segunda-feira, 20 de março de 2017

Justiça revoga decisão de prisão domiciliar para mulher de Cabral

20/03/2017 19h00
Rio de Janeiro
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasileira

O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), revogou a decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que concedia regime de prisão domiciliar para Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral. Com isso, ela permanecerá presa no Complexo Penitenciário de Bangu, onde cumpre prisão preventiva desde o dia 6 de dezembro do ano passado.

A liminar foi deferida nesta segunda-feira (20), em pedido apresentado pelo Ministério Público Federal, em mandado de segurança ajuizado no TRF2. A ordem vale até o julgamento do mérito do processo pelo colegiado, que ainda não tem data para ocorrer. A transferência de Adriana para prisão domiciliar havia sido determinada pela primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro na sexta-feira (17).

Em sua decisão, o desembargador ponderou que o juízo de primeiro grau já havia apreciado a questão anteriormente e que, desde então, não houve novos fatos para justificar a alteração da situação da custódia da acusada.

Abel Gomes ressaltou que a decisão beneficiando a ré criaria expectativas vãs para a própria acusada, que poderia vir a ser presa novamente, e para outras mulheres presas preventivamente, que não conseguem o mesmo direito.

Advogada, Adriana Ancelmo é suspeita de ter recebido dinheiro desviado de empresas de construção em seu escritório. Ela e Sérgio Cabral foram presos na Operação Calicute, desmembramento da Operação Lava Jato.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Entrevista de emprego - DESCONFINADOS



https://www.youtube.com/user/desconfinados

Em 21 de março é lembrado o “Dia Internacional da Síndrome de Down”.

JUIZ DE FORA - 17/3/2017 - 19:14

“Bem Comum” promove ação no “Dia Internacional da Síndrome de Down”

Em 21 de março é lembrado o “Dia Internacional da Síndrome de Down”. A data tem objetivo de dar visibilidade ao tema, reduzindo o preconceito gerado, muitas vezes, pela falta de informação correta. Pensando nisso, o “Bem Comum”, projeto da Secretaria de Comunicação Social (SCS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), promoverá na segunda-feira, 20, tarde diferente para os assistidos do Departamento de Saúde da Criança e Adolescente (DSCA), quando os voluntários dos Doutores do Amor promoverão visita animada às instituições e distribuirão jogos aos assistidos.

Gilmara Delmonte, a “Miloca”, é a coordenadora da organização não-governamental (ONG) que promove visitas descontraídas a hospitais e asilos de Juiz de Fora e região: “Para nós, é sempre muito importante qualquer ação que promovemos, pois sempre se baseiam em ajudar as pessoas, e gostamos disso. Já fizemos ações com pessoas com síndrome de Down, e são todas maravilhosas, queridas, que sempre mostram muito amor por nós. Esta campanha será incrível.”

A gerente de Marketing da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e responsável pelo projeto “Bem Comum”, Sabrina Lima, explicou que a ação tem por objetivo conscientizar a população e promover um dia especial aos assistidos: “Esta data foi criada para que possamos combater o mito que insiste em transformar uma diferença em rótulo, quando, na verdade, todos somos diferentes uns dos outros, e isso é completamente natural. Levar os ´Doutores do Amor´ ao encontro também vai proporcionar um dia diferente e alegre. Essa é a proposta do ´Bem Comum`: levar alegria e desconstruir preconceitos”.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Comunicação Social pelo telefone 3690- 7246.
Portal PJF

Biblioteca “Delfina Fonseca Lima” celebra novo espaço com sarau literário nesta terça

JUIZ DE FORA - 20/3/2017 - 10:37
​​Poesias, músicas, declamações e contações de histórias, estão programadas para o Sarau Literário da Biblioteca “Delfina Fonseca Lima”, unidade regional da Biblioteca Municipal “Murilo Mendes”, na zona norte, que será realizado nesta terça-feira, 21. A festa, em comemoração ao novo espaço infantojuvenil da unidade, acontece a partir das 15 horas e tem entrada franca.

A ação é voltada para todas as faixas etárias e visa contribuir para despertar o olhar sensível do público para a biblioteca. “A ideia foi reinventar o espaço para apresentá-lo à comunidade com um ar renovado, vivo e acolhedor. Escolhemos o sarau devido à importância de se desenvolver atividades lúdicas e literárias com a população dessa região”, pontua o supervisor da biblioteca, Cristiano Fernandes.

Na biblioteca são realizadas diversas atividades, como apresentações de grupos de arte, cursos de contação de história, visitas guiadas e aulas programadas ou livres, em parceria com escolas e professores da região. Além disto, no local estão reunidos exemplares de grandes nomes da literatura brasileira, como Machado de Assis, Monteiro Lobato, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Paulo Freire, entre outros, e livros de artistas contemporâneos e locais.

“Temos obras de diversos tamanhos, gêneros e cores, justamente para despertar nas pessoas o gosto pela leitura”, explica Cristiano. Ele também destaca a leitura como um importante instrumento para mudar a vida das pessoas: “A leitura dá um tom especial. Por meio dela, o ser humano consegue ampliar sua visão de mundo e sua relação com o outro”. 

A Biblioteca “Delfina Fonseca Lima” está localizada na Rua Marília, 631, no Bairro Benfica, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h15 às 18 horas.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044 ou com a biblioteca pelo número 3222-4220.
Portal PJF

Médico embriagado bate em viatura da PM parada em sinal no Lourdes

Viatura foi atingida na traseira

PUBLICADO EM 20/03/17 - 07h53

FERNANDA VIEGAS

Um médico de 38 anos embriagado bateu o carro na traseira de um viatura da Polícia Militar (PM), no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na madrugada desta segunda-feira (20).

A viatura, com quatro policiais, estava parada em um sinal vermelho, no cruzamento entre a avenida Bias Fortes e a rua Gonçalves Dias, no sentido praça da Liberdade, quando um Fusca, em alta velocidade atingiu a traseira do carro do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitana (Rotam), segundo a Polícia Militar (PM).

Dois policiais, de 26 e 32 anos, queixaram-se de dores na cabeça e nas costas e foram encaminhados para uma unidade de saúde, pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).

O condutor do Fusca, um médico psiquiatra, ficou inconsciente com a colisão e foi levado para o Hospital João XXIII com ferimentos leves pelo corpo. De acordo com a PM, o homem apresentava hálito etílico, mas não passou pelo exame do bafômetro, devido ao seu estado clínico.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista do Fusca foi recolhida e o carro levado para um pátio.

http://www.otempo.com.br/cidades/médico-embriagado-bate-em-viatura-da-pm-parada-em-sinal-no-lourdes

Prova Brasil: metade dos professores não consegue cumprir conteúdo planejado

20/03/2017 08h34
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Metade dos professores do ensino fundamental (51%) conseguiu desenvolver pelo menos 80% do conteúdo previsto para o ano. Na outra ponta, 11% concluíram menos de 60% daquilo que deveria ter sido ensinado aos alunos.

Os dados são do questionário da Prova Brasil 2015, aplicado a diretores, alunos e professores do 5º e do 9º ano do ensino fundamental de todo o país. As informações foram organizadas e divulgados hoje (20) na plataforma QEdu (www.qedu.org.br)

Quando considerados apenas os professores do 9º ano, menos da metade (45%) desenvolveu pelo menos 80% do conteúdo previsto para as turmas que fizeram a Prova Brasil em 2015. Já entre os professores do 5º ano, a porcentagem chega a 55%. A questão foi respondida por mais de 262 mil professores.

A maioria dos professores (91%) disse ainda que gasta até 20% do tempo da aula com tarefas administrativas como fazendo a chamada ou preenchendo formulários. Outros 20% da aula são gastos para manter a ordem e a disciplina em sala de aula para 70% dos professores.

O tempo que resta para atividades de ensino e aprendizagem é de menos de 80% do total para 57% dos professores. Considerando uma aula de 50 minutos, isso significa que, nos melhores cenários, menos de 40 minutos são dedicados de fato ao ensino.

Segundo o pesquisador da Fundação Lemann, sediada em São Paulo, Ernesto Faria, os dados são preocupantes. "Os alunos não estão tendo acesso a conteúdos importantes. Os professores conseguem cumprir uma parte, mas conteúdos importantes sequer são apresentados", disse.

O resultado pode ser visto no desempenho dos estudantes brasileiros na última divulgação da Prova Brasil. A avaliação de 2015 mostrou que, ao deixar a escola, no fim do ensino médio, apenas 7,3% dos estudantes aprendem o mínimo adequado em matemática e 27,5% em português.

De acordo com Faria, esses dados podem ser usados para se pensar a Base Nacional Comum Curricular, que atualmente está em discussão no Ministério da Educação. A base deverá orientar o que deve ser ensinado em cada etapa escolar.

"Não basta só ter um documento e currículo de altas expectativas e não resolver problemas de material didático e estratégias para aprendizagem. Não adianta ter um currículo bom, mas não cumprido na sala de aula", afirma. Os questionários foram respondidos por 52.341 diretores, 262.417 professores e 3.810.459 estudantes.

Condições de trabalho
Os problemas nas escolas são diversos. Segundo a maior parte dos diretores (70%), o ensino foi dificultado por falta de recursos financeiros. Mais da metade (55%) disse ter enfrentado dificuldades por falta de recursos pedagógicos.

Os dados mostram ainda que a maioria dos professores trabalha 40 horas ou mais (66%) e que 40% deles lecionam em duas ou mais escolas. Pelo menos um terço (34%), ganhavam, como professores, menos do que o piso salarial estabelecido pela Lei do Piso (Lei 11.738/2008) para aquele ano, que era de R$ 1.917,78.

A professora Cleonice Santos, 43 anos, concilia mais de um trabalho. Durante o dia, dá aulas de português para o 9º ano do ensino fundamental no Centro de Ensino Fundamental 10 do Gama, no Distrito Federal. À noite, leciona no ensino médio do Centro de Ensino Médio 2 do Gama.

"Tenho uma vida muito corrida. Trabalho de manhã, saio da escola, ajudo minhas filhas com o dever de casa, deixo nas escolas onde estudam, volto para a minha à tarde. Depois busco as minhas filhas, ajudo com o dever do dia seguinte e vou para a escola à noite. É corrido, cansativo, mas consigo levar com planejamento. Cleonice disse gostar muito da profissão. Consegue concluir o conteúdo do ensino fundamental, mas não do médio. Quando perguntada se se sente desvalorizada, Cleonice responde: "Estou em greve".

Assim como Cleonice, 30% dos professores acreditam que a sobrecarga, que dificulta o planejamento da aula, atrapalha a aprendizagem dos alunos; e 29% opinam que a insatisfação e o desestímulo com a profissão impactam também no aprendizado dos estudantes.

Considerando todas as escolas em que o professor trabalha, atualmente 36% gastam menos de um terço da carga horária para o planejamento das aulas. Pela Lei do Piso, esse é o tempo garantido ao professor para que planeje as atividades a serem desenvolvidas em sala de aula.

"Infelizmente, continuamos com muitas dificuldades. A começar pela própria infraestrutura das escolas. Temos reclamações de professores com salas superlotadas, salas muito quentes, que atrapalham o aprendizado, falta de luz, de água. Isso tudo somado ao não cumprimento da Lei do Piso", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo. "Os governantes dizem que os alunos são prejudicados só quando tem greve. Isso não é verdade, eles precisam tomar uma atitude porque os alunos são prejudicados o ano inteiro", finaliza.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Discurso de Lula na Paraíba promete outros 40 anos de atraso em 4

Por Reinaldo Azevedo

20 mar 2017, 08h20 - Atualizado em 20 mar 2017, 08h23

Havia não-petistas em Monteiro, no sertão da Paraíba, neste domingo, onde Lula fez uma megacomício. Já falo deles. O pretexto era visitar um trecho concluído da transposição do São Francisco. Na prática, o líder petista fazia o primeiro grande ato de campanha à Presidência da República em 2018. Abaixo, vai um vídeo com o seu discurso. Merece tarja preta.


“Ah, mas ele vai ser candidato? E se estiver condenado em segunda instância e não puder apresentar seu nome por causa da Lei da Ficha Limpa? E se estiver preso?” Obrigo-me a lhes dar uma resposta lógica: quem conta com essas possibilidades para que ele, eventualmente, não se eleja deve considerar também que, mesmo inabilitado, e mais ainda se preso, será um grande eleitor.

Agora volto aos meus “espiões”, leitores do blog que me mandaram mensagens de lá. Mesmo os adversários estavam impressionados. Com o público — muitos milhares, vindos de todos as cidades do Estado e de outras unidades da federação — e, sobretudo, com o entusiasmo, com laivos de fanatismo. De Dom Sebastião, julgava-se ver apenas o vulto. Ali, o “rei” reapareceu em carne em osso. E já que estamos falando de sebastianismo, o Antônio Conselheiro do pragmatismo empreiteiro julgava estar cumprindo uma parte da promessa: o sertão vai virar mar!

Aconteceu tudo conforme se previu aqui — e todos sabem quanta porrada tomei e tomo ainda porque antevi há muito tempo que a Lava Jato e a direita xucra estavam ressuscitando Lula. E eis aí o homem ressuscitado, não é? Para disputar a eleição ou, reitero, para ser um eleitor poderoso. Os petistas todos têm de agradecer esse momento Fênix, renascida das cinzas, aos senhores procuradores da República, em especial a Rodrigo Janot.

Ora, vejam o tempo e o propósito de sua lista, parte dela vazada numa conspirata entre procuradores e jornalistas. Ali se diz que todos são iguais, não é? O PT perdeu o seu papel de protagonista do maior assalto de que o país tem notícia aos cofres e à institucionalidade. Ora, já sintetizei aqui a questão: para amplas camadas, se todos são iguais, então Lula é melhor! Só fazia sentido descartá-lo se outros se mostrassem melhores do que ele.

A esquerda sorri em festa. Celso Rocha de Barros, colunista da Folha, que está muito longe de ser burro — além de escrever e pensar bem, segundo seus pressupostos, não os meus —, afirma em sua coluna desta segunda sobre o caixa dois: “O dinheiro pode ter entrado pelas mais variadas reentrâncias, mas sua origem é um cartel de empreiteiras que roubava dinheiro dos contribuintes”. Mas não pensem que ele prega que se enforquem todos. Isso é para a direita xucra, não para a esquerda inteligente. Ele afirma que os políticos não eram necessariamente maus. É que assim eram as coisas.

Celso sabe que, nem nas suas prefigurações mais otimistas, imaginava que o PT receberia esse presentão do Ministério Público Federal e da militância xucra antipetista. A demonização da política e dos políticos, o nivelamento por baixo, o clima de caça ás bruxas, tudo isso contribuiu para devolver Lula e o PT ao jogo.

Disse o demiurgo: “Eu nem sei se estarei vivo para ser candidato em 2018, mas sei que eles querem evitar que eu seja candidato. Eles que peçam a Deus para eu não ser candidato. Porque, se eu for, é para ganhar a eleição nesse país”. E, sem seguida, passou a fazer pregação contra aquela que pode ser a única, quem sabe última, chance que o Brasil tem de sair do buraco: a reforma da Previdência.

Lula quer voltar. Para fabricar mais quarenta anos de atraso em 4 de governo.

E os idiotas que depredam a política, à direita, são os seus principais cabos eleitorais, embora defendam outras candidaturas.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/discurso-de-lula-na-paraiba-promete-outros-40-anos-de-atraso-em-4/

Prova Brasil: mais de 22 mil professores ameaçados por estudantes

20/03/2017 07h45
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Mais de 22,6 mil professores foram ameaçados por estudantes e mais de 4,7 mil sofreram atentados à vida nas escolas em que lecionam. Os dados são do questionário da Prova Brasil 2015, aplicado a diretores, alunos e professores 5º e do 9º ano do ensino fundamental de todo o país. As informações foram organizadas e divulgados hoje (20) na plataforma QEdu www.qedu.org.br

As respostas aos questionários mostram que há um cenário de violência nas escolas. As agressões não ocorrem apenas com professores e funcionários, mas também entre estudantes. A maioria dos professores (71%), o que equivale a 183,9 mil, disse ter ocorrido agressão física ou verbal de alunos a outros estudantes da escola.

Mais de 2,3 mil professores afirmaram que estudantes frequentaram as aulas com armas de fogo e mais de 12 mil disseram que havia alunos com armas brancas, como facas e canivetes. Muitas vezes, havia nas aulas estudantes que tinham bebido, segundo 13 mil professores, ou usado drogas, de acordo com 29,7 mil.

Segundo o pesquisador da Fundação Lemann, Ernesto Faria, muitos desses conflitos vêm de fora da escola. "O desafio não é tão simples porque a violência, muitas vezes, não está ligada à escola, mas a problemas locais na região. É importante não pensar a escola como uma caixinha sozinha. A escola vai ter que envolver a comunidade e pensar que tipo de parceria deve haver", diz.

Ao todo, 262,4 mil professores responderam aos questionários. Embora, percentualmente, os índices de violência não sejam tão altos, quando olhados em números, segundo o pesquisador, são preocupantes. "Temos que olhar o quanto o ambiente escolar é agradável, a relação de professores e alunos. Temos que pensar em gestão em sala de aula, disciplina, o trabalho com habilidades socioemocionais", diz.

Organização deu certo
A Escola Municipal Armando Ziller fica na periferia de Belo Horizonte, numa região com alto índice de violência. O estabelecimento, no entanto, é conhecido na vizinhança por exigir o rígido cumprimento de horários e por não liberar os alunos por falta de professores. Foi uma das escolas destacadas pela pesquisa Excelência com Equidade, que identificou escolas públicas que atendem a alunos de baixa renda familiar e que conseguem alcançar bons índices educacionais.

Excelência com equidade
"A escola é muito tranquila, considerando a localização, a situação local é de conflitos no entorno entre gangues rivais. A comunidade tem essa escola como referência. Por maiores que sejam os problemas, aqui dentro parece outra realidade", diz o diretor Hamilton Gomes Pereira. Segundo ele, quando é identificada uma situação de violência, os responsáveis pelos estudantes são imediatamente convocados.

Eles não são chamados apenas em situações críticas. A escola busca envolvê-los, ainda que com dificuldade, no aprendizado dos estudantes. Logo no início do ano, os professores se apresentam e mostram o planejamento de cada uma das disciplinas.

Ao longo do ano letivo, os estudantes avaliam a escola e o ensino e fazem uma autoavaliação. Isso é apresentado aos responsáveis, que também podem contribuir. Os professores também anotam o que ocorre em sala de aula e repassam as informações. Eles também são informados se alunos faltam às aulas.

Outra estratégia adotada envolve a organização e a limpeza do espaço. "O aspecto físico da escola conta muito. Uma escola suja, pichada, contribui para a indisciplina. Os estudantes sabem que, quando eles sentam em uma carteira, ela é de responsabilidade deles. Se há alguma pichação ou algo anormal, o estudante específico é procurado. Quando não conseguimos identificar a autoria, tiramos foto, mas rapidamente fazemos a limpeza". Os alunos também não ficam sem aula. Caso haja faltas, rapidamente há uma substituição, algumas vezes até mesmo pela direção.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Produtores são as grandes vítimas do esquema descoberto na Carne Fraca, diz CNA

19/03/2017 17h59
Brasília
Ivan Richard Esposito - Repórter da Agência Brasil

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, disse há pouco, após reunião com o presidente Michel Temer, que os produtores são as grandes vítimas do esquema de “maquiagem” de carnes estragadas descoberto pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Martins cobrou punição enérgica aos agentes públicos e as empresas envolvidas no esquema criminoso e reforçou o discurso de que o problema é isolado.

“Tem que ser dividido esse esclarecimento [à sociedade]. Se fala muito em esclarecer, mostrar lá fora para os países importadores de carne de que temos uma defesa sanitária muito boa e temos mesmo. Agora, temos que mostrar para a nossa população que nós produtores somos as grandes vítimas disso tudo”, disse Martins.
O presidente da CNA, João Martins, se reuniu com o presidente Michel Temer para discutir sobre os impactos da Operação Carne Fraca - José Cruz/Agência Brasil

Para o presidente da CNA, no primeiro momento, os produtores vão “pagar o pato” do impacto negativo dos problemas descobertos pela Operação Carne Fraca. “Com certeza, [vamos pagar o pato] no primeiro momento com a especulação. Alguns frigoríficos podem usar de má fé e dizer que a cotação do boi caiu por causa do mercado exportador ter recuado, mas não existe nenhum mercado externo que tenha recuado até o momento”, disse.

Segundo Martins, na reunião no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer apresentou aos representantes dos produtores as medidas emergenciais que estão sendo tomadas após a descoberta de que grandes empresas do setor alimentício estavam, com a conivência de fiscais agropecuários federais, estavam comercializando carne estragada ou com a adição de produtos impróprios.

“O presidente mostrou a nós as medidas que já foram tomadas, de punir os 33 ficais que foram pegos nessa situação, fechar as três unidades e pedir que exista mais rigor”, disse o presidente da CNA. “Os produtores, a sociedade brasileira precisam ter a certeza de que estão consumindo carne com inspeção perfeita, da melhor qualidade possível, não só dizer que somos um grande exportador de carne e frango, temos que comer aqui a mesma qualidade que é exportada”.

Preocupado com o impacto negativo da Operação Carne Fraca, o presidente Michel Temer marcou hoje (19) uma série de reuniões com ministros, representantes do setor agropecuário e diplomatas de países importadores de carne brasileira.

Neste momento, Temer está em reunião com representantes dos países importadores de carne brasileira para apresentar as medidas que estão sendo tomadas após a Operação Carne Franca.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

domingo, 19 de março de 2017

Dinheiro recuperado pela Lava Jato no Rio será usado para pagar aposentados

19/03/2017 12h49
Rio de Janeiro
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil*

A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro autorizou o uso de R$ 250 milhões recuperados pela Operação Lava Jato no Rio para o pagamento de 140 mil servidores inativos do estado que recebem até R$ 3.200. O dinheiro faz parte de um montante de cerca de R$ 320 milhões que foram recuperados durante a investigação de um esquema de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.

De acordo com o procurador da República Jessé Ambrósio dos Santos Júnior, que integra a força-tarefa da Lava Jato no Rio, o uso do dinheiro para o pagamento dos aposentados foi negociado com o governo fluminense. O anúncio sobre quando o dinheiro estará disponível será feito ao longo desta semana.“A gente falou que devolveria o dinheiro do estado, desde que ele fosse atrelado ao pagamento de servidores”, disse o procurador.

Recurso contra Adriana Ancelmo
Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo foram presos no final do ano passado, na chamada Operação Calicute, junto com assessores e outros acusados no esquema. Eles são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ambos estão presos no Complexo Penitenciário de Bangu.

Na última sexta-feira (18), a Justiça concedeu à Adriana Ancelmo o direito de cumprir a prisão preventiva em casa, devido ao fato de que ela e Cabral tem dois filhos menores de idade.

Segundo o procurador Jessé, o Ministério Público Federal já impetrou um mandado de segurança na Justiça Federal contra a decisão de conceder a prisão domiciliar a Adriana.

Edição: Augusto Queiroz
Agência Brasil