segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Temer se prepara para indicar dois ministros que irão julgar sua cassação no TSE

Charge do Paixão, reproduzida da Gazeta do Povo

Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense

Após indicar Alexandre de Moraes, ex-ministro da Justiça para o Supremo Tribunal Federal — ele ainda precisa ter seu nome aprovado em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e no plenário da Casa —, o presidente Michel Temer começa a se preparar para atuar em outras frentes jurídicas que lhe interessam diretamente. Em abril e maio, deixam o Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente, os ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio. O TSE julga o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer. E, em setembro, termina o segundo mandato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tem atuação central na Operação Lava-Jato.

“Indicar ministros para o Supremo Tribunal Federal, para o TSE (à exceção dos escolhidos pelos tribunais superiores) e para o cargo de procurador-geral da República é uma prerrogativa constitucional do presidente da República”, comenta o procurador regional da República, Alexandre Camanho. “Isso acontece, historicamente, independentemente de partidos políticos e dos presidentes”, acrescenta. “A questão essencial é a postura que esses indicados terão após assumirem a magistratura”.

REELEIÇÃO DE JANOT – No caso do procurador-geral da República especificamente, Camanho lembra que a função dele é investigar autoridades públicas que tenham praticado atos de corrupção. E que, ao longo dos governos petistas, estabeleceu-se a prática de uma recondução de procurador-geral, respeitando-se o nome mais votado em uma lista tríplice elaborada pelo Ministério Público Federal. “Janot pode, se quiser, pleitear uma nova recondução. Há quem seja favorável, há quem não seja. Mas acredito que, se ele fizer isso, submeterá seu nome à categoria para ser votado”, disse ele.

O procurador regional deixou claro, contudo, que um sinal contraditório em relação à Lava-Jato, por parte do governo, será dado caso o presidente Temer resolva nomear um procurador que não estiver entre os mais votados na lista tríplice do MPF. “Mas, até o momento, não há qualquer indicação de que isso acontecerá”, ponderou. “Janot tem até setembro para concluir seus trabalhos e apresentar novas denúncias. É bom reforçar que ele, por exemplo, já tem em mãos o conjunto de delações mais esperadas da Lava-Jato, feitas pelos executivos da Odebrecht”, completou o vice-presidente da Arko Advice, Cristiano Noronha.

LISTA TRÍPLICE – A questão da lista tríplice também está presente no TSE. O presidente da República não tem poderes para influenciar nos nomes indicados para a Corte pelos tribunais superiores — Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mas tem o direito de escolher os dois representantes dos juristas. Na atual composição, são Luciana Lóssio e Henrique Neves.

Existem duas situações que acontecem com certa frequência. A primeira é a elaboração, normalmente com a ajuda do presidente do TSE — atualmente, o ministro Gilmar Mendes — de uma lista com três nomes para serem analisados pelo presidente da República. Ou a efetivação dos dois ministros substitutos. Na atual composição, trata-se de Admar Gonzaga, indicado pelo PSD de Gilberto Kassab, e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, ligado ao presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE).

MAIORIA NO TSE – Com isso, governistas acreditam que poderão formar uma maioria dentro da Corte para impedir quaisquer sustos em relação ao julgamento da chapa Dilma-Temer. Mas um jurista renomado que preferiu não se identificar acrescentou que todo governo sempre teve maioria no TSE. “Dificilmente a justiça eleitoral arruma problemas com o governo federal”, disse o magistrado.

Mas os especialistas ouvidos pelo Correio veem pouco espaço para manobras protelatórias, mesmo no caso da indicação de Alexandre de Moraes para o STF. Cristiano Noronha volta no tempo e afirma que as mesmas dúvidas recaíram sobre a indicação de Dias Toffoli. “Mas ele votou a favor da condenação de diversos políticos que eram ligados ao grupo que o indicou”, disse Noronha. “Moraes, mesmo que venha a se tornar ministro revisor, é um voto em um colegiado de 11”, declarou o vice-presidente da Arko Advice.

CONTRA A LAVA JATO – O professor de Ciência Política da FGV-RJ Sérgio Praça não se sente surpreso com as tentativas do governo e do Congresso em brecar a Lava-Jato. Praça não acredita, contudo, que as manobras surtam efeito, já que haverá uma pressão imensa para que as investigações prossigam. Para ele, o maior risco que a Lava-Jato poderia correr já passou.

“A operação foi muito ameaçada quando tentaram fechar acordos de leniência das empreiteiras investigadas com a Controladoria-Geral da União, excluindo o Ministério Público do processo. Isso tiraria a imparcialidade do processo e enfraqueceria as delações premiadas dos executivos dessas empresas”, justificou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A regra é clara, como diria Arnaldo César Coelho. Mas tem de ser mudada, porque é uma imoralidade cívica. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Em chantagem, hacker ameaçou jogar nome de Temer "na lama"

por André Barrocal — publicado 13/02/2017 11h10, última modificação13/02/2017 11h18

Antonio Cruz / Agência Brasil
Marcela Temer: ela foi chantageada, mas o alvo era seu marido

Em 11 de maio de 2016, um dia antes de Dilma Rousseff ser afastada da Presidência da República, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da polícia de São Paulo prendeu o telhadista Silvonei José de Jesus Souza. A operação ocorreu apenas um mês depois de o então secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, agora nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF), ser informado da ação de um hacker que ameaçava Marcela Temer, mulher de seu amigo Michel.

Souza clonara o celular da primeira-dama e desde abril daquele ano tentava ganhar dinheiro com ameaças de divulgar certas imagens e mensagens. O caso foi noticiado sem alarde na época, com ênfase na hipótese de que o hacker pretendia tornar públicas fotos íntimas de Marcela. 

Na Justiça, o processo também correu rápido para os padrões brasileiros. Em outubro, apenas seis meses depois da abertura do inquérito, Souza estava condenado a mais de cinco anos de reclusão em regime fechado, uma sentença que deixou seu advogado “chocado”. "Por ele ser de baixa periculosidade, deveria ser regime aberto ou semiaberto", disse Valter Bettencort Albuquerque ao portal G1 em 26 de outubro.

Na sentença em que a juíza Eliana Cassales Tosi de Mello condena o hacker há pistas de que a clonagem não tivesse ligação com fotos íntimas da primeira-dama. Talvez, as informações obtidas pelo criminoso revelassem uma atuação mais explícita de Temer para tomar o lugar de Dilma.

Em 16 de abril, um dia antes de a Câmara abrir o processo de cassação da petista, Souza ligara para Marcela e dissera que ela ainda poderia recuperar seus dados antes do impeachment, se pagasse.

Em troca de mensagens pelo Whatsapp, escrevera a Marcela: “Instalei um antivírus e quando reiniciou o meu PC la (sic) estava a pasta com suas fotos vídeos e arquivos pessoais”.

E prossegue: “Pois bem como achei que esse vide-o (sic) joga o nome de vosso marido na lama, quando você disse q ele tem um marqueteiro q faz a parte baixo nível... pensei em ganhar algum com isso!” E mais: “Tenho uma lista de repórteres que oferecem 100 mil cada pelo material que somente comentei por texto.. o que tem no vídeo”.

Detalhe: em 11 de abril, um mês antes da prisão do hacker, viera a público, supostamente por erro de Temer, um áudio com ele a falar como se já fosse presidente da República.

A história voltou à tona na sexta-feira 10, com a divulgação dos detalhes do caso por diversos veículos da imprensa, inclusive da real ameaça do hacker a Marcela.

O caso incomoda o Palácio do Planalto. Advogados de Temer entraram na Justiça para barrar reportagem da Folha de S. Paulo, jornal que publicou matéria sobre o caso em seu site no fim da tarde de sexta.

*Uma versão desta reportagem foi publicada originalmente na edição 939 de CartaCapital, que chegou às bancas em 10 de janeiro.

http://www.cartacapital.com.br/politica/em-chantagem-hacker-ameacou-jogar-nome-de-temer-na-lama

Criminosos prendem mãe e filho no banheiro em roubo em Juiz de Fora

13/02/2017 10h15 - Atualizado em 13/02/2017 10h15

Do G1 Zona da Mata

Mãe e filho foram rendidos e trancados no banheiro de casa por três ladrões, dois deles armados, em Juiz de Fora na noite deste domingo (12). Eles roubaram eletrodomésticos, materiais, dinheiro, cordões, anéis e um carro da residência, que fica no Bairro Belo Vale.

A suspeita é de que dois adolescentes de 16 anos participaram do assalto. De acordo com levantamento da Polícia MIlitar (PM), um deles está cumprindo medida cautelar e foi beneficiado com uma saída temporária do Centro Socioeducativo neste fim de semana.

Este foi o segundo caso de roubo a residência com vítimas reféns em pouco mais de 24 horas. Na tarde de sábado (11), duas idosas de 72 e 63 foram rendidas, agredidas e roubadas no apartamento onde moram no Centro por um ladrão que se passou por entregador.

Invasão pela casa do vizinho
A mulher de 54 anos contou que estava em casa com o filho de 17 anos quando ouviram o alarme da casa vizinha disparar. Ao sair para verificar o que houve, perceberam os três criminosos indo na direção da residência dela. Eles invadiram o local, pegaram celular das vítimas e as trancaram no banheiro.

Os ladrões ficaram na casa por cerca de uma hora. Eles fugiram no carro da mulher, levando duas televisões, um monitor, um violão, uma guitarra, um notebook, um celular, cerca de R$ 1.400 e vários cordões e anéis.

Conforme informação da empresa de segurança, na casa vizinha, os criminosos quebraram a báscula da cozinha, o que causou o disparo do alarme.

Durante o registro da ocorrência, os dois adolescentes foram reconhecidos pelas vítimas como integrantes do trio que realizou o roubo. O terceiro integrante não foi reconhecido. Os militares estiveram nas casas dos adolescentes, no Bairro Jardim Natal, e fizeram rastreamento, mas nenhum suspeito foi encontrado.

http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2017/02/criminosos-prendem-mae-e-filho-no-banheiro-em-roubo-em-juiz-de-fora.html

Hemominas em Juiz de Fora participa de desfile de bloco carnavalesco para incentivar a doação de sangue

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«Fevereiro 2017»

Para lembrar os cidadãos sobre a importância da doação de sangue, principalmente antes do feriado do Carnaval, o Hemocentro Regional de Juiz de Fora realiza, nesta terça-feira (14/2), o desfile do bloco “Unidos pela Vida”, que completa nove anos de existência.

A concentração acontece, tradicionalmente, em frente à Câmara Municipal, a partir das 10h. Desse local, o grupo desce o Calçadão da rua Halfeld até a esquina com a rua Batista de Oliveira e, no final, fará uma parada na Praça João Pessoa (em frente ao Teatro Central).

As ações têm como objetivo incentivar a doação antes do Carnaval para que não falte sangue nesse período e, também, despertar a população para o significado desse gesto solidário.

Para doar sangue:

Para informações sobre os critérios para doação de sangue, ligue 155 – opção 8, ou clique aqui.

Outras informações:
Assessoria de Comunicação Social - (31) 3768-7440 / 7455
Hemocentro Regional de Juiz de Fora - (32) 3257-3114 / 3113

Agência Minas Gerais

Familiares de PMs impedem a entrada no Quartel em Maruípe

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12 fev, 2017

Após 70 policiais militares serem retirados do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar na noite de sábado (11), cerca de 30 policiais deram entrada no Hospital da Polícia Militar (HPM). Os policiais chegaram à unidade médica na madrugada de domingo (12) com sintomas de estresse e transtorno de ansiedade.

Eles sofrerem um “surto” durante a operação de retirada realizada pelo governo, que teve clima tenso no quartel. Enquanto, helicópteros da PM e da Força Aérea Brasileira (FAB) realizavam a ação, familiares de PMs impediram o acesso de ambulâncias na entrada do Quartel. Os familiares acusaram ainda o governo de retirar os policiais à força.

A Secretária de Segurança Pública (Sesp) afirmou durante a ação que os policiais retirados estavam no Quartel e queriam trabalhar.

Nas redes sociais, internautas comentaram a retirada dos policiais e o estado de saúde deles, destacando que vários foram levados ao hospital.

http://www.tribunaonline.com.br/apos-serem-retirados-de-quartel-policiais-sao-levados-ao-hospital/

Acidente com blindado do Exército em Vila Velha

12 fev, 2017

re Honda Civic e Blindado do Exército. Foto: Fred Colnago

Um veículo colidiu em um blindado do Exército na tarde deste domingo (12) na Grande Vitória. Esse seria o terceiro acidente envolvendo um veículo do Exército desde sua chegada ao Espírito Santo.

O acidente ocorreu na avenida Carlos Lindenberg, em Cobilândia, Vila Velha, envolvendo um Honda Civic. De acordo com informações de testemunhas, não houve feridos.


Acidente entre Honda Civic e Blindado do Exército. Foto: Fred Colnago.

http://www.tribunaonline.com.br/acidente-com-blindado-do-exercito-em-vila-velha/

Agência France Presse divulga ao mundo inteiro que Temer está sob investigação

Charge do Schröder, reproduzida da Carta Capital

Deu em O Tempo
(Agência France Presse)

À espera que uma nova onda de acusações de corrupção se abata sobre Brasília, o presidente Michel Temer construiu um bunker para limitar o potencial nocivo que as temidas delações da cúpula de Odebrecht pode ter sobre seu governo. A Operação “Lava Jato” há quase três anos sacode as elites políticas e econômicas do país, mas, longe de diminuir seu impacto, promete uma escalada de denúncias para os próximos dias.

Os procuradores estão investigando se Temer e outros políticos principalmente pertencentes ao PMDB participaram na mega-rede de propinas e desvios milionários de fundos da Petrobras para financiar suas campanhas eleitorais.

O nome do presidente e alguns de seus aliados estão entre os citados nas delações premiadas dos 77 altos executivos da Odebrecht.

SOB SIGILO – As chamadas “delações do fim do mundo” e seu potencial explosivo seguem sob sigilo judicial, mas podem ser divulgadas em breve pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“A aproximação do tsunami levou o governo a acionar o plano de emergência”, afirmou Bernardo Mello Franco, colunista da Folha de São Paulo. “A ordem é reforçar os diques e tentar proteger os amigos com boias e coletes salva-vidas”, acrescentou.

Segundo um testemunho que vazou, o então vice-presidente Temer pediu à Odebrecht, em 2014, que desse ao PMDB alguns milhões de dólares de fundos para campanhas.Temer nega qualquer envolvimento e, como presidente em exercício, não pode ser processado por delitos que supostamente ocorreram antes de assumir seu cargo. Mas, com um grande número de colegas potencialmente envolvidos, o escândalo pode complicar sua situação e, além do mais, o Ministério Público calcula que o número de investigados poderá dobrar.

MORTE DE TEORI – Quando o juiz relator do caso no STF, Teori Zavascki, morreu em um acidente de avião em janeiro, muitos se preocuparam com o futuro da “Lava Jato”, enquanto outros questionaram se o acidente que aconteceu justamente durante a homologação das delações foi mesmo um acidente.

O STF, no entanto, mostrou-se determinado a seguir em frente e os analistas afirmam que o círculo mais próximo de Temer está lutando para obter todas as vantagens que puder, como nomear o ministro da Justiça Alexandre de Moraes, uma figura de perfil muito político, para ocupar a vaga de Zavascki no STF.

“Temer não está sendo sutil”, enfatizou a colunista de economia Míriam Leitão, do jornal O Globo, para quem o presidente “quer se assegurar de ao menos um voto a seu favor”.

CASO MOREIRA – Pouco antes, Temer nomeou para ministro um de seus colaborados mais próximos, Moreira Franco – também citado na “Lava Jato” -, uma visível manobra muito criticada para tentar afastar o amigo do alcance da operação comandada pelo juiz Sérgio Moro.

A nomeação gerou uma batalha de pareceres de magistrados sobre se Moreira podia ou não assumir o cargo, o que, por fim, será resolvido pelo STF.

Além do governo, os recém-eleitos presidentes do Senado, Eunicio Oliveira, e da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, também estão envolvidos na “Lava Jato”, assim como seus antecessores Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

LEI DA IMPUNIDADE – Maia atraiu os focos esta semana por ter tentado tramitar uma lei para reduzir a punição para partidos que aceitarem doações suspeitas.

Mas o juiz Gilmar Mendes – que é tido como o mai reticente em relação à investigação da “Lava Jato”- acusou o Congresso de elaborar uma lei “que dará impunidade aos partidos políticos que façam malversação de fundos públicos”, e Rodrigo Maia teve que dar marcha a ré.

David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília, descreve a situação como se a classe política de Brasília se estivesse à espera do fim do mundo. “E todo mundo está construindo portas corta-fogo”, acrescentou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A Agência France Presse é uma das mais importantes e influentes do mundo. Ao distribuir a grande número de países esta reportagem, mostra que o plano para abafar a Lava Jato, denunciado inicialmente aqui na Tribuna da Internet, virou um segredo de polichinelo, que todo mundo já sabe. (C.N.) 

Segurança se faz com bandido na cadeia e polícia nas ruas. Pensem nisso.

Charge do Lane (chargesdolane.blogspot.com)

Francisco Vieira

Todos nós já sabíamos que não adianta colocar a “Farsa” Nacional ou o Exército nas ruas. Já discutíamos aqui faz um bom tempo. Segurança se faz com bandido na cadeia e polícia nas ruas. O resto é conversa fiada de governador, ministro ou secretário de segurança picareta. Se você põe um PM aqui, o bandido passa e vai roubar em outro lugar. O mais grave é que a criminalidade está aumentando, depois que o governo Lula desrespeitou o plebiscito e desarmou os homens de bem.

MAIS HOMICÍDIOS – O número de homicídios parece estatística de guerra. Basta conferir o gráfico de violência na década de 70/80 e compará-los com os dias de hoje. A impressão é de que o primeiro índice é de um país desenvolvido.

Taxa de homicídios 1980: 11,7 hom/100 mil habitantes.
Taxa de homicídios 2010: 26,2 hom/100 mil habitantes.
Taxa de homicídios 2015: 32,4 hom/100 mil habitantes.

Pois é. Nas décadas de 70/80 o Brasil só tinha analfabeto e miseráveis em relação a hoje. Uma sandália havaianas era luxo! Mas todo o cidadão podia ter uma arma em casa ou na cinta, já que andar armado não era crime.

Veja aqui quem são os culpados pelo caos no Estado do Espírito Santo. Todos eles são usuários de carros blindados, porque mandaram liberar grande número de criminosos. Dos 807 bandidos “fugitivos” que hoje assaltam nas ruas do Espírito Santo, 639 deles saíram pelo portão principal sem que fugissem. Com o aval da Justiça, claro! Tudo dentro da Lei do Menor Gasto público. Afinal, precisamos economizar para pagar os juros da dívida pública!


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Políticos brasileiros precisam se mirar no exemplo dos parlamentares suecos

Este é o ministro Carl Bildt indo trabalhar no gabinete

Silvia Zanolla

O repetitivo discurso contra o PT não se sustenta mais. O PT já era! A responsabilidade pelo atual quadro de caos é do governo Temer, que, diga-se de passagem e nunca é demais lembrar, foi vice de Dilma. Temer teve a sua chance, não aproveitou: já era também… o povo não confia neste governo. Diante da nomeação de Moreira Franco, da indicação de Moraes ao STF, das eleições de Maia (Câmara), Eunício (Senado), Lobão (Comissão de Justiça), do acordão suprapartidário em ataques à Lava Jato – em função de tudo isso, o governo não dá margens para dúvidas: é ele ou a Lava Jato.

Como disse antes, é guerra olho no olho (ou pior, dedo no olho) da Lava Jato, sem subterfúgios.
Está muito claro que os políticos não estão mais preocupados com eleições, ou, com o eleitor, mas sim em livrar-se da lei. No salve-se quem puder, o que importa aos nossos representantes é não ir para a cadeia… o resto, que se dane.

GOVERNABILIDADE? – É o previsível governo Temer dos velhos caciques donos do território nacional, ou, dos coronéis donos do curral brasileiro, contra a nação honesta em nome da governabilidade? Francamente, se Alexandre de Moraes soubesse o que lhe esperava não tinha ido à frente na trincheira. Sua carreira acadêmica está destruída por muito pouco, em fenômeno de causa e efeito…
Não podemos aceitar que o povo seja ainda mais sacrificado diante do fato que paga altos impostos enquanto é privado de serviços básicos como educação, saúde e segurança. Antes de qualquer reforma, o governo precisa rever suas ações:

1) apoiar a Lava Jato no combate à corrupção, porque o que se desviou do erário é incalculável, de modo que os problemas referentes ao caos na saúde, educação e previdência, também dizem respeito a esses crimes político-administrativos;

2) começar a faxina em casa, diminuir os gastos com despesas de gabinetes, viagens, transporte, moradia, restaurantes, cabeleireiros, verbas extras, comissões… inclusive próprios salários…etc…

Os políticos brasileiros precisam se mirar no exemplo dos parlamentares suecos. É o mínimo que o povo espera…


Os políticos da Suécia são pessoas comuns, sem mordomias e que trabalham pelos interesses do país e da população.

Estudantes, professores e entidades querem participar da reforma do ensino médio

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12/02/2017 14h00
Brasília -
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Aprovada a reforma do ensino médio, o país deverá definir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vai delimitar o conteúdo mínimo que os estudantes tem direito de aprender em todas as escolas. Estes são os primeiros passos para colocar em prática uma reformulação da etapa de ensino que concentra os piores indicadores educacionais. Como integrantes do sistema, estudantes, professores e movimentos sociais querem fazer parte das definições e demandam maior participação.

O processo de mudança é longo e a expectativa é que comece a chegar nas escolas em 2020. Atualmente, a BNCC encontra-se em discussão no Ministério da Educação (MEC). Definida, a BNCC terá que ser aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Depois, começa uma nova etapa, a definição dos currículos em âmbito estadual - a serem elaborados com base na BNCC e aprovados nos respectivos Conselhos Estaduais de Educação.

As escolas terão que se adequar ao novo modelo, definindo também novos projetos político-pedagógicos, que nortearão, entre outras questões, as ações em cada escola para colocar em prática a nova estrutura.

Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, uma reforma do ensino médio deve levar em consideração a comunidade escolar, a valorização dos professores, um ambiente escolar adequado no que diz respeito à infraestrutura. "Para funcionar, precisa de um bom projeto político-pedagógico. Aproveitar a energia que surgiu nesse processo e fazer com que esse processo faça sentido. A maior parte das escolas define projetos de forma alheia à comunidade escolar. Isso não funciona. Daria mais resultado se revissem o processo de gestão da escola, incluísse professores e alunos na discussão". A Campanha é uma rede que reúne mais de 200 entidades civis voltadas para educação.

Na avaliação de Cara, o fato de a reforma ter sido feita por meio de medida provisória e de o debate ter sido acelerado pelo tempo de tramitação da matéria, prejudicou a elaboração de um texto que fosse mais exequível. "A reforma foi completamente açodada e isso gerou um texto de difícil aplicabilidade", diz. "A suposta boa perspectiva que é a extensão da carga horária para a educação em tempo integral, ideia que em tese pode ser positiva, está em risco porque os governos não têm recursos para aumentar a carga horária e o novo regime fiscal [definido pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto, sancionada como Emenda Constitucional 95] não permite que o apoio do governo federal seja consistente", acrescenta.

Escola mais próxima à realidade

Os estudantes também querem maior participação. No ano passado, tanto a reforma do ensino médio quanto a PEC do Teto - que restringe os gastos do governo pelos próximos 20 anos - levaram à várias manifestações e ocupações de mais de 1 mil escolas e universidades.  

"Os estudantes estão mais politizados e têm mais consciência, compreendem o que é uma escola pública", diz a presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Camila Lanes. Camila, que estudava até o ano passado no Colégio Estadual Costa Viana, em São José dos Pinhais (PR), participou da ocupação da escola. "Ter estudado em escola pública me fez compreender a educação como ferramenta que pode mudar o mundo. Precisamos mudar a ferramenta, não precisamos de escola que reproduz preconceitos, que passa o que estudantes precisam decorar para o Enem", diz.

Camila, que sempre estudou na rede pública, diz que já viu professores chorarem em sala de aula por falta de pagamento. Ela deseja uma escola mais próxima da realidade, que trate de questões como gravidez precoce, violência, drogas, questões de gênero, suicídio. "Esses assuntos têm que ser debatidos com mais seriedade na escola". A UBES, em conjunto com outros movimentos educacionais, prepara um documento com uma proposta de reformulação do ensino para entregar ao governo e ao Congresso Nacional.

Professores 
Para os professores e demais trabalhadores em educação, a demanda é por melhores condições de trabalho e melhor formação. As instituições de ensino também terão que se adequar na formação de professores para o novo modelo de ensino médio. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, destaca a importância da formação e ressalta que atualmente muitos professores não são formados na área que lecionam. Segundo o MEC, quase 40% dos professores de escolas públicas não têm formação adequada.

“O curso de complementação da formação quase nunca é oferecido. A reforma traz a questão prejudicial que é o notório saber”, diz. Pelo texto da reforma do ensino médio, passa a ser permitido que professores sem diploma específico possam dar aulas no ensino técnico e profissional.

A CNTE e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgaram um manifesto contra a MP do Ensino Médio. O documento repudia a iniciativa do governo federal de promover, por meio de medida provisória, uma reforma sem debate ou consulta à sociedade.

No fim do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual afirma que a medida provisória de reforma do ensino médio é inconstitucional.

A secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães, defendeu a urgência de uma reforma como justificativa para a edição de uma MP e ressaltou que a questão é discutida há anos. O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que a MP prevê a flexibilização do ensino médio com o objetivo de torná-lo mais atraente para o jovem.

Nos estados, o presidente do Consed, Fred Amâncio, diz que cada ente definirá como serão as discussões, mas que a tendência é incluir toda a comunidade escolar nas próximas decisões.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil