domingo, 23 de outubro de 2016

PM faz operação e dois são detidos com carro roubado em MG

22/10/2016 19h02 - Atualizado em 22/10/2016 19h07

Do G1 Zona da Mata

Pessoas acompanham operação policial que recuperou carro roubado e deteve dois neste sábado (Foto: 4ª Cia. de Missões Especiais PM/Divulgação)

Um rapaz de 20 anos e um adolescente de 15 anos foram detidos neste sábado (22) após uma operação de rastreamento por estarem em um carro roubado em Juiz de Fora. Eles foram encontrados após um radar na Avenida Deusdedith Salgado flagrar a passagem do veiculo. Um jovem de 23 anos que teria cometido o roubo na sexta-feira (22) no Bairro Paula Lima conseguiu fugir.

Os detidos e o material recuperado foram encaminhado para a Delegacia de Plantão de Polícia Civil. O carro foi removido pelo guincho. O caso segue em andamento.

Flagrado pelo radar
Um homem de 40 anos registrou o roubo do carro dele na sexta-feira no Bairro Paula Lima. Segundo a ocorrência, ele seguia em direção ao local de trabalho, quando foi rendido por um homem que usava capacete e estava armado. O ladrão estava no meio da Rua Vicente Gávio e o obrigou a colocar todos os pertences no banco do veículo e sair do carro. Ele levou um celular, três furadeiras e acessórios, além de um roteador wi-fi. O ladrão fugiu com o carro sentido BR-040.

Foi realizada uma operação com viaturas da 4ª Companhia de Missões Especiais, do Pelotão de Policiamento de Trânsito e do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) e com apoio da aeronave Pégasus para cerco e rastreamento na região. Os militares na aeronave avistaram o carro e informaram a localização. Os ocupantes abandonaram o carro na rua no Bairro Teixeiras e tentaram se esconder em um mata no Parque da Lajinha.

Os policiais conseguiram deter o jovem de 20 anos e o adolescente de 15. Um estava com a mochila vermelha que seria da vítima do roubo e o outro foi localizado perto do parque.
Eles informaram que o terceiro envolvido foi o autor do roubo na sexta. Com a identificação do rapaz de 23 anos, os policiais foram à casa dele, onde receberam permissão para entrar. Foram encontradas e apreendidos os documentos do carro roubado, grande parte dos materiais roubados e um pé de maconha.

O veículo foi removido pelo guincho de plantão.

Polícia Militar registra mais um homicídio no sábado em Juiz de Fora

22/10/2016 21h39 - Atualizado em 22/10/2016 21h39

Do G1 Zona da Mata

Um homem de 42 anos foi morto a tiros na noite deste sábado (22) em Juiz de Fora. De acordo com as primeiras informações recebidas pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o homem conduzia uma motocicleta na Rua José Lourenço, quando foi atingido por um carro e caiu. Em seguida, o ocupante do carro fez dois disparos de arma de fogo contra o homem, que morreu no local.

De acordo com a PM, a vítima trabalhava como porteiro. O carro usado no crime já foi localizado pelos policiais. Equipes seguem em rastreamento de suspeitos.

Homem tenta defender ajudante e é morto em MG; criminosos fugiram

22/10/2016 19h20 - Atualizado em 22/10/2016 21h20

Do G1 Zona da Mata

Um homem de 36 anos foi morto a tiro ao tentar defender um jovem, de 18, de ser assassinado no início da tarde deste sábado (22) no Bairro Granjas Betânia, em Juiz de Fora. O registro da ocorrência ainda está andamento.

Conforme as primeiras informações recebidas no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o homem contratou o jovem para construir uma cerca na casa dele na Rua Avelino Jacob da Silva. Eles foram surpreendidos por outros dois indivíduos armados que queriam matar o rapaz de 18 anos. O homem pediu para não atirarem e foi baleado no peito ao se colocar em posição de defesa do ajudante. Ele morreu no local.

Já o jovem foi atingido por dois disparos nas costas e um na mão. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele foi encaminhado pela ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Como não foi informado o nome do jovem, não foi possível apurar o estado de saúde dele junto à assessoria da Secretaria de Saúde.

Equipes da polícia estão fazendo rastreamento para localizar e prender suspeitos do crime.

Seca avança no Nordeste e assume contornos severos, mostra estudo

23/10/2016 09h11
Fortaleza
Edwirges Nogueira – Correspondente da Agência Brasil
Seca afeta estados do Nordeste  - Arquivo/Agência Brasil

Os cenários de seca extrema e seca excepcional cresceram no Nordeste, abrangendo partes de todos os 9 estados. É o que mostra o mapa de setembro do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil. O Ceará é um dos que apresentam maior avanço da estiagem. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), 75% do território do estado apresenta seca extrema ou seca excepcional.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o quadro se agravou de forma significativa na região. Em setembro de 2015, o Maranhão, por exemplo, possuía áreas de seca grave, moderada e fraca. O mapa de setembro deste ano mostra grande parte do território do estado com seca extrema.

“O avanço da intensidade de seca mais severa tem atingido até regiões litorâneas que, geralmente, são mais beneficiadas com chuvas. Por exemplo, o litoral do leste do Nordeste, desde o Rio Grande do Norte até parte da Bahia”, cita o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.

No Ceará, o mapa do Monitor mostra a expansão da seca extrema em direção ao norte e o aumento da área com seca excepcional no Centro Sul. Os contornos de seca extrema em municípios da Região Metropolitana de Fortaleza também ficam evidentes em setembro. Até agosto, a área apresentava seca grave.

“Essa situação já era esperada porque, de agosto para setembro, a ocorrência de chuvas é insignificante e o segundo semestre é considerado seco. Geralmente, tem um chuvisco ao longo do litoral. Sem chuva, a condição de seca tende a se agravar. As condições já vinham secas e pioraram ainda mais”, explica Fritz.

Ele acrescenta que a tendência é de o quadro se agravar até dezembro tanto devido à ausência de chuva como pela elevada radiação solar, que provoca a evaporação da água dos reservatórios do estado. Os 153 açudes monitorados pelo Governo do Ceará possuem, juntos, apenas 8% de sua capacidade.

Em Quixadá, no Sertão Central (a 215 quilômetros de Fortaleza), não se vê chuva desde o fim da quadra invernosa deste ano (período entre fevereiro e maio que concentra a maior parte da chuva no estado). O relato é do presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Riacho Verde, Francisco Rodrigues. O centenário açude Cedro, símbolo das primeiras intervenções para enfrentar os efeitos da seca, já não contribui mais nem com água nem com forragem para alimentar os animais.

“A maioria dos produtores teve que se desfazer do rebanho para não ver os animais morrerem e alguns que ainda têm gado sobrevivem a duras penas. Na agricultura, não teve produção porque o inverno foi muito fraco. A situação está difícil.”

O Ceará enfrenta cinco secas seguidas desde 2011 e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda não se pronunciou sobre a estação chuvosa de 2017. De acordo com o meteorologista da fundação, ainda não há definições sobre as condições dos oceanos Atlântico e Pacífico, que influenciam as chuvas no estado.

Pelo quadro atual, conforme Rodrigues, existe uma baixa probabilidade de que ocorra um El Niño (aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, que atrapalha o regime de chuva). Por outro lado, é possível que haja La Niña (resfriamento da mesma área do oceano, que têm efeito inverso do El Niño), mas o fenômeno pode não ser intenso nem se prolongar por toda a quadra invernosa no Ceará.

“As pessoas, vendo esse resfriamento do Oceano Pacífico, ficaram animadas, mas a gente tem que ter cautela. Vamos ver se vai se configurar como fenômeno típico, se vai ter uma intensidade que permita ter uma repercussão positiva.”

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Ação de improbidade contra Margarida Salomão por desvio de R$ 8 milhões ganha laudos periciais

Posted on 19/09/2016


Victor Diniz/Câmara dos Deputados

Um processo judicial responsável por apurar o desvio de R$ 8 milhões destinados à ampliação do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) pode, enfim, ter um desfecho em breve. Na última sexta-feira (16), a Justiça determinou novembro como prazo final para a apresentação de laudos periciais na ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) que aponta improbidade administrativa da deputada federal Margarida Salomão (PT) enquanto reitora da instituição de ensino.

Segundo o órgão, a atual candidata a prefeita da cidade da Zona da Mata não comprovou mais de 50% das compras de materiais na construção de uma estrutura para o hospital, o Centro de Atenção à Saúde (CAS), e também apresentou notas fiscais falsas – atribuindo, por exemplo, fornecimento de tubo de PVC, brita e cimento a uma empresa de confecção de lingeries. A defesa nega que a petista tenha se envolvido com qualquer ato ilícito enquanto estava à frente da universidade.

O caso veio à tona em 2012, mas, desde então, o processo se arrasta na Justiça Federal devido a consecutivos recursos e trâmites técnicos. O Bhaz teve acesso a informações sobre o andamento da ação e também a documentos que listam indícios de irregularidades cometidas sob supervisão de Margarida. A petição inicial produzida pelo MPF teve como base dois relatórios de auditoria produzidos pelo Ministério da Saúde. Os documentos apontam cerca de 60 irregularidades cometidas na aplicação das verbas federais destinadas à obra (confira aqui).

Um dos principais pontos assinalados nas auditorias é a ausência de documentos que possam comprovar despesas na ordem de R$ 7.893.595,12. Além disso, o corpo técnico do Ministério da Saúde também ressaltou que foram apresentadas notas fiscais falsas – totalizando o valor de R$ 128.527,00 – que teriam sido emitidas pela RM Lucas Ltda. (identificada como uma “empresa-fantasma”) e pela Pan American Distribuidora Ltda. (companhia que estava inativa na época da obra e explorava a atividade econômica de atacadista de tecidos, inclusive confeccionando lingeries).

Diante das constatações, o MPF enviou ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região a petição inicial para abertura da ação civil pública por improbidade administrativa. A solicitação foi aceita em setembro de 2012.

Reprodução/MPF

Nos meses de março e abril deste ano, um engenheiro civil e uma perita contábil analisaram os documentos anexos à ação. As conclusões dos especialistas devem ser encaminhadas até o fim de novembro ao juiz federal Marcelo Motta de Oliveira, que também já solicitou a produção de provas testemunhais – ou seja, indicação de terceiros a serem ouvidos – para todos os envolvidos no processo.

Empresa de lingerie vendendo brita?
O Bhaz conversou com o advogado da Pan American Distribuidora Ltda., ré na mesma ação em decorrência do fato de que a UFJF apresentou à União notas falsas com o nome da empresa. Segundo Gustavo Henrique Leal Viera, a companhia nunca emitiu nenhum documento fiscal para a instituição federal. “Não houve prestação de serviço para qualquer entidade ligada à Universidade Federal de Juiz de Fora, tão pouco para as empresas contratadas na execução da obra. A Pan American não discorda do recebimento da ação civil pública porque deseja mesmo esclarecer esses fatos”, explicou.
Reprodução/TCU

O advogado ainda ressaltou que as notas foram emitidas durante um período em que a Pan American não estava em funcionamento. “Os documentos fiscais também foram produzidos em uma gráfica com a qual a empresa nunca teve relação comercial”, ressalta.

As notas apresentadas pela UFJF apontam que a empresa teria fornecido tubo de PVC, brita, cimento e areia à construtora que executou o projeto do CAS. Apesar disso, o advogado da Pan American afirma que, na época, a companhia tinha contrato social ligado a confecção de lingeries, o que seria mais um indício de que não houve prestação de serviço na obra.

Defesa de Margarida rebate acusações feitas pelo MPF

A defesa de Margarida Salomão acredita que as perícias produzidas na ação civil pública irão desresponsabilizar a petista das acusações apresentadas pelo MPF. A assessoria jurídica da parlamentar encaminhou ao Bhaz um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que exime a deputada de irregularidades que possam ter ocorrido nas obras de construção do Centro de Atenção em Saúde da UFJF (confira aqui).

Na decisão, os ministros pontuam que houve um equívoco na interpretação das auditorias do Ministério da Saúde e, por isso, não é possível afirmar que existe ausência de comprovação de despesas no valor de R$ 7.893.595,12. Além disso, o TCU considerou que Margarida Salomão não pode ser responsabilizada pelas notas falsas apresentadas pela UFJF por ter ocupado o cargo mais alto da cadeia hierárquica na instituição.

“Realmente não cabia ao Reitor suspeitar da idoneidade das notas fiscais emitidas pela Pan American Distribuidora Ltda., em razão da sua posição na hierarquia da UFJF. Cabia, sim, ao setor responsável pelo acompanhamento do contrato celebrado com a RDR Engenharia Ltda. [construtora que executou as obras], pelo menos, atestar o recebimento dos materiais adquiridos da referida empresa”, destaca a decisão.

http://bhaz.com.br/2016/09/19/acao-de-improbidade-contra-margarida-salomao-por-desvio-de-r-8-milhoes-ganha-laudos-periciais/

sábado, 22 de outubro de 2016

Rombo nos estados é maior que o informado, revela Tesouro

22/10/2016 13h56
Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

Segundo o Tesouro Nacional, a diferença na contabilidade deve-se principalmente ao fato de que a maioria dos estados não declara gastos com terceirizados e informa apenas a remuneração líquida dos servidores, em vez dos números brutos - Marcello Casal jr/Agência Brasil

A deterioração fiscal nos estados decorrente do aumento de gastos com pessoal e do aumento de créditos nos últimos anos é pior que a informada pelos governos locais. Segundo relatório inédito divulgado esta semana pelo Tesouro Nacional , existem diferenças entre os dados enviados pelos estados em relação ao endividamento, ao gasto com pessoal e ao déficit da previdência dos servidores locais.

Divulgado pela primeira vez pelo Ministério da Fazenda, o Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais baseia-se nos Programas de Reestruturação e de Ajuste Fiscal (PAF), usados pela União para monitorar as contas públicas estaduais e autorizar operações de crédito com os governos locais. Os critérios do Tesouro desconsideram manobras usadas por governadores para diminuírem despesas com pessoal e se enquadrarem nos limites definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Em relação às despesas com o funcionalismo público, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que os estados e o Distrito Federal não podem comprometer mais do que 60% da receita corrente líquida (RCL) com o pagamento aos servidores locais ativos e inativos nos Três Poderes. Pelos dados informados pelos governos locais, somente dois estados estavam acima desse limite no fim do ano passado: Paraíba (61,86%) e Tocantins (63,04%).

No entanto, ao usar os critérios do Tesouro, nove unidades da Federação estouravam o teto no fim de 2015: Distrito Federal (64,74%), Goiás (63,84%), Minas Gerais (78%), Mato Grosso do Sul (73,49%), Paraná (61,83%), Rio de Janeiro (62,84%) e Rio Grande do Sul (70,62%). Pelos parâmetros do PAF, a relação fica em 61,13% no Tocantins e em 64,44% na Paraíba.

Segundo o Tesouro, a diferença na contabilidade deve-se principalmente ao fato de que a maioria dos estados não declara gastos com terceirizados e informa apenas a remuneração líquida dos servidores, em vez dos números brutos. A defasagem também decorre do fato de que diversas unidades da Federação não declaram gratificações e benefícios como auxílio-moradia pagos aos servidores do Judiciário, do Ministério Público e das Defensorias Públicas locais.

Durante a renegociação da dívida dos estados, o Ministério da Fazenda tentou incluir, nas contrapartidas dos governadores, a mudança nas estatísticas de gastos com pessoal, com prazo de dez anos para os estados que estourarem o teto voltarem ao limite de 60%. No entanto, depois de pressões de servidores públicos, o governo recuou e derrubou a exigência. O projeto de lei em tramitação no Senado estabelece apenas a proibição de reajustes ao funcionalismo local por 24 meses após a sanção da lei, sem a necessidade de reenquadramento na LRF.

Déficit da Previdência
O levantamento também constatou que os estados estão subestimando o déficit das previdências dos servidores públicos locais. De acordo com os Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO), enviados pelos governos estaduais ao Tesouro a cada dois meses, o resultado negativo de todas as unidades da Federação estava em R$ 59,1 bilhões no fim de 2015. Nas contas do Tesouro, no entanto, o rombo chegou a R$ 77,1 bilhões.

A maior diferença é observada no Rio de Janeiro, que declarou déficit de R$ 542,1 milhões, contra resultado negativo de R$ 10,8 bilhões apurados pelo Tesouro Nacional. Outros estados que se destacam são Minas Gerais (R$ 10,1 bilhões declarados, contra R$ 13,9 bilhões apurados pelo Tesouro), Rio Grande do Sul (R$ 7,6 bilhões declarados, contra R$ 9 bilhões apurados) e Paraná (R$ 3,2 bilhões declarados, contra R$ 4,3 bilhões apurados).

O Tesouro Nacional não explicou o motivo da diferença de R$ 20 bilhões no déficit das previdências públicas estaduais, mas recomendou mais transparência, controle dos aumentos salariais, corte de cargos comissionados e reformas para conter o rombo. Inicialmente, a criação de tetos para as aposentadorias de servidores estaduais estava nas contrapartidas exigidas pelo governo federal para a renegociação da dívida dos estados, mas a exigência também foi retirada durante as negociações.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

Tribuna da Internet ficou fora do ar e novamente o arquivo foi abduzido


Carlos Newton

Mil desculpas, amigas e amigos da Tribuna da Internet. Ficamos fora do ar novamente, como era comum até alguns meses atrás. Em uma dessas ações anteriores dos piratas da obscuridade , os excelentes técnicos do servidor UOL constataram que o blog havia sido tirado da plataforma e me atribuíram essa iniciativa, porque eu seria a única pessoa que tem a senha. Quando lhes respondi que nem sabia entrar na janela que eles indicaram e jamais a havia acessado, os próprios técnicos então concluíram que tinha havido uma invasão externa, sanaram o problema e seguimos em frente.

Depois, houve outro ataque também grave, saímos do ar e todo o nosso arquivo foi apagado. O blog teve de ser refeito, recomeçamos novamente do zero, até hoje o comentarista José Guilherme Schossland reclama que seus textos foram “abduzidos”.

TUDO DE NOVO – Nesta sexta-feira, primeiro houve interrupção dos comentários. De repente, percebi que há várias horas estava bloqueado o ingresso de novos comentários. Mas a edição do blog ainda parecia normal e segui adiante, sem saber o que fazer para reabrir a entrada dos comentários, que são a alma do blog. Sem eles, logo nos transformaremos num “deserto de homens e ideias”, como dizia o grande homem público Oswaldo Aranha, cujo filho Luiz Norris nos honra com sua participação no blog.

Com ajuda do jornalista Antonio Caetano, um dos maiores cronistas que conheço e que foi o primeiro editor desse blog e domina as coisas da informática, enfim conseguimos voltar ao ar, mas o arquivo dos articulistas foi “abduzido”, como diz o Schossland. Não restou nada. Vamos ver se conseguimos recuperá-lo.

O arquivo dos comentários, que depois da primeira “abdução” já estão em 197.164. está preservado e ainda não sei se o ingresso de comentários está reaberto.

Agora, o mais importante é retomar as matérias. Depois voltamos a informar o que está havendo.

Posted in C. Newton

Jovens são assaltadas durante festa no campus da UFJF

22/10/2016 13h25 - Atualizado em 22/10/2016 13h25

Do G1 Zona da Mata

Duas jovens de 21 anos foram roubadas durante uma festa no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O caso foi registrado pela Polícia Militar (PM) na madrugada deste sábado (22). Ainda conforme o registro da polícia, as vítimas contaram que relataram o fato para seguranças da instituição e que eles disseram que não poderiam fazer nada a respeito. De acordo com a Diretoria de Imagem Institucional, o caso será apurado em um processo administrativo.

Conforme a ocorrência da PM, as vítimas contaram que estavam em uma festa no interior do Campus, perto de alguns seguranças, e onde havia grande aglomeração de pessoas. As duas disseram que foram empurradas no chão pelo ladrão que, em seguida, puxou as bolsas delas. Em seguida, o assaltante fugiu.

Os policiais fizeram rastreamento, mas nenhum suspeito foi localizado até o momento.

Procedimento administrativo
A Diretoria de Imagem Institucional informou que será realizada uma reunião na segunda-feira (22) com a Coordenação de Vigilância para solicitar a abertura de um procedimento administrativo de apuração do fato e do comportamento dos seguranças.

A Diretoria ressaltou também que as medidas de segurança internas foram adotadas e são reavaliadas onde os crimes são mais frequentes. De acordo com a instituição, a política de projetos de extensão com comunidades do entorno, como o retorno do projeto Domingo no Campus neste domingo (23), tem sido reforçada para colaborar com a formação social.

Cresce número de assaltos a padarias de Juiz em Fora

21/10/2016 19h15 - Atualizado em 21/10/2016 19h15

Do G1 Zona da Mata
Ocorrências de assaltos a padarias em Juiz de Fora cresceram 
(Foto: Reprodução/TV Integração)

Um levantamento realizado pela Polícia Militar (PM) mostra que, só este ano, foram registrados 69 assaltos a padarias em Juiz de Fora. Este número é 30% maior do que as ocorrências registradas em todo o ano passado.

Ainda conforme a pesquisa, em 61% dos roubos em 2016, houve uso de arma de fogo. Treze pessoas foram presas em flagrante e nove menores apreendidos por envolvimento nos crimes.

Os bairros com maior incidência de casos foram o Benfica e São Judas Tadeu. Ainda segundo o levantamento, os crimes ocorrem geralmente entre 18h e 00h.

Os dados foram apresentados em uma reunião, nesta sexta-feira (21), entre representantes do Sindicato dos Panificadores, donos de padarias e a Polícia Militar. Uma cartilha com orientações também foi distribuída. A partir desse dados, será possível traçar estratégias de melhorias para garantir mais segurança nos estabelecimentos.

"O sindicato, através dos seus associados, tem uma rede de informação e recebe muita reclamação de assaltos, por isso, nós pedimos uma reunião e estamos tentando, da melhor maneira possível, resolver esse problema de assaltos a padarias", afirmou o presidente do Sindicato de Panificação, Everaldo Lima.

Já a major da Polícia Militar, Lylian de Freitas, ressaltou a importância das operações. “Nós desencadeamos a operação ‘Cavalo de Aço’, que foi montada exclusivamente para abordagem a motocicletas, que é o meio utilizado para os infratores para prática do delito e vamos potencializar essas operações, principalmente nos locais e horários com maior incidência criminal”, concluiu.

Pesquisa aponta que uso do crack é consequência, e não causa de exclusão social

21/10/2016 18h46
Rio de Janeiro
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil

Ao contrário do que o senso comum acredita, o crack não causa exclusão social. Pelo contrário, segundo especialistas, o uso da droga é consequência de uma vida precária que leva à dependência e faz com que muitos sejam encontrados em situação de pobreza extrema, usando a droga nas ruas de cidades brasileiras, vulneráveis a riscos, como homicídios. A constatação é de Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgada hoje (21), no Rio de Janeiro.

Depois de analisar cerca de 200 entrevistas com usuários e profissionais de saúde mental, o levantamento mostra que o uso da droga apenas piora a situação de pessoas que não tem laços familiares, moradia, trabalho e estudo - problemas que chegaram antes da dependência.

Rio de Janeiro - O pesquisador Roberto Dutra Torres durante seminário Crack e exclusão social, na Fiocruz, em Manguinhos 
(Tomaz Silva/Agência Brasil)

"O crack não é a causa da exclusão, é um elemento a mais, que reforça a exclusão social, processo que é anterior [à droga], no entanto, é reversível”, afirmou um dos autores da pesquisa, Roberto Dutra Torres, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), ao divulgar os resultados, na Fiocruz. “Ninguém vira zumbi pelo crack”, reforçou.

Segundo ele, reverter a dependência é possível por meio de políticas públicas sociais, de saúde e de reintegração na comunidade e nas próprias famílias. Como exemplo, citou o programa da prefeitura de São Paulo, De Braços Abertos, que tirou usuários das ruas do centro, oferecendo moradia em hotéis próximos e empregos como gari, pagando salário e oferecendo tratamento.

As análises divulgadas hoje são um desdobramento da Pesquisa Nacional sobre o Crack, encomendada em 2014 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), que traçou um perfil dos usuários da droga. O estudo identificou que compõem menos de 1% da população –bem menos do que dependentes de álcool– chamando atenção para o “pânico social” criado em torno do crack. A situação gerou estigma e afastou usuários da cidadania, diz o texto.

Apoio aos usuários
O psiquiatra Leon Garcia, ex-diretor de Articulação e Projetos da Senad, lembrou que, nos questionários, quando perguntados sobre o que precisavam para largar a droga, as respostas dos usuários eram claras: um local para morar, para tomar banho, para comer, trabalho e tratamento. “A gente precisa atender a essas necessidades. Não podemos achar que a internação é uma solução para todos”, afirmou. Na psiquiatria, lembrou, a necessidade de internação é uma exceção e o desafio é manter pessoas longe das drogas no cotidiano de cada uma.

Rio de Janeiro - O ex-diretor da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas, Leon Garcia, durante seminário Crack e exclusão social, na Fiocruz, em Manguinhos (Tomaz Silva/Agência Brasil)

“Para conseguir isso [que pessoas se afastem do crack], se eu estou morando em um lugar onde eu consigo dormir à noite, em vez de estar na calçada, talvez, isso me faça usar menos drogas, como mostram análises sobre o programa de São Paulo, no qual o consumo individual caiu 60%”", acrescentou o especialista, que participou da divulgação do estudo hoje no Rio.

Antes, na capital paulista, usuários moravam em barracas, fumando pedras nas ruas, como ocorre bem perto da Fiocruz, com dependentes morando às margens da Avenida Brasil.

Dados já divulgados mostram ainda que a maioria dos usuários de crack são homens negros, de até 30 anos, sendo que 40% vive nas ruas e são mais suscetíveis a homicídios do que o restante da população. Eles também são mais vítimas de violência sexual do que a média.

As entrevistas da Fiocruz foram realizadas na região metropolitana de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Salvador e Campos Goytacazes, no norte-fluminense.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil