sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Deixar Sergio Cabral solto seria uma afronta, argumentou o juiz Sergio Moro

Juiz Moro levou em conta a situação do Estado do Rio

José Carlos Werneck

Seria uma “afronta” deixar em liberdade os investigados usufruindo do produto milionário de seus crimes”, enquanto a população do Rio sofre com a “notória situação de ruína das contas públicas”. “Por conta de gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele Estado tamanhos sacrifícios, com aumentos de tributos e corte de salários e de investimentos públicos e sociais. Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres”.

Foi esta a magistral assertiva do juiz Sergio Moro, no despacho em que decretou a prisão de Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro.

A grave crise econômica vivida pelo estado sensibilizou o magistrado ao assinar os mandados de prisão contra o ex-governador e seus ex-assessores, na 37ª fase da Operação Lava Jato. Sergio Moro destacou, também, os indícios de que os investigados estariam tentando destruir provas e esconder recursos ilícitos.

PACOTE DE MALDADES – governador Luiz Fernando Pezão, aliado de Cabral, enfrenta grandes resistências para aprovar na Assembleia Legislativa um esdrúxulo pacote de arrocho para tentar reequilibrar as finanças do falido estado que “administra”.

Quarta-feira, pela segunda vez em menos de trinta dias, o centro da capital fluminense foi cenário de confrontos entre o Batalhão de Choque da Polícia Militar e servidores públicos de diversas categorias que protestavam contra as descabidas propostas do governador Pezão.

Garotinho berrou e esperneou ao ser levado para Bangu, onde Cabral já estava

Garotinho, fazendo uma cena ao ser transferido para Bangu 8

Juliana Castro e Alexandre Cassiano
O Globo

Como aliados, os ex-governadores Anthony Garotinho (PR) e Sérgio Cabral (PMDB) dividiram o mesmo palanque até a eleição de 2006. A partir desta sexta-feira, os arqui-inimigos vão compartilhar o mesmo complexo prisional, o de Gericinó, em Bangu. Após determinação da Justiça, Garotinho foi levado – esperneando e aos berros – para para o presídio José Frederico Marques, no Complexo de Bangu. Uma ambulância dos Bombeiros, acompanhada de policiais federais, pegou o ex-governador no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, onde estava internado desde ontem após passar mal na superintendência da Polícia Federal. Mais cedo, Cabral foi encaminhado para Bangu 8, onde ficam os presos com ensino superior.

Garotinho saiu reclamando com os policiais responsáveis pela transferência de que corre riscos ao ser colocado junto com bandidos em Bangu.

“Vocês estão de sacanagem. Querem me matar, porra!” – gritou o ex-governador, acrescentando que foi o responsável pela prisão de grandes traficantes que estão em Bangu.

NA AMBULÂNCIA – Acompanhado da mulher, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, e a filha e deputada federal Clarissa Garotinho, o ex-governador entrou na ambulância gritando para que não o levassem: “Me solta, me solta. Eu sou um enfartado. Vocês me respeitem” – gritou com a voz bem rouca.

Rosinha também protestou, gritando: “Meu marido não é ladrão. Deixa eu ir com ele. Eu quero ir com ele” – protestou, ao lado da filha que também gritava para não levarem o pai para Bangu.

COMEMORAÇÃO – Vários funcionários foram para a porta do hospital e comemoraram a ida de Garotinho para Bangu, durante a saída da ambulância.

A temporada de Garotinho no Souza Aguiar irritou a Polícia Federal. A Secretaria municipal de Saúde informou hoje que, durante um exame de esforço, Garotinho relatou “dor intensa” no peito, o que pode indicar obstrução nas artérias. Os médicos, então, agendaram para a segunda-feira um cateterismo para investigar se há mesmo a interrupção. O hospital afirma que seguiu o “protocolo da Sociedade Brasileira de Cardiologia”.

O exame foi marcado para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá. A atitude, sem prévia comunicação às autoridades, irritou o delegado responsável pela investigação, Paulo Cassiano.

“A atitude do Souza Aguiar está sob suspeita para nós. Estamos tentando ver uma maneira de fazer a transferência. Foram marcados exames em outro estabelecimento hospitalar, mas isso não pode ser feito sem autorização do juízo, porque ele é um preso e está escoltado pela Polícia Federal” — disse o delegado, antes da decisão da Justiça.

OUTROS PRESOS – Por ironia, foi Sérgio Cabral mesmo quem inaugurou a unidade de Bangu 8, em 2008. Por lá, já passaram o empreiteiro Fernando Cavendish, ex-amigo do peemedebista e hoje em prisão domiciliar, o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o banqueiro André Esteves. Em Bangu 8, estão ex-diretores da Eletronuclear presos na Lava-Jato.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Garotinho fez papel feio, ao imitar José Genoino, aquele ex-guerrilheiro covarde, que alegava estar morrendo na Papuda, com a família desesperada etc. e tal. Quem pratica crimes precisa ter em mente a possibilidade de prisão e encará-la com hombridade. Quanto a Genoíno, não morreu, parece que não vai morrer nunca, e vive muito bem com aposentadoria superior a R$ 20 mil da Câmara, além da Bolsa-Ditadura. (C.N.)

Carnaval de rua de SP já tem recorde de blocos inscritos para 2017

18/11/2016 15h40
São Paulo
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
Bloco de carnaval na Praça da República  - Rovena Rosa/Agência Brasil

A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo já recebeu pedidos de 495 blocos interessados em ingressar na lista de cadastrados do carnaval de rua em 2017. Esse número supera em 62% a demanda do carnaval deste ano, quando se apresentaram 306 blocos. Os desfiles devem ocorrer entre 17 de fevereiro e 5 de março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, os blocos inscritos recebem apoio da administração municipal durante o período oficial do evento tais como : infraestrutura de segurança, isenção de taxas, acompanhamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ambulâncias e banheiros químicos.

Em caso de desistência, os interessados deverão enviar uma comunicação à prefeitura até o próximo dia 17 de janeiro. Essa medida tem o objetivo de evitar gastos desnecessários.

Os dados sobre cada bloco vão ser analisados pela CET e subprefeituras para que seja feito o planejamento dos eventos. Neste ano de 2016, a prefeitura adotou a política da descentralização com a montagem de palcos nas cinco regiões da cidade.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Justiça aceita denúncia contra 22 pessoas e 4 empresas por tragédia de Mariana

18/11/2016 13h20
Belo Horizonte
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
O rompimento da barragem do Fundão, que deixou 19 mortos, completou um ano no dia 5 de novembro - Léo Rodrigues/Agência Brasil

A Justiça Federal aceitou a denúncia apresentada no mês passado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra 22 pessoas envolvidas no rompimento da Barragem de Fundão, localizada próxima ao distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). Dessas, 21 são acusadas de inundação, desabamento, lesão corporal e homicídio com dolo eventual, que ocorre quando se tem a intenção ou assume o risco de matar. A Samarco, responsável pela estrutura, e suas acionistas Vale e BHP Billiton também se tornaram rés por diversos crimes ambientais. O engenheiro Samuel Loures e a empresa VogBR responderão pela emissão de laudo enganoso sobre a estabilidade da barragem.

Considerada a maior tragédia ambiental do Brasil, o episódio que deixou 19 mortos completou um ano no dia 5 de novembro de 2016. A lama de rejeitos que se espalhou destruiu comunidades, devastou a vegetação nativa e poluiu a Bacia do Rio Doce. Ainda estão dispersos 43 milhões de metros cúbicos de lama entre a barragem que se rompeu e a Usina Hidrelétrica de Candonga.


Entre os réus estão diversos funcionários da Samarco: Ricardo Vescovi, presidente afastado; Kleber Luiz Terra, diretor afastado de Operações e Infraestrutura; e três gerentes. Onze integrantes do Conselho de Administração, que incluem representantes da Vale e da BHP Billiton, também são acusados. A condenação por todas as acusações podem gerar penas individuais de até 54 anos de prisão, além de multas e reparação dos danos causados às vítimas.

A Samarco, Vale e BHP Billiton haviam sido denunciadas pelo MPF por 12 crimes ambientais previstos, entre eles poluição, inundação, desmoronamento, crimes contra a fauna e a flora, crimes contra ordenamento urbano e contra o patrimônio cultural. As penas para as empresas incluem multas, interdições temporárias, proibição de contratos com o Poder Público e prestação de serviços comunitários, tais como custear programas de órgãos e entidades ambientais e executar de obras em áreas degradadas.

A aceitação da denúncia foi assinada pelo juiz Jacques de Queiroz Ferreira na última quarta-feira (16). Ele também determinou a prioridade de tramitação e a retirada de sigilo do processo. Os réus têm um prazo de 30 dias para responder às acusações.

Em nota, a Samarco informou que ainda não foi citada no processo. A empresa afirmou também que a denúncia do MPF desconsidera os depoimentos apresentados ao longo das investigações que comprovam o desconhecimento prévio de riscos nas estruturas.

A Vale também divulgou nota à imprensa repudiando a denúncia, qual, segundo a empresa, teria desprezado "as inúmeras provas apresentadas, a razoabilidade, os depoimentos prestados em quase um ano de investigação que evidenciaram a inexistência de qualquer conhecimento prévio de riscos reais". O texto acrescenta que a mineradora jamais praticou atos de gestão operacional na Samarco, tampouco na barragem de Fundão e que, aos membros do Conselho de Administração e dos comitês de Assessoramento da Samarco, sempre foi assegurado que a barragem de Fundão era regularmente avaliada, não só pelas autoridades legalmente competentes, como também por um renomado grupo de consultores internacionais independentes.

"Saliente-se ainda que a segurança em geral, especialmente a de barragens, foi a todo tempo uma premissa a ser fielmente observada, sendo uma das diretrizes institucionais do Conselho de Administração, nunca tendo havido, sequer, qualquer mera recomendação por parte de seus membros de redução de investimentos nessa área. Inclusive existem atas do próprio conselho onde se constata a segurança como prioridade número um", finaliza a nota.

Na mesma linha, a BHP Billiton também criticou a atuação do MPF e informou que dará suporte à defesa de seus funcionários. "A decisão da Justiça Federal não significa um juízo de culpabilidade, mas trata-se de etapa processual que marca o início da tramitação da ação penal", acrescenta a empresa em nota. Procurada pela Agência Brasil, a a VogBR ainda não retornou aos contatos.

A lama de rejeitos se espalhou e destruiu comunidades
Léo Rodrigues/Agência Brasil

"Ganância"
A ação penal do MPF foi protocolada no dia 19 de outubro. O documento de 272 páginas faz um histórico dos problemas ocorridos na barragem. Em apresentação realizada na ocasião, os procuradores consideraram que a ganância da Samarco foi a causa da tragédia. Documentos internos da mineradora de 2015 obtidos pelo MPF traziam um prognóstico em caso de rompimento da barragem, apontando a possibilidade de aproximadamente 20 mortes e paralisação das atividades da empresa por até dois anos.

Mesmo consciente dos riscos, a empresa teria priorizado os resultados econômicos em detrimento das práticas de segurança. "A Samarco tinha uma gerência que atuava na gestão de riscos. Em vez de paralisar as operações da barragem, a empresa continuou mantendo sua operação de forma irresponsável", disse o procurador Jorge Munhós.

*Matéria ampliada às 14h08 para incluir a posição da BHP Billiton
Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Com perspectiva de reforma, brasileiros têm dúvidas sobre aposentadoria


18/11/2016 13h01
São Paulo
Elaine Cruz – Repórter da Agência Brasil*

A perspectiva de uma reforma da Previdência tem provocado dúvidas a brasileiros de todas as idades. Para os mais jovens, que começaram a contribuir há pouco tempo para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ainda não há clareza de como será o modelo quando chegar a vez de se aposentar. Os mais velhos, que estão próximos de atingir o tempo de contribuição exigido atualmente, temem ter a aposentadoria adiada pela reforma iminente.

Para os mais jovens, não há clareza sobre o modelo a ser adotado quando chegar a vez de se aposentarem 
 Valter Campanato/Agência Brasil

Para a trabalhadora Andreia Ferreira Pinto, 20 anos, a aposentadoria ainda está distante. A jovem que trabalha desde os 17 anos, tem registro em carteira há apenas um ano. Atualmente, ela ganha R$ 1,2 mil por mês prestando serviços na confecção de embalagens e rótulos adesivos. 

“Tem trabalhos que a gente passa verniz. Tem a questão da insalubridade e isso é pago por fora, porque é muito forte a química”, relata à Agência Brasil. Andreia vive com a mãe no bairro Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo. Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, da Organização das Nações Unidas (ONU), a esperança de vida nessa área varia muito: entre 70,2 e 79 anos, dependendo da localidade do bairro. Apesar de jovem, Andreia preocupa-se com a aposentadoria.

Ela considera “muito longe” a idade mínima de 65 anos para se aposentar. A ideia de criar a idade mínima, para homens e mulheres, é uma das propostas da reforma da Previdência defendida pelo governo, e que já foi citada em entrevistas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Atualmente, não existe idade mínima para se aposentar.

“Eu espero [aposentar] porque não acho justo as pessoas trabalharem, trabalharem e, quando ela diz, 'já não aguento mais', e já não tem mais idade para trabalhar, você não pode receber nada do governo porque você não concluiu seu tempo de trabalho ainda”, diz a jovem.

Necessária
Diferentemente de Andreia, o contador e administrador Paulo de Camargo, 55 anos, encontra-se às portas da aposentadoria. Ele espera conseguir o benefício em outubro de 2018, quando atinge os 95 anos da somatória entre idade e tempo de contribuição. “Já completei os 35 anos [de contribuição] para me aposentar pelo teto, mas continuo contribuindo com o menor valor porque eu não tenho tempo de serviço ainda para a somatória”, explica.

Paulo começou a contribuir para a Previdência aos 18 anos. Ele conta que a maior parte da vida trabalhou como gerente financeiro e administrativo. Nos últimos quatro anos, atuou como gerente de vendas. No ano passado, deixou o emprego e montou a própria empresa de vendas. E diz que o momento de crise está impactando os negócios. “Eu continuo contribuindo para o INSS, mas o que facilita é que tenho uma reserva”, conta.

O contador tem três filhas em idade escolar e mora no Butantã, zona oeste de São Paulo. A esperança de vida no bairro, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano da ONU, é 81,3 anos. Apesar de não considerar a reforma da Previdência “justa”, Paulo acha que é “necessária”.

“Se eu falasse que acho justo, seria hipocrisia de minha parte. Eu acho injusto porque já trabalhei 38 anos, contribuí com 35 e vou chegar a 37 de contribuição. Mas o que vejo também é que o país tem que mudar mesmo. Não tem como sustentar isso [a previdência] dentro do que está hoje. Vai estourar daqui a 10 ou 15 anos e aí não vai conseguir pagar nem os que já estão aposentados”, acredita.

Embora não saiba como será a regra de transição para os que estão prestes a se aposentar, o contador não acredita que terá de trabalhar até os 65 anos. “Com certeza terá um pedágio aí, mas pode ser diferente de [se aposentar em] 2018. Não sei, vou ter que ver ainda”.

Paulo, contudo, acha a idade mínima de 65 anos razoável para quem está entrando agora no mercado de trabalho.“Todo mundo trabalha até 65 anos ou um pouco mais. A idade média [de vida] do brasileiro cresceu e está em 74 ou 75 anos. Não é que é virar aposentado e morrer, não é isso. Mas, cada vez mais, vai aumentando essa idade porque a gente está se cuidando”.

Em entrevistas à imprensa, o ministro Eliseu Padilha também tem abordado a regra de transição para os contribuintes mais velhos. Segundo ele, a nova regra, caso aprovada pelo Congresso Nacional, só valerá para os trabalhadores com menos de 50 anos. Quem tem mais de 50 anos poderá aposentar-se antes de 65 anos, mas terá de pagar uma espécie de “pedágio”.

Isenção fiscal
A mineira Viviane Freitas, de 37 anos, começou a trabalhar aos 16 e contribui com o INSS desde então, com exceção de períodos em que esteve desempregada. Atualmente trabalhando como secretária, ela estima que acumula cerca de 15 anos de contribuição, o que lhe permitiria aposentar com 52 anos pelas regras atuais. "Pessoas na minha situação certamente serão prejudicadas. E quem nunca contribuiu, é melhor esperar até ficar mais velho pra começar a contribuir. Não vai adiantar contribuir antes", avalia.

Viviane considera que a proposta de reforma em discussão é péssima para ela, mas entende a necessidade de mudanças. "A previdência está quebrada e as pessoas estão vivendo mais, consequentemente é necessário mais tempo de contribuição. Só acho que a reforma tem que ser feita de forma a beneficiar a todos. Quem já contribui e quem ainda não começou. Não concordo com a imposição da idade mínima", pondera a secretária, que vive em Belo Horizonte. Na opinião dela, a qualidade de vida do brasileiro não se equipara a dos países desenvolvidos e a grande maioria não tem saúde para trabalhar até os 65 anos.

A mineira acredita que uma reforma tributária poderia ajudar a balancear as dificuldades com a previdência. "Sou a favor do fim da isenção fiscal para setores como as igrejas, por exemplo. A arrecadação aumentaria e o recurso poderia ser destinado para a previdência. As igrejas arrecadam muito dinheiro e não paga imposto nenhum".

Expectativa de vida
Uma das principais dúvidas é se a reforma da Previdência levará em conta a disparidade das expectativas de vida no país. Especialistas consultados pela Agência Brasil divergem quanto à possibilidade de a reforma levar em conta as diferenças regionais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostram disparidade entre estados e municípios brasileiros no que diz respeito ao tempo médio de vida dos habitantes. 

A esperança de vida em Santa Catarina, por exemplo, de 79 anos – a mais alta do Brasil – está 8,4 anos acima da mais baixa, no Maranhão, atualmente em 70,6 anos, segundo o IBGE. 

Para o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, o dado mais adequado a ser levado em conta para a reforma e a sobrevidaquando aproxima-se da idade da aposentadoria. “A expectativa de vida ao nascer é muito influenciada pela mortalidade infantil. Quando a gente considera para a Previdência, a gente tem que considerar a partir de uma idade em que a pessoa já entrou no mercado de trabalho”, afirma Caetano.

* Colaborou Léo Rodrigues, de Belo Horizonte
Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Mais de 216 mil estudantes farão o Enade neste domingo


18/11/2016 15h10
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Mais de 216 mil estudantes estão inscritos para fazer o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) neste domingo (20), de acordo com o Ministério da Educação (MEC). As provas serão aplicadas a partrir das 13h, no horário de Brasília. Serão dez questões de conhecimentos gerais, sendo duas discursivas e oito de múltipla escolha. Já as provas específicas terão 30 questões, três discursivas e 27 de múltipla escolha.

Este ano, o Enade avaliará bacharelandos de agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia. No grau de tecnólogo, o exame será destinado aos concluintes de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.

O Enade 2016 é obrigatório para concluintes de bacharelado com expectativa de conclusão até julho de 2017 de cursos nas áreas avaliadas ou que já tenham concluído pelo menos 80% da carga horária mínima do currículo do curso até o fim do período de inscrição. Quem estiver inscrito e não comparecer à prova, não pode receber o diploma. 

Também serão avaliados, nessa edição do exame, estudantes de cursos superiores de tecnologia com expectativa de conclusão até dezembro de 2016 ou que tenham cumprido mais de 75% da carga horária mínima do currículo.

O objetivo do exame é avaliar o conhecimento dos estudantes do último ano dos cursos de graduação sobre o conteúdo programático, suas habilidades e competências.

O resultado é usado para compor índices que medem a qualidade de cursos e instituições de ensino superior. Os estudantes devem fazer o Enade para obter o diploma, no entanto, não existe um desempenho obrigatório aos alunos.

*Matéria alterada às 15h22 para corrigir o número de participantes, que foi atualizado pelo Inep

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil
Saiba Mais

Festa Literária de Pirenópolis começa hoje com o tema Literatura e Natureza



18/11/2016 12h53 
Brasília 
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

A população de pouco mais de 24 mil habitantes da cidade histórica de Pirenópolis, em Goiás, terá uma programação especial neste fim de semana. É que começa hoje (18) a Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri) que chega à sua oitava edição com a missão de difundir o livro, a leitura e a literatura na região.

A programação vai até domingo (20), com seminários, oficinas, contação de histórias, música, teatro, Encontro de Blogueiros Literários, mostra de filmes, chás literários, articulação com pontos de cultura e um programa de ação continuada junto à comunidade. Todas as atividades são gratuitas. O tema desta edição é Literatura e Natureza e faz alusão ao bioma do Cerrado e sua biodiversidade.

As atividades começaram hoje de manhã, mas a conferência de abertura será à noite, com a participação dos autores homenageados Ziraldo e Nurit Bensusan, e outros autores, como Ignácio de Loyola Brandão e Tiago de Melo Andrade.

Paralelamente à festa, ocorre o 4º Encontro Flipiri de Ilustradores, com exposições, mesas sobre ilustração e literatura e oficinas de ilustração para crianças e adultos. Entre os ilustradores participantes estão Geni Alexandria, Elder Rocha Lima, Ziraldo, Roger Melo e Christie Queiroz.

A primeira etapa da Flipiri ocorreu em junho, com show do escritor Ignácio de Loyola Brandão e sua filha, a cantora Rita Gullo, além de uma visita de autores convidados a escolas da sede e de 10 povoados do município. A Flipiri Itinerante envolveu um trabalho prévio, em que professores desenvolveram projetos pedagógicos a partir de livros doados para as escolas.

Até agora, foram doados cerca de R$ 230 mil em livros para as escolas. O projeto atinge 5,5 mil alunos da rede pública e 260 professores, além da população local e os visitantes da festa.

A Flipiri é promovida pelo Instituto Cultural Casa de Autores e a Prefeitura Municipal de Pirenópolis. A programação completa está disponível no site http://www.flipiri.com.br/.

Edição: Augusto Queiroz
Agência Brasil

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Motoboy reage ao roubo e assaltante atira em comparsa

Imagem ilustrativa

Rua Ademar Ferreira Leite - São Sebastião - Juiz de Fora 

Na noite dessa quarta - feira (16) policiais militares registraram a ocorrência de roubo tentado seguido de lesão corporal.

O motoboy,35, narrou que procurava por uma residência para efetuar a entrega de um lanche.

No escadão havia um jovem que se apresentou como o solicitante da encomenda; ato contínuo surgiu um outro indivíduo que colocou uma arma no pescoço da vítima e anunciou o roubo.

O motoboy reagiu e durante o embate a arma disparou e baleou o menor infrator,17.

O indivíduo que atirou fugiu e o motoboy deixou o seu veículo caído ao solo e acionou a PM.

Um carro que passava pelo local conduziu o baleado ao HPS, onde foi constatada a lesão em duas vértebras. O menor infrator permaneceu em tratamento médico e sob a escolta policial, por haver cometido, em tese, ato infracional análogo ao crime de tentativa de roubo.

Ao receber alta hospitalar o menor infrator será encaminhado à delegacia para prestar informações sobre o ocorrido.

Vídeo: Campanha contra racismo do Governo Paraná


Publicado em 17 de nov de 2016
Governo do Paraná lança vídeo contra o racismo

Populares auxiliam PM na prisão de assaltante em JF

#RT Enviado por Meyre

ACABA DE OCORRER UM ASSALTO NO BAIRRO GRAMA, POLICIAL E POPULARES CONSEGUIRAM SEGURAR UM DOS LADRÕES.
O ROUBO FOI NO AÇOUGUE, O POLICIAL ALBERTO AGIU MUITO RÁPIDO.
MUITO BEM!

https://www.facebook.com/JFDepressao/Juiz de Fora da Depressão