sábado, 18 de fevereiro de 2017

Grupo Friboi pagou R$ 600 mil a operador de Cunha após a delação premiada

Funaro operava para Cunha e muitos outros

Filipe Coutinho
Época

O ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fábio Cleto provocou um dos principais cataclismos proporcionados pela Operação Lava Jato em junho do ano passado. Em meio a confissões, revelou um sistema de desvio de recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia, o FI-FGTS, uma fonte de bilhões de reais, comandado por apaniguados do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, do PMDB. Acusou alguns dos maiores empresários brasileiros de pagar propina em troca da liberação de recursos do fundo. Um dos mencionados foi Joesley Batista, controlador da J&F, das marcas Friboi e JBS. Cleto disse que ele fazia negócios com Cunha por meio do doleiro Lúcio Funaro, operador do parlamentar em ilicitudes.

Meses depois, está claro que Cleto não abalou a relação de Batista com Funaro. Conforme e-mail interno obtido por Época, em 20 de junho de 2016, três dias após a delação se tornar pública, a J&F, ao que tudo indica, contrariou suas regras de compliance e depositou R$ 600 mil na conta de Funaro.

PROCESSO SIGILOSO – As provas da operação constam de um processo sigiloso obtido com exclusividade por É´pca. Como tudo relacionado a Funaro, envolve muito dinheiro e pouca transparência. Dois meses antes de ser preso, ele abriu uma ação na qual cobra uma dívida de R$ 20 milhões do grupo comandado por Batista. Os dois lados concordam que Lúcio Funaro prestou serviços “de mediação” na fusão da JBS com o grupo Bertin, que criou o maior frigorífico do mundo, com faturamento anual de aproximadamente R$ 100 bilhões. A fusão anunciada em 2009 teve amplo apoio do governo Lula, por meio do BNDES e da Caixa Econômica. Pela tal intermediação, J&F e Funaro acertaram uma comissão de incríveis R$ 100 milhões. O que Funaro, um conhecido doleiro, poderia fazer para ajudar no negócio? Ninguém explica.

DESTRAVAR COMO? – No processo contra a J&F, Funaro diz que recebeu R$ 83 milhões para destravar a fusão com o Bertin e quer receber o resto. Destravar como? Ele não explica, claro. Na assinatura do contrato, Joesley Batista já sabia com quem lidava. Vindo do submundo do mercado financeiro, Funaro era um doleiro flagrado no mensalão, dono de empresas de fachada, que já fizera uma delação premiada e tinha como passaporte para o poder a parceria com Eduardo Cunha. Tal currículo levanta dúvidas sobre seu valor como mediador de negócios, ainda mais por R$ 100 milhões.

O Ministério Público Federal suspeita que, na verdade, os valores nada tinham a ver com isso: eram relativos a propina paga pela J&F para receber investimentos do FI-FGTS. Há vários indicativos disso. Por coincidência, naquele ano ocorreu boa parte dos negócios de Joesley Batista com o FI-FGTS, delatados por Fábio Cleto.

OUTRAS PISTAS – O processo aberto por Funaro fornece outras pistas, graças a uma série de contradições da J&F. A empresa afirma que não pagou o restante do valor combinado com Funaro porque houve empecilhos na fusão. Mas o contrato não prevê um escalonamento de pagamento por metas. Tem, ainda, brechas incomuns: não prevê cronograma de pagamentos, data de vencimentos nem índice de correção. Na prática, permitia à J&F dar dinheiro a Funaro sempre que quisesse.

O pagamento de R$ 600 mil a Lúcio Funaro foi realizado sem justificativa por serviços prestados. A J&F afirma que o fez por “mera liberalidade”. Na defesa enviada à Justiça, em São Paulo, a empresa cai em contradição. Primeiro, em e-mail enviado no dia 31 de maio de 2016, o diretor executivo de Relações Institucionais da JBS, Francisco de Assis e Silva, informa a Funaro que não poderia haver novos pagamentos por veto do “compliance” (leia abaixo). Mas o depósito aconteceu 20 dias depois.

COMPLIANCE – Mais do que evitar problemas, a área de compliance é uma exigência para garantir a lisura dos negócios. Ao fazer o pagamento a Funaro, a J&F fez uma operação, no mínimo, arriscada. Naquele momento, ele já era investigado pela Lava Jato. Na semana passada, Alexandre Margotto, sócio de Funaro, disse em acordo de delação premiada que Joesley Batista fez mais: deu a Funaro uma casa de R$ 30 milhões em São Paulo. Batista afirma que vendeu o imóvel.

Procurada por Época, a defesa de Funaro não se manifestou. Em nota, a J&F diz que “reitera que as relações comerciais com Lúcio Funaro são lícitas, legais e devidamente documentadas”. “A empresa esclarece que seguiu todas as determinações do Departamento Jurídico e de Compliance. Seguindo a orientação de sua área jurídica, somente prestará mais informações ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Juízo competente.”

Advogados da J&F que atuam no processo disseram à reportagem que os R$ 600 mil foram pagos porque era uma etapa do negócio já cumprida e combinada desde maio. Disseram ainda que, embora o e-mail citasse o compliance, a área só foi efetivamente consultada após a prisão de Funaro, portanto após o pagamento dos R$ 600 mil. O e-mail de maio que citava o compliance seria apenas uma argumentação da negociação. Cabe à empresa convencer o MPF disso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É um nunca-acabar. O doleiro Lúcio Funaro era um operador importantíssimo no esquema da corrupção. Ele apenas levanta a ponta do iceberg da Friboi, que vai colidir com o Titanic do BNDES, que está na mira da Lava Jato. (C.N.)

Notificações para febre amarela passam de mil em Minas Gerais

17/02/2017 21h47
Belo Horizonte
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil

No boletim epidemiológico divulgado hoje (17) pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o número de notificações para febre amarela no estado chegou a 1.012. Destes, 57 foram descartadas e outros 220 são casos confirmados. As mortes que tiveram confirmação para a doença são 78. Mais 96 mortes seguem sendo investigados.

O surto de febre amarela atinge 42 municípios mineiros, que têm casos confirmados. Em outras 84 cidades há pacientes com suspeitas. Ladainha, com 27 confirmações, e Caratinga, com 21, são as que apresentam o cenário mais alarmante. A maioria das vítimas da doença são homens. O levantamento da SES-MG mostra que 87% dos casos confirmados envolvem pessoas do sexo masculino.

A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, América Central e África. No meio rural e silvestre, ela é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, nenhum dos casos em Minas Gerais são considerados urbanos pelos órgãos públicos.

A principal medida de combate à doença é a vacinação da população. O imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos. No caso de crianças, o Ministério da Saúde recomenda a administração de uma dose aos nove meses e um reforço aos 4 anos.

Reforço na capital
A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte anunciou hoje (17) que irá intensificar a vacinação contra febre amarela no fim de semana. Neste sábado (18), vão funcionar 36 centros de saúde das nove regionais, das 8h às 17h. O objetivo é imunizar pessoas que não conseguem ir aos postos durante a semana.

Esta é mais uma medida adotada desde que um macaco encontrado morto na capital apresentou resultado positivo para a febre amarela. Mais duas cidades da região metropolitana, Contagem e Betim, também tiveram confirmação da doença em animais que morreram e mais nove municípios têm investigações em curso ou rumores de falecimento de primatas.

Outras ações que estão sendo adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte são a criação de novos postos de vacinação, a contratação de profissionais temporários, e a vacinação de pessoas no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que se localiza em área de mata. Também foi interditado o Parque Jacques Cousteau, no bairro Betânia, onde um macaco foi encontrado morto, cujo material biológico ainda está em análise.

Em Belo Horizonte, ainda não foi registrada a transmissão da febre amarela em humanos. Cinco moradores da capital com suspeita da doença foram internados e já receberam alta. Caso se confirme a infeção destes pacientes, a hipótese é de que eles tenham adquirido o vírus em outros municípios, pois todos eles estiveram em áreas afetadas pelo surto.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Horário de verão termina neste domingo; relógios devem ser atrasados em uma hora


18/02/2017 09h20
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

O horário de verão acaba à 0h deste domingo (19), quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Fábio Alves, a mudança tem como objetivo principal a redução no consumo de energia elétrica no horário de pico, entre 18h e 21h.

"O verão é o período que naturalmente demora a anoitecer, o dia é maior. Ou seja, com o horário de verão, é possível aproveitar a luz natural para gerar um melhor aproveitamento da energia", explica. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade para o país.

O governo ainda não divulgou qual foi a economia de energia com a medida neste ano, mas a previsão inicial era de que o horário de verão resultasse em uma economia de R$ 147,5 milhões, por causa da redução do uso de energia de termelétricas.

Vigência
O horário de verão é adotado no Brasil desde 1931. A mudança começa sempre no terceiro domingo do mês de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. A exceção é quando o terceiro domingo de fevereiro coincide com o domingo de carnaval - neste caso, o horário de verão se encerra no domingo seguinte.

A medida só é aplicada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, porque nesses estados o consumo de energia é maior e é onde os melhores resultados são alcançados. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a aplicação no Norte e no Nordeste teria poucos benefícios em termos de economia de energia, por causa da proximidade da Linha do Equador, o que faz com que a duração dos dias nessas regiões não tenha mudanças significativas ao longo do ano.

Outros países também fazem mudanças no horário convencional para aproveitar a luminosidade do verão, especialmente aqueles com maior geração termelétrica. Nos Estados Unidos, por exemplo, é adotado o Daylight Saving Time, geralmente entre março e novembro.

Atenção
Quem tem viagem marcada para este fim de semana deve ficar atento aos horários de embarque. Os horários dos bilhetes de passagem são impressos em hora local, e, para evitar transtornos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta os passageiros a entrar em contato com as empresas aéreas em caso de dúvidas.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Em Minas, Partido da Mulher é punido por não promover participação feminina


17/02/2017 12h06
Belo Horizonte
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil

O Partido da Mulher Brasileira foi punido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) por não respeitar, em suas inserções na televisão, o tempo mínimo obrigatório para promoção da participação da mulher na política. Em decisão da semana passada, foram cassados 9 minutos da propaganda da legenda. A punição deverá ser cumprida no segundo semestre deste ano.

De acordo com a Lei 13.165/2015, as inserções partidárias em rádio e televisão devem dedicar às mulheres ao menos 20% do tempo da propaganda. O descumprimento desta regra pelo PMB ocorreu no primeiro semestre do ano passado. 

Segundo o TRE, a legenda levou ao ar em Minas Gerais um programa que "promoveu a exaltação das figuras dos filiados Weliton Prado e Ismar Prado, com destaque dos seus feitos, em detrimento dos projetos e ideologias do próprio PMB".

A punição ao partido também levou em conta a promoção pessoal de detentores de mandato eletivo, o que contraria a Lei 9.096/1995. Weliton Prado é deputado federal e Ismar Prado é vereador em Uberlândia (MG).

O diretório nacional do PMB, por meio de sua assessoria, diz que foi pego de surpresa com a punição e informou que as inserções nacionais cumprem a lei e dão destaque às questões de interesse das mulheres. Segundo a legenda, a inclusão feminina é prioridade e inclusive faz parte do programa partidário.

Já a direção estadual do PMB dvulgou nota em que discorda da decisão do tribunal e diz que cumpriu a legislação eleitoral, superando o tempo mínimo obrigatório para promoção da participação da mulher na política.

A legenda informou que entrará com recurso contestando a forma de cálculo feita pelo TRE-MG. "Ademais, não houve promoção pessoal de filiados. O partido, como permite a legislação, tratou de temas de interesse político-comunitário expostos por suas lideranças nacionais e regionais."

Decisão nacional
Nove outros partidos também foram punidos ontem por decisão do Tribunal Superior Eleitoral por não terem destinado 10% do seu tempo de propaganda gratuita de rádio e televisão para incentivar a participação das mulheres na política, conforme determina uma regra da Lei dos Partidos Políticos.

Como sanção, as legendas perderão parte do tempo de inserção gratuita em rádio e TV a que teriam direito durante o primeiro semestre deste ano. Foram punidos PT, PSB, PMDB, PCdoB, PR, PSD, PSC, PHS e PRB.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Sobe para 89 número de mortes confirmadas por febre amarela

17/02/2017 17h56
Brasília
Ivan Richard Esposito - Repórter da Agência Brasil

Nos últimos dois dias, mais sete pessoas morreram em decorrência da febre amarela e as autoridades municipais de Saúde confirmaram mais 20 casos da doença nos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo e de São Paulo. Segundo balanço divulgado hoje (17) pelo Ministério da Saúde, desde o início do ano, dos 200 óbitos suspeitos de febre amarela notificados, 89 foram confirmados, 108 continuam sob investigação e três foram descartados.

As mortes provocadas pela febre amarela ocorreram em Minas Gerais (77), no Espírito Santo (9) e em São Paulo (3).

Ao todo, 1.258 casos suspeitos de febre amarela foram notificados este ano, sendo que 263 foram confirmados, 882 continuam sendo investigados e 113 foram descartados. Do total de registros, 1.032 foram em Minas, 163 no Espírito Santo, 16 em São Paulo, 15 na Bahia, 6 no Tocantins e um caso no Rio Grande do Norte.

Para tentar conter o avanço da febre amarela no país, o Ministério da Saúde enviou 12,7 milhões de doses extras da vacina contra a doença para os estados com registros de casos e para localidades na divisa com áreas que tenham casos notificados.

Até o momento, Minas Gerais recebeu 5,5 milhões de doses extras do imunizante, São Paulo, 2,75 milhões de doses; Espírito Santo, 2,5 milhões; Rio de Janeiro, 1,05 milhão e a Bahia, 900 mil. O montante, segundo o ministério, é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Governo libera R$ 13,8 milhões para vacinação contra febre amarela

17/02/2017 11h51
Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil


O Ministério da Saúde liberou hoje (17) R$ 13,8 milhões para intensificar a vacinação contra febre amarela na população de cinco estados. A portaria estabelecendo o repasse foi publicada no Diário Oficial da União.

Os estados contemplados são: Bahia, com R$ 394.206,95; Espírito Santo, R$ 1.679.188,70; Minas Gerais, R$ 8.905.638,32; Rio de Janeiro, R$ 921.970,26; e São Paulo, R$ 1.929.081,68.

Os recursos foram definidos a partir da estimativa da população a ser vacinada em cada localidade e serão transferidos para os fundos de saúde dos estados e municípios, em parcela única.

Segundo o Ministério da Saúde, a verba liberada hoje faz parte dos R$ 40 milhões que serão destinados às cidades mais afetadas pela febre amarela no país. A pasta também adiantará mais R$ 26,3 milhões que representam 40% dos recursos de vigilância em saúde. Os valores deverão ser aplicados em ações de prevenção na área de vigilância para a febre amarela.

Na última terça-feira (14), o governo federal também disponibilizou R$ 7,4 milhões para a assistência a pacientes com febre amarela em Minas Gerais, para cobrir despesas emergenciais por três meses.

Número de casos
O Ministério da Saúde atualizou as informações repassadas pelas secretarias estaduais de Saúde sobre a situação da febre amarela no país. Até ontem (16), foram confirmados 253 casos da doença. Ao todo, foram notificados 1.246 casos suspeitos, sendo que 885 permanecem em investigação e 108 foram descartados.

Das 199 mortes notificadas, 88 foram confirmados para febre amarela, 108 ainda são investigados e três foram descartados. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo confirmaram casos da doença. Bahia, Tocantins e Rio Grande do Norte continuam com casos em investigação.

Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde enviou 12,7 milhões de doses extras da vacina contra febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença e àqueles que fazem divisa com áreas que tenham notificado casos.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

STF arquiva inquérito sobre senador Lindbergh Farias na Lava Jato

17/02/2017 14h40
Brasília
André Richter – Repórter da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou hoje (17) o arquivamento do inquérito no qual o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) é investigado pelo crime de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. O ministro atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com a PGR, não foi possível encontrar provas contra o senador que justifiquem o encaminhamento de uma denúncia ao STF. No pedido, a procuradoria seguiu o mesmo entendimento da Polícia Federal, que, em novembro do ano passado, também pediu o arquivamento da investigação.

“Os resultados das diligências realizadas, conquanto não infirmem as mencionadas declarações, não foram capazes de reforçá-las, persistindo até mesmo dúvidas em relação a circunstâncias essenciais dos fatos aqui versados, tais como o local da primeira reunião entre o investigado e o ex-diretor da petrolífera e a suposta pessoa que teria repassado os R$ 2 milhões”, justificou a PGR.

A investigação contra o senador foi aberta no Supremo em março de 2015, a pedido da PGR. Na ocasião, a procuradoria afirmou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter recebido, em 2010, a visita de Lindbergh pedindo R$ 2 milhões para sua campanha ao Senado.
Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil
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17/02/2017 15h04
Brasília
Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil

Lava Jato: Fachin arquiva um dos inquéritos contra Collor

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar um dos inquéritos contra o senador Fernando Collor (PTC-AL) no âmbito da operação. O arquivamento foi feito a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Neste inquérito, Collor era suspeito de receber vantagens indevidas em uma operação da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras, em Salvador. O senador foi citado na delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Após diversas diligências da Polícia Federal (PF), Janot concluiu não haver provas suficientes para instaurar denúncia. “Seria temerário o oferecimento de uma denúncia com base apenas em declarações de um colaborador”, escreveu o procurador-geral da República ao pedir o arquivamento.

Collor ainda é alvo de outros cinco inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato. Em um deles, ele foi denunciado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, sob a acusação de receber R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora. A denúncia, apresentada ao STF em agosto de 2015, ainda não foi julgada.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Anvisa proíbe venda, uso e divulgação de produto para tratar artrose

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17/02/2017 12h27
Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou hoje (17) como medida de interesse sanitário a proibição da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e uso do produto Canela de Velho, que promete “a cura milagrosa da doença artrose”. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União.

Segundo a Anvisa, o produto divulgado no site não tem registro, notificação ou cadastro na agência. A empresa Mario Augusto de Souza (CNPJ: 11.659.016/0001-27) também não tem autorização de funcionamento na Anvisa.

O produto contém, em sua formulação, a planta Miconia albicans desidratada e triturada e, segundo a Anvisa, não é possível esclarecer qual é a parte da planta utilizada para a confecção do chá com indicações terapêutica.

A Agência Brasil fez contato com a empresa pelo número de telefone informado no site. O proprietário Mario Augusto de Souza disse que ainda não foi notificado pela Anvisa e alegou que vende a folha in natura.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Governo federal vai distribuir repelentes para gestantes

16/02/2017 21h48

Brasília
Da Agência Brasil

Um ano após a epidemia de zika e o crescimento expressivo dos casos de microcefalia em recém-nascido relacionada ao vírus, além de o temor de um novo surto das outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti - como a dengue e a febre chikungunya - , o governo federal decidiu distribuir repelentes para gestantes beneficiárias do Bolsa Família em todo o Brasil.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, a partir de março, mais de 484 mil gestantes do programa receberam os repelentes. Ao todo, serão distribuídos 15,9 milhões de frascos. Serão sete lotes, sendo que o último será distribuído em dezembro.

“Na primeira etapa, serão entregues quase 1 milhão de unidades. As prefeituras ficarão responsáveis por escolher a melhor forma de distribuição – ou no Centro de Referência de Assistência Social [Cras] ou na unidade de saúde”, diz nota divulgada pelo ministério.

Em 2015 e 2016 foram notificados 10,2 mil casos de crianças nascidas com alterações no crescimento e desenvolvimento relacionadas à infecção pelo vírus zika no Brasil, sendo 2,2 mil confirmados. Neste período, foram concedidos 1,9 mil Benefícios de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com microcefalia.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

RJ - Manifestações em unidades da PM são suspensas

16/02/2017 21:39:20 - ATUALIZADA ÀS 16/02/2017 21:39:37

O DIA

Rio - Os protestos de familiares de policiais militares que vinham sendo realizados nos acessos aos batalhões da Polícia Militar foram suspensos nesta quinta-feira. A corporação informou que não há mais bloqueios em nenhuma das cerca de 100 unidades da PM no estado. Desde sexta-feira, as manifestações impediram algumas trocas de turnos e prejudicaram o policiamento em diversos locais.

Segundo o governo estadual, o policiamento não foi prejudicado nesta quinta. Em alguns dias do movimento,a Polícia Militar informou que o efetivo de patrulhamento chegou a ser reduzido em 5% a 10%. Além disso, a corporação admitiu que, no clássico Flamengo e Botafogo, no Engenhão, em que um torcedor morreu, o policiamento ficou comprometido devido aos protestos que dificultaram o deslocamento de tropas para o estádio.

Civis em greve
Já os policiais civis fizeram ontem protesto no Aeroporto Internacional do Galeão. Os manifestantes levaram cartazes para mostrar a quem chegava à cidade que a categoria estava em greve. Os manifestantes reivindicam os pagamentos do 13º salário, remunerações por metas e das horas-extras relativas ao ano passado e que ainda não foram depositadas.

De acordo com a Polícia Civil, o atendimento a emergências e de casos mais complexos continua a ser feito nas delegacias. As operações, ainda segundo a corporação, continuam de acordo com as necessidades das investigações. 
Em greve, policiais civis fizeram uma manifestação no Aeroporto Tom Jobim - Rodrigo Menezes / Parceiro / Agência O Dia

Por causa das manifestações de policiais e das expectativas em relação aos protestos contra a votação sobre a privatização da Cedae na Alerj, as tropas do Exército e dos Fuzileiros Navais iniciaram, na terça-feira, a Operação Carioca para ajudar no patrulhamento nas vias expressas, orla do Caju até o Leblon e em pontos de Niterói e São Gonçalo. 

Nesta quinta, à tarde, no entanto, a equipe do DIA circulou pela Avenida Brasil e não encontrou homens das Forças Armadas. No início da via, no Caju, onde na quarta-feira, fuzileiros navais trocaram tiros com bandidos que haviam roubado uma moto, houve mais um assalto a ônibus na manhã. Na quarta-feira, o suspeito de trocar tiros com os militares morreu.

http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-02-16/manifestacoes-em-unidades-da-pm-sao-suspensas.html