sábado, 4 de fevereiro de 2017

UPAs: novas regras trazem alívio financeiro, mas gestores pedem mais recursos

04/02/2017 08h56
Brasília
Débora Brito – Repórter da Agência Brasil

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, em Brasília Marcelo Camargo/Agência Brasil

As mudanças na forma de financiamento das unidades de Pronto Atendimento (UPAs) têm gerado reações diversas entre os gestores de saúde. Se, por um lado, alguns acreditam que a flexibilização do número de médicos a serem contratados pode trazer um certo alívio financeiro, por outro, há os que acreditam que a medida não resolve todo o problema de manutenção das unidades.

As novas regras deixam para o gestor, no caso, as secretarias municipais e estaduais de Saúde, a responsabilidade de definir o número de profissionais que atuarão nas UPAs 24 horas, independentemente do porte da unidade, desde que respeitado o número de um médico por turno.

Além disso, o aporte da União será baseado no número de médicos contratados. Pela portaria anterior, o envio de recursos federais era condicionado ao porte da UPA. Quanto maior a estrutura física da unidade, maior era o repasse.

Compartilhamento
A Associação Brasileira de Municípios (ABM) diz que a nova medida pode trazer alívio aos caixas municipais, mas se preocupa com a qualidade do serviço prestado. “De um lado, é bom para os gestores que estavam com dificuldade para abrir as UPAs. É um alento do ponto de vista da dificuldade de encontrar médicos. De outro, porém, é mais um recuo do governo federal em sua responsabilidade com a saúde da população. A medida desafoga do ponto de vista financeiro, mas é temerária do ponto de vista da população", afirmou o presidente da ABM, Eduardo Pereira.

Já o presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, entende que as novas regras atendem os gestores de forma parcial. “Para nós, em uma primeira análise, [a norma] atende parcialmente a necessidade de alguns serviços que já estavam abertos sem financiamento algum. Mas há questões que podem ser melhoradas. A portaria trouxe avanços, dá mais flexibilidade, mas ainda cabe discussão para melhorias de financiamento.”

O custo de construção e manutenção das unidades varia de região para região e geralmente é compartilhado entre os governos municipais, estaduais e federal. A legislação não prevê o mínimo da contrapartida que deve ser paga pelos governos federal e estadual. Algumas unidades têm a gestão compartilhada com empresas terceirizadas ou organizações da sociedade civil.

Para a ABM, os municípios já estão sobrecarregados com os gastos da saúde, pois custeiam também outros tipos de unidades para cumprir a obrigação legal de usar o mínimo de 15% do orçamento próprio com saúde. “A maioria dos municípios já gasta mais de 20%, 23% do orçamento. E estamos temendo muito que, com o congelamento do Orçamento da União, ocorra redução das transferências, inclusive voluntárias”, declarou Pereira.

Flexibilização
Ele defende o aumento dos repasses federais para custeio das UPAs. “Para poder melhorar o atendimento para a população, além do investimento em infraestrutura, é importante que o governo federal aumente sua participação no custeio do equipamento. O governo tem que ampliar sua participação no custeio da saúde de uma forma geral. No caso da UPA, teria que ser pelo menos 50%.” Segundo a associação, hoje a participação federal na manutenção das unidades de emergência representa pouco mais de 10%.

O Conasems também pleiteia melhor redistribuição das responsabilidades no repasse dos recursos. “A proposta original que nós aprovamos quando da pactuação das UPAs previa que o financiamento seria composto por 50% do governo federal, 25% do estado e 25% do município, mas o que ocorre hoje são os municípios financiando sozinhos, em alguns lugares com ajuda federal, e raramente o estado entra com alguma contrapartida. Queremos fazer uma discussão que contemple a contribuição municipal, estadual e federal”, reivindica Mauro Junqueira, presidente do conselho.

Junqueira ressalta que a flexibilização das regras não terá, necessariamente, o mesmo efeito em todas as regiões e que muitas Upas poderão continuar fechadas, mesmo com a redução do número mínimo de médicos. “É lógico que uma portaria não vai atender a especificidade de todo país. Estamos fazendo estudo, vamos verificar com nossa diretoria e checar com os secretários como está impactando nas regiões”, afirmou.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde que afirmou que as novas regras “foram previamente pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite, com representantes das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde”.

Segundo a pasta, “na ocasião, esta foi a melhor saída encontrada por todos, uma vez que o principal motivo para não funcionamento das unidades é sim a falta de médicos”. Com relação às demandas por recursos, a pasta informou que o financiamento será diretamente proporcional ao número de médicos profissionais atuando, de acordo com a definição de cada gestor local.

Custeio
Atualmente, as unidades de pronto atendimento são divididas em três perfis: UPA 24h, UPA 24h Nova e UPA 24h Ampliada. Cada um dos perfis se subdivide em três portes de acordo com o número de habitantes da área de abrangência da unidade.

Se o gestor optar por manter dois médicos, receberá o incentivo financeiro de R$ 50 mil e deverá cumprir pelo menos 2.250 atendimentos por mês. O valor do repasse e o mínimo de atendimentos sobem gradativamente de acordo com a capacidade operacional de funcionamento da unidade e do número de profissionais distribuídos por turno. O máximo de profissionais estabelecido pela portaria é de nove médicos. Neste caso, a unidade pode receber até R$ 250 mil, se for 24h, ou até R$ 300 mil, se for 24h ampliada.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Homenagem a Nelson Pereira dos Santos reúne 30 filmes na capital paulista

04/02/2017 11h03
São Paulo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

Com 69 anos de carreira e 88 de vida, o cineasta Nelson Pereira dos Santos é homenageado em mostra de cinema no Cine Caixa Belas Artes, de 9 a 22 de fevereiro. Serão exibidos 30 filmes, reunindo quase toda obra do diretor e produções em que ele atuou em outras funções, como produtor ou montador. “Quem for assistir terá uma aula do cinema brasileiro dos últimos 60 anos pelo menos”, afirma um dos curadores, Breno Lira Gomes.

Paulista, Nelson começou a carreira no estado natal, mas foi no Rio de Janeiro que se consolidou e ganhou projeção. Dessa época, da década de 1950, o público vai poder conhecer ou rever a zona norte do Rio. “Ele traz essa experiência do neo-realismo italiano e dá uma nova cara para o cinema brasileiro”, comenta Gomes sobre os filmes dessa fase do cineasta, que inclui Rio 40 graus, o único longa que não será exibido devido a pendências judiciais.

A ligação com a literatura também é uma vertente explorada pela programação. Essa relação será discutida em uma masterclass da pesquisadora Angélica Coutinho, no dia 18. Saíram dos livros para as telas, pelo olhar de Nelson, o conto A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa; o romance Vidas Secas, de Graciliano Rmos; e a peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues.

Documentários
Como marca constante, Gomes destaca a preocupação do cineasta com temas sociais e políticos. “Ele faz Brasília 18% usando toda a mítica que a cidade envolve. Tem o que está ali no entorno do poder, política e conexões entre público e privado. Esse olhar para o que está acontecendo no mundo hoje”, diz sobre o último longa de ficção do diretor, lançado em 2006.

O cineasta realizou mais três documentários, dois deles sobre o músico Tom Jobim. Em A Música Segundo Tom Jobim, imagens de arquivo mostram as composições do brasileiro por diversos intérpretes e em várias línguas. A Luz do Tom reúne depoimentos sobre o músico. “Ele mostra a diversidade do personagem, que é o Tom Jobim, mas também a diversidade dele como realizador, como ele está aberto a experimentar e fazer coisas diferentes do que está acostumado”, destaca o curador.

Essa postura, de continuar depois de tanto tempo de atividade e se desafiando constantemente, é, na opinião de Gomes, uma inspiração para os artistas mais jovens. “Acho que isso é sempre um respiro para quem está começando. Para os novos cineastas, serve como estímulo. Nelson Pereira ainda está filmando, atento ao que está acontecendo e aberto a experimentar”.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

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Nelson em 1998.

Nelson Pereira dos Santos (São Paulo, 22 de outubro de 1928) é um diretor de cinema brasileiro.

Bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1952.

Considerado um dos mais importantes cineastas do país, seu filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, é um dos filmes brasileiros mais premiados em todos os tempos, sendo reconhecido como obra-prima.

Foi um dos precursores do movimento do Cinema Novo.

É o fundador do curso de graduação em Cinema da Universidade Federal Fluminense, sendo professor do Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF.

1949 - Juventude (curta-metragem)
1982 - Missa do Galo (curta-metragem)
1987 - Jubiabá
2000 - Casa Grande & Senzala (série documental para TV)
2001 - Meu Cumpadre Zé Keti (curta-metragem)
2004 - Raízes do Brasil (documentário)
2009 - Português, a Língua do Brasil (documentário)
2012 - A Música segundo Tom Jobim (documentário)
2012 - A Luz do Tom (documentário)
Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Em 2006 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupando a cadeira 7, cujo patrono é Castro Alves. É o primeiro cineasta brasileiro a se tornar membro da ABL.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Pereira_dos_Santos

Dia Mundial do Câncer alerta para importância do diagnóstico precoce

04/02/2017 10h09
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil


Em São Paulo, a Campanha Força Amiga disponibiliza robôs interativos que compartilham mensagens de conscientização sobre o câncer de colo do útero em unidades do Poupatempo - Rovena Rosa/Agência Brasil

No Dia Mundial do Câncer, lembrado neste sábado (4), entidades médicas alertam para ampliação de campanhas para o diagnóstico precoce da doença e que a população não negligencie os sintomas.

O câncer é a segunda causa de morte no mundo. Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer no Brasil em 2016-2017, dos quais cerca de 180 mil serão de pele não melanoma. Os cânceres de próstata (61 mil) em homens e mama (58 mil) em mulheres também serão os mais frequentes.

Às vésperas de completar 35 anos e após duas gestações, Cristiane Souza da Silva Félix viu interrompido o desejo de uma cirurgia para redução de abdômen ao descobrir um câncer de mama.

A descoberta foi apontada em exames de rotina, entre os quais uma mamografia. O câncer foi descoberto precocemente e pôde tratá-lo a tempo.

Prudência
“Se minha médica não fosse alguém prudente, porque é muito importante isso. Muitas vezes, o médico insiste nesse exame [mamografia] só aos 40 anos e ela fez de forma prudente, recomendando primeiro exames de saúde para depois pensar em cirurgia”, contou Cristiane, que passou pelos processos de quimio e radioterapia.

Sete anos depois, Cristiane está fazendo exames de dois em dois meses, e tomando medicação até completar dez anos de operação.


Em outubro, o Palácio do Planalto, prédios públicos e monumentos do país receberam iluminação cor-de-rosa para a campanha de prevenção do câncer de mama - Arqjuivo/Valter Campanato/Agência Brasil

Cristiane não fez a abdominoplastia, mas criou a Associação Mulheres Vitoriosas, que presta assistência a mulheres mastectomizadas (que tiraram a mama), no município de Campos dos Goytacazes, norte fluminense. “Das 500 mulheres a que eu presto assistência hoje, 75% têm menos de 40 anos e o número de pacientes mastectomizadas tem sido muito grande abaixo dos 40 anos”.

A engenheira de segurança Jocilene Braga de Aguiar também destaca a importância da detecção precoce para eliminar um tumor na mama. Ela está com 39 anos e, portanto, fora da faixa etária em que é recomendável o início da realização de exames de mamografia. Mesmo assim, a médica pediu uma mamografia, cujo resultado, divulgado em novembro, confirmou a alteração na mama. “Foi Deus”, disse Jocilene à Agência Brasil, referindo-se ao diagnóstico precoce. Ela está em fase pré-operatória para extrair o câncer. A cirurgia está marcada para o próximo dia 14.

O oncologista Ronaldo Corrêa, editor científico da Revista Brasileira de Cancerologia do Inca, destaca que as campanhas devem abordar todos os tipos da doença e não apenas os mais comuns, como os de próstata e mama. “Acho que é muito pouco em comparação a outros países, em especial os desenvolvidos”, disse.

Para Ronaldo Corrêa, a linguagem das campanhas também deve levar em conta a diversidade do país e “falar a língua” dos moradores de cada região. “A linguagem tem que ser diferente nesses diferentes contextos, até pelas características e os hábitos da população de cada região. Fica difícil fazer uma campanha nacional”. Em países pequenos, segundo ele, é mais fácil ter um discurso uniforme para a população entender.

Sintomas negligenciados
O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo Fernandes, alerta que vários sintomas que podem indicar a presença de um tumor não são observados pelo paciente, que acaba demorando a procurar um serviço médico. Por exemplo, dores persistentes após uma ou duas semanas, tosse e rouquidão ininterruptas, perda de peso acentuada e sangue nas fezes.

“São dois atrasos: um atraso na procura [do paciente por um médico] e um atraso na obtenção daquilo que se procura”, disse.

Cigarro
Já o presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), Robson Moura, o cigarro é o principal fator de risco para o câncer. “É, individualmente, o principal agente causador de morte no mundo, tanto das doenças cardiovasculares, como está associado ao câncer de pulmão, de laringe, boca, esôfago, estômago. Também os alimentos constituem um fator de risco. “Carnes vermelhas estão muito associadas ao risco de câncer de intestino”. Já carnes salgadas ou defumadas e os embutidos têm substâncias que aumentam o risco de câncer de estômago.

Segundo o presidente da SBC, apenas 15% dos cânceres têm um fator genético significativo, como o câncer de mama. Moura destacou também que alguns tipos de câncer, como o ósseo, são mais comuns em adolescentes do que em pessoas idosas por estar relacionado ao processo de crescimento. "Não impede que um adulto possa ter câncer ósseo”, disse.

De acordo com Moura, mulheres na menopausa têm um risco maior de câncer de mama, que tende a diminuir a partir dos 70. Já o câncer de estômago tem incidência maior acima dos 50 anos. Moura lembrou que também as crianças têm cânceres, em geral hematológicos, como leucemia.

Campanhas
No próximo dia 10, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, lançará no Inca a campanha deste ano, que tem como tema o combate ao câncer infanto juvenil. Será divulgado estudo que, pela primeira vez, trará dados sobre a incidência do câncer e principais tumores na faixa etária de 5 anos a 19 anos. O ministro irá inaugurar ainda a ala de pediatria oncológica do Inca.

A campanha mundial da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) foca, no triênio 2016/2018, na temática Eu Posso Nós Podemos, englobando ações individuais e coletivas para diminuir o risco de ter câncer. Entre as ações individuais, cita uma alimentação saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso, ter uma atividade física regular. As estratégias coletivas vão desde a promoção de hábitos saudáveis no ambiente de trabalho, como subir escadas para diminuir o peso e evitar o consumo de cigarro, até cobrar das instituições públicas melhores serviços de saúde, melhor acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer, entre outras. “A ciência já tem conhecimento suficiente para dizer que se eu não fumar, não consumir álcool em excesso e manter um peso ideal, praticamente reduzo em quase 50% a chance de ter um câncer”, disse Ronaldo Corrêa.

Envelhecimento
Ronaldo Corrêa estimou que nos próximos 20 ou 30 anos o número de casos aumente por causa do envelhecimento, que é um dos principais fatores de risco para câncer. “Quanto mais velha a população, maior a probabilidade de aquela população ter câncer”.

Nos países desenvolvidos, a população já envelheceu há 30 ou 40 anos, por isso a incidência de novos casos de câncer tende a ficar estável ou diminuir.

No Brasil, além de a população jovem estar envelhecendo e ter se tornado prioritariamente urbana, nos últimos 20 anos, está sujeita a fatores de risco, como poluição, sedentarismo, excesso de peso, alimentos fast food.

Corrêa, no entanto, diz que as taxas de mortalidade precisam diminuir, relacionadas à melhoria dos sistemas de saúde e comprometimento da sociedade. “Quanto mais uma sociedade avança em questões que não são somente o setor saúde, mas no emprego, Previdência Social, educação, transporte, habitação, meio ambiente, o setor saúde avança alinhado com esses avanços da sociedade e a resposta na redução da mortalidade é muito maior”.

Ele lembra que o Brasil já teve conquistas nessa área. Na década de 1950, por exemplo, a sobrevida média dos indivíduos com câncer atingia 30%, 40%. Hoje em dia, supera 80%.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Estoque de vacinas contra febre amarela está reduzido no Rio, admite secretaria

03/02/2017 12h39
Rio de Janeiro
Da Agência Brasil

Pouco mais de uma semana após anunciar a chegada de 150 mil doses da vacina contra a febre amarela no município do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde admitiu que o estoque já está reduzido nas unidades de atenção primária. A secretaria informou que aguarda reposição, cuja responsabilidade de compra e distribuição é do Ministério da Saúde.

No Rio de Janeiro, muitos buscam a vacina para viajar ao exterior, já que alguns países exigem o Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela para turistas brasileiros. No Centro Especial de Vacinação Dr. Álvaro Aguiar, no centro do Rio, um dos poucos postos que emitem o certificado internacional, as doses para o dia de hoje (3) já haviam se esgotado no meio da manhã.

Foram distribuídas 60 senhas que rapidamente se esgotaram. Quem chegou depois, terá que retornar em outro dia. É o caso da aposentada Dirlene Machado, que viajará para a Bolívia na primeira quinzena de abril e também não conseguiu se vacinar.

“Fiz tudo direitinho, como deve ser feito. Trouxe declaração médica, já que tenho 67 anos e preciso dela para ser vacinada, procurei me informar de quem não podia ser medicada, caso das pessoas que têm alergia a ovos e derivados, etc. O jeito é voltar em outros dias até conseguir”.

Outro que não conseguiu se vacinar foi o motorista de ônibus Gilmar dos Santos, que viajará para Ouro Preto durante o carnaval e tenta receber a vacinar desde ontem (2). “É complicado porque venho de Jacarepaguá até aqui e não encontro vacina. Eu já vim ontem e ainda foi pior, pois foram distribuídas apenas dez senhas. Menos mal que a minha empresa compreende e me libera esses dias. Mas e quem não pode perder um turno ou faltar ao trabalho, como fica?”, indagou.

Para a guia de viagem Larissa Newton, muitas pessoas estão correndo aos postos de saúde sem a necessidade de se vacinar e, com isso, o estoque de vacinas está reduzido. “As pessoas não se informam direito, apenas ouvem por alto que há um surto de febre amarela em determinada região e ficam nesse desespero, nessa histeria coletiva para se vacinar sem motivo. Aí, quem necessita fica exposto? Eu viajarei para a Jamaica e lá exigem o certificado internacional de vacinação. E agora? Se as vacinas acabarem, não sei como vai ser. Tinham que estabelecer limites nisso”, disse.

Em nota, a Secretaria de Saúde fez questão de reforçar que só devem se vacinar pessoas que tenham passado por avaliação e tenham indicação médica para receber a dose, assim como as pessoas que estão com viagem agendada para locais com casos da doença. A vacina contra a febre amarela não está isenta de provocar efeitos colaterais e, por isso, deve ser aplicada com cautela, após a devida avaliação do paciente e apenas nos casos indicados. A secretaria lembrou que o Ministério da Saúde dá prioridade às áreas de risco e o Rio não é uma delas.

Edição: Graça Adjuto

Brasil envia 1 tonelada de remédios e insumos para a Síria

03/02/2017 12h49
Brasília
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

O governo brasileiro enviou à Síria 44 mil unidades de medicamentos destinados à população desabrigada e atingida por conflitos no país árabe. De acordo com o Ministério da Saúde, foram doados também três kits de medicamentos e insumos estratégicos de saúde, cada um capaz de atender até 500 pessoas por um período de três meses.

A remessa de aproximadamente 1 tonelada está sendo transportada pelo navio Fragata União, da Marinha do Brasil, e já partiu do Rio de Janeiro em direção ao Líbano. A ação é uma parceria entre os ministérios da Saúde, Defesa, Relações Exteriores e Marinha do Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ficará responsável pelo transporte da carga do Líbano até a Síria.

Entre os produtos enviados, segundo a pasta, há medicamentos para o tratamento de doenças infecciosas como tuberculose, além de doses de vacina para prevenir doenças graves em crianças, como pneumonia, meningite e rotavirose. Também constam na remessa kits de primeiros socorros e outros insumos médicos.

Por meio de nota, o ministério ressaltou que o envio de medicamentos, vacinas e insumos só é autorizado pelo governo brasileiro caso não comprometa o abastecimento interno do país.

Em 2014, o Brasil enviou 150 mil unidades do medicamento antimoniato de meglumina, distribuído em hospitais e centros de saúde nas localidades de Hamah, Idleb, Aleppo, zona rural de Damasco, Dierzor e Al- Hassaka. Os medicamentos permitiram, à época, tratar aproximadamente 25 mil pessoas com leishmaniose cutânea.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Procuradoria vai abrir nova investigação sobre corrupção envolvendo Aécio

Obra da cidade administrativa vai custar caro para Aécio

Fausto Macedo, Fabio Serapião e Mateus Coutinho
Estadão

Após a homologação da superdelação da Odebrecht – 77 executivos, ex-executivos e funcionários da empreiteira -, a Procuradoria-Geral da República vai abrir novo inquérito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB). A informação foi revelada com exclusividade pelo site Buzzfeed. O tucano vai ser investigado por suspeita de recebimento de valores supostamente desviados das obras da Cidade Administrativa na gestão de Aécio no governo de Minas (2003/2010). O empreendimento foi orçado em R$ 500 milhões, mas teria alcançado a cifra aproximada de R$ 2 bilhões.

Segundo informa o Buzzfeed, a Procuradoria-Geral da República vai pedir ao Supremo Tribunal Federal autorização para abrir o inquérito. Na condição de senador, Aécio tem foro privilegiado perante a Corte máxima.

O tucano teria recebido dinheiro de empreiteiras contratadas para a construção da Cidade Administrativa, entre elas a Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez, todas citadas no esquema de cartelização e propinas instalado na Petrobrás entre 2004 a 2014 e desmascarado pela Operação Lava Jato.

Procurada, a assessoria do senador informou que não ia se manifestar e encaminhou uma nota do PSDB de Minas.

DIZ O PSDB-MG – “Trata-se de assunto requentado. O PSDB MG desconhece a suposta decisão da PGR e rechaça as também supostas acusações em relação ao senador Aécio Neves. O partido informa que os valores citados estão equivocados. Nunca houve um orçamento no valor de R$ 500 milhões. Tal cifra surgiu apenas como estimativa, sem estar amparada em projeto ou orçamento, quando da primeira ideia de construção de outro projeto em outro local.

Informa também que o valor licitado da obra foi de R$ 949.371.880,50. O PSDB MG contesta insinuação de irregularidade e informa que o edital da licitação foi previamente apresentado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas e todos os procedimentos foram acompanhados e auditados por empresa externa ao Estado contratada via licitação.

Informamos ainda que o senhor Oswaldo Da Costa nunca teve atuação informal nas campanhas do PSDB com as quais coloborou, tendo sempre atuação formal e conhecida na arrecadação de recursos nas campanhas do PSDB.
”Posted in Tribuna da Internet

Juiz-forano Wadson Ribeiro assume a Ouvidoria-Geral do Estado

QUI 02 FEVEREIRO 2017 17:25 ATUALIZADO EM SEX 03 FEVEREIRO 2017 07:29
Wadson Ribeiro assume a Ouvidoria-Geral do Estado

Marcelo Sant'Anna/Imprensa MG
Além da OGE, novo secretário terá também as atribuições da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fórum Regionais

A Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) apresentou, nesta quinta-feira (2/2), o novo ouvidor-geral. A convite do governador Fernando Pimentel, o ex-deputado federal Wadson Ribeiro (PCdoB) assume o órgão e terá, ainda, as atribuições da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fórum Regionais (Seedif). Formado em Gestão Pública, Wadson também foi secretário-executivo do Ministério dos Esportes.

Em sua posse, o novo secretário afirmou que a Ouvidora é um importante canal de comunicação da população com o Governo. “A Ouvidoria tem um caráter muito democrático porque permite que o cidadão participe do Governo, fazendo sugestões, críticas, denúncias e até mesmo elogios. Isso é condizente com um dos objetivos principais do Governo de Minas Gerais que é exatamente ouvir para governar”, destacou.

O novo secretário elencou como um dos desafios de sua gestão dar mais agilidade ao todo processo de comunicação. “Nosso objetivo é fazer com que toda essa participação da população encontre canais mais dinâmicos de manifestação e mais ágeis. Nossa meta é não ter nenhum tipo de passivo em relação às respostas dos questionamentos dos cidadãos”, afirmou.

Em 2016, a Ouvidoria-Geral do Estado recebeu 24.909 demandas da população mineira, o maior número anual de manifestações da história da OGE. Desse total, 77,27% já foram respondidas ao cidadão. Outros 22,73% encontram-se em tramitação em outros órgãos do Estado. “O recorde de demandas e de respostas da Ouvidoria no ano passado significa que existe um forte compromisso e cuidado com as questões levantadas pelos cidadãos”, reforçou.
Agência Minas 
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domingo, 18 de janeiro de 2015
Empossado deputado federal, Wadson Ribeiro, já foi acusado de corrupção e de usar o Ministério do Esporte para fazer campanha

Janeiro 2015
Empossado no início deste mês para um mandato tampão até fevereiro, o agora deputado federal e presidente estadual do PCdoB, Wadson Ribeiro, disse que irá visitar municípios mineiros e se preparar para assumir a cadeira da legislatura 2015-2018 no mês que vem, quando, efetivamente, o ano parlamentar no Congresso Nacional terá início.
Em entrevista exclusiva à Tribuna, o parlamentar falou sobre seus projetos para o futuro mandato, em que pretende hastear as bandeiras da educação e do esporte, e prometeu lutar pelo incremento da economia e da retomada do desenvolvimento de Juiz de Fora e região. Para isso, defende que o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) estreite o diálogo com os partidos que dão sustentação aos governos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PMDB).
Fonte Tribuna de Minas
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Acusado de corrupção usa Ministério do Esporte para fazer campanha
José Cruz
17/01/2014 10:42
Wadson Ribeiro, que já foi secretário do Ministério do Esporte, de onde foi demitido acusado de desviar R$ 2,4 milhões do programa Pintando a Cidadania, está em campanha para deputado federal negociando verbas da pasta do ministro Aldo Rebelo.

Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e atual presidente do PCdoB de Minas Gerais, Wadson viaja pelo interior do estado usando sua influência política junto aos camaradas do partido que ainda trabalham no Ministério Esporte.

Recentemente, ele esteve com o prefeito de Varginha, Antônio Silva (PTB), negociando a construção de um “Centro de Iniciação Esportiva”, orçado em R$ 3,6 milhões. É um evidente caso de uso da máquina pública a serviço de partido político, no caso o PCdoB, repetindo o que ocorre com outras agremiações que ocupam a Esplanada dos Ministérios.

Wadson, que busca a eleição federal para ganhar imunidade parlamentar, age como se ainda estivesse no Ministério. E deve ter amigos fortes e influentes por lá para abusar escancaradamente dessa forma. Liberou geral e a festa com a grana pública é farta.

Esperto
Wadson é um ex-aluno de Medicina, curso que não concluiu, pois acabou presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), quando em 2001 descobriu as facilidades que teria na vida pública.

No Ministério, amigo do então ministro Orlando Silva, hoje vereador em São Paulo, ele usou a pasta para viajar, assinar convênios, encontrar-se com prefeitos e fazer promessas em discursos, turbinando campanhas eleitorais do partido e candidaturas dele, claro.

Corrupção

Em 2011, ainda secretário do Ministério do Esporte, Wadson (foto abaixo) começou a ser investigado pela Polícia Federal, acusado de desviar R$ 2,4 milhões do programa Pintando a Cidadania, no Instituto Cidade, em Juiz de Fora, reduto do distinto senhor. O inquérito está no Ministério Público e CGU, onde pedi informações detalhadas. O dinheiro simplesmente desapareceu da conta do Instituto e o programa faliu, deixando mais de 100 pessoas desempregadas.
Mais:Wadson era um especialista em ganhar dinheiro público de forma muito fácil. Entre abril de 2007 e maio de 2011, ele foi contemplado com R$ 72 mil do Ministério do Esporte, além do salário. O dinheiro saía como “ajuda de custo”. Morando em Juiz de Fora, Wadson era contratado e depois demitido do Ministério do Esporte. Em cada mudança saía a tal “ajuda”…

http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2014/01/acusado-de-corrupcao-faz-campanha-em-nome-do-ministerio-do-esporte/l

Começam hoje matrículas dos aprovados em primeira chamada no Sisu

03/02/2017 09h14
Brasília
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil

Começam hoje (3) as matrículas para os candidatos selecionados na chamada regular da primeira edição deste ano do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Elas poderão ser feitas até a próxima quarta-feira (8), a critério das instituições de ensino. Os candidatos devem estar atentos ao cronograma e aos procedimentos estabelecidos pelas instituições, já que não haverá outra chamada para os selecionados na primeira opção de curso.

No dia 16 de fevereiro, serão convocados os candidatos que integram a lista de espera do Sisu, aqueles que não foram selecionados em nenhuma das opções na chamada regular e aqueles selecionados na segunda opção, independentemente de terem feito a matrícula. Para integrar a listas de espera, o participante deve manifestar interesse até o próximo dia 10.

Cerca de 2,5 milhões de estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 se inscreveram no Sisu para o primeiro semestre de 2017. Como o sistema permite que o candidato faça duas opções de curso, o número de inscrições chegou a quase 5 milhões.

Ao todo, são ofertadas 238.397 vagas em cerca de 6,4 mil cursos de 131 instituições públicas, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e instituições estaduais.

A lista de selecionados em cada instituição, o edital e o cronograma de chamadas estão disponíveis na página do Sisu na internet.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Sete bandidos são mortos em troca de tiros com policiais no Norte de Minas

postado em 02/02/2017 08:27 / atualizado em 02/02/2017 12:34


Bando vinha sendo monitorado pela Polícia Civil, que descobriu a intenção dos bandidos em realizar um novo ataque ao Banco do Brasil de Mato Verde e preparou uma ação surpresa (foto: Polícia Civil/Divulgação)

Sete homens foram mortos em uma troca de tiros com a Polícia Civil ao tentarem assaltar uma agência do Banco do Brasil com o uso de explosivos, em Mato Verde, no Norte de Minas, na madrugada desta quinta-feira (02/02). O bando, que portava forte armamento, era formado por oito indivíduos e foi surpreendido pelos policiais ao chegar em frente a agência bancária.

Conforme o delegado Renato Nunes Henriques, chefe do 11º departamento da Polícia Civil de Montes Claros, que comandou a operação, a quadrilha é de São Paulo e responsável por ataques recentes a agências bancárias em outras cidades do Norte de Minas, como Monte Azul e São João do Paraíso. O bando vinha sendo monitorado pela Polícia Civil, que descobriu a intenção dos bandidos em realizar um novo ataque ao Banco do Brasil de Mato Verde e preparou uma ação surpresa.

Como estratégia, os policiais ocuparam quartos em um hotel que fica em frente à agência bancária, onde ficaram posicionados atiradores de elite. A polícia também ocupou uma escola que fica na mesma rua do banco. A ação envolveu cerca de 40 homens da Polícia Civil.

De acordo com o delegado Renato Nunes Henriques, às 3h, os bandidos chegaram em frente à agência bancária em uma caminhonete, cinco na cabine e três na carroceria do veículo. Eles estavam fortemente armados com fuzis, metralhadoras, carabinas e pistolas.

(foto: Polícia Civil/Divulgação)

Renato Nunes disse que foi dada voz de prisão aos bandidos, que reagiram imediatamente com disparos em direção aos policiais, sendo iniciada a troca de tiros. “Mas, como éramos em vantagem numérica e adotamos o fator surpresa, alcançamos um bom resultado na ação”, afirma o delegado.

Os policiais se posicionaram nas janelas do hotel e do prédio da escola e se protegeram atrás das paredes. Assim, nenhum deles ficou ferido. Os oito bandidos foram alvejados e sete deles morreram. O único que sobreviveu foi um homem identificado como Wellington Goulart de Aguiar, que seria o líder da quadrilha. Ele levou três tiros nas pernas e em um dos braços. Foi socorrido e está em hospital da região, sob escolta policial.

O delegado Renato Nunes informou que o bando desarticulado em Mato Verde não se limitava a explosão de caixas eletrônicos. Eles também entravavam nos prédios dos bancos e explodiam os caixas-fortes das agências. Com a ação de hoje, Nunes espera que esse tipo de ataque não se repita na região. O Norte é uma das partes do estado que mais sofre com ataques a bancos.

(foto: Polícia Civil/Divulgação)

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/02/02

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Agência Minas