segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Carro fica preso em cancela e motorista morre em Juiz de Fora

05/12/2016 09h00 - Atualizado em 05/12/2016 11h44

Do G1 Zona da Mata

Acidente envolvendo carro e locomotiva ocorreu em Juiz de Fora 
(Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Um motorista, de 62 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (5) depois que o carro que ele dirigia ficou preso em uma cancela ferroviária do Bairro Jóquei Clube 2, em Juiz de Fora.

De acordo com as informações preliminares do Corpo de Bombeiros, ele tentou passar pelo local, que fica às margens da Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, mas não conseguiu sair e o trem que seguia pela linha férrea se chocou contra o veículo.

Os militares estão no local desde as 8 horas e a ocorrência segue em andamento, com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma equipe da MRS, responsável pela locomotiva, também está no local.

Em nota, a MRS informou que todos os procedimentos de segurança vinham sendo cumpridos quando o maquinista avistou um veículo parado sobre a linha férrea. Neste momento, o freio de emergência foi acionado no intuito de evitar a colisão, no entanto, por conta do peso da composição, foi impossível parar a tempo. A empresa ainda ressalta que as condições dessa passagem em nível estão adequadas para o fluxo de veículos.

Soldado do Exército é baleado e morre em Juiz de Fora

05/12/2016 08h11 - Atualizado em 05/12/2016 08h11

Do G1 Zona da Mata

Duas pessoas foram assassinadas na noite deste domingo (4), em Juiz de Fora. De acordo com o Boletim de Ocorrências (BO) da Polícia Militar (PM), os crimes aconteceram em um intervalo de aproximadamente uma hora e meia.

Na Rua Sebastiana Rosa Freitas, no Bairro Jóquei Clube 2, um soldado do Exército Brasileiro, de 21 anos, também foi atingido por disparos e não resistiu aos ferimentos. Segundo a PM, ele trabalhava como motoboy enquanto estava de folga no quartel e, ao entregar um lanche, por volta das 23h30, foi surpreendido por três pessoas.

Os suspeitos atiraram diversas vezes e cinco disparos atingiram a vítima, na nuca, no braço esquerdo e nas costas. A Perícia foi feita pelo Exército, que liberou o corpo. Os suspeitos não foram localizados durante o patrulhamento.

Já por volta das 22h, um homem, de 34 anos foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte por familiares, com quatro perfurações e já sem sinais vitais. Os detalhes do crime, que aconteceu na Rua João Ribeiro de Novaes, no Bairro Vila Esperança, não foram divulgados.

Testemunhas reconheceram o suspeito do assassinato como um adolescente, de 16 anos, morador do mesmo bairro. Ele não foi localizado pela equipe da PM. A Perícia da Polícia Civil foi até a casa da vítima e liberou o local após averiguações.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Grupos protestam em defesa da Lava Jato em Juiz de Fora

04/12/2016 11h15 - Atualizado em 04/12/2016 13h14

Do G1 Zona da Mata

Manifestantes se concentraram na praça do Bairro São Mateus 
(Foto: Rafael Antunes/G1)

Manifestantes se mobilizaram na manhã deste domingo (4) entre o Bairro São Mateus e o Centro de Juiz de Fora. Eles são contrários a interferências políticas na Operação "Lava Lato" e apoiam as ações do juiz Sérgio Moro, que comanda as investigações. Além disso, apoiam as dez medidas contra a corrupção propostas pelo Ministério Público federal (MPF).
Manifestantes saíram em passeata pela Avenida Itamar Franco 
(Foto: Rafael Antunes/G1)

Os organizadores dos movimentos Vem Pra Rua e Muda Brasil estimam um público de 4 mil pessoas. A Polícia Militar (PM) ainda não divulgou. Os manifestantes se concentraram na Praça Jarbas de Lery Santos e seguiram pelas avenidas Presidente Itamar Franco e Barão do Rio Branco carregando faixas e bandeiras do Brasil.

O ato terminou no Parque Halfeld, em frente à Câmara Municipal, com uma homenagem ao zagueiro Marcelo, da Chapecoense, cujo velório acontece no Legislativo. Eles fizeram um minuto de silêncio, rezaram e cantaram o Hino Nacional. Após a homenagem ao jogador, os participantes do protesto se dissiparam.

Durante a passagem dos manifestantes, o trânsito na Avenida Presidente Itamar Franco ficou impedido no sentido São Mateus/Centro e congestionado no sentido oposto.

Manifestantes fizeram um minuto de silêncio em frente ao velório do zagueiro da Chapecoense (Foto: Rafael Antunes/G1)

Morre no Rio o poeta e escritor Ferreira Gullar

04/12/2016 12h40
Rio de Janeiro
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

O poeta, escritor, jornalista e teatrólogo Ferreira Gullar morreu neste domingo (4) no Hospital Copa d’Or, na zona sul do Rio, aos 86 anos. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 2014.

Ferreira Gullar, cujo nome verdadeiro é José de Ribamar Ferreira, nasceu em São Luís do Maranhão em 10 de setembro de 1930, numa família de classe média pobre. Dividiu os anos da infância entre a escola e a vida de rua, jogando bola e pescando no Rio Bacanga. Considera que viveu numa espécie de paraíso tropical e, quando chegou à adolescência, ficou chocado em ter de tornar-se adulto, e tornou-se poeta.

Morre no Rio o poeta Ferreira Gullar - TV Brasil Memórias/Aruivo

No começo, acreditava que todos os poetas já haviam morrido e somente depois descobriu que havia muitos deles em sua própria cidade, a algumas quadras de sua casa. Com 18 anos, passou a frequentar os bares da Praça João Lisboa e o Grêmio Lítero-Recreativo, onde, aos domingos, havia leitura de poemas.

Descobriu a poesia moderna apenas aos 19 anos, ao ler os poemas de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Ficou escandalizado com esse tipo de poesia e tratou de informar-se, lendo ensaios sobre a nova poesia.

Pouco depois, aderiu a ela e adotou uma atitude totalmente oposta à que tinha anteriormente, tornando-se um poeta experimental radical, que tinha como lema uma frase de Gauguin: “Quando eu aprender a pintar com a mão direita, passarei a pintar com a esquerda, e quando aprender a pintar com a esquerda, passarei a pintar com os pés”.

Ou seja, nada de fórmulas: o poema teria que ser inventado a cada momento. “Eu queria que a própria linguagem fosse inventada a cada poema”, diria ele mais tarde. Assim nasceu o livro que o lançaria no cenário literário do país em 1954: A Luta Corporal.

Os últimos poemas deste livro resultam de uma implosão da linguagem poética e provocariam o surgimento na literatura brasileira da “poesia concreta”, de que Gullar foi um dos participantes e, em seguida dissidente, passando a integrar um grupo de artistas plásticos e poetas do Rio de Janeiro: o grupo neoconcreto.

O movimento neoconcreto surgiu em 1959, com um manifesto escrito por Gullar, seguido da teoria do não-objeto. Esses dois textos fazem hoje parte da história da arte brasileira, pelo que trouxeram de original e revolucionário. São expressões da arte neoconcreta as obras de Lygia Clark e Hélio Oiticica, hoje nomes mundialmente conhecidos.

Experiências
Gullar levou suas experiências poéticas ao limite da expressão, criando o Livro-Poema e, depois, o Poema Espacial, e, finalmente, o Poema Enterrado. Este consiste em uma sala no subsolo a que se tem acesso por uma escada; após penetrar no poema, deparamo-nos com um cubo vermelho; ao levantarmos este cubo, encontramos outro, verde, e sob este ainda outro, branco, que tem escrito numa das faces a palavra “rejuvenesça”.

O poema enterrado foi a última obra neoconcreta de Gullar, que afastou-se do grupo e integrou-se na luta política revolucionária. Entrou para o Partido Comunista e passou a escrever poemas sobre política e participar da luta contra a ditadura militar que havia se implantado no país, em 1964. Foi processado e preso na Vila Militar. Mais tarde, teve de abandonar a vida legal, passar à clandestinidade e, depois, ao exílio. Deixou clandestinamente o país e foi para Moscou, depois para Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires.

Voltou para o Brasil em 1977, quando foi preso e torturado. Libertado por pressão internacional, voltou a trabalhar na imprensa do Rio de Janeiro e, depois, como roteirista de televisão.

Teatro
Durante o exílio em Buenos Aires, Gullar escreveu Poema Sujo, um longo poema de quase cem páginas e que é considerado sua obra-prima. Esse poema causou enorme impacto ao ser editado no Brasil e foi um dos fatores que determinaram a volta do poeta a seu país. Poema Sujo foi traduzido e publicado em várias línguas e países.

De volta ao Brasil, Gullar publicou, em 1980, Na vertigem do dia e Toda Poesia, livro que reuniu toda sua produção poética até então. Voltou a escrever sobre arte na imprensa do Rio e São Paulo, publicando, nesse campo, dois livros Etapas da arte contemporânea(1985) e Argumentação contra a morte da arte (1993), onde discute a crise da arte contemporânea.

Outro campo de atuação de Ferreira Gullar é o teatro. Após o golpe militar, ele e um grupo de jovens dramaturgos e atores fundou o Teatro Opinião, que teve importante papel na resistência democrática ao regime autoritário. Nesse período, escreveu, com Oduvaldo Vianna Filho, as peças Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come e A saída? Onde fica a saída? De volta do exílio, escreveu a peça Um rubi no umbigo, montada pelo Teatro Casa Grande em 1978.

Gullar afirmava que a poesia era sua atividade fundamental. Em 1987, publicou Barulhos e, em 1999, Muitas Vozes, que recebeu os principais prêmios de literatura daquele ano. Em 2002, foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura.

Governador
O governador do estado, Luiz Fernando Pezão, divulgou nota de pesar sobre a morte do jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Ferreira Gullar, que morreu na manhã de hoje (4), aos 86 anos, no Hospital Copa d’Or, em Copacabana, zona sul do Rio.

“Ferreira Gullar é uma das expressões mais fortes da literatura brasileira. Em todas as dimensões em que atuou, o fez com maestria e densidade. Antes de ser imortalizado pela Academia Brasileira de Letras, Ferreira Gullar já fora eternizado pela sua obra. Por isso, o poeta sempre será lembrado. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos”.

A Academia Brasileira de Letras ainda não tem a hora e local onde o corpo do acadêmico Ferreira Gullar será velado. Essas providências estão sendo tomadas pela família, que ainda está decidindo para onde o corpo será levado.

Prefeito
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também divulgou nota sobre a morte do poeta, escritor e imortal Ferreira Gullar, que morreu na manhã de hoje, no Rio. De acordo com Paes, o Brasil e o mundo choram hoje a perda do imortal poeta Ferreira Gullar.

"Mas, na cidade que ele escolheu para viver, a dívida de gratidão com esse gênio das palavras é ainda maior. Meu amigo Gullar foi um dos 150 representantes da intelectualidade e da sociedade carioca que desde 2012 participam do Conselho da Cidade, colaborando com sua mente brilhante para ajudar a transformar o Rio. Por isso, além da saudade que ficará desse carioca de coração, deixo aqui o meu 'muito obrigado" para este amigo em nome de todos os apaixonados pela Cidade Maravilhosa. Meus sentimentos para toda a família e para os admiradores de Ferreira Gullar. Que sua poesia continue imortal para a cidade do Rio de Janeiro".

* Matéria alterada às 15h08 para inclusão de novas informações.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Tema da redação do segundo dia do Enem é sobre caminhos de combate ao racismo

04/12/2016 14h58
Brasília
Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil

Tema da redação do Enem é sobre caminhos para combater racismo (Antonio Cunha/CB/D.A Press)Tema da redação do Enem é sobre caminhos para combater racismo

O tema da redação da segunda aplicação do Enem 2016 é: “Caminhos para combater o racismo no Brasil”. A informação foi divulgada pelo Twitter do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep).

São 277.624 candidatos inscritos para a segunda aplicação do Enem. A maior parte desses alunos teve as provas adiadas por causa das ocupações em escolas e universidades públicas do país no mês de novembro.

As provas são diferentes daquelas aplicadas dias 5 e 6 de novembro, mas mantêm o mesmo nível de dificuldade, o que, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), garantirá a isonomia entre os candidatos.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

A farsa do rombo na previdência


Publicado em 3 de dez de 2016
Categoria Pessoas e blogs
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ANFIP

    Giovani dos Santos vence volta da Pampulha; Joziane fica em segundo

    Giovani dos Santos é campeão pela 5ª vez
    Corredores homenagearam as vítimas da tragédia com o voo da Chapecoense

    PUBLICADO EM 04/12/16 - 09h01

    FERNANDA VIEGAS

    O corredor Giovani dos Santos, mineiro de Natércia, no Sul de Minas, conquistou, pela quinta vez, a XVIII Volta Internacional da Pampulha, em Belo Horizonte, na manhã deste domingo (4). O segundo lugar ficou com um atleta do Quênia e o terceiro com um da Tanzânia.

    No feminino, a brasileira Joziane Cardoso chegou em segundo lugar, atrás de uma atleta da Tanzânia.

    O percurso total é de 17,8 Km e 14 mil pessoas participaram da competição.

    Homenagem

    Ao invés da tradicional música no sistema de som, uma salva de palmas, uma homenagem em forma de texto e silêncio, como forma de luto pela tragédia com o voo da Chapecoense, marcaram a largada da prova principal.

    http://www.otempo.com.br/superfc/giovani-dos-santos-vence-volta-da-pampulha-joziane-fica-em-segundo-1.1407690

    Consumidores criticam proposta de limitar uso da internet fixa

    04/12/2016 09h49
    Brasília
    Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

    Alguns usuários ciam possíveis dificuldades que terão com a limitação - Arquivo/Agência Brasil

    A possibilidade de as operadoras de banda larga limitarem o uso de internet fixa está sendo debatida na internet, em uma consulta pública feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A consulta, que está no ar há 15 dias, já recebeu mais de 1,8 mil contribuições e mais de 12,6 mil pessoas se inscreveram para acompanhar o sistema da Anatel.

    Nas mensagens já postadas, a maioria dos usuários critica fortemente a proposta de limitar o uso de internet fixa. Alguns citam possíveis dificuldades que terão com a medida, como no mercado de trabalho ou com a educação à distância. Também há muitas críticas em relação ao serviço prestado pelas operadoras atualmente. Alguns usuários sugerem que, se houver uma franquia, que ela seja de tamanho suficiente para o uso mensal e com preços razoáveis.

    Segundo a Anatel, o objetivo da consulta à sociedade é colher subsídios técnicos que servirão para fundamentar a decisão da agência sobre as franquias de dados na banda larga fixa. “Com isso, busca-se ampliar a transparência e fortalecer os mecanismos de participação social no processo regulatório”, informou a Anatel. Além das contribuições por meio do site, a Anatel encaminhou questões a entidades representativas dos diversos setores envolvidos. 

    Quem quiser opinar sobre o assunto deve acessar a plataforma Diálogo Anatel, por meio do site www.anatel.gov.br/dialogo. Antes da opinião, é preciso fazer um cadastro com dados básicos, como nome e email. As sugestões podem ser encaminhadas até o dia 11 de janeiro.

    A possibilidade de as operadoras de internet fixa adotarem uma franquia de dados, ou seja, um limite máximo de uso mensal, vem sendo discutida desde abril, quando algumas empresas começaram a oferecer pacotes nesses moldes. Inicialmente, a Anatel disse que a regulamentação da agência permite a oferta desse tipo de plano, mas depois o órgão regulador decidiu proibir a prática por tempo indeterminado.

    A franquia de consumo de internet já é adotada por empresas que oferecem banda larga móvel. Algumas reduzem a velocidade depois que o limite é ultrapassado, outras cortam o acesso à internet, dando ao consumidor a opção de contratar um pacote de dados maior.

    Enquanto a decisão final sobre o assunto não for tomada, com o julgamento do processo administrativo pelo Conselho Diretor da Anatel, as prestadoras que oferecem o acesso à internet por meio de banda larga fixa continuam proibidas de reduzir a velocidade, suspender o serviço ou cobrar pelo tráfego excedente nos casos em que os consumidores utilizarem toda a franquia contratada, mesmo se isso estiver previsto no contrato.

    Edição: Armando Cardoso
    Agência Brasil

    Zagueiro da Chapecoense é velado na Câmara Municipal de Juiz de Fora

    04/12/2016 09h38 - Atualizado em 04/12/2016 09h38

    Bruno Ribeiro

    Do G1 Zona da Mata

    Corpo de Marcelo é velado na Câmara de Juiz de Fora 
    (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)

    O velório do zagueiro da Chapecoense, Marcelo da Silva, começou em Juiz de Fora. O corpo do jogador, que é um dos 71 mortos do acidente aéreo que aconteceu na última terça-feira, chegou à cidade durante a madrugada. A cerimônia teve início pouco antes das 8h, na Câmara Municipal, com presença de familiares.

    A partir das 9h, o público terá acesso ao velório para prestar homenagens ao atleta. O sepultamento está previsto para as 16h, no Cemitério Municipal, mas pode acontecer até 17h.

    Em razão de imprevistos, a tendência era que o avião que levava o corpo do jogador só desembarcasse na região no início da tarde deste domingo. Porém, o corpo do zagueiro, que atuou por Volta Redonda, Flamengo e Chapecoense, chegou ao município às 2h30, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
    Pai de Marcelo deve chegar a Juiz de Fora às 15h
    (Foto: Paulo Manoel da Silva/Arquivo Pessoal)

    O pai de Marcelo, Paulo Manoel da Silva, bem como o primo do jogador, Felipe Emanuel, só vão chegar a Juiz de Fora próximo ao fim do velório. O avião, que levaria os familiares do jogador neste sábado (3), não pôde decolar em razão do mau tempo. Desta forma, eles foram de ônibus para Curitiba, onde estão na casa do primo de Paulo, Evaldo Fernandes de Almeida. De lá, Paulo e Felipe seguem em voo comercial para o Rio de Janeiro e, depois, viajam de carro para Juiz de Fora. A previsão de chegada é às 15h.

    Por volta do mesmo horário deve terminar o velório de Marcelo na Câmara. A partir disso, o corpo será levado por um caminhão do Corpo de Bombeiros, em cortejo fúnebre, até o Cemitério Municipal. A previsão para o sepultamento é às 16h. Porém, há um acordo entre a família e o cemitério para que, em caso de atraso, Marcelo seja enterrado às 17h.

    Família
    O pai de Marcelo fez tudo que podia para ver o filho ser jogador de futebol. Levou para escolinha, calçou a cara para pedir que jogasse de graça, sem pagar a mensalidade, mais de uma vez em projetos sociais, não teve vergonha de acionar os vizinhos para custear a vida do menino longe de casa, e acompanhou todos os passos, da infância, até o profissional.

    Dias após o acidente, o pai do atleta se mostra resignado e tranquilo. Para Paulo a maior tristeza tem sido acompanhar o noticiário e assistir aos depoimentos de sobreviventes e pessoas que, de alguma forma, tem contribuído com as investigações sobre a queda do avião da LaMia.

    As informações sobre o plano de voo e a possibilidade de negligência do piloto da aeronave, Miguel Quiroga, quanto à quantidade de combustível utilizado para o trajeto entre Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e Medellín, na Colômbia, indica a possibilidade de falha humana como razão para a tragédia.

    De acordo com o pai de Marcelo, a dor por tomar conhecimento do que pode ter levado o filho à morte é o que mais tem machucado a família. "A perda, por si só, já motivaria a tristeza. Um time jovem, de jogadores que estavam buscando um título internacional e haviam marcado o nome da história do clube, foi destruído. E tudo por quê? Por falta de combustível? Pelo piloto ter calculado mal, ter arriscado e colocado a conta de chegar no aeroporto? É complicado. Isso é o mais triste", afirmou.

    O pai de Marcelo revelou como foram os momentos, desde a última conversa com o filho, passando pela confirmação da morte, até as homenagens na Arena Condá. "Quando meu filho joga fora, a gente sempre deixa alguém com ele. Amigos, alguém da idade dele, para dar conselho, aliviar a ansiedade. Deixei o Felipe, que é primo dele, com o Marcelo. Em todos os clubes isso aconteceu. Eu estava em casa, sozinho. Minha filha mais velha, Marilene passou recentemente por uma cirurgia, e a família toda estava na casa da minha sogra, incluindo a minha esposa e outras duas filhas. Por isso, fui dormir cedo. Quando foi uma hora e meia, duas da manhã, tocou o telefone. Era o Felipe, que me disse: 'não tenho uma noticia boa'. Ele me pediu para ligar a televisão. Fiz isso. O volume estava baixo, mas nem precisei aumentar. Vi os destroços do avião e o escudo da Chapecoense", contou.

    Os tios de Marcelo revelam a angústia da família. "O Marcelo é um jogador que sofreu muito na infância. Sempre se dedicou muito ao futebol. Com muito sacrifício chegou lá. Então a notícia para nós foi muito difícil. A família inteira está triste, Juiz de Fora está triste", disse Walter da Silva.

    Jorge Manoel, tio de Marcelo, disse que o zagueiro conversava muito com a prima e que ele se dizia muito feliz por voltar aos gramados depois ficar fora tratando de lesão. Disse ainda que o jogador pensava nos últimos jogos da temporada e nas férias com os parentes em Juiz de Fora.
    Jorge Manoel revelou angústia da família (Foto: Raphael Lemos/G1)

    "Ele ficou muito tempo parado e até falou com a minha filha, com quem ele conversa muito. Ele estava feliz por estar voltando, jogou contra o Palmeiras, estava se preparando para ir à Colômbia e estava pensando nas férias. Estávamos até preparando a festa. Mas infelizmente, o destino", afirmou.

    Humildade
    O zagueiro entrou na escolinha quando tinha 16 anos e, de lá, foi para o Tupi-MG, em seguida Macaé, Volta Redonda, Flamengo, até chegar à Chapecoense. O ex-treinador Adilson Gomes destacou que o atleta estava animado pelo retorno aos gramados, e que ajudou a escolinha dele quando ainda jogava pelo Flamengo.

    "O Marcelo sempre se caracterizou pela humildade e simplicidade. Nunca abriu mão das raízes dele. E nos momentos de férias ele dava muita atenção aos amigos. Na escolinha ele deu 35 pares de tênis novos para os meninos que não tinham condição, 35 bolas novas para a escolinha, que é um projeto social no Bairro Borboleta. Como ele teve uma passagem comigo, teve esse momento de gratidão, fiquei muito feliz", afirmou.

    Queda de avião da Chapecoense
    O avião que transportava a delegação da Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional caiu na região de Antióquia, na Colômbia.

    O zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o goleiro Follmann estão entre os sobreviventes, sendo que Follmann teve uma perna amputada. Os outros três que escaparam vivos da tragédia são o jornalista Rafael Henzel e dois integrantes da tripulação: Ximena Suárez e Erwin Tumiri. O goleiro Danilo chegou a ser resgatado com vida, mas não resistiu.

    Processo que ameaça Renan Calheiros abre “guerra de versões” no Supremo

    Posted on dezembro 4, 2016 by Tribuna da Internet

    Charge do Pelicano (pelicano.cartum.net)

    Deu no Correio Braziliense
    (Agência Estado)

    O processo que ameaça a permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado Federal abriu uma “guerra de versões” entre os ministros Marco Aurélio Mello e Dias Toffoli. Na prática, a lentidão do Supremo Tribunal Federal em concluir o julgamento sobre o veto de réus na linha sucessória da Presidência da República beneficia Renan, que se tornou nesta quinta-feira réu por peculato e é o segundo na linha sucessória do presidente Michel Temer.

    Em novembro, o STF formou maioria para que réus não possam fazer parte da linha sucessória do presidente da República, mas o julgamento foi interrompido depois do pedido de vista de Toffoli. Se esse julgamento já tivesse sido concluído, o peemedebista teria de deixar agora a presidência do Senado, por ter se tornado réu por peculato.

    CADÊ OS AUTOS? – Na quarta-feira, um dia depois de Renan se tornar réu pela primeira vez perante o STF, o gabinete de Toffoli informou, em nota enviada à imprensa às 16h53, que “não recebeu os autos” do processo da linha sucessória e, por essa razão, “o prazo para devolução da vista ainda não se iniciou”. Segundo o gabinete de Toffoli, os autos do processo, sob relatoria de Marco Aurélio, chegaram ao gabinete às 17h20.

    Marco Aurélio foi um dos seis ministros do STF que já votaram pelo veto aos réus. O ministro também votou no sentido de acolher a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Renan pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Por 8 a 3, o STF decidiu receber a denúncia da PGR contra Renan apenas por peculato – Toffoli votou pela rejeição total da denúncia.

    OUTRA VERSÃO – Procurado pela reportagem, o gabinete de Marco Aurélio apresentou uma outra versão e afirmou que o processo é eletrônico, não dependendo, portanto, de deslocamento físico ou formal. “Os ministros têm acesso automático, antes mesmo de ser liberado, pelo relator, para julgamento”, rebateu o gabinete de Marco Aurélio, que foi surpreendido pela nota de Toffoli.

    Em meio à “guerra de versões” dos ministros, a Rede – partido que ajuizou a ação – informou que conta com o apoio da sociedade, “que deve manter a pressão para que o processo possa continuar caminhando”.

    O prazo regimental para a devolução do pedido de vista de Toffoli se encerra em 21 de dezembro. No entanto, auxiliares do Supremo destacam que tradicionalmente os prazos não são cumpridos à risca pelos ministros.

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    NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Fica claro que na Justiça brasileira só quem cumpre prazo são os advogados e o Ministério Público. Juízes, desembargadores e ministros não ligam para prazos, porque se julgam semideuses. O decano do Supremo, Celso de Mello, leva em média dois anos para mandar publicar os acórdãos dos processos que relata. Parece brincadeira, mas é verdade. (C.N.)