segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Ladrões invadem casas e levam cerca de R$ 45 mil em Juiz de Fora

19/09/2016 08h23 - Atualizado em 19/09/2016 08h23

Do G1 Zona da Mata

Moradores de duas casas foram feitos reféns e roubados em Juiz de Fora. De uma delas, foram levados cerca de R$ 45 mil em dinheiro e cheques. Os casos foram registrados na sexta-feira (16) e no sábado (17) nos bairros Industrial e Santa Rita.

De acordo com Boletim de Ocorrência (BO), quatro homens encapuzados e armados arrombaram o portão e invadiram uma casa no Bairro Santa Rita na madrugada de sábado (17). Um idoso de 67 anos, uma mulher de 43 e um homem de 35 anos foram acordados, amarrados e amordaçados. Os ladrões saquearam a casa e fugiram com R$ 15 mil em dinheiro, R$ 30 mil em cheques, roupas, videogames, duas TVs de 30 polegadas e um aparelho digital de TV a cabo.

Uma hora antes, uma casa no Bairro Industrial foi invadida por três homens armados. A moradora de 50 anos contou aos policiais que eles pularam o muro, entraram pela janela e a trancaram no quarto. Eles levaram diversos objetos, não detalhados na ocorrência, e fugiram em um carro.

Nos dois casos, houve rastreamento, mas nenhum suspeito foi localizado. Os casos serão encaminhados para investigação na Polícia Civil.

Idosa morre após ser atropelada na varanda de casa em Juiz de Fora

19/09/2016 07h10 - Atualizado em 19/09/2016 07h11

Do G1 Zona da Mata

Uma idosa de 73 anos morreu após ser atropelada na varanda de casa na manhã de domingo (18) em Juiz de Fora. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), uma testemunha relatou que o homem de 48 anos dirigia em alta velocidade pela Rua Principal, no Bairro Torreões, na zona rural. Ele perdeu o controle da direção e bateu na varanda de uma casa onde atingiu a idosa e um homem de 42 anos que estavam sentados em um sofá.

A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada e constatou a morte e socorreu a outra vítima e o motorista até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte. Segundo o BO, os dois homens foram medicados na unidade e liberados.

O carro foi apreendido e encaminhado para pátio credenciado porque o motorista não possui carteira de habilitação e está com licenciamento em atraso desde 2011.

De acordo com o BO, o homem foi detido pela prática de homicídio culposo na direção de veículo automotor e por conduzir sem a documentação correta causando perigo de dano. 

O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) no Bairro Granbery.

Brasil aumenta número de medalhas, mas fica em oitavo lugar na Paralimpíada

18/09/2016 16h08
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil *
O nadador Daniel Dias foi o atleta com mais medalhas nos Jogos Paralímpicos do Rio - Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Brasil terminou em 8º lugar no quadro geral de medalhas da Paralimpíada do Rio de Janeiro. Foram 72 medalhas no total, sendo 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. Antes do início da competição, a meta prevista pelo Comitê Paralímpico Brasileiro era de que o Brasil ficasse entre os cinco melhores países na conquista de medalhas.

Apesar de ter conquistado mais medalhas que nos jogos de Londres, em 2012, a colocação do Brasil neste ano ficou pior, porque há menos medalhas de ouro, que contam mais pontos na classificação. Em Londres, o Brasil ficou em 7º lugar, com 43 medalhas no total, sendo 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze.

A última medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro foi conquistada por Edneusa Dorta. Ela ficou em terceiro lugar na maratona feminina classe T12, para deficientes visuais.

A modalidade em que mais foram conquistadas medalhas pelo Brasil foi o atletismo, com 33 medalhas no total. Na natação, os atletas brasileiros ficaram com 19 medalhas.

Na Paralimpíada do Rio, a China ficou em primeiro lugar, com 239 medalhas: 107 de ouro, 81 de prata e 51 de bronze. Em seguida, aparecem a Grã-Bretanha, com 147 medalhas no total, Ucrânia, com 117, Estados Unidos, com 115, e Austrália, com 81 medalhas.

Ranking paralímpico
Se o oitavo lugar alcançado pelo Brasil no quadro geral de medalhas dos Jogos Paralímpicos deste ano não satisfez a meta proposta pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, pelo menos fez com que o país melhorasse de posição no quadro histórico de medalhas nas Paralimpíadas.

As 14 medalhas de ouro conquistadas no Rio fez o Brasil saltar do 26º para o 23º lugar. Ao todo, o Brasil soma 87 medalhas de ouro em toda a história das Paralimpíadas. A marca fez o país ultrapassar Suíça, Bélgica e Finlândia.

A liderança geral continua com os Estados Unidos. Apesar de ter ficado em 4º lugar no Rio de Janeiro, os norte-americanos têm agora 771 medalhas de ouro. Em segundo lugar, está a Grã-Bretanha, com 664 medalhas de ouro. A China, que faturou 107 medalhas de ouro no Rio, deu um salto no ranking: pulou de 7º para 4º, com 443 medalhas de ouro.

Alemanha (3º), Canadá (5º), Austrália (6º), França (7º), Holanda (8º), Polônia (9º) e Suécia (10º) completam a lista dos 10 primeiros. Na sequência, o país que mais saltou foi a Ucrânia. Com as 41 medalhas de ouro, o país foi do 22º para o 13º lugar. Agora, a Ucrânia tem 125 medalhas de ouro. Quarenta e uma delas conquistadas só no Rio de Janeiro.

Veja o ranking histórico de medalhas em Paralimpíadas
1º – EUA 771
2º – Grã-Bretanha 664
3º – Alemanha 508
4º – China 443
5º – Canadá 396
6º – Austrália 368
7º – França 346
8º – Holanda 276
9º – Polônia 262
10º – Suécia 225
23º – Brasil 87

* Colaborou Edgard Matsuki, do Portal EBC
Edição: Armando Cardoso

http://agenciabrasil.ebc.com.br/rio-2016/noticia/2016-09/brasil-aumenta-numero-de-medalhas-mas-fica-em-oitavo-lugar-na-paralimpiada

Confira 10 momentos marcantes da Paralimpíada 2016

18/09/2016 18h25
Rio de Janeiro e Brasília
Marília Arrigoni e Líria Jade - Do Portal EBC

Os Jogos Paralímpicos do Rio 2016 chegam ao fim neste domingo (18). Por isso, o Portal EBC separou alguns momentos que vão ficar na lembrança de quem acompanhou a paralimpíada. Durante os Jogos, pudemos vibrar e nos emocionar com a disputa das 23 modalidades em 11 dias de competição. Foram 528 provas valendo medalhas: 225 femininas, 265 masculinas e 38 mistas. Confira:

1) Márcia Malsar carrega a tocha na abertura da Paralimpíada

Márcia Malsar carrega tocha na abertura da Paralimpíada
Reuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados

Na última quarta-feira (7), o mundo todo se emocionou com a imagem da ex-atleta paralímpica Márcia Malsar carregando a tocha na abertura da Paralimpíada do Rio de Janeiro. Mas muita gente ainda não conhecia a história de Márcia, que foi a primeira atleta brasileira a conquistar uma medalha de ouro em uma paralimpíada - em 1984, nos 200m rasos.

2) Equipe brasileira vence na bocha

Junto com Antônio Leme, as paratletas Evelyn de Oliveira e Evani Soares da Silva disputam final da bocha - Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil conquistou um ouro inédito na classe BC3 da bocha adaptada. A medalha veio depois de uma partida muito disputada contra a Coreia do Sul. A torcida, que foi chegando aos poucos à Arena Carioca 2, cantou, gritou, vibrou e até brigou com o juiz, que puniu o time brasileiro após uma jogada na última parcial.

3) Público recorde

Em um só dia, 167 mil pessoas visitaram o Parque Olímpico durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, na Barra da Tijuca  - Fernando Frazão/Agência Brasil

No sábado (19), cariocas aproveitaram o fim de semana para desfrutar do clima da Paralimpíada, torcer para o Brasil em várias modalidades e participar de um momento que ninguém sabe quando ocorrerá no país novamente. Foram 167 mil pessoas, segundo o comitê organizador dos Jogos, e São Pedro ajudou: depois de um clima instável e nublado nos últimos dias, o sol voltou a aparecer. Somando todas as praças esportivas, o público ultrapassou 250 mil pessoas. Nem na Olimpíada houve tanta movimentação em um só dia.

4) Susana Ribeiro na natação

A equipe brasileira foi formada por (esquerda para direita): Susana Ribeiro, Daniel Dias, Clodoaldo Silva e Joana Maria Silva 
Reuters/Sergio Moraes/Direitos Reservados

Com Susana no time, o Brasil subiu no pódio e fez a festa da torcida nas arquibancadas. Emocionada, a atleta lembra de tudo que passou para colocar essa medalha no peito. Ela, que já havia conquistado cinco títulos brasileiros no triatlo, além de representar o Brasil no Ironman [modalidade de triatlo de longas distâncias], teve que reaprender a nadar após descobrir que era portadora de MSA (múltipla falência dos sistemas), em 2005.

5) Zanardi ganha medalha no lugar em que ele fez a primeira pole como piloto e 15 anos depois de perder as pernas

Zanardi foi o campeão na prova de contrarrelógio H5 na Paralimpíada
André Motta/Brasil2016

Ex-piloto de Fórmula Indy e F-1, o italiano Alessandro Zanardi foi o campeão da prova de contrarrelógio H5 dos Jogos Paralímpicos no Rio, cidade que ficou marcada como o local de sua primeira pole position. Na Inglaterra, a prova foi disputada na pista do autódromo de Brands Hatch, onde Zanardi havia pilotado carros de corrida anos antes do grave acidente que o fez perder as duas pernas em uma corrida de Fórmula Indy, em 2001, na Alemanha. Como a competição está em seu sangue, ele reinventou sua carreira e, com sua nova condição física, adaptou-se às handbikes (bicicletas de mão) e investiu no esporte paralímpico.

6) Iraniano bate recorde mundial três vezes, levanta 310kg

Siamand Rahman bateu recorde mundial três vezesGabriel Heusi/Brasil2016

O halterofilista iraniano Siamand Rahman (+107kg) prometia romper a mítica barreira dos 300kg muito antes de começarem os Jogos. Chegou o dia, o momento, Siamand não decepcionou e ainda foi além. Ele bateu seu próprio recorde mundial (296kg) três vezes e estabeleceu uma nova marca- 310kg - que os amantes do esporte acreditam que vá durar muitos anos.

7) E todas as vezes que um atleta sacode a medalha para ouvir o som
Som da medalha - Washington Alves/MPIX/CPB

8) Esgrima brasileira não passa das quartas de final

O brasileiro Jovane Guissone, medalha de ouro em Londres 2012, perde nas quartas de final da esgrima, na decisão de espada, categoria B para o ucraniano Oleg Naumenko - Tânia Rêgo/Agência Brasil

O atleta gaúcho Jovane Guissone, esperança brasileira na espada individual na esgrima, perdeu a disputa nas quartas de final. Mas Jovane, o único brasileiro campeão paralímpico de esgrima, afirmou estar conformado com o resultado. Em Londres foi sua primeira participação e ganhou medalha de ouro. Nesta, Jovane não passou das quartas.

9) Judô brasileiro: Aos 45 anos, Antonio Tenorio conquista prata para o Brasil no judô até 100 kg

Antonio Tenorio conquista medalha de prata na ParalimpíadaReuters/
Carlos Garcia/Direitos Reservados 

Aos 45 anos, o judoca brasileiro Antonio Tenorio conquistou a sexta medalha em Jogos Paralímpicos, ele levou a prata na categoria até 100 kg. Perdeu para o judoca Gwanggeun Choi, da Coreia do Sul, por ippon, que é o golpe perfeito no judô. O bronze ficou com o cubano Yordani Fernandez Sastre e com Shirin Sharipov, do Uzbequistão. Tenorio já acumulava quatro ouros e um bronze em Paralimpíada.

10) Egípcio mesatenista joga com a boca

Mesatenista egípcio joga com a boca- Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

Nascido no Egito, na cidade de Dumyat, em 1º de julho de 1973, Ibrahim Hamadtou perdeu os dois braços em um acidente de trem aos 10 anos. Três anos depois, ele deu início a um sonho que, para a maioria, parecia impossível: tornar-se um jogador de tênis de mesa. O primeiro passo foi tentar jogar com a raquete apoiada na axila. Sem sucesso e longe de desistir frente a um obstáculo que parecia ser a única chance de atingir seu objetivo, Ibrahim Hamadtou desenvolveu uma técnica que impressiona e inspira até mesmo seus colegas atletas paraolímpicos: aprendeu a jogar com a boca e isso lhe garantiu uma vaga nos Jogos Paralímpicos do Rio.

*Com informações da Agência Brasil e Portal EBC
Edição: Líria Jade

http://agenciabrasil.ebc.com.br/rio-2016/noticia/2016-09/confira-10-momentos-marcantes-da-paralimpiada-2016

Começa hoje campanha para atualizar caderneta de vacinação

19/09/2016 06h56
Brasília
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil

Começa hoje (19) a Campanha Nacional de Multivacinação em todo o país, para atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes. O público-alvo da mobilização são crianças menores de 5 anos e crianças e adolescentes de 9 anos a 15 anos.

O Dia D de mobilização nacional está marcado para o próximo sábado (24), quando os postos estarão abertos para atender aos que tiverem dificuldades de comparecer em horário comercial. A campanha segue até 30 de setembro em cerca de 36 mil postos fixos em todo o Brasil. Ao todo, 350 mil profissionais participam da ação.

Campanha começa hoje para atualização da caderneta de vacinação 
Sumaia Villela/Agência Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, foram enviadas a todas as unidades da Federação 26,8 milhões de doses - incluindo 7,6 milhões para a vacinação de rotina de setembro e 19,2 milhões de doses extras para a campanha.

Atualização da caderneta
O objetivo da ação é combater a ocorrência de doenças imunopreveníveis no país e reduzir os índices de abandono à vacinação – principalmente entre adolescentes.

Mudanças no calendário de vacinação
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde alterou o esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente.

O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral. Até 2015, o esquema era de duas doses injetáveis e três orais.

Já a vacinação contra o HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas para meninas saudáveis de 9 a 14 anos. Meninas de 9 a 26 anos que vivem com HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses.

No caso da meningocócica C, o reforço, que era administrado aos 15 meses, passou a ser feito preferencialmente aos 12 meses, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras duas doses continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

A pneumocócica sofreu redução de uma dose e passou a ser administrada em duas (2 e 4 meses), com um reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que pode ser recebido até os 4 anos.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

domingo, 18 de setembro de 2016

Suspensão da Lei do farol baixo/ Encerramento da Paralimpíada/ Trabalhadores da VW retornam ao trabalho/ Boulevard Olímpico

Incendiário e irresponsável: Dias Tóffoli provoca militares e juízes brasileiros


Dias Tóffoli, o menino de Lula, indicado para uma vaga de ministro do STF depois de ser reprovado, por duas vezes, em concurso público para juiz de direito é autor da maior provocação já feita aos militares e aos juízes brasileiros nos últimos 30 anos.

A máxima de que, quando você não domina um assunto, o recomendável é que fique de boca fechada não valeu para Dias Tóffoli. Diante de uma platéia de empresários em Belo Horizonte, abandonou o tema pelo qual estava pautado para incursionar num perigosíssimo terreno minado, cheio de explosivos e sob forte observação da caserna. Falou o que não devia e colocou em “alerta total” os militares. Era o “fator legal” que faltava para que um enorme segmento das Forças Armadas se convencesse que já passou o momento de agir.

Ao afirmar textualmente de que: “a Justiça corre o risco de “cometer o mesmo erro que os militares cometeram em 1964” se a política for criminalizada e o Judiciário “exagerar no ativismo”, Dias Tóffolli prova que não possui a menor condição de ocupar uma cadeira no STF.

– Dias Toffoli não foi ministro do STF ao criticar os militares… Dias Tóffoli foi militante petistas.
– Dias Toffoli não foi ministro do STF ao criticar os juízes brasileiros que atuam com independência, prendendo corruptos, afastando da vida pública ladrões e recuperando bilhões de reais que foram roubados do Brasil… Dias Tóffoli se comportou como um defensor contumaz de gente da pior espécie. (vide Mensalão e o habeas corpus concedido apara Paulo Bernardo, seu ex-chefe no PT).

Qual será o medo real de Dias Tóffoli?
– Que seu “mentor” Luis Inácio Lula da Silva seja preso?
– Que seus pares determinem uma minuciosa investigação para esclarecer as ligações da sua mulher, na condição de advogada, de empreiteiros ladrões?
– Que juízes independentes, sérios, honestos, que chegaram na função por meio de concurso público e não pela “mão suja” de um presidente desmoralizado, comecem a comandar, de verdade, o judiciário brasileiro?
– Que ao atacar a operação Lava Jato também “acertou” o Ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato?

Definitivamente Dias Tóffoli perdeu uma grande oportunidade de ficar calado em Belo Horizonte.
Dias Tóffoli não tema a mínima noção do “estrago” que provocou. Dada a gravidade das suas declarações, certamente será “aconselhado” a entregar a toga e se recolher ao escritório que defende os bandidos da lava Jato.

Leia na íntegra a matéria publicada pela Folha de São Paulo, assinada pelo jornalista JOSÉ MARQUES.

“Judiciário pode ‘cometer o mesmo erro de militares em 1964’, diz Toffoli

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli disse nesta sexta-feira (16) que a Justiça corre o risco de “cometer o mesmo erro que os militares cometeram em 1964” se a política for criminalizada e o Judiciário “exagerar no ativismo”.

Ao palestrar em evento de direito tributário em Belo Horizonte, Toffoli listou momentos da história do Brasil em que as Forças Armadas agiram como “poder moderador”: destituíram governos e depois devolveram aos civis.

Ele afirma que, no entanto, no golpe de 1964, os militares quiseram “se achar os donos do poder” e se desgastaram com isso.

“Com o desgaste dos militares, porque eles deixaram de ter autoridade moral de ser o poder moderador das crises da federação brasileira, quem acaba por assumir é o Poder Judiciário”, afirmou.

“E nesse protagonismo, o Poder Judiciário tem que ter uma preocupação: também não exagerar no seu ativismo. Se exagerar no seu ativismo, ele vai ter o mesmo desgaste que tiveram os militares.”

Toffoli, que falaria no evento sobre direito tributário, deixou o tema de lado disse que era “mais importante fazer essas reflexões”.

“Se criminalizar a política e achar que o sistema judicial vai solucionar os problemas da nação brasileira, com moralismos, com pessoas batendo palma para doido dançar e destruindo a nação brasileira e a classe política… É o sistema judicial que vai salvar a nação brasileira?”, questionou.

Segundo o ministro, a Justiça tem que “resolver a crise de maneira pontual” e quando for provocada ou vai haver um “totalitarismo do Judiciário e do sistema judicial”.

“Se nós quisermos ser os protagonistas da sociedade brasileira, começarmos a fazer sentenças aditivas, começamos a fazer operações que tem 150 mandados de busca e apreensão num único dia… Temos que refletir”, acrescentou.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/09/1813937-judiciario-pode-cometer-o-mesmo-erro-de-militares-em-1964-diz-toffoli.shtml

Cruzeiro x Atlético - Duelo tira-teima no Brasileiro

PUBLICADO EM 18/09/16 - 03h00

THIAGO NOGUEIRA

Cruzeiro e Atlético sustentam uma rivalidade de 95 anos que, a cada clássico, escreve uma nova página na história dos clubes, sempre alimentada por números e uma infinidade de personagens. Hoje, às 16h, no Mineirão, as maiores equipes do Estado se enfrentam não só por objetivos de título e de luta contra o rebaixamento, mas também para mostrar quem assume a dianteira na briga particular pela marca de maior vitorioso em confrontos pela competição nacional.

Em 63 jogos do Brasileiro unificado, de 1967 e 2016, cada equipe venceu 22 vezes e aconteceram outros 19 empates. O equilíbrio coincide com o advento do Gigante da Pampulha, inaugurado em 1965, que recebeu 53 clássicos do campeonato, com uma ligeira vantagem alvinegra: 18 vitórias alvinegra, 17 cruzeirenses e 18 empates. Os outros dez duelos foram disputados no Independência, na Arena do Jacaré e no Parque do Sabiá.

Campeão quatro vezes (1966, 2003, 2013 e 2014), o Cruzeiro tira onda na quantidade de conquistas, enquanto o Galo segue há 45 anos tentando repetir o feito de 1971. Na era dos pontos corridos, a hegemonia também é da Raposa. Desde 2003, quando a competição passou a ser disputada em turno e returno, o time azul venceu 14 clássicos, contra oito do Atlético e apenas três empates.

Inversão. Desde que o Independência foi reformado, o Atlético passou a optar pelo Horto como casa em seus jogos normais e também nos clássicos. Mas, quem se deu melhor por lá nos últimas três partidas foi o Cruzeiro – três vitórias, incluindo o Brasileiro e o Mineiro. Da mesma forma, no Mineirão, o Galo não perde para o rival há seis jogos: são três vitórias e três empates em três competições diferentes.

Divisão. Desde 2013, no jogo de reinauguração do Mineirão, o estádio não é mais dividido igualmente entre atleticanos e cruzeirenses. Mandante do clássico, o Cruzeiro terá a maioria em campo.

Aos atleticanos, restaram 3.500 ingressos, menos de 10% da capacidade – o número de ingressos dos visitantes foi acordado em reunião na Federação Mineira de Futebol (FMF) mediante reciprocidade de entradas oferecidas em jogos no Independência, onde o Galo tem mandado seus jogos, e laudos de segurança.

Jornal O Tempo 

COMANDO DO BOMBEIROS ABRE IPM CONTRA PRESIDENTES DE ENTIDADES PM

Governo do Estado através do comando do CBMMG abre IPM (Inquérito Policial Militar) contra presidentes de entidades de classe para apurar o ocorrido no dia 21 de abril em Ouro Preto.

Os militares estranharam, pois foram ouvidos ontem, dia 17 de setembro, mais de cinco meses depois do fato ocorrido ou quatro meses depois da abertura do IPM. E o mais suspeito é que os militares envolvidos estão sendo acusados de crime de motim e desobediência. Se isto realmente aconteceu, então por que os militares acusados não foram presos em flagrante pelas autoridades militares presentes? E a maior autoridade militar presente era o Cel Hebert Figuero, que é o atual chefe do Gabinete Militar do Governador, que coincidentemente está sendo processado pelo Sgt Alexandre presidente da Ascobom, que juntamente com o Deputado Sgt Rodrigues está processando mais outros quatros oficiais superiores envolvidos no evento de 21 de Abril.

Na última audiência pública da comissão de segurança pública presidida pelo Deputado Sargento Rodrigues que ocorreu na ALMG, os quatros oficiais foram ouvidos pelos excessos por eles praticados, sendo que um deles, chegou a disparar gás de pimenta contra o Deputado e os presidentes de entidades de classe da PM.

O Cel PM Bianchini determinou que os oficiais não comparecesse pela quarta vez na audiência pública em que foram intimados a comparecer para dar esclarecimentos. Mas o Cel Bianchini e o Cel Herbert Figuero compareceram na audiência com 14 Coronéis do auto comando afim de intimidar as vítimas que são justamente os presidentes de entidades de classe. Os dois Coronéis se esquivaram da responsabilidade e na audição declararam que cumpriram ordem da Senhora Mariana que é a responsável pela organização do evento, Senhora está que virou comandante geral e chefe de gabinete militar da noite para o dia.

O presidente da Ascobom, Sgt Alexandre Rodrigues lamenta em ter que processar os seus superiores hierárquicos mas também defende os interesses da coletividade mesmo que tenha que enfrentar os próprios colegas que escolheram ser leais ao governo que hoje responde por lavagem de dinheiro e corrupção ativa ao invés de defender os interesses da categoria.

Assessoria de Comunicação Rede Gerais de Rádio
http://www.ascobom.org.br/

Itaú Cultural celebra centenário do samba com exposição sobre Cartola

17/09/2016 21h55
São Paulo
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil

No ano em que se comemora o centenário do samba no Brasil, o Itaú Cultural traz para São Paulo a Ocupação Cartola, que de 17 de setembro a 13 de novembro mostrará ao público a vida e a obra do lado poeta, erudito e contemporâneo do músico Angeor de Oliveira, o Cartola, que nasceu em 1908 e morreu em 1980. Na visita será possível conhecer o sambista e fundador Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro, e seu processo de criação. A homenagem se estende ainda ao grande amor da vida de Cartola, Dona Zica, também sambista da Mangueira.

A curadoria fica por conta da cantora Fabiana Cozza e os Núcleos do Itaú Cultural de Música e de Enciclopédia, com consultoria de Nilcemar Nogueira, neta de Cartola. Em seis eixos, a linha curatorial desenvolve o fio da vida e pluralidade de Cartola, em paralelo a uma das histórias de amor mais famosas do mundo do samba: 1908, o nascimento, Encontros/rua, Zicartola, Casa/varanda, Palácio do Samba e Cartola de Ouro.
Cartola e Dona Zica na capa do disco Cartola 2, um dos quatro gravados pelo cantor e compositor - Divulgação/Discos Marcus Pereira/Direitos Reservados

A exposição percorre a vida de Cartola desde o nascimento no Catete, bairro do Rio de Janeiro, sua mudança para o Morro da Mangueira. Fala da gravação de seus quatro discos solo, das mais de 500 canções escritas e da parceria com compositores como Carlos Cachaça, Dalmo Castello e Elton Medeiros. A entrada da exposição é marcada por fotos de época, seguida pelo modo de viver de Cartola dentro de casa, do Palácio do Samba e por fim o legado deixado pelo mestre na voz de consagrados nomes da música brasileira.

Segundo a curadora, Fabiana Cozza, a Ocupação Cartola, mostrará poemas inéditos, com nove deles transformados em uma publicação que será distribuída durante a mostra. “Em uma entrevista ele disse que um de seus sonhos era ter um livro de poesias e ele disse que ia continuar escrevendo mais um pouquinho para reunir mais poesias para conseguir escrever esse livro. Ele nunca conseguiu fazer esse livro então o Itaú Cultural fez e as pessoas vão ganhar esse livro”.

Há ainda fotos de família e audiovisuais. São 47 originais, entre imagens e manuscritos e o som da música Quem me Vê Sorrindo, escrita em parceria com Carlos Cachaça, o primeiro registro gravado de Cartola. Há ainda declamações de letras de suas canções por músicos da atualidade, como As Bahias e a Cozinha Mineira, Juçara Marçal, Ellen Oléria e Rico Dalasam, entre outros.

“O Cartola é um artista que precisa ser reverenciado e relembrado sempre, porque faz parte do patrimônio cultural nacional. Ele era um artista do povo com uma sofisticação ímpar e deveria ser lembrado como outros grandes escritores e músicos, talvez até desde a época que entramos na escola. Essa exposição vem em um momento que precisamos de beleza. Cartola tem histórico de esperança porque venceu uma série de adversidades na vida, deixando como legado uma obra altamente representativa da cultura nacional”, disse Fabiana.

A curadora ressaltou que a Ocupação Cartola é uma exposição dinâmica que toma um espaço importante da Avenida Paulista. “O Cartola não vai se explicar por textos extensos em que as pessoas vão ter que ficar parando. As pessoas vão escutar, ver as fotos e os vídeos, tudo contado pela fala do Cartola. Não queríamos desenhar o Cartola, queríamos que ele contasse para nós quem ele era. E a partir daí conseguimos reunir tudo o que está aqui”.

A Ocupação Cartola apresenta ainda recursos para portadores de deficiências visuais e auditivas, como mapas e pisos táteis e audioguia. Os materiais escritos têm texto em braile e todos os vídeos exibidos na exposição têm tradução em libras e legendas. Ao mesmo tempo ocorrerão apresentações, oficinas e debates relacionadas a Cartola.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil