terça-feira, 9 de agosto de 2016

"Vivemos um paraíso da impunidade", diz na Câmara coordenador da Lava Jato

09/08/2016 13h21
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Para o procurador, o crime de corrupção no Brasil é de baixo risco e alto benefício - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, disse hoje (9), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, que apenas uma pequena parcela dos crimes de corrupção é punida no país. Em sessão de debates da Comissão Especial de Combate à Corrupção criada este ano pela Câmara, Dallagnol citou estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo o qual apenas 3% dos corruptos brasileiros são punidos. “Vivemos um paraíso da impunidade no Brasil”, disse.

Para o procurador, o crime de corrupção no Brasil é de baixo risco e alto benefício. Ainda que haja punição, “a pena dificilmente passará de quatro anos e provavelmente será prestação de serviços à comunidade e doação de cestas básicas”, destacou Dallagnol. Após o cumprimento de um quarto dessa pena, ela ainda pode ser perdoada, acrescentou o procurador.

Ele destacou o caráter apartidário da corrupção, afirmando que não adianta mudar o governo na tentativa de resolver o problema. “Se queremos mudar, tem que mudar o sistema”, disse Dallagnol, para quem a Lava Jato “é uma exceção que confirma a regra”.

Em março, o Ministério Público Federal (MPF) entregou à Câmara um abaixo-assinado com mais de 2 milhões de assinaturas em apoio a dez medidas que o órgão propõe para combater a corrupção.

As dez medidas propostas pelo MPF, que resultaram em 20 anteprojetos de lei, são:
1. Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação;
2. Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos;
3. Aumento das penas e crime hediondo para a corrupção de altos valores;
4. Eficiência dos recursos no processo penal;
5. Celeridade nas ações de improbidade administrativa;
6. Reforma no sistema de prescrição penal;
7. Ajustes nas nulidades penais;
8. Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2;
9. Prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado;
10. Recuperação do lucro derivado do crime.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Unicef: casamento infantil pode afetar mais de 310 milhões de meninas africanas

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09/08/2016 13h09
Lisboa
Marieta Cazarré - Correspondente da Agência Brasil

Atualmente, mais de 700 milhões de mulheres e meninas no mundo se casaram antes dos 18 anos de idade. Dessas, 17% - ou 125 milhões - vivem na África.

Mais de uma em cada três - o que significa mais de 40 milhões delas - se casaram antes dos 15 anos de idade. Se os índices atuais persistirem na África, o número de mulheres e jovens que se casaram antes dos 18 anos pode chegar a 310 milhões em 2050.

De acordo com o relatório Perfil do Casamento na Infância na África, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a projeção de aumento se deve às lentas taxas de redução no número de casamentos precoces, somadas a um rápido crescimento demográfico.

Na África, diferentemente de outras regiões do mundo, a tendência é de que cada vez mais meninas se casem antes dos 18 anos. De acordo com a projeção, até 2050 o Continente Africano deverá ultrapassar o Sul da Ásia como a região com o número mais elevado de mulheres - entre 20 e 24 anos - que terão casado na infância.

Dados do Unicef lançados em 2014 mostram que enquanto a taxa de casamentos na infância diminuiu ligeiramente ao longo das últimas três décadas, as medidas para evitá-los precisam ser ampliadas de forma dramática, para compensar o crescimento da população.

Na África, o percentual de jovens mulheres que se casaram na infância diminuiu de 44% em 1990 para 34% atualmente. No entanto, com a previsão de que o número de meninas aumente de 275 milhões (2016) para 465 milhões (em 2050), o Unicef estima que, mesmo que haja redução na taxa desses casamentos, o número de meninas noivas vai aumentar.

O casamento infantil é definido como união formal ou informal antes dos 18 anos e é uma realidade para ambos os sexos, embora as meninas sejam desproporcionalmente as mais afetadas.

De acordo com o documento do Unicef, quando as meninas se casam, suas perspectivas de vir a ter uma vida saudável e bem-sucedida diminuem drasticamente, desencadeando muitas vezes um ciclo intergeracional de pobreza. As meninas casadas têm menos probabilidades de terminar os estudos, mais probabilidades de vir a ser vítimas de violência e de ser infectadas pelo HIV. Os filhos de mães adolescentes correm maior risco de nascerem mortos ou morrer no primeiro mês de vida. Além disso, o casamento infantil muitas vezes resulta na separação da família e dos amigos e na falta de liberdade de participar de atividades comunitárias, que podem ter consequências importantes para o bem-estar físico e mental das meninas.

As mortes maternas relacionadas à gravidez e ao parto são um componente importante de mortalidade de meninas com idade entre 15 e 19 anos em todo o mundo, sendo responsáveis por 70 mil mortes por ano, segundo o Unicef. Se a mãe tiver menos de 18 anos, o risco de o bebê morrer no primeiro ano de vida é 60% maior do que o de um bebê nascido de uma mãe com idade superior a 19 anos. Mesmo que o bebê sobreviva, é mais propenso a sofrer de baixo peso ao nascer, de desnutrição e de desenvolvimento físico e cognitivo tardio.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Livro de Paulo Freire está entre os 100 mais pedidos nas universidades dos EUA



Rogerio Galindo
Gazeta do Povo

Apenas um livro de autor brasileiro aparece entre os 100 títulos mais pedidos pelas universidades dos Estados Unidos, de acordo com o projeto Open Syllabus. O projeto reúne ementas de disciplinas de instituições de ensino superior em todo o país e descobre quais são os livros mais solicitados pelos professores.

A única obra brasileira a aparecer nos “100 mais” da lista é de Paulo Freire. “Pedagogia do Oprimido”, publicado pela primeira vez em 1974, aparece na 99ª posição da lista, mas é o segundo livro mais pedido dentre todos os da área de educação. Perde apenas para “Teaching for Quality Learning in University: What the Student Does”, de John Biggs.

Segundo o Open Syllabus, o livro é requisitado em 1.021 ementas de universidades e faculdades dos EUA. Não é pouca coisa: fica à frente de clássicos como Rei Lear, de Shakespeare; Moby Dick, de Herman Melville; e O Banquete, de Platão.

Outro livro bastante citado de um brasileiro (pelo menos dos que o blog conseguiu rastrear) é do ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso, “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”, que tem 141 citações.

Como curiosidade, outros brasileiros que aparecem nas ementas são Clarice Lispector (“A Hora da Estrela” tem 40 citações); Machado de Assis (“Dom Casmurro”, com 33); e Euclides da Cunha (“Os Sertões” aparece 27 vezes).

Dentre os paranaenses, há Dalton Trevisan, com duas citações, e Cristovão Tezza (“O Filho Eterno”, com uma citação).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reveladora reportagem, enviada pelo jornalista Sergio Caldieri, mostra a importância do educador brasileiro Paulo Freire, que tem recebido duras críticas aqui no blog, toda vez que é citado em alguma reportagem ou artigo. Muitos comentaristas condenam aprioristicamente o pensamento político dele, sem levar em consideração sua portentosa obra, que continua a influenciar pensadores das mais variadas tendências políticas e ideológicas, porque a realidade precisa estar acima dos preconceitos infantis.(C.N.)

Minas Gerais mantém superávit na balança comercial em julho

SEG 08 AGOSTO 2016 17:05 ATUALIZADO EM SEG 08 AGOSTO 2016 17:13

Saldo positivo atingiu US$ 1,31 bilhão; China se manteve como principal destino das exportações mineiras

Divulgação/Emater-MG

O café segue, no resultado de julho, entre os principais produtos exportados pelo estado

Minas Gerais manteve o superávit na balança comercial no mês de julho, estreitando o comércio internacional com 145 mercados de destino. No mês passado, o saldo comercial do estado foi de US$ 1,31 bilhão, com as exportações totalizando US$ 1,77 bilhão. Já as importações alcançaram US$ 464,07 milhões. No total, Minas Gerais foi responsável por 10,9% das exportações e 3,9% das importações brasileiras. 

A China se manteve como o principal destino das exportações mineiras em julho, representando 26,5% do total comercializado pelo estado no exterior. Em seguida, aparecem Estados Unidos (8%), Japão (5,3%), Argentina (5,1%) e Holanda (4,7%). A China também foi a principal responsável pelas importações mineiras, com 18,6% do total, seguida por Estados Unidos (13,5%), Itália (8,7%), Argentina (8,1%) e Alemanha (7,0%). Os dados são da Exportaminas unidade de comércio exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede).

Os principais produtos exportados pelo estado em julho foram minério de ferro; ferro-ligas, ferro fundido e seus produtos; café; açúcar; e ouro e pedras preciosas. Já a pauta de importações do estado foi composta por máquinas e aparelhos elétricos; máquinas e instrumentos mecânicos; adubos e fertilizantes; setor automotivo, combustíveis e óleos minerais.

Estado investe em novas janelas de mercado

Após 17 anos de negociação, o Brasil assinou em julho, com os Estados Unidos, acordo bilateral para a venda da carne bovina in natura brasileira. Com a abertura de mercado, a expectativa é que o Brasil tenha um ganho de US$ 900 milhões/ano com exportações, sendo que a previsão é de que os primeiros embarques do produto comecem ainda neste ano, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O acordo poderá impulsionar o mercado mineiro de carnes.

De acordo com dados do Panorama do Agronegócio, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em 2015 a receita das exportações de carne bovina foi a terceira melhor nos últimos 10 anos, chegando a US$ 400 milhões.

Em julho, o saldo comercial de Minas Gerais com os Estados Unidos foi de US$ 80,29 milhões, contra US$ 35,67 milhões no mês anterior, resultado da queda das importações mineiras com os Estados Unidos. De acordo com a Exportaminas, o principal produto mineiro exportado para os EUA foi o café verde e torrado (US$52,73 milhões). Em 2015, o valor exportado do produto somou US$ 733,94 milhões, equivalente a 33,0% da pauta mineira para os Estados Unidos. Em seguida estão tubos de ferro fundido, ferro ou aço (US$ 215,34 milhões), ferro-ligas (US$ 204,30 milhões), ferro fundido bruto e ferro (US$ 160,58 milhões), dentre outros. Já na passagem de junho para julho de 2016, ferro-ligas foi o produto que apresentou maior variação absoluta, com variação de US$ 5,11 milhões, seguido pelo café verde e torrado, com avanço de US$ 4,46 milhões.

Agência Minas

Judoca Rafaela Silva dá primeira medalha de ouro ao Brasil


08/08/2016 17h17
Brasília
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

A judoca brasileira Rafaela Silva derrotou a atleta Dorjsürengiin Sumiya, da Mongólia, na final na categoria até 57 quilos feminino. É a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Com um wazari sobre a oponente, Rafaela conquistou 10 pontos e soube administrar a luta até o final, com o apoio da torcida brasileira.

Nas disputas de hoje (8), Rafaela já havia vencido a romena Corina Caprioriu, a alemã Myriam Roper, a sul-coreana Kim Jandi e a húngara Hedvig Karakas. A portuguesa Telma Monteiro venceu por um yuko a romena Corina Caprioriu e ficou com a medalha de bronze.

Rafaela Silva é carioca, tem 24 anos, e cresceu na comunidade Cidade de Deus. Começou a praticar judô com 5 anos, em uma academia na rua de sua casa. Aos 8 anos, entrou no Instituto Reação, no Rio de Janeiro.

Em 2011, ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México e, em 2015, conquistou a de bronze no Pan de Toronto. Também foi foi vice-campeã mundial em Paris 2011. Na Olimpíada de 2012, em Londres, Rafaela foi desclassificada pelos juízes na segunda rodada por um golpe ilegal.

Rafaela conquistou a medalha de ouro no Mundial de Judô de 2013, prata no Mundial de 2011 e bronze no World Masters de 2012.

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil
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Padre pedófilo citado no filme Spotlight se suicida em presídio de Três Corações

08/08/2016 11h21
Belo Horizonte
Leo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil

O padre Bonifácio Buzzi, que estava preso por pedofilia em um presídio de Três Corações (MG), foi encontrado morto ontem (7). Ele tinha 57 anos e estava em uma cela individual. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) do Governo de Minas Gerais, ele cometeu suicídio se enforcando com uma teresa (corda) feita utilizando um lençol.

O caso do padre é citado no filme Spotlight, um dos vencedores do Oscar 2016, que se baseia na história real do trabalho de repórteres do jornal norte-americano The Boston Globe, que desvendou como a igreja católica escondia crimes de pedofilia. Em 2015, Bonifácio Buzzi figurou na lista internacional de sacerdotes que abusaram sexualmente de crianças e adolescentes.

Crimes em série

Ao fim do filme, junto aos créditos, é apresentada a lista de cidades onde esses crimes foram cometidos. Mariana (MG) é citada por ser o município onde Bonifácio Buzzi abusou de um garoto de 9 anos. O caso ocorreu em 2001 no distrito de Mainart. O padre foi condenado a 20 anos de prisão e ficou preso entre 2007 a 2015, quando passou a cumprir a pena em liberdade.

Entretanto, novas denúncias o levaram de volta à prisão. Após ser colocado em liberdade no ano passado, ele teria abusado sexualmente de dois meninos na zona rural de Três Corações (MG).

A suspeita levou um juiz da cidade a determinar sua prisão preventiva. Bonifácio Buzzi foi encontrado na última sexta-feira (5), em Barra Velha (SC), numa ação que contou com a cooperação de policiais catarinenses. No sábado, Bonifácio Buzzi deu entrada no presídio de Três Corações (MG), um dia antes de cometer o suicídio.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Entenda por que o poder público tem tanta dificuldade ao enfrentar a corrupção

Charge do junião (juniao.com.br)

Oigres Martinelli

No paraíso da corrupção chamado Brasil, existem vultosos valores em disputa dentro do campo de processos judiciais ou administrativos. Para defender os grandes empresários, são contratados escritórios que possuem 50 ou mais advogados de alto nível e muito bem instalados. Entre esses profissionais do Direito, pelo menos dez deles são excelentes, capazes de elaborar peças jurídicas que transformam culpados em inocentes, devedores em credores.

Para tais advogados, receber mensalmente R$ 100 mil ou mais faz parte da rotina. Causas milionárias, honorários milionários. Quase sempre ganham as causas, porque do outro lado do balcão existe apenas um advogado representando o respectivo órgão público, que quase sempre trabalha solitariamente em nome do Estado, sem a mesma estrutura desses poderosos escritórios privados. É por isso que o poder público acaba perdendo tantas causas milionárias ou bilionárias.

Se os adversários desses grandes escritórios não tiverem paz de espírito, representada por um mínimo de estrutura e estabilidade financeira, se estiverem a perigo, ainda que não sejam facilmente corrompíveis, não serão capazes de enfrentar em igualdade de condições seus ex-adversos.

ESTRUTURA – Os advogados que defendem órgãos públicos precisam de livros atualizados, de computadores que funcionem bem, com ligação permanente à internet e com boa velocidade, assim como necessitam de pessoas que se encarreguem de certos aspectos de sua vida pessoal, porque não há tempo para dedicação a afazeres domésticos.

Muitos deles são obrigados a varar madrugadas e fins de semana, buscando solução para processos milionários que envolvem o poder público. Em caso de vitória, não recebiam os chamados ônus de sucumbência, pagos pela parte perdedora e que os advogados particulares recebem normalmente.

Mas agora o Congresso aprovou uma mudança na legislação, que deve ser sancionada pelo presidente Temer, para que os advogados do poder público passem a receber os ônus de sucumbência, sem nenhum prejuízo aos cofres estatais. A notícia está tendo forte reação, porque os beneficiários da corrupção sonham em manter um corpo estatal mal pago, sem preparo e indigente, porque assim fica mais fácil garantir a impunidade de seus atos criminosos, aí incluídas as anulações de débitos e a constituição de créditos favoráveis ao Estado.

A mudança na lei representa um grande avanço no combate à corrupção e à sonegação tributária, mas na mídia não houve maior repercussão desses aspectos altamente positivos.

Dormir é um santo remédio, mas ninguém se interessa mais por isso

Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Eduardo Aquino
O Tempo

De impressionar, a quantidade de estudos sobre sono, relógio biológico, ciclos circadianos (nossa ritmicidade a cada 24 horas) e o altíssimo preço que alterações sono/vigília causam na atual geração, urbana, tecnológica, baladeira, com péssimos hábitos e opção pelo artificialismo e alto consumo de bebidas, drogas, soníferos, calmantes, entre outras coisas. Alarmante a constatação de que sete em cada dez pessoas se queixam de sono insatisfatório, cansaço ao acordar, ou têm distúrbios severos do sono, como apneia, insônias, síndrome das pernas inquietas, terror noturno etc.

Estranhamente somos os mamíferos mais incompetentes no que tange as funções básicas de comer, fazer sexo e dormir. Gosto de provocar: quem já viu zebra obesa, elefante impotente, leão com insônia? Afinal o que nos rege são leis naturais, ciclos podem ser solares, lunares e nossos hormônios buscam obedecer a ordem natural das coisas. Aí, vem nossa tresloucada pretensão humana de criar um universo paralelo, artificial – industrializamos alimentos, criamos luz elétrica, bebidas, tornamos o tempo uma dimensão psicológica à parte, maquinizamos nossa realidade e nos escravizamos pela tecnologia, entre outras brincadeiras de ser Deus.

SOMOS DERROTADOS – Nessa guerra entre leis artificiais e as naturais, com certeza a natureza, sendo divina, sempre nos vencerá e o preço a ser pago é o aparecimento de transtornos mentais e doenças físicas geração pós-geração.

Alguém pode explicar porque vaqueiro não tem problemas para dormir? Simples: vaca dá leite sábado, domingo, feriados. Acorda sempre as cinco, dorme cedo, recebe a luz do início do dia, não tem vícios tecnológicos. Acorda com a claridade, dorme coma escuridão. Fantástico, pois seu relógio biológico é lunar, seus hormônios sono/ vigília ajustados – melatonina aumenta a noite, cortisona aumenta ao acordar.

Faz exercício físico naturalmente indo até o pasto, recolhendo o gado, trabalha o ano todo, tira férias todo dia, pois as quatro da tarde relaxa, joga sua pelada, ou conversa fiada, observa a natureza, adquirindo sabedoria.

ZUMBIS URBANOS – Enquanto isso em Gotham City… Legiões de zumbis, hipnotizados por suas telas de TV, computador ou celular, segue maquinalmente, sua rotina de estresse, mau humor, “pensação” disparada. Ansiosos com insônias iniciais (demoram a dormir pelos pensamentos disparados), deprimidos com insônia terminal (acordam precocemente, com ideias de ruína, já que o cérebro tenta evitar o excesso de sono de sonhar, chamado REM, que gastaria muita atividade eletro-química já deficitária na depressão).

Olha aí a relação direta entre sono e humor! E a memória do sono? Tudo a ver, daí um dos temas recorrentes é que de tanto dormir mal a atual geração terá um percentual de dementes (Alzheimer) imensamente maior e mais cedo. E sono e obesidade? Relação direta pois o insone desregula a química que gere a fome e a saciedade.

E a cada dia novos trabalhos científicos vão nos mostrando que dormir bem é um dos melhores remédios que a natureza nos deu para viver mais e melhor. Algo que meu avô Zé Cocão já sabia desde o começo do século passado. Afinal, simplicidade, humildade e naturalidade, são velhos ingredientes que a humanidade sempre usa quando a civilização entra em colapso. E como dizia a antiga TV Itacolomi: “Tá na hora de dormir, não espere a mamãe mandar, um bom sono pra você e um alegre despertar!”

domingo, 7 de agosto de 2016

Em Juiz de Fora: Homem foi assassinado a tiros

Rua Antônio Carlos Garcia - Jardim Natal 

Na manhã deste domingo (7), policiais militares registraram a ocorrência de homicídio.

Um varão, 40 anos de idade, foi encontrado sem os sinais vitais após ter sido alvejado por projeteis de arma de fogo.

A vítima estava no interior de um carro e apresentava perfurações no pescoço e crânio.

Uma equipe do Samu constatou o óbito, a Perícia exerceu suas atividades laborativas e a funerária removeu o corpo ao IML para a expedição do Laudo de Necropsia.

O veículo automotor que a vítima se encontrava foi removido ao pátio credenciado ao Detran/MG.

O autor da ação criminosa não foi localizado e nada sobre o calibre da arma de fogo foi comentado. Contudo, informações davam conta que a vítima fatal teria envolvimento com drogas ilícitas e teria uma vasta lista de passagens por delegacias. 

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

Primeiro avião do mundo específico para atletas é apresentado na Casa da Rússia

07/08/2016 14h33
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Foi apresentado hoje (7) na Casa da Rússia, no Clube Marimbás, no Rio de Janeiro, o protótipo do primeiro avião do mundo voltado especialmente para o transporte de atletas profissionais. Desenvolvido pela empresa Sukhoi Civil Aircraft, o SportJet é equipado com aparelhos médicos que realizam exames variados. É a primeira vez que o avião é exposto ao público.

Casa da Rússia, em Copacabana, apresenta o protótipo do primeiro avião desenvolvido especialmente para atletas profissionais, o SportJet, e mostra sua cultura - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A aeronave tem operação prevista para o final de 2017, informou o vice-presidente sênior da companhia russa, Evgeniy Andrachnikov. A ideia, segundo ele, é que os atletas possam, durante uma viagem, se recuperar de algum problema, como uma contusão ou estresse devido ao longo voo, por exemplo, com auxílio dos equipamentos e equipes médicas a bordo.

O avião tem capacidade para equipes esportivas de cerca de 50 pessoas, incluindo médicos, fisioterapeutas, técnicos, mas pode ser adaptado para mais assentos. Há camas específicas para massagens, fisioterapia, tratamento de lesões e inflamações. Entre os equipamentos, está uma cápsula para diagnósticos precisos dos atletas, aparelhos para treinos, entre outras novidades.

A médica do SportJet, Irina Zelenkova, disse à Agência Brasil que representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) e dos comitês dos Estados Unidos e Grécia já visitaram o protótipo, mostrando interesse no projeto. “Acreditamos que vai ser útil para atletas de todo o mundo”, externou. “A aeronave ajuda a atender de forma mais ágil as necessidades dos atletas que, assim, podem relaxar”.

O avião tem capacidade para equipes esportivas de cerca de 50 pessoas, incluindo médicos, fisioterapeutas, técnicos, mas pode ser adaptado para mais assentos - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Evgeniy Andrachnikov informou que atualmente, times de atletas costumam usar aeronaves de até 180 lugares, cujo custo de manutenção durante uma viagem é em torno de US$ 3 mil mais caro que o do SportJet. O avião russo pode transportar até 100 passageiros. 

A companhia decidiu construir o avião para atletas quando percebeu que não havia nada igual no mercado desportivo mundial, que movimenta US$ 1 bilhão em viagens, informou. Segundo ele, a ideia não é restringir a venda dessa aeronave à Rússia, mas para todos os países. Os principais mercados identificados são Estados Unidos, Rússia, Ásia, Américas e Oriente Médio.

O avião tem autonomia para voar cinco horas direto, sem escalas. Os voos esportivos, explicou o vice-presidente sênior, são feitos obedecendo a escalas para não cansar os atletas. Times de basquete e hóquei, por exemplo, têm um máximo de 50 integrantes, em geral.

O público poderá visitar o protótipo do SportJet a partir do próximo dia 10 até o dia 18, na Casa da Rússia, a partir das 10h. Não é preciso inscrição prévia. A empresa fabricante é patrocinadora da casa de hospitalidade russa.

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil