domingo, 22 de janeiro de 2017

Tucanos na mira: Listão de propina da Odebrecht começa no governo FHC


Charge do Bira, reproduzida do Arquivo Google

Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso

O acordo de leniência (espécie de delação premiada para empresas) da Odebrecht obriga o grupo a entregar, até o fim de janeiro, à força-tarefa da Operação Lava Jato, o total de doações oficiais e de pagamentos de propinas e caixa-2 nas eleições dos últimos 16 anos – período que abrange as últimas quatro disputas presidenciais e de governadores, e as últimas cinco eleições municipais. É o que estabelece o inciso XIV, da cláusula 6.ª, que estipula as obrigações da colaboradora no acordo fechado com o Ministério Público Federal, ao qual o Estadão teve acesso.

O documento, com 26 páginas, foi firmado no dia 1º de dezembro e protocolado nesta sexta-feira, 20, na Justiça Federal, em Curitiba, em uma ação cível em que a Odebrecht é alvo.

O acordo de leniência é assinado por 26 procuradores da República, de Curitiba e de Brasília, e deve ser homologado pelo juiz Sérgio Moro – que ainda não recebeu o documento. O termo já foi homologado pela 5.ª Câmara de Coordenação e Revisão, órgão do Ministério Público competente para analisar o ajuste.

CARTEL DA CORRUPÇÃO – A Lava Jato aponta desvio de mais de R$ 40 bilhões na Petrobrás, entre 2004 e 2014, por empreiteiras que agiram cartelizadas e em conluio com políticos – em especial do PT, PMDB e PP – e agentes públicos. Além de enriquecimento ilícito, o esquema teria patrocinado ilegalmente partidos e campanhas eleitorais – não só da base dos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014 e 2015-2016), mas da oposição, como o PSDB.

No acordo de leniência, que tem como finalidade instruir investigações de improbidade administrativa, em especial relativas a crimes contra a administração pública e o sistema financeiro, crimes de lavagem de dinheiro e crimes fiscais, a Odebrecht assume 22 obrigações com o Ministério Público, para obter os benefícios de colaboradora.

Com o maior volume de contratos na Petrobrás – são R$ 35 bilhões em negócios fechados em dez anos sob análise, sem contar Braskem, braço petroquímico da empreiteira -, a Odebrecht confessou fraudes em contratos, pagamentos de propinas, lavagem de dinheiro.

CONDIÇÃO RÍGIDA – Pelos termos do pacto, o grupo declara que ‘cessou seus envolvimento nos fatos ilícitos descritos’ e que qualquer informação falta ou descumprimento de suas cláusulas resulta no rompimento do termo.

O presidente afastado do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht, está preso desde 19 de junho de 2015, em Curitiba, e deve ser solto no final do ano, graças a seu acordo de delação premiada, feito na esfera criminal e que aguarda homologação no Supremo Tribunal Federal (STF). A morte trágica do relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, nesta quinta-feira, 19, pode atrasar a conclusão do acordo.

O termo de leniência estipula que ‘no prazo de 60 dias a contar da assinatura’ da leniência, será entregue ‘uma lista consolidada de cada uma das doações eleitorais feitas pelo Grupo Odebrecht nos últimos 16 anos, com a indicação mínima de valor, data, beneficiário e autorizados do pagamento, devendo indicar eventual indisponibilidade desses dados’.

FORO PRIVILEGIADO – O grupo tem que entregar também ‘uma lista consolidada com de beneficiários de pagamentos de vantagens indevidas que tenham atualmente prerrogativa de foro por função’.

Na relação, há nomes do PT, do PMDB e do PSDB, como também de ministros do governo Michel Temer, governadores, prefeitos, senadores e deputados.

Os dados sobre irregularidades nas campanhas interessam à força-tarefa da Lava Jato, que prepara ações cíveis para acionar os partidos pelo prejuízo causado à Petrobrás.

As informações da Odebrecht são ainda de interesse do Tribunal Superior Eleitoral, que tem um processo de reanálise das contas da campanha da ex-presidente Dilma, de 2014.

CONTAS OFFSHORES – O acordo estipula ainda que em um prazo de 90 dias – a contar da homologação da leniência pela 13ª Vara Federal, em Curitiba, pelo juiz Moro –, a Odebrecht tem que entregar ao Ministério Público a ‘identificação das empresas e contas bancárias no exterior utilizadas em conexão com os fatos ilícitos revelado neste Acordo e respectivos saldos, bem como apresentar, mediante demanda, extratos e documentos das operações’.

A rede de offshores e contas usadas pela Odebrecht no exterior foi um dos primeiros elementos de provas que pesou nas acusações criminais da Lava Jato, antes da descoberta, em março de 2016, do funcionamento do Setor de Operações Estruturadas do grupo, como um departamento de propinas oficial da empreiteira. São contas de empresas que só existem no papel abertas em paraísos fiscais, como Panamá, Suíça, Uruguai, Ilhas Virgens.

Pela leniência, a empresa tem que apresentar às autoridades relatórios detalhados dos ilícitos, com nomes das pessoas e empresas envolvidas, ‘inclusive agentes políticos, funcionários públicos, sócios, diretores e funcionários de outras empresas’, descrevendo suas condutas.Posted in Tribuna da Internet

Trump chama jornalistas de "desonestos"

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22/01/2017 09h30
Estados Unidos
José Romildo - Correspondente da Agência Brasil

Em seu primeiro dia de trabalho como mandatário dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump visitou a sede da CIA (Agência Central de Inteligência), no estado da Virgínia, onde fez um discurso criticando a cobertura da imprensa durante sua posse. Segundo Trump, os jornalistas estão "entre os seres humanos mais desonestos na terra".

No discurso, ontem (21), Trump criticou o trabalho da imprensa em duas ocasiões. Primeiramente, ao acusar os jornalistas de terem criado um mal estar entre ele e os órgãos de inteligência dos Estados Unidos. Em seguida, disse que os jornalistas subestimaram deliberadamente o número de pessoas que compareceu à sua posse.

Em referência às notícias de que a multidão era inferior ao número de pessoas que esteve presente à posse de Barack Obama, há oito anos, o presidente disse que pelo menos 1,5 milhão de pessoas compareceram à festa que marcou o início de seu governo.

Os jornais dos Estados Unidos, porém, desmentiram essa afirmação com fotos tiradas de avião que mostram claramente que, na posse de Obama, o número de pessoas presentes era bem superior ao de Trump.

Mais tarde, na Casa Branca, Trump pediu que seu secretário de imprensa, Sean Spicer, reiterasse suas declarações. Em um briefing aos jornalistas, Spicer demonstrou irritação com a cobertura dos jornalistas e repetiu as afirmações de que os jornalistas erraram a contagem sobre a multidão presente na posse de Trump. Ele acrescentou que a imprensa deliberadamente computou um número menor.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Espírito Santo tem mais dois casos suspeitos de febre amarela

20/01/2017 17h31
Brasília
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil

Mais dois casos suspeitos de febre amarela foram notificados no Espírito Santo, elevando para oito o número de registros no estado. Os casos suspeitos foram identificados nos municípios de Ibatiba, São Roque do Canaã, Conceição do Castelo, Colatina e Baixo Guandu.

Esta semana, o Ministério da Saúde encaminhou 500 mil doses extras de vacina contra a febre amarela para o Espírito Santo. Minas Gerais, estado que concentra a maioria dos casos da doença em 2017, receberá a partir de hoje (20) 800 mil doses da vacina, além das 1,6 milhão de doses que já haviam sido enviadas.

Minas registrou este ano 206 pacientes com suspeita de febre amarela. Destes, 34 foram confirmados, 23 com morte. Os outros casos estão passando por exames para confirmação.

O Ministério da Saúde também distribuiu no mês de janeiro 650 mil doses da vacina de febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação.

A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, deve se imunizar. Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área de recomendação para a vacina.

De acordo com o ministério, a vacina é eficaz e segura. O calendário de imunização no Brasil contra febre amarela prevê uma dose e um reforço. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço dez anos depois da primeira. As orientações são apenas para pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Novo site da Casa Branca elimina seções sobre clima, direitos civis e LGBT

20/01/2017 17h40
Nova York (EUA)
Da Agência Ansa


Novo site da Casa BrancaReprodução/Internet

Mal o novo presidente americano, Donald Trump, tomou posse, e a Casa Branca já atualizou o seu site com algumas novidades polêmicas. A seção dedicada às mudanças climáticas, bandeira defendida pelo ex-presidente Barack Obama, por exemplo, foi apagada da página oficial, assim como qualquer menção ao aquecimento global. Também não há mais seções no site sobre direitos civis e público LGBT. As informações são da Agência Ansa.

A nova política deve-se ao fato que o novo ocupante da Casa Branca e boa parte do Partido Republicano minimizam os efeitos causados pelas alterações no clima e a necessidade de se investir na chamada "economia verde". Por outro lado, a página oficial traz algumas das medidas que o magnata promete adotar como novo presidente dos Estados Unidos.

Entre as iniciativas anunciadas, está a construção de um "escudo espacial" para proteger o país de possíveis "mísseis" lançados por nações como Irã e Coreia do Norte. O Irã inclusive assinou um acordo nuclear com as principais potências do planeta, incluindo os EUA, no qual limita suas atividades atômicas. Acordo esse que Trump prometeu rever.

Além disso, a Casa Branca listou mudanças importantes na política econômica, como a saída dos EUA do Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), formado por 12 nações que reúnem 40% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

Trump também pretende renegociar o Nafta, tratado de livre comércio com Canadá e México. "Se os parceiros se negarem, o presidente insistirá em sua intenção de deixar o pacto", diz a Casa Branca. O objetivo do republicano é criar 25 milhões de postos de trabalho na próxima década e alcançar um crescimento econômico de 4% ao ano.

Outra promessa apresentada pelo site oficial do governo é a de "derrotar o terrorismo islâmico", classificada como uma "prioridade" da nova administração. "Trabalharemos com os parceiros internacionais para cortar fundos de grupos terroristas e nos empenharemos em uma guerra cibernética para desestabilizar a propaganda", ressalta a Casa Branca.

O site já conta com o nome e a foto de Trump, além do slogan de sua histórica campanha: "Vamos fazer a América grande de novo".

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Velório de Teori Zavascki será aberto ao público

20/01/2017 16h48
Porto Alegre
Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil

O velório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, marcado para amanhã (21), em Porto Alegre, será aberto ao público e à imprensa às 11h. Antes, a família terá uma cerimônia reservada. O velório vai ocorrer no plenário do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4), na capital gaúcha.

A família de Teori ainda aguarda a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal de Angra dos Reis e o transporte até Porto Alegre, o que deve ocorrer ainda hoje.

Para o velório, é esperada a presença do presidente da República, Michel Temer. A presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, viajou a Porto Alegre para participar dos ritos fúnebres.

O enterro de Teori Zavascki está marcado para as 18h de sábado no Cemitério Jardim da Paz, na zona leste de Porto Alegre. As cerimônias fúnebres serão realizadas na capital gaúcha, e não na sede do STF, em Brasília, a pedido da família do magistrado.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

STF não pediu R$ 9 bi em indenizações a famílias de presos mortos

Por João Pedroso de Campos
access_time9 jan 2017, 18h27 - Atualizado em 9 jan 2017, 18h35chat_bubble_outlinemore_horiz
Policiais patrulham a entrada principal do Complexo Penitenciário Anísio Jobim em Manaus, após rebelião no local - 03/01/2017 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Os massacres nos presídios Anísio Jobim, em Manaus (AM), e Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista (RR), que deixaram 91 detentos mortos na primeira semana de 2017, têm sido um prato cheio para os propagadores de desinformação na internet.

Sempre em busca dos cliques que rendem valiosos dividendos publicitários, sites como o Pelo Amor de Deus.com e o Saúde, Vida e Família lançaram a seguinte manchete: “STF quer a liberação de 9 bilhões de reais para pagar familiares de presos mortos por rivais em Manaus”.

Notícia falsa inventa número astronômico e atribui ao Supremo Tribunal Federal (STF) (Reprodução/STF não pediu R$ 9 bi em indenizações a famílias de presos mortos)

Como é praxe no infame ofício de inventar notícias online, os autores da “informação”, tão verdadeira quanto uma nota de três reais, contam uma grande mentira rodeada por verdades.

No primeiro parágrafo, o texto diz que “o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse ao Globo que o Estado é responsável pela integridade do preso”.

Em entrevista ao site do jornal O Globo, o ministro afirmou, de fato, que “(as mortes são) resultado da não observância da Constituição Federal, que impõe ao Estado preservar a integridade física e moral do preso”.

Na sequência, o texto relata que “em março de 2016, o STF decidiu que o poder público tem o dever de indenizar a família de detento que morrer dentro do presídio, mesmo que seja suicídio”.

De fato, o plenário do STF decidiu, em março do ano passado, que o Estado é responsável pela morte de detentos em presídios. O relator da matéria, ministro Luiz Fux, entendeu que a responsabilidade estatal sobre os detentos ocorre também em casos de suicídio. No processo, os ministros da Corte foram unânimes em condenar o Estado do Rio Grande do Sul a indenizar a família de um preso que morreu enforcado na Penitenciária Estadual de Jacuí, cidade a 290 quilômetros de Porto Alegre.

Neste sentido, o governo do Amazonas confirmou, por meio de nota, que indenizará as famílias de detentos assassinados em Manaus.

Não há, no entanto, – como o bom senso já sugere – nenhum registro de que o STF solicitou como indenização o estratosférico valor de 9 bilhões de reais, mera invenção dos criativos roteiristas dos sites de notícias falsas para despertar a indignação dos internautas brasileiros.

http://veja.abril.com.br/blog/me-engana-que-eu-posto/stf-nao-pediu-r-9-bi-em-indenizacoes-a-familias-de-presos-mortos/

Fhemig abre Processo Seletivo Simplificado para Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora

«Janeiro 2017»

Estão abertas até às 17h (horário de Brasília) de 15 de janeiro de 2017 (domingo), no site da Fhemig, as inscrições para cadastramento de currículos, visando contratações de profissionais nas funções de Técnico de Enfermagem e Enfermeiro Obstetra e formação de quadro de cadastro de reserva para a função de Enfermeiro para atuarem no Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora.

O regulamento do Processo Seletivo Simplificado, na íntegra, está disponível em:
www.fhemig.mg.gov.br/pt/como-ingressar-na-fhemig/selecao/contratacao-temporaria

Outras informações:
Assessoria de Comunicação Social - Fhemig - (31) 3239-9649 / (31) 3239-9507

Agência Minas

Carnaval 2017 - Prazo para pedidos de apoio e de alvará termina na sexta-feira

JUIZ DE FORA - 9/1/2017 - 15:53

Foto: Divulgação Funalfa

Os responsáveis por blocos, bailes, entidades e qualquer outra atividade ligada ao Carnaval 2017 têm até sexta-feira, 13, para solicitar apoio e alvará gratuito. Obrigatório, o procedimento deverá ser feito no Espaço Cidadão JF (Avenida Barão do Rio Branco, 2.234, Parque Halfeld, Centro), de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.

Junto com a documentação prevista no edital, será preciso apresentar o formulário e o requerimento específico, disponíveis no Departamento de Cultura da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), no Espaço Cidadão JF e no site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Os responsáveis contemplados com auxílio financeiro devem prestar contas da verba recebida até 30 dias após a realização do evento.

O solicitante deverá providenciar, no Corpo de Bombeiros Militar, toda a documentação exigida para o evento proposto, obedecendo às orientações técnicas, conforme as especificidades de cada evento ou atividade. Também cabe ao solicitante providenciar, na Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (Cemig), o pedido de ponto de energia ou ligação de chave provisória (quando necessária). O pagamento do serviço correrá por conta da organização do evento e não será considerado nos pedidos de apoio.

As solicitações recebidas por meio do edital serão analisadas por uma comissão especialmente designada, formada por oito representantes de setores da PJF e instituições relacionadas com os eventos. Todos os pedidos serão avaliados para liberação de alvará para uso do espaço público, porém, novos blocos, entidades carnavalescas ou outras atividades ligadas ao carnaval não poderão solicitar suporte material ou financeiro.

O deferimento dos pedidos levará em consideração a disponibilidade financeira da PJF; a relevância cultural e comunitária do evento; a natureza e localização; a necessidade de alteração de trânsito e tráfego; o impacto no funcionamento da rotina e no cotidiano da cidade; a proximidade com hospitais, escolas, bens tombados e outros; a previsão de público e histórico da realização em anos anteriores; a capacidade de suporte logístico dos órgãos públicos envolvidos; a possível concentração de outras promoções no mesmo dia, região ou horário; a concordância e anuência da sociedade pró-melhoramentos do bairro ou região apresentada no ato do pedido; horário de início e término, considerando concentração - quando houver - e dispersão, incluindo pós-evento, além da programação da equipe organizadora.

A resposta e o possível deferimento dos pedidos serão expedidos semanalmente, entre 5 e 31 de janeiro, através de correspondência escrita.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF

ABL disponibiliza na internet manuscritos de três obras de Machado de Assis

09/01/2017 21h11
Rio de Janeiro
Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil

Os manuscritos originais de dois romances e de um poema de Machado de Assis (1839-1908), um dos mais importantes escritores brasileiros, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), já podem ser consultados na internet, no site www.academia.org.br. Até agora, os originais só podiam ser acessados nos computadores instalados na sede do Arquivo Múcio Leão, da ABL, no centro do Rio de Janeiro.

Os romances são Esaú e Jacó e Memorial de Aires, os dois últimos publicados por Machado, e o poema heroico cômico O Almada. Os manuscritos mostram o processo criativo do autor, inclusive as correções nos textos, assim como as mudanças dos nomes de determinados personagens.

De acordo com a chefe do Arquivo da ABL, Maria Oliveira, a ideia é disponibilizar todos os manuscritos disponíveis de Machado de Assis. “A equipe de arquivistas do Múcio Leão vem desenvolvendo a alimentação da base de dados, com a inclusão das informações e imagens digitais para o novo sistema. O trabalho está sendo realizado pela Coordenadora dos Arquivos dos Acadêmicos, Juliana Amorim”, disse.

O presidente da ABL, Domício Proença Filho, diz que a divulgação dos manuscritos de Machado de Assis atende a interessados de todo o mundoArquivo/Tomaz Silva/Agência Brasil

O acervo documental do Arquivo Machado de Assis está dividido em um fundo arquivístico e uma coleção de documentos, segundo Maria Oliveira.

“O fundo arquivístico é o conjunto de documentos produzidos e/ou recebidos pelo titular no exercício de suas atividades e no decorrer de sua vida, naturalmente acumulados pelo próprio. Já a coleção de documentos é o resultado daqueles reunidos pela ABL, por intermédio de parentes do autor, amigos, estudiosos e correlatos, cujo conteúdo trata de temas, assuntos, impressões e aspectos relativos ao acadêmico e que complementam as informações do fundo arquivístico”, explicou.

Para o presidente da ABL, Domício Proença Filho, o novo serviço é uma etapa importante do projeto de preservação e difusão da totalidade dos arquivos de acadêmicos e acadêmicas desenvolvido pelo Arquivo Múcio Leão, dirigido pelo historiador José Murilo de Carvalho, também membro da Academia.

“A antecipação do presente processo de migração para sua base de dados deve-se à solicitação de um grande número de interessados de todas as partes do mundo, de conhecer os manuscritos do escritor [Machado de Assis]. Com isso, a Academia dá sequência ao cumprimento de seus objetivos primeiros, vinculados ao culto da língua e da literatura nacional”, disse.
Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Maior atacadista de drogas, o PCC luta para controlar prisões em todos os estados

Mãe de detento do Compaj, em Manaus, chora após a rebelião

Gabriela Fujita e Vinicius Konchinski
Do UOL, em São Paulo e no Rio

O PCC (Primeiro Comando da Capital) está em campanha pela hegemonia no crime organizado. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a facção paulista rompeu acordos de paz com outras organizações criminosas e lançou no segundo semestre do ano passado uma ofensiva pelo controle de presídios, tráfico de drogas e armas no Brasil. A ação estaria relacionada a motins, assassinatos e transferências de presos em pelo menos 15 Estados.

EM 15 ESTADOS – Desde o rompimento do PCC com o CV (Comando Vermelho) e outras facções, já foram afetados Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo. O levantamento foi realizado pelo UOL com base em dados fornecidos por governos e sindicatos de agentes penitenciários.

Roraima, por exemplo, sofreu com duas rebeliões relacionadas a ações do PCC em presídios do Estado. A última ocorreu na sexta-feira (6), na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista (RR), e matou 31 detentos, embora o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, tenha creditado o motivo a um “acerto de contas” entre internos. Na mesma cadeia, dez presos foram assassinados em outubro. Neste sábado (7), mais dois corpos foram encontrados. Eles estavam enterrados na cozinha.

COMEÇA A GUERRA – A disputa entre o PCC e a FDN (Família do Norte), facção aliada ao CV, também teria motivado o motim que matou 56 internos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus (AM), na semana passada.

Para o promotor paulista Lincoln Gakiya, que há anos investiga o PCC, essas rebeliões são capítulos de uma guerra que está apenas no início. “O PCC rompeu acordos que tinha com outras quadrilhas para uma convivência pacífica em presídios e no tráfico de armas e drogas. Desde então, já aconteceram conflitos em vários Estados e a violência pode crescer.”

Na região Nordeste, por outro lado, o PCC está presente de forma maciça, mas como fornecedor de drogas e armas para quadrilhas locais na maioria dos Estados.

PRESOS SEPARADOS – Antes das rebeliões em presídios do Norte, a disputa entre PCC e outras facções já havia causado transtornos em outros Estados do país. De acordo com João Batista, presidente do Sindspen-MT (Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso), ainda em agosto, detentos ligados à organização paulista e ao CV tiveram que ser separados para evitar conflitos. “Presos ligados ao PCC e ao CV sempre dividiram celas e conviviam normalmente nos pátios de presídios daqui e de outros Estados”, afirmou Batista, em entrevista ao UOL. “Depois que eles romperam, todos os presos foram separados. Mesmo assim, houve casos de violência.”

Em novembro, um preso supostamente ligado ao CV foi esquartejado dentro de uma cela na Penitenciária Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa (MT), que seria dominada pelo PCC. A Sejudh (Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos) informou que existe “um possível conflito entre PCC e CV nas Unidades Prisionais de Mato Grosso”.

No Mato Grosso do Sul, onde a disputa entre CV e PCC também é intensa, duas rebeliões foram registradas causando a morte de três presos. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) declarou que monitora a disputa entre facções em presídios do Estado.

NO RJ E EM SP – Em São Paulo, segundo o promotor Gakiya, o PCC é a facção criminosa predominante em presídios. Ele disse que os poucos integrantes do CV que estavam em presídios paulistas foram transferidos assim que a ruptura entre as quadrilhas carioca e de São Paulo foi constatada.

No Rio de Janeiro, também foram realizadas transferências em outubro, depois que o CV rompeu com o PCC. A Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) informou que tomou medidas necessárias para resguardar os detentos, mas não quis dar mais detalhes sobre as transferências por segurança.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Só publicamos este resumo da excelente matéria da UOL, que é muito longa e mostra em detalhes os conflitos das facções nos 15 Estados. Mas o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, minimizou o peso da briga entre facções na rebelião em Manaus no dia seguinte ao motim. Na prática, porém, o que se constata é justamente o contrário. Ou seja, o ministro precisa rever seus conceitos, para não ficar pagando mico, como se diz hoje em dia. (C.N.)