sábado, 4 de fevereiro de 2017

Nomeação de Moreira é igual ao caso de Dilma fazendo Lula ser ministro


Fotomontagem reproduzida do Arquivo Google

Jorge Béja

O cinismo do presidente Michel Temer não tem limites. Ele acredita que o povo é otário. Nesta sexta-feira, no discurso que deu posse a Moreira Franco como “ministro” não-sei-de-que, Temer foi de um cinismo extremo. Disse que o Moreira já era tratado como “ministro” e que aquele encontro não passava de mera formalidade! Fez igual ou pior do que Dilma Rousseff, quando a então presidente ligou para Lula dizendo que o “Bessias” estava levando para ele um papel, que era a o termo de posse, para ele usar só em caso de necessidade. Fraude, portanto.

Dilma tentou — e não conseguiu — garantir a Lula o status de “ministro” para ganhar foro privilegiado. Agora, Temer fez o mesmo. Sem “Bessias” na parada, arranjou uma solenidade, um evento, para que Moreira Franco saísse fora da jurisdição do juiz Moro e passasse a ter foro privilegiado, prerrogativa de foro, no caso o Supremo Tribunal Federal. Tudo igual. Lá e cá. Com Dilma e Lula & Temer e Moreira. Isso é desvio de finalidade. É falta de lealdade. É imoralidade presidencial, cassável pela Justiça, como aconteceu com Dilma-Lula.

SITUAÇÕES DIFERENTES – Moreira ainda teve a audácia de dizer que as situações são diferentes. Que Lula não integrava o governo. E que ele — Moreira — já fazia parte da equipe de Temer. Desculpa esfarrapada e sem o menor sustentáculo jurídico. O que interessa saber é se Lula e Moreira estavam na lista dos delatores da Lava Jato. A resposta é afirmativa.

Moreira foi citado na delação da Odebrecht (coitado do Bertold Brecht, que péssima ode compuseram para ele, que não merecia) 34 vezes. Bastava uma citação. O princípio da presunção de inocência só serve e só é válido para o Direito Penal. Para o Direito Administrativo, não. Funcionário sobre o qual paira suspeita de desonestidade é para ser afastado imediatamente, até prova em contrário. E se funcionário não for, nem pode ser chamado ou convocado para servir à Administração.
Posted in J. Béja
http://www.tribunadainternet.com.br/

Homicídio e tentativa de morte são registrados pela PM em Juiz de Fora

04/02/2017 09h10 - Atualizado em 04/02/2017 09h10

Do G1 Zona da Mata

Um homicídio e uma tentativa de morte foram registrados em Juiz de Fora na noite desta sexta-feira (3) e madrugada de sábado (4). Em ambos crimes, as vítimas foram atingidas por disparos de arma de fogo e os suspeitos fugiram.

O primeiro crime aconteceu no Bairro Vila Ideal, por volta das 22h. Segundo a Polícia Militar (PM), uma testemunha chamou a viatura ao encontrar um jovem de 17 anos caído na rua Olegário Pinto. A vítima foi levada ao Hospital de Pronto Socorro e foram constatadas duas perfurações no lado esquerdo do tórax. Para os militares, o jovem relatou que conhece os autores, que estão foragidos e são procurados pela polícia.

Por volta de meia-noite, um homicídio foi registrado no Bairro Bela Aurora. Conforme a ocorrência, a PM foi chamada à Rua Pedro Castegliani e encontraram um homem de 45 anos caído em um beco, que fica ao lado de um centro de recuperação de dependentes químicos.

De acordo com a polícia, o Samu foi acionado e constatou a morte. A vítima estava foi baleada na cabeça e morreu no local. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). As causas do crime não foram esclarecidas e nenhum suspeito identificado.

Ônibus carregado de drogas é flagrado na MG-353; motorista é preso

04/02/2017 09h48 - Atualizado em 04/02/2017 10h14

Do G1 Zona da Mata

Drogas foram apreendidas em ônibus em abordagem no posto da PMR em Juiz de Fora (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Um homem de 30 anos foi detido em Juiz de Fora ao ser flagrado transportando 350 quilos de maconha em tabletes e 19 quilos de pasta base de cocaína em um ônibus de viagem. Ele foi abordado durante fiscalização de rotina no posto da Polícia Militar Rodoviária (PMR), na MG-353, do Bairro Grama, na noite de sexta-feira (3).

A droga, que havia sido embalada com balões de festa, estava escondida no bagageiro do veículo. Foi descoberto ainda que o motorista é inabilitado e o licenciamento do ônibus com placas de Uberlândia , no Triângulo Mineiro, é de 2015.

Durante o registro da ocorrência, o homem fugiu para um matagal perto do posto. Foi feito rastreamento, com apoio da Polícia Militar e do Canil. O homem foi encontrado e detido perto da entrada de uma granja na região.

A PMR disse que motorista esteve no Bairro de Paraisópolis, em São Paulo e viajava para Viçosa . Não havia passageiros no ônibus, que foi removido para pátio credenciado. O motorista inabilitado, a droga e R$ 912 em dinheiro, um celular e documentos apreendidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil, em Santa Terezinha.

Droga estava em ônibus com placas de Uberlândia 
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

MPE quer que PMs indenizem assaltantes; soldado faz post de repúdio

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Sandra Carvalho
Publicado 03/02/2017 09:30:13
O Ministério Público do Estado (MPE) ingressou na Justiça pedido de pagamento de um salário mínimo por abuso de autoridade contra quatro suspeitos de assalto a uma concessionária em Cuiabá. Cinco policiais militares são alvos da ação aberta pela 20ª Promotoria de Justiça de Criminal, e podem ser condenados a pagar R$ 880 aos investigados ou prestar dois meses de serviços comunitários.

A audiência de apresentação de caso foi realizada nesta quinta-feira (2) no Juizado Especial Unificado de Cuiabá. Na ação, o promotor Roosevelt Pereira Cursine pede o pagamento de um salário mínimo para cada suspeito envolvido na ocorrência. Caso a proposta seja indeferida, a promotoria requer a realização de serviços à comunidade por um período de dois meses. Cursine entendeu que houve abuso de autoridade na abordagem dos policiais aos três suspeitos de assalto.

O caso ocorreu no dia 17 de outubro do ano passado, quando três homens armados invadiram a concessionária Borges Veículos, em Cuiabá, e renderam proprietários, funcionários e clientes no local enquanto roubavam objetos e uma caminhonete Hilux e fugiram do local em seguida.

Na tentativa de escape, os suspeitos foram perseguidos por duas viaturas da polícia. Durante a perseguição, o motorista da caminhonete perdeu o controle da direção e subiu na calçada.

Com a aproximação dos policiais, os suspeitos sacaram armas e começaram a fazer disparos contra uma viatura da polícia que permanecia na perseguição. Dois de três suspeitos presos foram baleados.

Manifestação
Em post divulgado em redes sociais, o cabo Rodrigo Ribeiro Leite, responsável pela equipe de policiais que fez a prisão, se mostrou indignado com a decisão do Ministério Público em punir os PMs. No texto, ele narra ação de sua equipe na perseguição e fala em “inversão de valores”. O Circuito Mato Grosso falou com o cabo Ribeiro Leite, que confirmou sua indignação. 

“O Ministério Público ordenou que eu e as outras guarnições paguem um salário mínimo para os bandidos, porque eles foram torturados, que a PM agiu com truculência. Ainda, o bandido que eu consegui pegar, deu nome errado, depois lembrou seu nome no Ministério Público, e o bandido ainda tem credibilidade perante a sociedade? “, disse.

Confira o post na íntegra:
Imaginem só, o que nos PMs sofremos por várias inversão de valores, uma ocorrência padrão, roubo na Borges veículos, elementos invadiram a loja armados e truculentos com as vítimas, estavam os proprietários, clientes e funcionários da loja, foram subtraído vários pertences como anéis, celulares, relógios, documentos, é uma Hilux branca do proprietário. A minha Guarnição escutou no rádio uma Viatura do Cb. Toninho, informando que estava em acompanhamento de uma Hilux branca roubada, e os bandidos bateram a caminhonete e trocou tiro com a guarnição do Cb. Toninho, onde dois dos 4 elementos foram baleados, um na perna, e outro no pé, e uns dos 4 evadiu em direção a Av. do CPA, foi quando a minha Guarnição estava próximo aí eu com a minha astúcia e visão aguçada, consegui ver o outro foragido, prendemos e recuperamos um revólver calibre 38, e logo depois encaminhamos os 3 detidos e um foragido, recuperamos todos os pertences das 7 vítimas, só ficou com o prejuízo foi o dono, pois sua caminhonete os bandidos bateram.

Aí fui hoje em uma audiência no Jecrim, aí vi uma coisa que nunca tinha visto em 14 anos de PM, O Ministério público ordenou que eu e as outras Guarnições, temos que pagar um salário mínimo para os bandidos, porque eles foram torturados, que a PM agiu com truculência, ainda o bandido que eu consegui pegar, deu nome errado, depois lembrou seu nome no Ministério público, e o bandido ainda tem credibilidade perante a sociedade? O dono da loja levou um prejuízo de quase 20 mil reais para arrumar a caminhonete, todos eles foram torturados psicologicamente, chamados de vagabundos e em todo o momento falavam que iam matar, depois da ocorrência o Ministério Público ordena que os PMs que estavam na ação, indenizam os bandidos? País de inversão de valores.

Como PMs trabalham desse jeito, o que fazer?

Cb. Ribeiro Leite

http://circuitomt.com.br/editorias/juridico/102302-mpe-pede-indenizaaao-a-policiais-por-abuso-de-autoridade-contra-s.html

Justiça derruba condenação de Levy Fidelix por fala contra gays

Por Da redação
3 fev 2017, 17h22
O presidente do PRTB, Levy Fidelix (Ivan Pacheco/VEJA.com)

O Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou nesta quinta-feira a sentença que condenou o presidente do PRTB, Levy Fidelix, a pagar 1 milhão de reais em danos morais por ter feito declarações consideradas homofóbicas durante um debate eleitoral em rede nacional, em 2014.

A decisão foi tomada pela 4ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, mas o acórdão, com a fundamentação, ainda não foi publicado. Segundo o portal Consultor Jurídico, o colegiado entendeu que as declarações de Fidelix são protegidas pelo direito da liberdade de expressão.

No debate de presidenciáveis organizado pela TV Record no dia 28 de setembro de 2014, Fidelix relacionou a homossexualidade à pedofilia e disse que gays precisavam de atendimento psicológico “bem longe daqui”.

“Aparelho excretor não reproduz (…) Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo!”, disse o então candidato à presidência da República Levy Fidelix, após ser questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL) sobre a violência sofrida pela comunidade LGBT (acrônimo de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgênero).

Na tréplica, Fidelix ainda prosseguiu dizendo que “esses que têm problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá”, afirmou.

A Defensoria Pública de São Paulo, que propôs a ação, informou que vai recorrer da decisão, assim que ela for publicada no processo. O dinheiro seria revertido a ações de promoção de igualdade da população LGBT.

A decisão de primeira instância — que foi anulada agora — foi expedida pela juíza Flavia Poyares Miranda em março de 2015. Ela escreveu que Fidelix “ultrapassou os limites da liberdade de expressão, incidindo sim em discurso de ódio, pregando a segregação do grupo LGBT”.

À Justiça, o candidato afirmou que não incitou o ódio, mas sim manifestou seu pensamento em debate eleitoral televisivo.

http://veja.abril.com.br/politica/justica-derruba-condenacao-de-levy-fidelix-por-fala-contra-gays/

UPAs: novas regras trazem alívio financeiro, mas gestores pedem mais recursos

04/02/2017 08h56
Brasília
Débora Brito – Repórter da Agência Brasil

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, em Brasília Marcelo Camargo/Agência Brasil

As mudanças na forma de financiamento das unidades de Pronto Atendimento (UPAs) têm gerado reações diversas entre os gestores de saúde. Se, por um lado, alguns acreditam que a flexibilização do número de médicos a serem contratados pode trazer um certo alívio financeiro, por outro, há os que acreditam que a medida não resolve todo o problema de manutenção das unidades.

As novas regras deixam para o gestor, no caso, as secretarias municipais e estaduais de Saúde, a responsabilidade de definir o número de profissionais que atuarão nas UPAs 24 horas, independentemente do porte da unidade, desde que respeitado o número de um médico por turno.

Além disso, o aporte da União será baseado no número de médicos contratados. Pela portaria anterior, o envio de recursos federais era condicionado ao porte da UPA. Quanto maior a estrutura física da unidade, maior era o repasse.

Compartilhamento
A Associação Brasileira de Municípios (ABM) diz que a nova medida pode trazer alívio aos caixas municipais, mas se preocupa com a qualidade do serviço prestado. “De um lado, é bom para os gestores que estavam com dificuldade para abrir as UPAs. É um alento do ponto de vista da dificuldade de encontrar médicos. De outro, porém, é mais um recuo do governo federal em sua responsabilidade com a saúde da população. A medida desafoga do ponto de vista financeiro, mas é temerária do ponto de vista da população", afirmou o presidente da ABM, Eduardo Pereira.

Já o presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, entende que as novas regras atendem os gestores de forma parcial. “Para nós, em uma primeira análise, [a norma] atende parcialmente a necessidade de alguns serviços que já estavam abertos sem financiamento algum. Mas há questões que podem ser melhoradas. A portaria trouxe avanços, dá mais flexibilidade, mas ainda cabe discussão para melhorias de financiamento.”

O custo de construção e manutenção das unidades varia de região para região e geralmente é compartilhado entre os governos municipais, estaduais e federal. A legislação não prevê o mínimo da contrapartida que deve ser paga pelos governos federal e estadual. Algumas unidades têm a gestão compartilhada com empresas terceirizadas ou organizações da sociedade civil.

Para a ABM, os municípios já estão sobrecarregados com os gastos da saúde, pois custeiam também outros tipos de unidades para cumprir a obrigação legal de usar o mínimo de 15% do orçamento próprio com saúde. “A maioria dos municípios já gasta mais de 20%, 23% do orçamento. E estamos temendo muito que, com o congelamento do Orçamento da União, ocorra redução das transferências, inclusive voluntárias”, declarou Pereira.

Flexibilização
Ele defende o aumento dos repasses federais para custeio das UPAs. “Para poder melhorar o atendimento para a população, além do investimento em infraestrutura, é importante que o governo federal aumente sua participação no custeio do equipamento. O governo tem que ampliar sua participação no custeio da saúde de uma forma geral. No caso da UPA, teria que ser pelo menos 50%.” Segundo a associação, hoje a participação federal na manutenção das unidades de emergência representa pouco mais de 10%.

O Conasems também pleiteia melhor redistribuição das responsabilidades no repasse dos recursos. “A proposta original que nós aprovamos quando da pactuação das UPAs previa que o financiamento seria composto por 50% do governo federal, 25% do estado e 25% do município, mas o que ocorre hoje são os municípios financiando sozinhos, em alguns lugares com ajuda federal, e raramente o estado entra com alguma contrapartida. Queremos fazer uma discussão que contemple a contribuição municipal, estadual e federal”, reivindica Mauro Junqueira, presidente do conselho.

Junqueira ressalta que a flexibilização das regras não terá, necessariamente, o mesmo efeito em todas as regiões e que muitas Upas poderão continuar fechadas, mesmo com a redução do número mínimo de médicos. “É lógico que uma portaria não vai atender a especificidade de todo país. Estamos fazendo estudo, vamos verificar com nossa diretoria e checar com os secretários como está impactando nas regiões”, afirmou.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde que afirmou que as novas regras “foram previamente pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite, com representantes das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde”.

Segundo a pasta, “na ocasião, esta foi a melhor saída encontrada por todos, uma vez que o principal motivo para não funcionamento das unidades é sim a falta de médicos”. Com relação às demandas por recursos, a pasta informou que o financiamento será diretamente proporcional ao número de médicos profissionais atuando, de acordo com a definição de cada gestor local.

Custeio
Atualmente, as unidades de pronto atendimento são divididas em três perfis: UPA 24h, UPA 24h Nova e UPA 24h Ampliada. Cada um dos perfis se subdivide em três portes de acordo com o número de habitantes da área de abrangência da unidade.

Se o gestor optar por manter dois médicos, receberá o incentivo financeiro de R$ 50 mil e deverá cumprir pelo menos 2.250 atendimentos por mês. O valor do repasse e o mínimo de atendimentos sobem gradativamente de acordo com a capacidade operacional de funcionamento da unidade e do número de profissionais distribuídos por turno. O máximo de profissionais estabelecido pela portaria é de nove médicos. Neste caso, a unidade pode receber até R$ 250 mil, se for 24h, ou até R$ 300 mil, se for 24h ampliada.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Homenagem a Nelson Pereira dos Santos reúne 30 filmes na capital paulista

04/02/2017 11h03
São Paulo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

Com 69 anos de carreira e 88 de vida, o cineasta Nelson Pereira dos Santos é homenageado em mostra de cinema no Cine Caixa Belas Artes, de 9 a 22 de fevereiro. Serão exibidos 30 filmes, reunindo quase toda obra do diretor e produções em que ele atuou em outras funções, como produtor ou montador. “Quem for assistir terá uma aula do cinema brasileiro dos últimos 60 anos pelo menos”, afirma um dos curadores, Breno Lira Gomes.

Paulista, Nelson começou a carreira no estado natal, mas foi no Rio de Janeiro que se consolidou e ganhou projeção. Dessa época, da década de 1950, o público vai poder conhecer ou rever a zona norte do Rio. “Ele traz essa experiência do neo-realismo italiano e dá uma nova cara para o cinema brasileiro”, comenta Gomes sobre os filmes dessa fase do cineasta, que inclui Rio 40 graus, o único longa que não será exibido devido a pendências judiciais.

A ligação com a literatura também é uma vertente explorada pela programação. Essa relação será discutida em uma masterclass da pesquisadora Angélica Coutinho, no dia 18. Saíram dos livros para as telas, pelo olhar de Nelson, o conto A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa; o romance Vidas Secas, de Graciliano Rmos; e a peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues.

Documentários
Como marca constante, Gomes destaca a preocupação do cineasta com temas sociais e políticos. “Ele faz Brasília 18% usando toda a mítica que a cidade envolve. Tem o que está ali no entorno do poder, política e conexões entre público e privado. Esse olhar para o que está acontecendo no mundo hoje”, diz sobre o último longa de ficção do diretor, lançado em 2006.

O cineasta realizou mais três documentários, dois deles sobre o músico Tom Jobim. Em A Música Segundo Tom Jobim, imagens de arquivo mostram as composições do brasileiro por diversos intérpretes e em várias línguas. A Luz do Tom reúne depoimentos sobre o músico. “Ele mostra a diversidade do personagem, que é o Tom Jobim, mas também a diversidade dele como realizador, como ele está aberto a experimentar e fazer coisas diferentes do que está acostumado”, destaca o curador.

Essa postura, de continuar depois de tanto tempo de atividade e se desafiando constantemente, é, na opinião de Gomes, uma inspiração para os artistas mais jovens. “Acho que isso é sempre um respiro para quem está começando. Para os novos cineastas, serve como estímulo. Nelson Pereira ainda está filmando, atento ao que está acontecendo e aberto a experimentar”.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

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Nelson em 1998.

Nelson Pereira dos Santos (São Paulo, 22 de outubro de 1928) é um diretor de cinema brasileiro.

Bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1952.

Considerado um dos mais importantes cineastas do país, seu filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, é um dos filmes brasileiros mais premiados em todos os tempos, sendo reconhecido como obra-prima.

Foi um dos precursores do movimento do Cinema Novo.

É o fundador do curso de graduação em Cinema da Universidade Federal Fluminense, sendo professor do Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF.

1949 - Juventude (curta-metragem)
1982 - Missa do Galo (curta-metragem)
1987 - Jubiabá
2000 - Casa Grande & Senzala (série documental para TV)
2001 - Meu Cumpadre Zé Keti (curta-metragem)
2004 - Raízes do Brasil (documentário)
2009 - Português, a Língua do Brasil (documentário)
2012 - A Música segundo Tom Jobim (documentário)
2012 - A Luz do Tom (documentário)
Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Em 2006 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupando a cadeira 7, cujo patrono é Castro Alves. É o primeiro cineasta brasileiro a se tornar membro da ABL.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Pereira_dos_Santos

Dia Mundial do Câncer alerta para importância do diagnóstico precoce

04/02/2017 10h09
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil


Em São Paulo, a Campanha Força Amiga disponibiliza robôs interativos que compartilham mensagens de conscientização sobre o câncer de colo do útero em unidades do Poupatempo - Rovena Rosa/Agência Brasil

No Dia Mundial do Câncer, lembrado neste sábado (4), entidades médicas alertam para ampliação de campanhas para o diagnóstico precoce da doença e que a população não negligencie os sintomas.

O câncer é a segunda causa de morte no mundo. Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer no Brasil em 2016-2017, dos quais cerca de 180 mil serão de pele não melanoma. Os cânceres de próstata (61 mil) em homens e mama (58 mil) em mulheres também serão os mais frequentes.

Às vésperas de completar 35 anos e após duas gestações, Cristiane Souza da Silva Félix viu interrompido o desejo de uma cirurgia para redução de abdômen ao descobrir um câncer de mama.

A descoberta foi apontada em exames de rotina, entre os quais uma mamografia. O câncer foi descoberto precocemente e pôde tratá-lo a tempo.

Prudência
“Se minha médica não fosse alguém prudente, porque é muito importante isso. Muitas vezes, o médico insiste nesse exame [mamografia] só aos 40 anos e ela fez de forma prudente, recomendando primeiro exames de saúde para depois pensar em cirurgia”, contou Cristiane, que passou pelos processos de quimio e radioterapia.

Sete anos depois, Cristiane está fazendo exames de dois em dois meses, e tomando medicação até completar dez anos de operação.


Em outubro, o Palácio do Planalto, prédios públicos e monumentos do país receberam iluminação cor-de-rosa para a campanha de prevenção do câncer de mama - Arqjuivo/Valter Campanato/Agência Brasil

Cristiane não fez a abdominoplastia, mas criou a Associação Mulheres Vitoriosas, que presta assistência a mulheres mastectomizadas (que tiraram a mama), no município de Campos dos Goytacazes, norte fluminense. “Das 500 mulheres a que eu presto assistência hoje, 75% têm menos de 40 anos e o número de pacientes mastectomizadas tem sido muito grande abaixo dos 40 anos”.

A engenheira de segurança Jocilene Braga de Aguiar também destaca a importância da detecção precoce para eliminar um tumor na mama. Ela está com 39 anos e, portanto, fora da faixa etária em que é recomendável o início da realização de exames de mamografia. Mesmo assim, a médica pediu uma mamografia, cujo resultado, divulgado em novembro, confirmou a alteração na mama. “Foi Deus”, disse Jocilene à Agência Brasil, referindo-se ao diagnóstico precoce. Ela está em fase pré-operatória para extrair o câncer. A cirurgia está marcada para o próximo dia 14.

O oncologista Ronaldo Corrêa, editor científico da Revista Brasileira de Cancerologia do Inca, destaca que as campanhas devem abordar todos os tipos da doença e não apenas os mais comuns, como os de próstata e mama. “Acho que é muito pouco em comparação a outros países, em especial os desenvolvidos”, disse.

Para Ronaldo Corrêa, a linguagem das campanhas também deve levar em conta a diversidade do país e “falar a língua” dos moradores de cada região. “A linguagem tem que ser diferente nesses diferentes contextos, até pelas características e os hábitos da população de cada região. Fica difícil fazer uma campanha nacional”. Em países pequenos, segundo ele, é mais fácil ter um discurso uniforme para a população entender.

Sintomas negligenciados
O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo Fernandes, alerta que vários sintomas que podem indicar a presença de um tumor não são observados pelo paciente, que acaba demorando a procurar um serviço médico. Por exemplo, dores persistentes após uma ou duas semanas, tosse e rouquidão ininterruptas, perda de peso acentuada e sangue nas fezes.

“São dois atrasos: um atraso na procura [do paciente por um médico] e um atraso na obtenção daquilo que se procura”, disse.

Cigarro
Já o presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), Robson Moura, o cigarro é o principal fator de risco para o câncer. “É, individualmente, o principal agente causador de morte no mundo, tanto das doenças cardiovasculares, como está associado ao câncer de pulmão, de laringe, boca, esôfago, estômago. Também os alimentos constituem um fator de risco. “Carnes vermelhas estão muito associadas ao risco de câncer de intestino”. Já carnes salgadas ou defumadas e os embutidos têm substâncias que aumentam o risco de câncer de estômago.

Segundo o presidente da SBC, apenas 15% dos cânceres têm um fator genético significativo, como o câncer de mama. Moura destacou também que alguns tipos de câncer, como o ósseo, são mais comuns em adolescentes do que em pessoas idosas por estar relacionado ao processo de crescimento. "Não impede que um adulto possa ter câncer ósseo”, disse.

De acordo com Moura, mulheres na menopausa têm um risco maior de câncer de mama, que tende a diminuir a partir dos 70. Já o câncer de estômago tem incidência maior acima dos 50 anos. Moura lembrou que também as crianças têm cânceres, em geral hematológicos, como leucemia.

Campanhas
No próximo dia 10, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, lançará no Inca a campanha deste ano, que tem como tema o combate ao câncer infanto juvenil. Será divulgado estudo que, pela primeira vez, trará dados sobre a incidência do câncer e principais tumores na faixa etária de 5 anos a 19 anos. O ministro irá inaugurar ainda a ala de pediatria oncológica do Inca.

A campanha mundial da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) foca, no triênio 2016/2018, na temática Eu Posso Nós Podemos, englobando ações individuais e coletivas para diminuir o risco de ter câncer. Entre as ações individuais, cita uma alimentação saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso, ter uma atividade física regular. As estratégias coletivas vão desde a promoção de hábitos saudáveis no ambiente de trabalho, como subir escadas para diminuir o peso e evitar o consumo de cigarro, até cobrar das instituições públicas melhores serviços de saúde, melhor acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer, entre outras. “A ciência já tem conhecimento suficiente para dizer que se eu não fumar, não consumir álcool em excesso e manter um peso ideal, praticamente reduzo em quase 50% a chance de ter um câncer”, disse Ronaldo Corrêa.

Envelhecimento
Ronaldo Corrêa estimou que nos próximos 20 ou 30 anos o número de casos aumente por causa do envelhecimento, que é um dos principais fatores de risco para câncer. “Quanto mais velha a população, maior a probabilidade de aquela população ter câncer”.

Nos países desenvolvidos, a população já envelheceu há 30 ou 40 anos, por isso a incidência de novos casos de câncer tende a ficar estável ou diminuir.

No Brasil, além de a população jovem estar envelhecendo e ter se tornado prioritariamente urbana, nos últimos 20 anos, está sujeita a fatores de risco, como poluição, sedentarismo, excesso de peso, alimentos fast food.

Corrêa, no entanto, diz que as taxas de mortalidade precisam diminuir, relacionadas à melhoria dos sistemas de saúde e comprometimento da sociedade. “Quanto mais uma sociedade avança em questões que não são somente o setor saúde, mas no emprego, Previdência Social, educação, transporte, habitação, meio ambiente, o setor saúde avança alinhado com esses avanços da sociedade e a resposta na redução da mortalidade é muito maior”.

Ele lembra que o Brasil já teve conquistas nessa área. Na década de 1950, por exemplo, a sobrevida média dos indivíduos com câncer atingia 30%, 40%. Hoje em dia, supera 80%.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Estoque de vacinas contra febre amarela está reduzido no Rio, admite secretaria

03/02/2017 12h39
Rio de Janeiro
Da Agência Brasil

Pouco mais de uma semana após anunciar a chegada de 150 mil doses da vacina contra a febre amarela no município do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde admitiu que o estoque já está reduzido nas unidades de atenção primária. A secretaria informou que aguarda reposição, cuja responsabilidade de compra e distribuição é do Ministério da Saúde.

No Rio de Janeiro, muitos buscam a vacina para viajar ao exterior, já que alguns países exigem o Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela para turistas brasileiros. No Centro Especial de Vacinação Dr. Álvaro Aguiar, no centro do Rio, um dos poucos postos que emitem o certificado internacional, as doses para o dia de hoje (3) já haviam se esgotado no meio da manhã.

Foram distribuídas 60 senhas que rapidamente se esgotaram. Quem chegou depois, terá que retornar em outro dia. É o caso da aposentada Dirlene Machado, que viajará para a Bolívia na primeira quinzena de abril e também não conseguiu se vacinar.

“Fiz tudo direitinho, como deve ser feito. Trouxe declaração médica, já que tenho 67 anos e preciso dela para ser vacinada, procurei me informar de quem não podia ser medicada, caso das pessoas que têm alergia a ovos e derivados, etc. O jeito é voltar em outros dias até conseguir”.

Outro que não conseguiu se vacinar foi o motorista de ônibus Gilmar dos Santos, que viajará para Ouro Preto durante o carnaval e tenta receber a vacinar desde ontem (2). “É complicado porque venho de Jacarepaguá até aqui e não encontro vacina. Eu já vim ontem e ainda foi pior, pois foram distribuídas apenas dez senhas. Menos mal que a minha empresa compreende e me libera esses dias. Mas e quem não pode perder um turno ou faltar ao trabalho, como fica?”, indagou.

Para a guia de viagem Larissa Newton, muitas pessoas estão correndo aos postos de saúde sem a necessidade de se vacinar e, com isso, o estoque de vacinas está reduzido. “As pessoas não se informam direito, apenas ouvem por alto que há um surto de febre amarela em determinada região e ficam nesse desespero, nessa histeria coletiva para se vacinar sem motivo. Aí, quem necessita fica exposto? Eu viajarei para a Jamaica e lá exigem o certificado internacional de vacinação. E agora? Se as vacinas acabarem, não sei como vai ser. Tinham que estabelecer limites nisso”, disse.

Em nota, a Secretaria de Saúde fez questão de reforçar que só devem se vacinar pessoas que tenham passado por avaliação e tenham indicação médica para receber a dose, assim como as pessoas que estão com viagem agendada para locais com casos da doença. A vacina contra a febre amarela não está isenta de provocar efeitos colaterais e, por isso, deve ser aplicada com cautela, após a devida avaliação do paciente e apenas nos casos indicados. A secretaria lembrou que o Ministério da Saúde dá prioridade às áreas de risco e o Rio não é uma delas.

Edição: Graça Adjuto

Brasil envia 1 tonelada de remédios e insumos para a Síria

03/02/2017 12h49
Brasília
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

O governo brasileiro enviou à Síria 44 mil unidades de medicamentos destinados à população desabrigada e atingida por conflitos no país árabe. De acordo com o Ministério da Saúde, foram doados também três kits de medicamentos e insumos estratégicos de saúde, cada um capaz de atender até 500 pessoas por um período de três meses.

A remessa de aproximadamente 1 tonelada está sendo transportada pelo navio Fragata União, da Marinha do Brasil, e já partiu do Rio de Janeiro em direção ao Líbano. A ação é uma parceria entre os ministérios da Saúde, Defesa, Relações Exteriores e Marinha do Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ficará responsável pelo transporte da carga do Líbano até a Síria.

Entre os produtos enviados, segundo a pasta, há medicamentos para o tratamento de doenças infecciosas como tuberculose, além de doses de vacina para prevenir doenças graves em crianças, como pneumonia, meningite e rotavirose. Também constam na remessa kits de primeiros socorros e outros insumos médicos.

Por meio de nota, o ministério ressaltou que o envio de medicamentos, vacinas e insumos só é autorizado pelo governo brasileiro caso não comprometa o abastecimento interno do país.

Em 2014, o Brasil enviou 150 mil unidades do medicamento antimoniato de meglumina, distribuído em hospitais e centros de saúde nas localidades de Hamah, Idleb, Aleppo, zona rural de Damasco, Dierzor e Al- Hassaka. Os medicamentos permitiram, à época, tratar aproximadamente 25 mil pessoas com leishmaniose cutânea.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil