sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

‘gato’ da Copinha merece punição antes de compaixão

Opinião: ‘gato’ da Copinha merece punição antes de compaixão
Por Luiz Felipe Castro
access_time27 jan 2017, 15h50 - Atualizado em 27 jan 2017, 15h59
Heltton Matheus durante entrevista para a Jovem Pan (Reprodução)

Heltton Matheus Cardoso Rodrigues, que até o início desta semana atendia por Brendon Matheus Araújo Lima dos Santos, reapareceu nesta sexta-feira. O jogador de 22 anos (que alegava ter 19) estava sumido desde segunda-feira, quando se soube que Heltton era mais um caso de “gato” – como é chamado o jogador que utiliza documentos falsos para alterar a idade – no futebol. Com a revelação, seu time, o Paulista, e todos os seus jovens atletas perderam a chance de disputar a final da Copa São Paulo, maior vitrine da categoria sub-20 do país. Enquanto os garotos de Jundiaí choravam a oportunidade perdida, Heltton foi “presenteado” com a chance da vida: foi contratado pelo ex-jogador e atual presidente do Audax, Vampeta, para atuar pela equipe profissional de Osasco, finalista do último Paulistão. E, pasmem, tratado por muitos como vítima e não como criminoso confesso.

Pela manhã, Heltton reapareceu em sua conta no Facebook para “pedir perdão ao Paulista e aos ex-companheiros. “Eu não queria magoar ninguém, só queria realizar um sonho de ser um jogador e de chegar com um caminhão de brinquedos e medicamentos para as crianças da minha cidade”, escreveu o jovem de São Gonçalo (RJ). No início da tarde, Heltton foi a um programa de rádio e deu detalhes de sua estratégia para ser profissional e livrou de culpa empresários, familiares e clubes. “Estou sendo homem para assumir isso. Não teve terceiros, fui eu que tramei tudo, estou aqui para me retratar”, afirmou à rádio Jovem Pan. Ele não quis revelar qual a sua relação com o verdadeiro Brendon, que está preso no Rio por assalto a mão armada e também responde a processos por tráfico de drogas.
Ainda como Brendon, Heltton celebra vitória (Facebook/Paulista)

Heltton assumiu seu erro e merece perdão, como qualquer ser humano. Mas também merece punição, pois não cometeu um simples deslize, mas um ou mais crimes. Por ter utilizado o documento de outra pessoa, Heltton deve ser julgado ao menos por falsidade ideológica, que, de acordo com o artigo 229 do Código Penal, prevê reclusão de um a cinco anos e multa. Além disso, causou enorme prejuízo ao Paulista e, sobretudo, a seus ex-companheiros, e poderia ser punido esportivamente por isso.

Se for julgado e absolvido ou pagar pelo que fez, Heltton tem todo o direito de dar sequência à carreira. Antes disso, precisa ser tratado como criminoso e não como “vítima do sistema”. Milhões de brasileiros, pobres ou ricos, negros ou brancos, sonham ou sonharam em ser jogadores de futebol, mas não se pode fazer isso a qualquer custo.

Ao contratar o garoto, Vampeta disse estar prestando seu auxílio a um jovem que, como ele, é negro e tem origens humildes, e que estava sendo julgado como bandido. “Ele não matou ninguém”, repetiu o ex-jogador da seleção brasileira. É verdade, Heltton não é assassino, mas cometeu outro tipo de crime, que deve ser punido. Nesta tarde, Heltton chegou a se divertir em diversos momentos da entrevista e, com enorme desfaçatez, chamou de “X9” a pessoa que avisou ao Batatais, clube derrotado pelo Paulista na semifinal, que Brendon na verdade era Heltton. O “gato” chegou até a “agradecer” seu delator.

“Onde eu moro, se a gente entrega alguém, é taxado como X9. Eu não quero falar o nome da pessoa que me entregou, mas desde já eu o perdoo, porque a falta de perdão é comparada a um copo de veneno (…) Se ele quis me atingir negativamente, ele contribuiu e muito para que a melhor oportunidade da minha vida estivesse na minha frente.” Heltton, de fato, deve agradecer ao “X9”, a Vampeta e a todos que colocarem o microfone em sua boca antes de um julgamento justo. Ao contrário de “gatos” famosos do futebol, como Vanderlei Luxemburgo ou Emerson Sheik, que tiveram suas farsas descobertas depois da fama, Heltton está se aproveitando de sua atitude para ganhar os holofotes e uma oportunidade na carreira.

Isso, inclusive, abre um grave precedente: 2018 pode se tornar o “ano do gato” na Copinha, já que ser descoberto pode atrair fama e oportunidades. Em vez de contratar o zagueiro, Vampeta ou qualquer outro dirigente deveriam olhar com carinho a situação dos outros jovens do Paulista – que venceu a semifinal por 5 a 1, mas foi retirado da decisão – e do clube de Jundiaí, que, segundo o próprio Heltton, não teve culpa de nada. Os heróis, ou “coitadinhos”– definições que, no Brasil, muitas vezes se confundem – são, na verdade, os seguintes meninos (com exceção a Brendon/Heltton):

(imagem retirada da súmula da semifinal entre Paulista e Batatais)

Jogadores do Paulista de Jundiaí que disputaram a semifinal contra o Batatais (Reprodução)
http://veja.abril.com.br/esporte/opiniao-gato-da-copinha-merece-punicao-antes-de-compaixao/

Vereador de BH é preso depois de pousar helicóptero em praia de Guarapari

postado em 27/01/2017 16:52 / atualizado em 27/01/2017 18:08


A cena chamou a atenção de banhistas que estavam na praia
 (foto: Secretaria de Segurança do Espírito Santo / Divulgação)

O vereador de Belo Horizonte Rubens Gonçalves de Brito (PSDB), o Bim da Ambulância, foi preso na manhã desta sexta-feira depois de pousar um helicóptero na Praia da Bacutia, em Guarapari. Vários banhistas cercaram a aeronave e outros fizeram denúncia para a Polícia Militar (PM) por causa dos riscos de acidentes. 

A aeronave pousou na areia da praia por volta das 10h. Na aeronave, estavam, além do piloto, o parlamentar e outra pessoa. Pouco depois da descida, alguns banhistas acionaram a Polícia Militar (PM). Em seguida, os delegados das Delegacias de Crimes Contra o Patrimônio e de Infrações e Outras, Marcos Luiz Nery e Diego Barcelos, foram para o local e constataram a irregularidade. 

De acordo com o delegado Marcos Luiz, que ficou responsável pela ocorrência, o vereador vai responder por dois crimes. “Recebemos uma demanda que tinha um helicóptero pousando na praia. Entramos em contato com um militar que estava responsável pela ocorrência e fomos ao local. Realmente tinha a aeronave. Constatamos que expôs a saúde das pessoas que estavam ali a perigo de vida e também expôs a própria aeronave”, explicou.
Segundo a Secretaria de Segurança do Espírito Santo, o vereador foi autuado pelo artigo 132 (Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo) e artigo 261 (Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia). Se condenado, ele pode pegar de três a seis anos e meio de prisão. “Após finalizar a ocorrência, será comunicado ao Juiz Federal que será responsável pela liberdade provisória ou a manutenção da prisão”, comentou o delegado. A aeronave, que foi alugada, foi levada para o Aeroporto de Guarapari onde vai ficar apreendida. 

Na declaração de seu patrimônio que vez a Justiça Eleitoral para as últimas eleições, Bim declarou ter patrimônio de R$ 276,3 mil. Segundo pesquisa de mercado, o aluguel de uma aeronave como a que era pilotada pelo vereador custa, em média, cerca de R$ 3 mil a hora de voo. De acordo com a nova remuneração dos parlamentares, aprovada em votação na Câmara Municipal de Belo Horizonte no final do ano passado, ele percebe mensalmente 16.435,88.

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/01/27/interna_gerais,842987/vereador-de-bh-e-preso-depois-de-pousar-helicoptero-em-praia-de-guarap.shtml

ProUni oferece 214 mil bolsas no primeiro semestre; inscrições começam na terça


27/01/2017 16h43
Brasília
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (ProUni) serão abertas à 0h de terça-feira (31). Ao todo, serão oferecidas 214.110 bolsas de estudos no primeiro semestre deste ano. O período de inscrições se encerrará às 23h59 (horário de Brasília) de 3 de fevereiro. Segundo o Ministério da Educação (MEC), essa é a maior oferta de vagas desde a criação do programa.

Do total de bolsas ofertadas, 103.719 são integrais e 110.391, parciais – o governo federal cobre 50% da mensalidade. As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do programa. O candidato deve informar o número de inscrição e a senha usados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. É possível escolher até duas opções de curso, por ordem de preferência.

ProUni
Criado em 2004, o programa oferece bolsa de estudo integral ou parcial (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. O programa é dirigido a egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular, na condição de bolsistas integrais.

O estudante precisa comprovar renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio para a bolsa integral e de até três salários mínimos para a parcial. A seleção ocorre duas vezes por ano.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Policial de folga impede roubo e detém ladrões em Juiz de Fora

27/01/2017 09h13 - Atualizado em 27/01/2017 09h13

Do G1 Zona da Mata

Um cabo da Polícia Militar (PM) de 35 anos, que estava de folga, impediu um roubo a padaria na noite dessa quinta-feira (26), em Juiz de Fora. Os criminosos atiraram contra ele, que revidou e feriu os três envolvidos no crime. Por isso, o policial recebeu voz de prisão por lesão corporal. O caso será avaliado pela Justiça Militar do Estado.

De acordo com a ocorrência, o cabo estava de folga na noite de quinta, quando soube por amigos que três indivíduos encapuzados e com armas foram vistos atravessando a passarela do Bairro Jóquei Clube e entraram em uma padaria. O PM deslocou até o local, ficando atrás de uma pilastra, de onde conseguiu ver que o trio estava agredindo o dono do estabelecimento, exigindo mais dinheiro.

O cabo se identificou como policial e um dos criminosos fez dois disparos de pistola 9 milímetros contra ele, que revidou. O policial acertou os três ladrões, inclusive o outro que também estava armado. Então o cabo pediu a um amigo para buscar o colete e o cinto de guarnição para só então entrar na padaria. Ele realizou buscas nos suspeitos e ainda impediu que o trio fosse agredido por populares.

A PM foi acionada e os ladrões feridos foram levados para serem medicados no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Os nomes e idades deles não foram repassados pela PM e por isso não foi possível apurar o estado de saúde.

O registro do caso está em andamento na Delegacia de Polícia Civil em Santa Terezinha. De acordo com a PM, por enquanto, um menor de idade e um jovem já foram liberados e estão na delegacia. O outro jovem permanece internado no HPS, sob escolta policial.

O cabo de 35 anos foi preso em flagrante pelo crime de lesão corporal. O caso será encaminhado para análise do procedimento pela Justiça Militar Estadual, em Belo Horizonte. Enquanto isso, após ser ouvido pelo Delegado de Plantão, o policial será levado para detenção no 2º Batalhão da Polícia Militar.

Emissoras de televisão aberta se unem à Netflix contra operadoras de TV paga

(Foto: Reprodução)

RENATO SANTINO 26/01/2017 21H10 NETFLIXTVTV PAGA

A rixa entre Netflix e as operadoras de TV por assinatura deve se acirrar nos próximos tempos. Segundo a coluna do jornalista Ricardo Feltrin, a Simba, empresa formada por SBT, Record e RedeTV, negocia com a Netflix a concessão de seus conteúdos próprios para distribuição por streaming na plataforma.

O acordo teria como objetivo ferir as empresas que comandam o mercado de TV paga no Brasil. As emissoras de TV aberta que formam a Simba estão insatisfeitas com o fato de que as operadoras não querem pagar para transmitir seu sinal HD, mesmo que eles estejam inclusos em pacotes pagos.

Assim, o acordo com a Netflix parece natural. A empresa americana tornou-se altamente popular com o público brasileiro nos últimos tempos com seu serviço de streaming de filmes e seriados. O acordo com a Simba traria mais da programação da TV aberta nacional para a plataforma, incluindo novelas, jornalísticos e outros programas.

Não só isso: o acordo também seria uma cutucada direta nas empresas de TV por assinatura, que, em geral, são vinculadas a grandes empresas de telefonia e internet. Há tempos as companhias pressionam o governo por uma forma de tributar a Netflix, que oferece seus serviços ocupando grandes quantidades de banda sem pagar por isso, apoiando-se justamente na infraestrutura das empresas de telefonia para competir com as empresas de TV paga. Estima-se que as operadoras perderam 1 milhão de clientes desde 2015 justamente graças à Netflix.

A Simba também teria como objetivo negociar a distribuição de seu conteúdo por meio do serviço de streaming da Amazon, que recentemente foi aberto ao público brasileiro.
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/emissoras-de-tv-aberta-se-unem-a-netflix-para-combater-operadoras-de-tv-paga/65623

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Grupo é detido por tráfico em imóvel que servia como boca de fumo em MG

26/01/2017 19h29 - Atualizado em 26/01/2017 19h29

Sulamita França

Do G1 Zona da Mata

Polícia Civil estoura boca de fumo em Juiz de Fora 
(Foto: Sulamita França/G1)

Dois jovens de 19 e 24 anos e dois homens de 30 e 38 anos foram detidos por tráfico de drogas no Bairro Linhares, em Juiz de Fora, na tarde desta quinta-feira (26). Eles estavam em um imóvel que servia de boca de fumo, segundo a Polícia Civil. O grupo era investigado desde dezembro de 2016.

Foram apreendidos diversos papelotes de cocaína, maconha e crack para venda. A Polícia Civil também encontrou no local um rádio comunicador e produtos químicos para misturar na droga.

"Desde o final do ano passado que estamos com essa investigação da fortaleza do tráfico. Ali eles têm um local para fazer contato com o usuário para poder entregar a droga e receber o dinheiro. A gente percebe uma série de rotas de fuga. Então, com a chegada da polícia, e inclusive eles frequentam a frequência da polícia, eles conseguem fugir e se desfazer das drogas rapidamente", explicou o delegado Rafael Gomes.

Quatro suspeitos foram detidos pela Polícia Civil em Juiz de Fora 
(Foto: Sulamita França/G1)

Aplicativo registra 2,5 mil tiroteios e 539 mortos em seis meses no Rio

26/01/2017 18h17
Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

A Anistia Internacional contabilizou mais de 2,5 mil notificações de tiros ou disparos de arma de fogo no Rio de Janeiro no último semestre do ano passado, uma média de 18 por dia. Foram registradas no aplicativo Fogo Cruzado pelo menos 539 vítimas e 570 feridos. Do total das mortes, 52 eram agentes públicos de segurança. Mais 90 policiais foram baleados.

O aplicativo Fogo Cruzado foi lançada pela Anistia Internacional em julho de 2016. Além das notificações compartilhadas colaborativamente pelos usuários, o relatório do aplicativo inclui dados coletados na imprensa e em canais da própria polícia, como os boletins diários publicados no site da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).

O aplicativo teve mais de 50 mil downloads desde o seu lançamento. De acordo com a gestora de dados do Fogo Cruzado, Cecília Olliveira, o mapeamento dos tiroteios é algo inédito no Rio e ajuda a qualificar o índice de violência no estado. "Não esperávamos uma adesão tão maciça. As pessoas querem que esse assunto seja debatido, porque muitas violações não chegam a ser notícia. Nem todo o tiroteio vira um boletim de ocorrência e é contabilizado”, disse ela.

Violações
Os números mostram ainda as consequências dos tiroteios no dia a dia dos moradores, que têm o direito de ir e vir cerceado, além de sofrerem com interrupção de serviços básicos devido aos tiroteios. De acordo com a companhia de energia do Rio, Light, houve 268 interrupções no fornecimento de luz em decorrência de tiroteios no estado, 157 deles na zona norte da capital fluminense (58,5%).

“Uma pessoa morta ou ferida é a última instância da violência, mas há uma série de outras violências que não são contabilizadas. O tiro em si não é o único problema. O intuito é trazer essas informações para as discussões de segurança pública e qualificar o debate”, diz Cecília Olliveira.

Na comunidade do Jacarezinho, zona norte, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2013, a operação do teleférico do Complexo do Alemão foi suspensa 121 vezes em decorrência de tiroteios, de acordo com o Jornal Voz das Comunidades. Em outubro, o serviço foi definitivamente fechado por falta de pagamento do estado ao consórcio responsável.

Em 2016, a PM apreendeu 155 pistolas, 71 revólveres e 15 fuzis, somente em áreas com UPPs. No total foram apreendidos 371 fuzis no estado. Um dos maiores problemas levantados na CPI das Armas II, realizada no ano passado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi a falta de fiscalização e controle dos paióis das polícias e de empresas de segurança, decorrente de falhas de comunicação entre os órgãos do setor.

Aplicativo Fogo Cruzado/ Anistia Internacional/ Reprodução

Áreas mais atingidas
O Complexo do Alemão, na zona norte, com cerca de 70 mil habitantes, é o primeiro no ranking de locais mais atingidos por tiroteios ou disparos de arma de fogo. Foram registrados 115 disparos, com pelo menos 15 mortos e 34 feridos (15 deles policiais). Para a gestora do aplicativo, o fato de que áreas com UPPs, como a do Alemão e da Penha, tenham as maiores incidências de tiroteios da cidade é "emblemático".

"Essas áreas deveriam se destacar como um exemplo de uma nova abordagem de segurança pública, não pela incidência de violência armada. No entanto, o projeto das UPPs não demonstra fôlego para interromper abusos. Pelo contrário, expõe de forma acentuada um modelo calcado no confronto, causando perdas irreparáveis para os moradores”.

O segundo maior número de registros (114) ocorreu em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, que tem 10 vezes mais habitantes e é 155 vezes maior que o Complexo do Alemão. Esses tiroteios resultaram em pelo menos 42 vítimas e 49 feridos, sendo oito deles policiais.

A área que ficou em terceiro lugar foi a região da Penha, zona norte. Nos seis meses, foram 111 registros de tiroteios ou disparos de arma de fogo com 14 vítimas e 22 feridos, 10 deles policiais.

Já Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, registrou menos tiros, mas teve o maior número de mortes: pelo menos 54. No total, foram 85 tiroteios ou disparos de arma de fogo no município, o que o coloca em quarto lugar no ranking total . Houve ainda pelo menos 21 feridos. São Gonçalo, região metropolitana, é a quinta região que mais notificou tiroteios: 81, com pelo menos 17 mortos e 31 feridos.

Participação
Mais de 3 mil notificações foram enviadas por usuários, mas 490 foram descartadas por serem repetidas, incompletas ou relatarem ocorrências em cidades fora da atual área de cobertura do aplicativo.

Segundo a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro a prioridade da pasta é “a preservação da vida, a convivência pacífica e a redução de índices de criminalidade no estado", e que, por isso, investe nas Unidades de Polícia Pacificadora desde 2007.

A secretaria destacou como medidas para melhorar a segurança no estado, o Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados (SIM), o Centro de Formação do Uso Progressivo da Força e a Divisão de Homicídios (DH), responsável por investigar os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial. Ainda de acordo com a secretaria, mais de 2 mil policiais foram expulsos das corporações desde 2007 pelas corregedorias, por desvios de conduta e abuso de autoridade.

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, denúncias sobre atuação de policiais das UPPs podem ser feitas, com anonimato garantido, à Ouvidoria Paz com Voz. Todos os registros são atendidos e acompanhados pelos comandantes das áreas pacificadas. O serviço recebe demandas pelo telefone (21) 2334-7599, pela internet ou na sede da coordenadoria, na Avenida Itaoca, nº 1.618, em Bonsucesso.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Operação investiga esquema de sonegação envolvendo bares e restaurantes em BH

QUI 26 JANEIRO 2017 11:30 ATUALIZADO EM QUI 26 JANEIRO 2017 12:19

A Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG), em conjunto com o Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), e a Polícia Civil (PC), executou, nesta quinta-feira (26/1), a operação Datus, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte.

Crédito: Divulgação - CIRA/MG

A ação teve como alvo dois ex-proprietários de um grupo de restaurantes estabelecidos em região nobre da capital, e busca comprovar o envolvimento direto deles na gestão temerária das empresas que encerraram irregularmente suas atividades, deixando em aberto passivo tributário superior a R$ 8 milhões. Foram cumpridos três mandados, em duas residências e em uma empresa pertencente a um dos investigados.

Segundo as investigações, além da venda de mercadorias sem emissão de documento fiscal e da falta de recolhimento do ICMS declarado, os investigados teriam simulado transações imobiliárias com o objetivo de blindar patrimônio e se utilizado de laranjas para ocultar do Fisco a real propriedade dos restaurantes.

Participaram da operação Datus (do grego, dádiva) 15 servidores da SEF, dois promotores de Justiça, um delegado e 16 agentes da PC.

Essa é a primeira operação especial realizada em 2017 pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), força-tarefa formada pela Secretaria de Fazenda, Ministério Público, Advocacia-Geral do Estado e Polícias Civil e Militar, para combater a sonegação fiscal no Estado de Minas Gerais.

Agência Minas 

Unicef lança campanha para incentivar doações de brasileiros ao fundo

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26/01/2017 13h46
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

No Brasil, o Unicef tem programas em oito capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís, Belém e Manaus) e em cerca de 2 mil municípios no semiárido e na Amazônia Legal. As ações são para diminuir as desigualdades e melhorar a vida de crianças e adolescentes que vivem situação de vulnerabilidade. A ideia é melhorar 13 indicadores, como evasão escolar, mortalidade infantil, gravidez na adolescência e alfabetização de crianças na idade correta. O trabalho é feito em parceria com as prefeituras e organizações não governamentais.

O vídeo da campanha foi gravado com crianças do Morro Dona Marta, do Rio de Janeiro, cantando a música Epitáfio, do grupo Titãs, que cedeu os direitos.

“Essa música faz muito sentido. Não é no final da vida que a gente precisa olhar para trás e falar do que poderia ter feito mais ou menos; mas é a realidade das crianças no Brasil e no mundo, que estão nessa situação, onde estão com direitos violados e não têm outra possibilidade de pensar queria ter trabalhado menos, porque eles precisam trabalhar para a família sobreviver. Elas queriam ter feito várias coisas que não fazem parte do seu dia a dia, porque estão com vários problemas na vida”, disse o diretor de Mobilização de Recursos do Unicef no Brasil, Win Desmedt.

A campanha vai se estender até o dia 24 de fevereiro. O interessado por doar qualquer valor pelo site do Unicef. “Quando são milhares de brasileiros fazendo esse tipo de contribuição, a gente já pode criar uma diferença”, acrescentou.

De acordo com o estudo Cenário da Infância e Adolescência no Brasil, divulgado em 2016 pela Fundação Abrinq, o Brasil tem 61,4 milhões de crianças e adolescentes na faixa etária de zero a 19 anos, que representam 30,2% da população total. Mais de um terço vivem na Região Sudeste. O estudo tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

As crianças e adolescentes de até 14 anos de idade que vivem em famílias de baixa renda somam 26,7 milhões, dos quais 19,3 milhões são considerados pobres, com renda domiciliar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo e 7,4 milhões vivem em extrema pobreza, com renda domiciliar mensal per capita inferior ou igual a um quarto do salário mínimo. Do total de 11,42 milhões de pessoas residentes em favelas no Brasil, 3,93 milhões têm entre zero e 17 anos, conforme Censo do IBGE de 2010. 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) atua em mais de 190 países e territórios.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Penitenciária: os 13 motivos da turma do 13. Vai é tarde

Por Reinaldo Azevedo
access_time25 jan 2017, 21h33 - Atualizado em 26 jan 2017, 07h11


Sempre é bom comentar uma boa notícia. E qual é? Sete dos 13 membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), do Ministério da Justiça, renunciaram a seus cargos. Ufa! O presidente, Hugo Leonardo, foi junto. Estão todos de parabéns! Por quê?

Porque, tudo indica, eles concordavam com a política que estava em curso na gestão do governo petista e discordam da linha que Alexandre de Moraes, o titular da Justiça, quer implementar.

A política conhecida, como sabemos — defendida com o ardor dos que se demitem e deixam cartas eivadas de retórica condoreira e protestos de extrema humanidade —, gerou a situação de descalabro a que assistimos. E nunca ninguém se demitiu, não é? Nem haveria razão. Afinal, a turma dos sete pediu para sair porque, segundo entendi, queria mais do mesmo.

Ao tentar explicar por que caiu fora, o tal Leonardo evidencia que se trata mesmo de mera questão política. Para lembrar: resolução assinada por Moraes ampliou em oito o números de conselheiros. Os valentes entenderam como uma tentativa de controle daquela instância. Então ele disparou: “O Ministro da Justiça, com a criação de novas vagas no CNPCP, busca um conselho vassalo de sua intenção truculenta e irracional para lidar com problemas sociais do país”.

Como se percebe, ele tem uma avaliação prévia das escolhas do ministério e está usando a questão do conselho como mero pretexto para atacar o ministro da Justiça. Mais: a turminha se preparava para uma espécie de levante contra a Política Nacional de Segurança Pública.

Ah, sim! Em sua carta de renúncia, o grupo alegou 13 razões para se desligar do órgão. Nem 12 nem 14, mas 13! Nem 10 nem 11, mas 13! Nem 15 nem 16, mas 13!

Aliás, desde que começou o boato de que o conselho estava inquieto, pensei: “Isso é 13 na cabeça!”.

É claro que essa crise é fruto de um choque de concepções. E não! Não se trata de um confronto entre a esquerda, essa que sai, e a direita, a que fica. Não!

Com efeito, quem se levanta é a turma das “13 razões”. Isso está claro no vocabulário. Ocorre que basta ler o plano do governo para verificar ser mentirosa a afirmação de que a perspectiva simplesmente punitiva se sobrepõe a qualquer outra política de humanização do setor. Trata-se de uma mentira descarada.

A questão, aí sim, é que os esquerdistas, na área social, não têm respostas a dar porque são vítimas da própria visão de mundo, a saber: ora, se os problemas carcerários derivam, como efeito, de uma causa essencial, que são as mazelas sociais do Brasil, então a resposta possível é eliminar as tais mazelas. É o que lhes diz seu humanismo mixuruca.

O que temos como resultado? O que se vê nos presídios, o que se vê nas cracolândias, o que se vê, em suma, na área social: os esquerdistas acabam se apaixonando pelas misérias humanas e as transformam numa espécie de ética e até de estética. Ou você já viu algum veículo de comunicação subir o morro ou ir à periferia em busca de crianças que tocam violino? Sim, elas existem. Mas todos achamos natural que aqueles pretinhos de tão pobres e pobres de tão pretinhos cantem rap ou funk, não é mesmo?

Essa gente está indo embora do conselho por 13 motivos? Que bom! Eu saúdo a decisão por um único motivo: eles haviam se tornado dependentes do problema que deveriam resolver. E, quando isso acontece, em vez de o sujeito ser um inimigo do mal, ele se torna um seu aliado.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/penitenciaria-os-13-motivos-da-turma-do-13-vai-e-tarde/