sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

ProUni oferece 214 mil bolsas no primeiro semestre; inscrições começam na terça


27/01/2017 16h43
Brasília
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (ProUni) serão abertas à 0h de terça-feira (31). Ao todo, serão oferecidas 214.110 bolsas de estudos no primeiro semestre deste ano. O período de inscrições se encerrará às 23h59 (horário de Brasília) de 3 de fevereiro. Segundo o Ministério da Educação (MEC), essa é a maior oferta de vagas desde a criação do programa.

Do total de bolsas ofertadas, 103.719 são integrais e 110.391, parciais – o governo federal cobre 50% da mensalidade. As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do programa. O candidato deve informar o número de inscrição e a senha usados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. É possível escolher até duas opções de curso, por ordem de preferência.

ProUni
Criado em 2004, o programa oferece bolsa de estudo integral ou parcial (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. O programa é dirigido a egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular, na condição de bolsistas integrais.

O estudante precisa comprovar renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio para a bolsa integral e de até três salários mínimos para a parcial. A seleção ocorre duas vezes por ano.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Policial de folga impede roubo e detém ladrões em Juiz de Fora

27/01/2017 09h13 - Atualizado em 27/01/2017 09h13

Do G1 Zona da Mata

Um cabo da Polícia Militar (PM) de 35 anos, que estava de folga, impediu um roubo a padaria na noite dessa quinta-feira (26), em Juiz de Fora. Os criminosos atiraram contra ele, que revidou e feriu os três envolvidos no crime. Por isso, o policial recebeu voz de prisão por lesão corporal. O caso será avaliado pela Justiça Militar do Estado.

De acordo com a ocorrência, o cabo estava de folga na noite de quinta, quando soube por amigos que três indivíduos encapuzados e com armas foram vistos atravessando a passarela do Bairro Jóquei Clube e entraram em uma padaria. O PM deslocou até o local, ficando atrás de uma pilastra, de onde conseguiu ver que o trio estava agredindo o dono do estabelecimento, exigindo mais dinheiro.

O cabo se identificou como policial e um dos criminosos fez dois disparos de pistola 9 milímetros contra ele, que revidou. O policial acertou os três ladrões, inclusive o outro que também estava armado. Então o cabo pediu a um amigo para buscar o colete e o cinto de guarnição para só então entrar na padaria. Ele realizou buscas nos suspeitos e ainda impediu que o trio fosse agredido por populares.

A PM foi acionada e os ladrões feridos foram levados para serem medicados no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Os nomes e idades deles não foram repassados pela PM e por isso não foi possível apurar o estado de saúde.

O registro do caso está em andamento na Delegacia de Polícia Civil em Santa Terezinha. De acordo com a PM, por enquanto, um menor de idade e um jovem já foram liberados e estão na delegacia. O outro jovem permanece internado no HPS, sob escolta policial.

O cabo de 35 anos foi preso em flagrante pelo crime de lesão corporal. O caso será encaminhado para análise do procedimento pela Justiça Militar Estadual, em Belo Horizonte. Enquanto isso, após ser ouvido pelo Delegado de Plantão, o policial será levado para detenção no 2º Batalhão da Polícia Militar.

Emissoras de televisão aberta se unem à Netflix contra operadoras de TV paga

(Foto: Reprodução)

RENATO SANTINO 26/01/2017 21H10 NETFLIXTVTV PAGA

A rixa entre Netflix e as operadoras de TV por assinatura deve se acirrar nos próximos tempos. Segundo a coluna do jornalista Ricardo Feltrin, a Simba, empresa formada por SBT, Record e RedeTV, negocia com a Netflix a concessão de seus conteúdos próprios para distribuição por streaming na plataforma.

O acordo teria como objetivo ferir as empresas que comandam o mercado de TV paga no Brasil. As emissoras de TV aberta que formam a Simba estão insatisfeitas com o fato de que as operadoras não querem pagar para transmitir seu sinal HD, mesmo que eles estejam inclusos em pacotes pagos.

Assim, o acordo com a Netflix parece natural. A empresa americana tornou-se altamente popular com o público brasileiro nos últimos tempos com seu serviço de streaming de filmes e seriados. O acordo com a Simba traria mais da programação da TV aberta nacional para a plataforma, incluindo novelas, jornalísticos e outros programas.

Não só isso: o acordo também seria uma cutucada direta nas empresas de TV por assinatura, que, em geral, são vinculadas a grandes empresas de telefonia e internet. Há tempos as companhias pressionam o governo por uma forma de tributar a Netflix, que oferece seus serviços ocupando grandes quantidades de banda sem pagar por isso, apoiando-se justamente na infraestrutura das empresas de telefonia para competir com as empresas de TV paga. Estima-se que as operadoras perderam 1 milhão de clientes desde 2015 justamente graças à Netflix.

A Simba também teria como objetivo negociar a distribuição de seu conteúdo por meio do serviço de streaming da Amazon, que recentemente foi aberto ao público brasileiro.
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/emissoras-de-tv-aberta-se-unem-a-netflix-para-combater-operadoras-de-tv-paga/65623

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Grupo é detido por tráfico em imóvel que servia como boca de fumo em MG

26/01/2017 19h29 - Atualizado em 26/01/2017 19h29

Sulamita França

Do G1 Zona da Mata

Polícia Civil estoura boca de fumo em Juiz de Fora 
(Foto: Sulamita França/G1)

Dois jovens de 19 e 24 anos e dois homens de 30 e 38 anos foram detidos por tráfico de drogas no Bairro Linhares, em Juiz de Fora, na tarde desta quinta-feira (26). Eles estavam em um imóvel que servia de boca de fumo, segundo a Polícia Civil. O grupo era investigado desde dezembro de 2016.

Foram apreendidos diversos papelotes de cocaína, maconha e crack para venda. A Polícia Civil também encontrou no local um rádio comunicador e produtos químicos para misturar na droga.

"Desde o final do ano passado que estamos com essa investigação da fortaleza do tráfico. Ali eles têm um local para fazer contato com o usuário para poder entregar a droga e receber o dinheiro. A gente percebe uma série de rotas de fuga. Então, com a chegada da polícia, e inclusive eles frequentam a frequência da polícia, eles conseguem fugir e se desfazer das drogas rapidamente", explicou o delegado Rafael Gomes.

Quatro suspeitos foram detidos pela Polícia Civil em Juiz de Fora 
(Foto: Sulamita França/G1)

Aplicativo registra 2,5 mil tiroteios e 539 mortos em seis meses no Rio

26/01/2017 18h17
Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

A Anistia Internacional contabilizou mais de 2,5 mil notificações de tiros ou disparos de arma de fogo no Rio de Janeiro no último semestre do ano passado, uma média de 18 por dia. Foram registradas no aplicativo Fogo Cruzado pelo menos 539 vítimas e 570 feridos. Do total das mortes, 52 eram agentes públicos de segurança. Mais 90 policiais foram baleados.

O aplicativo Fogo Cruzado foi lançada pela Anistia Internacional em julho de 2016. Além das notificações compartilhadas colaborativamente pelos usuários, o relatório do aplicativo inclui dados coletados na imprensa e em canais da própria polícia, como os boletins diários publicados no site da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).

O aplicativo teve mais de 50 mil downloads desde o seu lançamento. De acordo com a gestora de dados do Fogo Cruzado, Cecília Olliveira, o mapeamento dos tiroteios é algo inédito no Rio e ajuda a qualificar o índice de violência no estado. "Não esperávamos uma adesão tão maciça. As pessoas querem que esse assunto seja debatido, porque muitas violações não chegam a ser notícia. Nem todo o tiroteio vira um boletim de ocorrência e é contabilizado”, disse ela.

Violações
Os números mostram ainda as consequências dos tiroteios no dia a dia dos moradores, que têm o direito de ir e vir cerceado, além de sofrerem com interrupção de serviços básicos devido aos tiroteios. De acordo com a companhia de energia do Rio, Light, houve 268 interrupções no fornecimento de luz em decorrência de tiroteios no estado, 157 deles na zona norte da capital fluminense (58,5%).

“Uma pessoa morta ou ferida é a última instância da violência, mas há uma série de outras violências que não são contabilizadas. O tiro em si não é o único problema. O intuito é trazer essas informações para as discussões de segurança pública e qualificar o debate”, diz Cecília Olliveira.

Na comunidade do Jacarezinho, zona norte, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2013, a operação do teleférico do Complexo do Alemão foi suspensa 121 vezes em decorrência de tiroteios, de acordo com o Jornal Voz das Comunidades. Em outubro, o serviço foi definitivamente fechado por falta de pagamento do estado ao consórcio responsável.

Em 2016, a PM apreendeu 155 pistolas, 71 revólveres e 15 fuzis, somente em áreas com UPPs. No total foram apreendidos 371 fuzis no estado. Um dos maiores problemas levantados na CPI das Armas II, realizada no ano passado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi a falta de fiscalização e controle dos paióis das polícias e de empresas de segurança, decorrente de falhas de comunicação entre os órgãos do setor.

Aplicativo Fogo Cruzado/ Anistia Internacional/ Reprodução

Áreas mais atingidas
O Complexo do Alemão, na zona norte, com cerca de 70 mil habitantes, é o primeiro no ranking de locais mais atingidos por tiroteios ou disparos de arma de fogo. Foram registrados 115 disparos, com pelo menos 15 mortos e 34 feridos (15 deles policiais). Para a gestora do aplicativo, o fato de que áreas com UPPs, como a do Alemão e da Penha, tenham as maiores incidências de tiroteios da cidade é "emblemático".

"Essas áreas deveriam se destacar como um exemplo de uma nova abordagem de segurança pública, não pela incidência de violência armada. No entanto, o projeto das UPPs não demonstra fôlego para interromper abusos. Pelo contrário, expõe de forma acentuada um modelo calcado no confronto, causando perdas irreparáveis para os moradores”.

O segundo maior número de registros (114) ocorreu em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, que tem 10 vezes mais habitantes e é 155 vezes maior que o Complexo do Alemão. Esses tiroteios resultaram em pelo menos 42 vítimas e 49 feridos, sendo oito deles policiais.

A área que ficou em terceiro lugar foi a região da Penha, zona norte. Nos seis meses, foram 111 registros de tiroteios ou disparos de arma de fogo com 14 vítimas e 22 feridos, 10 deles policiais.

Já Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, registrou menos tiros, mas teve o maior número de mortes: pelo menos 54. No total, foram 85 tiroteios ou disparos de arma de fogo no município, o que o coloca em quarto lugar no ranking total . Houve ainda pelo menos 21 feridos. São Gonçalo, região metropolitana, é a quinta região que mais notificou tiroteios: 81, com pelo menos 17 mortos e 31 feridos.

Participação
Mais de 3 mil notificações foram enviadas por usuários, mas 490 foram descartadas por serem repetidas, incompletas ou relatarem ocorrências em cidades fora da atual área de cobertura do aplicativo.

Segundo a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro a prioridade da pasta é “a preservação da vida, a convivência pacífica e a redução de índices de criminalidade no estado", e que, por isso, investe nas Unidades de Polícia Pacificadora desde 2007.

A secretaria destacou como medidas para melhorar a segurança no estado, o Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados (SIM), o Centro de Formação do Uso Progressivo da Força e a Divisão de Homicídios (DH), responsável por investigar os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial. Ainda de acordo com a secretaria, mais de 2 mil policiais foram expulsos das corporações desde 2007 pelas corregedorias, por desvios de conduta e abuso de autoridade.

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, denúncias sobre atuação de policiais das UPPs podem ser feitas, com anonimato garantido, à Ouvidoria Paz com Voz. Todos os registros são atendidos e acompanhados pelos comandantes das áreas pacificadas. O serviço recebe demandas pelo telefone (21) 2334-7599, pela internet ou na sede da coordenadoria, na Avenida Itaoca, nº 1.618, em Bonsucesso.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Operação investiga esquema de sonegação envolvendo bares e restaurantes em BH

QUI 26 JANEIRO 2017 11:30 ATUALIZADO EM QUI 26 JANEIRO 2017 12:19

A Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG), em conjunto com o Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), e a Polícia Civil (PC), executou, nesta quinta-feira (26/1), a operação Datus, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte.

Crédito: Divulgação - CIRA/MG

A ação teve como alvo dois ex-proprietários de um grupo de restaurantes estabelecidos em região nobre da capital, e busca comprovar o envolvimento direto deles na gestão temerária das empresas que encerraram irregularmente suas atividades, deixando em aberto passivo tributário superior a R$ 8 milhões. Foram cumpridos três mandados, em duas residências e em uma empresa pertencente a um dos investigados.

Segundo as investigações, além da venda de mercadorias sem emissão de documento fiscal e da falta de recolhimento do ICMS declarado, os investigados teriam simulado transações imobiliárias com o objetivo de blindar patrimônio e se utilizado de laranjas para ocultar do Fisco a real propriedade dos restaurantes.

Participaram da operação Datus (do grego, dádiva) 15 servidores da SEF, dois promotores de Justiça, um delegado e 16 agentes da PC.

Essa é a primeira operação especial realizada em 2017 pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), força-tarefa formada pela Secretaria de Fazenda, Ministério Público, Advocacia-Geral do Estado e Polícias Civil e Militar, para combater a sonegação fiscal no Estado de Minas Gerais.

Agência Minas 

Unicef lança campanha para incentivar doações de brasileiros ao fundo

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26/01/2017 13h46
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

No Brasil, o Unicef tem programas em oito capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís, Belém e Manaus) e em cerca de 2 mil municípios no semiárido e na Amazônia Legal. As ações são para diminuir as desigualdades e melhorar a vida de crianças e adolescentes que vivem situação de vulnerabilidade. A ideia é melhorar 13 indicadores, como evasão escolar, mortalidade infantil, gravidez na adolescência e alfabetização de crianças na idade correta. O trabalho é feito em parceria com as prefeituras e organizações não governamentais.

O vídeo da campanha foi gravado com crianças do Morro Dona Marta, do Rio de Janeiro, cantando a música Epitáfio, do grupo Titãs, que cedeu os direitos.

“Essa música faz muito sentido. Não é no final da vida que a gente precisa olhar para trás e falar do que poderia ter feito mais ou menos; mas é a realidade das crianças no Brasil e no mundo, que estão nessa situação, onde estão com direitos violados e não têm outra possibilidade de pensar queria ter trabalhado menos, porque eles precisam trabalhar para a família sobreviver. Elas queriam ter feito várias coisas que não fazem parte do seu dia a dia, porque estão com vários problemas na vida”, disse o diretor de Mobilização de Recursos do Unicef no Brasil, Win Desmedt.

A campanha vai se estender até o dia 24 de fevereiro. O interessado por doar qualquer valor pelo site do Unicef. “Quando são milhares de brasileiros fazendo esse tipo de contribuição, a gente já pode criar uma diferença”, acrescentou.

De acordo com o estudo Cenário da Infância e Adolescência no Brasil, divulgado em 2016 pela Fundação Abrinq, o Brasil tem 61,4 milhões de crianças e adolescentes na faixa etária de zero a 19 anos, que representam 30,2% da população total. Mais de um terço vivem na Região Sudeste. O estudo tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

As crianças e adolescentes de até 14 anos de idade que vivem em famílias de baixa renda somam 26,7 milhões, dos quais 19,3 milhões são considerados pobres, com renda domiciliar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo e 7,4 milhões vivem em extrema pobreza, com renda domiciliar mensal per capita inferior ou igual a um quarto do salário mínimo. Do total de 11,42 milhões de pessoas residentes em favelas no Brasil, 3,93 milhões têm entre zero e 17 anos, conforme Censo do IBGE de 2010. 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) atua em mais de 190 países e territórios.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Penitenciária: os 13 motivos da turma do 13. Vai é tarde

Por Reinaldo Azevedo
access_time25 jan 2017, 21h33 - Atualizado em 26 jan 2017, 07h11


Sempre é bom comentar uma boa notícia. E qual é? Sete dos 13 membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), do Ministério da Justiça, renunciaram a seus cargos. Ufa! O presidente, Hugo Leonardo, foi junto. Estão todos de parabéns! Por quê?

Porque, tudo indica, eles concordavam com a política que estava em curso na gestão do governo petista e discordam da linha que Alexandre de Moraes, o titular da Justiça, quer implementar.

A política conhecida, como sabemos — defendida com o ardor dos que se demitem e deixam cartas eivadas de retórica condoreira e protestos de extrema humanidade —, gerou a situação de descalabro a que assistimos. E nunca ninguém se demitiu, não é? Nem haveria razão. Afinal, a turma dos sete pediu para sair porque, segundo entendi, queria mais do mesmo.

Ao tentar explicar por que caiu fora, o tal Leonardo evidencia que se trata mesmo de mera questão política. Para lembrar: resolução assinada por Moraes ampliou em oito o números de conselheiros. Os valentes entenderam como uma tentativa de controle daquela instância. Então ele disparou: “O Ministro da Justiça, com a criação de novas vagas no CNPCP, busca um conselho vassalo de sua intenção truculenta e irracional para lidar com problemas sociais do país”.

Como se percebe, ele tem uma avaliação prévia das escolhas do ministério e está usando a questão do conselho como mero pretexto para atacar o ministro da Justiça. Mais: a turminha se preparava para uma espécie de levante contra a Política Nacional de Segurança Pública.

Ah, sim! Em sua carta de renúncia, o grupo alegou 13 razões para se desligar do órgão. Nem 12 nem 14, mas 13! Nem 10 nem 11, mas 13! Nem 15 nem 16, mas 13!

Aliás, desde que começou o boato de que o conselho estava inquieto, pensei: “Isso é 13 na cabeça!”.

É claro que essa crise é fruto de um choque de concepções. E não! Não se trata de um confronto entre a esquerda, essa que sai, e a direita, a que fica. Não!

Com efeito, quem se levanta é a turma das “13 razões”. Isso está claro no vocabulário. Ocorre que basta ler o plano do governo para verificar ser mentirosa a afirmação de que a perspectiva simplesmente punitiva se sobrepõe a qualquer outra política de humanização do setor. Trata-se de uma mentira descarada.

A questão, aí sim, é que os esquerdistas, na área social, não têm respostas a dar porque são vítimas da própria visão de mundo, a saber: ora, se os problemas carcerários derivam, como efeito, de uma causa essencial, que são as mazelas sociais do Brasil, então a resposta possível é eliminar as tais mazelas. É o que lhes diz seu humanismo mixuruca.

O que temos como resultado? O que se vê nos presídios, o que se vê nas cracolândias, o que se vê, em suma, na área social: os esquerdistas acabam se apaixonando pelas misérias humanas e as transformam numa espécie de ética e até de estética. Ou você já viu algum veículo de comunicação subir o morro ou ir à periferia em busca de crianças que tocam violino? Sim, elas existem. Mas todos achamos natural que aqueles pretinhos de tão pobres e pobres de tão pretinhos cantem rap ou funk, não é mesmo?

Essa gente está indo embora do conselho por 13 motivos? Que bom! Eu saúdo a decisão por um único motivo: eles haviam se tornado dependentes do problema que deveriam resolver. E, quando isso acontece, em vez de o sujeito ser um inimigo do mal, ele se torna um seu aliado.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/penitenciaria-os-13-motivos-da-turma-do-13-vai-e-tarde/

O maior culpado pelo AVC de Marisa Letícia chama-se Luiz Inácio Lula da Silva

Marisa sabe que Lula destruiu sua vida e de toda a família

Carlos Newton

Quando Al Capone foi apanhado sob alegação de estar sonegando impostos, ninguém jamais se importou com a mulher dele, porque os mafiosos costumavam preservar a intimidade do lar, esta era a regra, embora aparecessem exceções, como o casal Clyde Barrow e Bonnie Parker. Aqui no Brasil contemporâneo, ocorre justamente o contrário – os criminosos do colarinho branco fazem questão de envolver a família nos atos de corrupção, não se preocupam em preservar mulher e filhos. No início, tudo é festa, nada como enriquecer ilicitamente… Mas depois, é claro, acabam se arrependendo.

CABRAL E ADRIANA ANCELMO – O ex-governador Sergio Cabral, por exemplo, agiu exatamente como Clyde Barrow e colocou a própria mulher no mundo do crime. Quando se conheceram, Adriana Ancelmo era uma jovem advogada inexperiente em tudo, inclusive em corrupção. Tornaram-se amantes e Cabral resolveu largar a mulher, Suzana Neves, prima do senador Aécio. Daí para a frente surgiu o Casal 171 da política, num festival de corrupção como nunca se viu na administração pública direta.

Detalhe importante: as investigações sobre Cabral estão apenas começando. Falta pescar muito peixe grande, como os ex-secretários Sérgio Cortes (Saúde), José Mariano Beltrame (Segurança) e Luiz Fernando Pezão (Obras), mas tudo tem sua hora.

A HORA DO CHORO – O colunista Mauricio Lima, da Veja, divulga que Sergio Cabral está deprimido, chora muito, seus amigos temem que tente suicídio no presídio de Bangu. É uma possibilidade, claro, e nem seria novidade, pois a repórter Juliana Castro, de O Globo, revela que o vice-almirante Othon Pinheiro da Silva tentou suicídio no regime domiciliar em que se encontra, na Base Naval do Rio Meriti.

Othon tornara-se mito nas Forças Armadas, como um dos responsáveis pelo programa nuclear da Marinha. De repente não é mais nada e está prestes a perder a patente, quando completar dois anos de condenação. Ele destruiu a próxima carreira e o que restava de sua vida. Não envolveu a mulher, mas levou de roldão a própria filha, Ana Cristina Toniolo, que era sócia dele numa firma de trambicagens de engenharia e pegou 12 aos e quatro meses de cadeia.

CUNHA & FAMÍLIA – Embriagado pelo poder e confiante em permanecer impune, o ex-deputado Eduardo Cunha seguiu o mesmo caminho. Sem a menor necessidade, colocou a mulher Cláudia Cruz como cúmplice de seus atos de corrupção, envolvendo-a nos depósitos de contas no exterior.

Ainda não satisfeito, incriminou os filhos Felipe, Danielle e Camilla, sócios da empresa GDAV Serviços de Publicidade, que faturou fraudulentamente R$ 1 milhão da Gol Linhas Aéreas. Agora, Cunha está desesperado, querendo fazer delação premiada, mas pode ser tarde demais, a força-tarefa da Lava Jato não demonstra interesse e ele terá de entregar peixes graúdos, podemos imaginar quais serão eles.

DINASTIA ODEBRECHT – Rico desde sempre, devido ao crescimento da empresa na administração do patriarca Norberto Odebrecht, um empresário que destinava boa parte da fortuna para programas sociais, Emilio Odebrecht preferiu transformar a empreiteira numa máquina de corrupção. Nessa onda, a partir do governo FHC ele montou um dos maiores conglomerados empresariais da América Latina. Depois, introduziu o filho Marcelo na criminalidade, foi curtir a vida e deixou-o com a bomba-relógio no colo.

Marcelo Odebrecht está preso desde junho de 2015, o pai Emilio teve de reassumir a presidência, a delação ainda não foi homologada e o grupo empresarial desmorona de forma impressionante. A família tem dinheiro ilícito para várias gerações, mas precisa mudar de sobrenome – a marca Odebrecht está destruída para sempre.

MARISA LETíCIA SOFRE – Na UTI do Sírio-Libanês, Marisa Letícia luta pela vida. Oficialmente, tem hipertensão, que causou um AVC, mas na vida real ela é vítima do marido, que a destruiu.

A ex-primeira-dama vivia nas nuvens, até novembro de 2012, quando a Polícia Federal trouxe a público o romance de Lula com Rosemary Noronha, que ele nomeara chefe do Gabinete da Presidência. A paixão por Rose era antiga, vinha da década de 90, mas Lula não podia abandonar a esposa. Depois do escândalo, sem alternativa, ele tentou melhorar as coisas fazendo todas as vontades de Marisa Letícia, e foi daí que derivaram os graves problemas da ocultação de patrimônio no tríplex do Guarujá, no sítio em Atibaia e na duplicação da cobertura em São Bernardo do Campo.

Marisa Letícia já virou ré em dois processos de lavagem de dinheiro no tríplex do Guarujá e na duplicação fraudulenta da cobertura da família Lula da Silva em São Bernardo. E ainda falta o sítio em Atibaia, mas já cantaram a pedra, como se dizia antigamente.

A DERROCADA – Mulher de pouca instrução, Marisa Letícia não consegue entender o que vem acontecendo. De repente, o tríplex não é mais seu e nem pode continuar frequentando o sítio de Atibaia, onde reunia quase semanalmente a família. Está desesperada porque o caçula Luís Cláudio é réu na Operação Zelotes e a Polícia Federal aperta o cerco ao filho Fábio Luís e a seus sócios Fernando Bittar e Jonas Suassuna, envolvidos no caso do sítio de Atibaia e em muitas outras falcatruas.

Marisa Letícia desatinou. Perplexa, constatou a ruína da família, e os amigos também estão desmoronando, pois José Carlos Bumlai continua preso e até o advogado-compadre Roberto Teixeira virou réu por atuar na ocultação de patrimônio de Lula. A marolinha virou um tsunami.

Portanto, não é sem motivos que uma mulher hipertensa como ela veio a sofrer um AVC. A culpa é do marido Lula da Silva, que agora, com lágrimas no rosto, pede que os amigos rezem por ela.Posted in Tribuna da Internet

Economistas desmontam falácias do governo para reformar Previdência


Charge do Duke (duke.chargista.com.br)

Mariana Carneiro
Folha

Em meio às discussões sobre a reforma da Previdência, que o governo quer aprovar ainda neste ano, representantes de servidores públicos e professores de universidades federais rebatem o discurso oficial sobre a necessidade de mudanças no sistema de aposentadorias. Em debate promovido nesta terça-feira (dia 24) pela Pública, central sindical que reúne cerca de um terço dos servidores do país, economistas questionaram o cálculo do déficit da Previdência e as limitações provocadas pelo envelhecimento da população.

A professora da UFRJ Denise Gentil sustenta que o desequilíbrio nas contas previdenciárias decorre da crise econômica (que afeta a arrecadação de impostos) e do desvio de verbas que deveriam ser recolhidas para financiar as aposentadorias e pensões.

O argumento é que o governo retira recursos da Seguridade Social para financiar outras despesas e cita como exemplo a DRU (Desvinculação das Receitas da União), que permite ao governo usar livremente 30% de todas as receitas públicas, livrando-as de destinações obrigatórias e vinculações.

Denise Gentil também ressalta que desonerações tributárias concedidas a empresas retiraram, em 2015, cerca de R$ 170 bilhões da Seguridade Social.

CONTRADIÇÕES – “É um discurso contraditório do governo quando diz que há deficit de R$ 85 bilhões mas por outro lado faz desonerações em receitas desse sistema”, afirmou.

Em sua avaliação, o governo entrega esses recursos “gratuitamente” às empresas, sem exigir contrapartidas como geração de empregos, ao passo que, no caso da Previdência, exige que trabalhadores contribuam por pelo menos 15 anos (o governo quer elevar a contribuição mínima para 25 anos).

DÉFICIT INEXISTENTE – As críticas são conhecidas pelos técnicos do governo. A própria Denise Gentil é autora de estudo divulgado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) no ano passado, em que classificava o déficit da Previdência de mito. O argumento do governo é que essa contabilidade é parcial, pois desconsidera que a Seguridade Social também deve financiar o SUS (Sistema Único de Saúde) e os benefícios assistenciais, como o bolsa família. Se contabilizadas todas as despesas, o resultado é deficitário, diz o governo.

A economista rebateu ainda o que chamou de “alarmismo fiscal” e questionou o fato de o governo não cobrar por dívidas de empresas com o INSS, que somariam R$ 350 bilhões. “O governo diz que essa reforma precisa de dureza e crueldade porque nossa situação fiscal é grave. Eu me oponho veemente ao alarmismo fiscal. Não é a Previdência que provoca o desequilíbrio fiscal”.

Em sua análise, são as despesas com juros as que mais subiram nos últimos dez anos e as que consomem a maior parte do Orçamento. Ainda segundo Gentil, essas verbas acabam nas mãos de “rentistas” e do sistema financeiro, que, em sua opinião, seria o maior beneficiado pelas mudanças na Previdência.

EMPOBRECIMENTO – Eduardo Fagnani, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho e autor de estudo patrocinado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos) e Anfip (Associação dos Auditores da Receita Federal), disse que a reforma proposta pelo governo vai empobrecer os idosos.

Segundo ele, a Previdência beneficia direta e indiretamente 90 milhões de pessoas no país. “Sem a Previdência e a Seguridade, a pobreza extrema entre os idosos vai aumentar”, diz.

Em suas estimativas, a pobreza para os maiores de 65 anos pode chegar a 50% no médio prazo, dado o “caráter restritivo” que assumiria o sistema de aposentadorias. Ele criticou especialmente a proposta de exigir 25 anos de contribuição e a elevação da idade para aposentadorias assistenciais, de 65 para 70 anos.

DESPROTEÇÃO – “A tragédia da desproteção social começa a ser tecida agora. Hoje não vemos velhos nas ruas pedindo esmolas, daqui a 20, 30 anos teremos uma massa de idosos pedindo dinheiro”, diz.

Ele também demonstrou preocupação com as receitas futuras para financiar a Previdência, dado que em sua opinião as classes de renda mais baixa poderiam deixar de contribuir se não vislumbrarem acesso à aposentadoria.

Ambos os pesquisadores desconfiam das projeções oficiais que indicam que, com mais idosos no futuro, o sistema atual de financiamento da Previdência se tornaria inviável.

“Vamos ter mais idosos no futuro de fato, mas uma coisa é aumentar o número de idosos e o gasto. Outra coisa é achar que não haverá receita para cobrir esse gasto”, diz Denise Gentil. “A receita virá do crescimento da produtividade dos trabalhadores ativos”.

EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO – Em sua avaliação, o governo deve investir em inovação e educação para elevar a produtividade do trabalhador, o que impulsionaria a capacidade de o país gerar e distribuir riquezas. “Não existe determinismo demográfico”. Ela também afirmou que despesas hoje direcionadas aos jovens poderiam ser revertidas aos idosos, uma vez que a população ficaria mais envelhecida.

Já Fagnani disse que os países europeus financiam seus sistemas de Previdência com recursos de impostos. Na Dinamarca, afirmou, 75% dos recursos das aposentadorias e pensões vêm dos cofres públicos. Ele rejeitou argumento de que os europeus também estão reformando seus sistemas neste momento.

“As reformas são recentes e só foram feitas após a crise de 2008/2009. Portanto não tem a ver com o envelhecimento da população”, disse. “Muitos países aumentaram a idade [de aposentadoria] recentemente e quando já estavam muito mais envelhecidos do que nós. Estamos nos antecipando ao que os europeus só fizeram nos últimos anos e queremos subir a idade de forma abrupta”, acrescentou Gentil.Posted in Tribuna da Internet