peças de carne recebidas da empresa Minerva S/A, com sede em Palmeiras de Goiás (GO), conforme nota fiscal datada de 18 de março deste ano, com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), com vencimento no dia 26 deste mês.

A Rioja diz ainda que informou ao fiscal que houve erro de data de vencimento e que, se realmente as peças de carne tivessem vencido em 26 de fevereiro, já estariam em estado de decomposição, fato que não foi constatado pelo Procon.

“No que diz respeito aos demais produtos, como muçarela, presunto e linguiça calabresa, a Rioja informou que tem uma loja de varejo que atende ao público com venda em caixas fechadas, sendo que os funcionários solicitam o fracionamento das peças para levar para casa e que, por erro, houve datas divergentes”, acrescenta a nota.

Em outra fiscalização, no Frigomar Comercial de Alimentos, também no Mercado São Sebastião, o Procon constatou que os trilhos e a porta da câmara de carnes também estavam enferrujados. Na área de manipulação, a viga enferrujada estava em contato com mesa de manipulação e os trilhos onde se encontravam as carnes penduradas estavam completamente enferrujados. Ainda na área de manipulação, o teto aparentava conter mofo.

Os fiscais deram prazo de 15 dias para reparo de todas as irregularidades, também sob pena de interdição. Além disso, não havia livro de reclamações no estabelecimento.

O Frigomar respondeu que a câmara frigorífica estava desativada e que não tinha alimentos no compartimento. A empresa disse que cumprirá as exigências do Procon dentro do prazo estabelecido.

Atacado
O Mercado São Sebastião é um complexo atacadista e funciona como um centro de distribuição de produtos para a cidade do Rio de Janeiro. Várias redes de supermercado e empresas alimentícias têm galpões nesse mercado, além de transportadoras de cargas. O estabelecimento também serve de base para a Bolsa de Gêneros Alimentícios, responsável pela definição de preços dos mais variados produtos vendidos em prateleiras de supermercados. O preço de 80% de toda a comida que passa pelo Rio de Janeiro é negociado no mercado.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Especialistas criticam proposta de igualar idade mínima para aposentadoria

23/03/2017 15h15
Brasília
Débora Brito - Repórter da Agência Brasil

Comissão da reforma da Previdência debate seguridade social e condição da mulher Marcelo Camargo/Agência Brasil

A equiparação da idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres, presente na proposta de reforma da Previdência enviada ao Congresso pelo governo, foi debatida hoje (23) na comissão especial da Câmara dos Deputados que discute o tema. Mulheres de diferentes instituições argumentaram sobre a necessidade de manter ou mudar a diferença de idade que vigora atualmente.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) 287/2016 prevê que tanto homens quanto mulheres se aposentem quando atingirem 65 anos de idade. Hoje as mulheres podem se aposentar aos 60 anos (cinco a menos que os homens), ou quando completarem 30 anos de contribuição. Não há idade mínima para se aposentar.

Desigualdade de contextos
Para a juíza Noêmia Aparecida Garcia Porto, secretária-geral da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), igualar a idade mínima para ambos os sexos é inconstitucional. “A diferenciação entre homens e mulheres está prevista na Constituição brasileira para fins de aposentadoria. É uma desigualdade que está condicionada a um cenário, para que a igualdade efetiva seja considerada”, argumentou.

Noêmia explicou que a diferenciação na Previdência foi aprovada para compensar o fato de as mulheres assumirem a maior parte das tarefas domésticas, além de outras ocupações, e a persistente desigualdade de gênero na realidade do mercado de trabalho no Brasil. “O argumento da PEC é meramente formal e despreza essa realidade de desigualdade vivenciada na pele por todas as brasileiras.”

A juíza classificou a proposta do governo de "perversa" e inviável, pois retira direitos consolidados e segue a lógica do mercado privado, e não dos princípios constitucionais. E rebateu os argumentos de que as mulheres vivem mais e contribuem menos com a Previdência. “De fato, elas são minoria entre os contribuintes, mas isso se deve a diversos fatores. A informalidade atinge mais as mulheres. Elas recebem salários mais baixos e benefícios previdenciários mais modestos. E ocupam postos de menos destaque no mundo do trabalho”, disse.

Para resolver o problema do déficit do Regime Geral da Previdência, Noêmia propõe que sejam reveladas as origens da sonegação, que se busquem fontes extras de seguridade social e que se faça auditoria nas contas da Previdência. “O tema do equilibro das contas no setor publico é sério e pertinente, mas apenas se forem consideradas todas as variantes que revelam a injustiça de retirada dos direitos das mulheres”, declarou.

Condições diferentes de trabalho
Os argumentos da juíza foram reforçados pela apresentação da professora da Universidade de Campinas Marilane Teixeira, e pela técnica da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Joana Mostafá. As duas pesquisadoras apresentaram diversos números e pesquisas que, segundo elas, corroboram a necessidade de diferenciar a idade das mulheres.

Para Marilane, a diferenciação da idade de aposentadoria para as mulheres é um dos grandes méritos do regime previdenciário atual. Marilne argumenta que a diferença nas regras de acesso ao benefício da Previdência contribui para aumentar a inclusão de pessoas que têm condições diferentes de trabalho e, assim, compensar as desigualdades estruturais do mercado de trabalho. “É um reconhecimento, através da lei, de que existe uma condição desigual entre os sexos no trabalho.”

Joana alertou para a dificuldade que as mulheres têm para comprovar o tempo de contribuição. A pesquisadora disse que a reforma proposta representa uma tendência de “masculinização da Previdência” e ressaltou que outras políticas devem ser adotadas para reduzir a desigualdade de gênero, e não para aprofundá-la. “A diferença de cinco anos na idade [mínima] de aposentadoria está de acordo com o sobretrabalho feminino, e isso não tem apresentado tendência de mudar no Brasil”, afirmou.

Já a procuradora regional da 3ª Região, Zélia Luiza Piedorná, defendeu o acúmulo da concessão da aposentadoria e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) sob o ponto de vista da coletividade. Para Zélia, o acesso aos benefícios deve ser regido pela necessidade de garantia dos princípios democráticos, e não por uma lógica "individual e privatista".

Sobre o “rombo” da Previdência alegado pelo governo, a procuradora alertou para a urgência de resolver o problema das fraudes no sistema de concessão de benefícios no Brasil, o que poderia servir como solução. “Não se pode ter uma legislação que estimula mau comportamento”, afirmou.

Aproximação de contextos
A assessora especial da Casa Civil da Presidência da República Martha Seiller defendeu o texto original apresentado pelo governo e justificou a necessidade de igualar a idade mínima de aposentadoria para mulheres e homens.

De acordo com Martha, dados demográficos mostram uma evolução da inserção da mulher no mercado de trabalho e uma tendência de aproximação entre o salário pago às mulheres e o que é pago aos homens. Ela disse que as justificativas para manutenção da diferença de cinco anos na idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres já não se sustentam como antigamente.

Martha lembrou que a pirâmide demográfica brasileira está cada vez mais desfavorável à manutenção de um sistema previdenciário equilibrado, já que a base jovem tem diminuído, devido à queda na taxa de natalidade, ao crescente número de idosos no topo, com o avanço da expectativa de vida, "Como é que esse sistema previdenciário sobrevive com uma mudança tão brusca na taxa de natalidade e expectativa de vida sem passar por mudanças?", questionou.

A assessora da Cas Civil disse que as regras de transição previstas na reforma para vigorar em 20 anos podem compensar as desigualdades que ainda existem. Ela acrescentou que a diferença de cinco anos é a maior entre os regimes de outros países que ainda consideram a necessidade de diferenciação.

Para Martha, são insuficientes os argumentos das debatedoras sobre a dupla jornada feminina, uma vez que os homens hoje também executam tarefas domésticas. Ela disse que tal ideia não deve ser usada com naturalidade, como se fosse uma realidade imutável, sob o risco de favorecer o que definiu como “constitucionalização do machismo”.

Edição: Lidia Neves
Agência Brasil