terça-feira, 5 de julho de 2016

Operação Caxangá investiga fraude milionária no Espírito Santo e em outros estados da Região Sudeste

Publicado: 05/07/2016 10h09Última modificação: 05/07/2016 13h39


A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal deflagraram nesta terça-feira (5/7) a Operação Caxangá, para desarticular organização criminosa suspeita de sonegação fiscal milionária no setor de plásticos e embalagens no Espírito Santo e em outros estados da região sudeste.

Buscas estão sendo efetuadas nas empresas beneficiárias e nas residências dos operadores do esquema. Foram expedidos, pela 2ª Vara Federal Criminal de Vitória, nove mandados de busca e apreensão, sendo três em Colatina (ES), dois em Vila Velha (ES), dois em Guarapari (ES), um em Vitória (ES) e um no Rio de Janeiro (RJ). Participam da operação 30 integrantes da Receita Federal e 44 policiais federais.

As investigações tiveram início a partir de cruzamento de dados em que foram identificados pela Receita Federal fortes indícios de crimes contra a ordem tributária. Com a participação da Polícia Federal, passou a ser apurada a prática dos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Entenda o caso:

A fraude consistia na criação e utilização de empresas de fachada para emissão de notas fiscais (empresas “noteiras”) que lastreavam operações de venda de plásticos e embalagens plásticas para todo o território nacional. 
Tais empresas, somente no estado do Espírito Santo, teriam movimentado aproximadamente R$ 460 milhões e emitido mais de R$ 230 milhões em notas fiscais de saída, nos últimos cinco anos. Porém, recolheram junto aos cofres públicos quantias irrisórias. 
Foram identificadas, no Espírito Santo, mais de 13 empresas criadas pela organização criminosa, conhecida como “Máfia do Plástico”, com o objetivo de emitir notas fiscais inidôneas, tendo em comum o mesmo grupo de contadores. Investigações apontam que o grupo também atuava em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Fraude pode superar R$ 500 milhões

As autoridades fiscais estimam que o faturamento total oculto pelas empresas participantes do esquema criminoso supere R$ 500 milhões nos últimos cinco anos. O prejuízo aos cofres públicos dos estados e da União está sendo apurado pelas instituições.

A operação foi batizada Caxangá em referência ao jogo infantil de cantiga de roda “Escravos de Jó”. Ao ritmo da música, iniciam a brincadeira de passar o objeto que está na mão direita para o vizinho da direita, e receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda, trocando-o rapidamente de mão, na passagem do famoso verso “tira, bota”. Faz uma alusão à atuação do grupo e sua rapidez em criar e fechar novas empresas constituídas por “laranjas”, dificultando a atuação do fisco.

Entrevista coletiva às 11h na sede do Ministério da Fazenda, situada à Rua Pietrângelo de Biase nº 56 – Centro, Vitória/ES, quando será apresentado um balanço da operação.

http://idg.receita.fazenda.gov.br/noticias/ascom/2016/julho/receita-federal-operacao-caxanga-investiga-fraude-milionaria-no-setor-de-plasticos-no-espirito-santo-e-em-outros-estados-da-regiao-sudeste

Presos reformam Apae Rural na cidade de Visconde do Rio Branco

TER 05 JULHO 2016 10:00 ATUALIZADO EM TER 05 JULHO 2016 09:09

Divulgação/Seds

Além de atuar em um projeto humanitário, a cada três dias trabalhados, os detentos ganham um dia de remissão da pena

Presos de Visconde do Rio Branco, no Território Mata, reformaram a Associação de Pais e Alunos Excepcionais (Apae) Rural da cidade, que presta, gratuitamente, atendimento nas áreas educação, saúde e assistência social. Atualmente, a instituição atende 68 pessoas com deficiência intelectual ou múltipla.

Os detentos pintaram as paredes, colocaram pisos e trocaram os forros de teto das salas de aula e das oficinas de trabalho. A rampa de acesso aos cavalos da equoterapia foi reformada para melhorar o deslocamento de pessoas com algum tipo de dificuldade de locomoção, como cadeirantes.

Funcionários voluntários

A empreitada foi possível graças ao movimento de voluntariado de funcionários do presídio. Mensalmente, em horários de folga, eles visitam asilos, orfanatos, clínicas de reabilitação e outras entidades assistenciais sem fins lucrativos, para identificar carências e ajudar a resolvê-las.

No caso da Apae Rural, o grupo arrecadou R$ 1,4 mil em doações para os forros de teto e mediou a liberação pelo Judiciário do presídio de presos para trabalhar na reforma. 

O diretor-geral do Presídio de Visconde do Rio Branco, Luis Almeida, integra o grupo de voluntários. Ele conta que os detentos da unidade já fazem trabalhos de capina e manutenção na Apae Rural, na Apae Centro e em outras entidades assistenciais. “É uma oportunidade para o preso sair da marginalização e sentir-se valorizado como ser humano”, afirma.

Para a assistente social Silvana Reis, coordenadora da Apae Rural, tanto a reforma quanto as constantes manutenções não seriam possíveis sem o apoio voluntário, já que a associação vive de doações e da venda de alguns produtos. 

Ressocialização

Além de atuar em um projeto humanitário, a cada três dias trabalhados, os detentos ganham um dia de remissão da pena, em conformidade com a Lei de Execução Penal. Luis Fernando, de 28 anos, é um dos quatro presos que trabalharam nas melhorias da Apae Rural. Ele conta que foi bem tratado por funcionários, pais e alunos. “São pessoas especiais. Não nos tratam com discriminação”, revela.
Agência Minas

Fhemig abre processo seletivo para vagas em hospitais do interior

TER 05 JULHO 2016 10:50 ATUALIZADO EM TER 05 JULHO 2016 10:42

Inscrições para várias funções em estabelecimentos de saúde de cinco municípios podem ser feitas até o próximo dia 10

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu inscrições para processo seletivo de profissionais da saúde em várias especialidades e outras funções. As vagas disponíveis são para hospitais de municípios do interior do estado.

A seleção é para as funções de assistente social (Barbacena), cirurgião bucomaxilofacial (Patos de Minas), enfermeiro obstetra (Patos de Minas), engenheiro clínico (Juiz de Fora), fisioterapeuta (Ubá), nutricionista (Barbacena), pedagoga (Juiz de Fora), psicólogo clínico (Três Corações), recreador infantil (Barbacena), técnico em informática (Patos de Minas e Ubá) e técnico em radiologia (Barbacena).

Os candidatos devem se inscrever até as 17 horas do próximo dia 10 de julho no site www.fhemig.mg.gov.br. A carga horária é de 40 horas semanais, exceto para cirurgião bucomaxilofacial e técnico em radiologia (ambos de 30 horas semanais).

O processo seletivo tem duas etapas. A primeira inclui a divulgação da relação dos inscritos aptos a entregarem a documentação (12 de julho), a entrega dos documentos (14 e 15 de julho), a divulgação do resultado da análise curricular em primeira etapa (22 de julho), prazo para recursos (26 e 27 de julho) e divulgação dos profissionais selecionados pós-recurso (1º de agosto). 

A segunda etapa consta de entrevista (10 de agosto), recursos (12 e 15 de agosto) e resultado final (19 de agosto). Informações sobre exigências curriculares, pré-requisitos e atribuições de cada função e outros critérios de seleção podem ser verificadas no Regulamento 01/2016 (clique aqui).
Agência Minas

Bicampeã do JEMG, Núbia Soares está classificada para os Jogos Rio 2016

TER 05 JULHO 2016 15:05 ATUALIZADO EM TER 05 JULHO 2016 15:15

Nascida em Lagoa da Prata, no território Oeste, Núbia Soares representará Minas Gerais nos Jogos Olímpicos Rio 2016. No último domingo (3/7), a atleta do Clube BM&F Bovespa venceu a disputa do salto triplo do XXXV Troféu Brasil de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP), após atingir a marca de 14,17m – a marca mínima olímpica é 14,15 m.

Atualmente com 20 anos de idade, Núbia surgiu para o esporte nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG), sob o comando do técnico Abel Mendes – beneficiário do programa Bolsa-Técnico, da Secretaria de Estado de Esportes (SEESP). A atleta foi campeã da competição nos anos de 2012 e 2013 pela Escola Estadual Chico Rezende.
Núbia Soares representará Minas Gerais nos Jogos Olímpicos - 
Crédito: Agência Luz/BM&FBOVESPA

Em 2012, Núbia conquistou também a primeira colocação das Olimpíadas Escolares, em Cuiabá (MT), resultado que levou a jovem a ser indicada pelo Comitê Olímpico Brasileiro para compor a delegação nacional no 6º Festival Olímpico da Juventude, disputado em Sydney, na Austrália. Lá, a saltadora ficou em segundo lugar e voltou para casa com a medalha de prata.

Em 2013, ano em que venceu a disputa do salto triplo nos Jogos Escolares da Juventude, em Belém (PA), e bateu o recorde da prova com a marca de 12,98m, Núbia representou Minas Gerais na Gymnasiade – os Jogos Mundiais Escolares –, realizada em Brasília (DF). Na oportunidade, além de sagrar-se campeã, a mineira tornou-se recordista da prova nas competições da Federação Internacional de Esporte Escolar (ISF, na sigla em Inglês).

Para o secretário de Estado de Esportes, Carlos Henrique, a classificação de uma atleta para os Jogos Olímpicos demonstra a importância do esporte escolar. “No JEMG podemos identificar atletas de potencial e lapidá-los para que se tornem esportistas profissionais e possam representar nosso estado pelo mundo afora, além de servirem como bons exemplos para as crianças que desejam praticar alguma modalidade”, comentou.

A lagopratense, que foi atleta de handebol dos 11 aos 15 anos e está em sua quarta temporada no atletismo, despontou como uma esperança brasileira na modalidade ao saltar 14,22m no Troféu Brasil de 2014. A jovem, no entanto, não conseguiu manter a sequência devido às lesões que enfrentou em 2015.

Recuperada, a mineira já tem um novo objetivo em mente: bater o recorde brasileiro da prova: 14,58 m, de Keila Costa desde 2013. "Meu primeiro salto, que eu queimei, foi longe, e estaria bem perto do recorde brasileiro. Esse é o meu próximo objetivo", afirmou após obter o índice olímpico nesse fim de semana.

Em abril deste ano, Núbia esteve presente no Meeting de Atletismo, realizado no Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (CTE-UFMG).
Agência Minas

Jovem morre em acidente na MG-353 entre Juiz de Fora e Coronel Pacheco

05/07/2016 18h50 - Atualizado em 05/07/2016 18h50

Do G1 Zona da Mata

Acidente aconteceu na MG-353, entre Coronel Pacheco e Juiz de Fora 
(Foto: PMR/Divulgação)

Um jovem, de 21 anos, morreu durante um acidente entre um carro e um caminhão, na tarde desta terça-feira (5), na MG-353, entre Juiz de Fora e Coronel Pacheco, na Zona da Mata.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMR), o motorista do carro, que era pai da vítima, tentou ultrapassar o caminhão em um local proibido. Ele perdeu o controle do veículo e bateu na coluna de uma ponte.

Os dois ficaram presos às ferragens, mas o motorista foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Juiz de Fora.

A identificação das vítimas não foi divulgada pela PMR. O trânsito já foi completamente liberado na rodovia.

Inaugurada por Lula, obra superfaturada da Petrobras recebeu 17 aditivos

Lula se orgulhava de mais esta obra superfaturada da Petrobras

Nicola Pamplona
Folha

A ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras) foi inaugurada no dia 7 de outubro de 2010, com o argumento de preparar a estrutura de pesquisa da Petrobras para o crescimento da companhia após a descoberta do pré-sal. A reforma é investigada pela Operação Lava Jato e desencadeou sua 31ª fase, denominada “Abismo”, nesta segunda-feira (dia 4). Projetado pelo arquiteto Siegbert Zanettini, o edifício ocupa uma área de mais de 150 mil metros quadrados e está localizado na Ilha do Fundão, zona norte do Rio, em frente ao Cenpes original, inaugurado em 1973.

São mais de 200 laboratórios, onde cientistas e pesquisadores trabalham no desenvolvimento de tecnologias para exploração de petróleo e produção de combustíveis, entre outros.

O principal contrato da obra, para construção da edificação, teve 17 aditivos, a maior parte para revisão do valor. A Petrobras pagou R$ 1,023 bilhão pelas obras civis, de acordo com dados do Portal de Transparência. Inicialmente, o contrato com as construtoras havia sido fechado em R$ 850 milhões.

APURAÇÃO INTERNA – Procurada, a Petrobras não informou as razões que levaram aos 17 aditivos. Disse apenas que há uma investigação interna para apurar “posssíveis irregularidades” nos contratos de ampliação do Cenpes.

A empresa repetiu que foi “vítima de um cartel” e que está colaborando com as investigações da Operação Lava Jato.

A inauguração da ampliação do Cenpes teve a presença do então presidente Lula, que comemorou em seu discurso a abertura do “maior centro de pesquisa da Petrobras e do Hemisfério Sul”.

Mais cedo, no mesmo dia, em visita ao estaleiro Brasfels, Lula havia afirmado que em seu governo a Petrobras deixara de ser uma “caixa-preta” para se transformar em uma caixa branca e transparente. “A gente sabe o que acontece lá dentro e a gente decide muitas das coisas que ela vai fazer”, disse.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Realmente, agora se sabe que o então presidente Lula falou a verdade, ao dizer que“a gente decide muitas das coisas que ela vai fazer”. Foi justamente por isso que a Petrobras entrou nesse buraco sem fundo da corrupção desenfreada. (C.N.)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Parque Estadual do Ibitipoca celebra 43 anos de criação

SEG 04 JULHO 2016 17:00 ATUALIZADO EM SEG 04 JULHO 2016 15:02

Evandro Rodney
A unidade de conservação está no local onde se dividem as bacias do Rio Grande e do Rio Paraíba do Sul

O Parque Estadual do Ibitipoca completa nesta segunda-feira (4/7), 43 anos de existência. A unidade de conservação, localizada nos munícipios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, na Zona da Mata, é uma das mais visitadas do Estado. Para comemorar a data foi realizada uma missa com a participação de servidores e moradores do entorno.

‘Ibitipoca’, palavra tupi-guarani, significa “Serra que estoura” ou “Serra estourada”, devido à grande incidência de descargas elétricas (raios) ou à grande quantidade de grutas. O parque foi criado em 4 de julho de 1973, tem área de 1.488 hectares e ocupa o alto da Serra do Ibitipoca, uma extensão da Serra da Mantiqueira. A unidade de conservação está no local onde se dividem as bacias do Rio Grande e do Rio Paraíba do Sul e é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

O parque foi classificado como o 3º melhor da América Latina pelo traveller´s Choices 2013 do site de viagens TripAdvisior. A seleção das melhores atrações é realizada com base nas avaliações e opiniões de viajantes que acessam o TripAdvisior, considerado o maior site de viagens do mundo e que recebe uma média de 2 milhões de visitantes por mês. No Brasil, o Ibitipoca foi considerado o 2º melhor parque.

Atrativos

Entre seus atrativos turísticos, o parque possui as cachoeiras dos Macacos, Cachoeirinha e a Janela do Céu. Também existe uma série de grutas, entre elas, as Grutas dos Coelhos, das Bromélias e dos Três Arcos. Além disso, a unidade de conservação abriga mirantes, praias, piscinas naturais e picos como o da Lombada, também conhecido como Ibitipoca, com 1.784 metros de altitude.

A fauna encontrada no parque inclui espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o primata guigó. Diversas espécies da flora são encontradas na unidade de conservação como orquídeas, bromélias, candeias, líquens e samambaias. Os campos rupestres constituem uma grande extensão de vegetação do Parque.

O parque possui infraestrutura completa para receber visitantes e pesquisadores, com portaria, estacionamento, área de camping, restaurante, Centros de Visitantes, de Administração e de Pesquisas, casa de hóspedes e alojamentos.

Em Minas Gerais, existem 39 parques estaduais que garantem a proteção de cerca de 50 mil hectares de área nos três biomas encontrados em Minas Gerais: a Mata Atlântica, a Caatinga e o Cerrado.

Serviço:
Parque Estadual do Ibitipoca
Onde: Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, MG

Visitação: Todos os dias do ano, excetuando as segundas-feiras desde que estas não sejam em Feriados e em período de férias escolares, abrindo à 7h com término de visitação às 18h.

Contatos: (32) 3281.1101 e peibitipoca@meioambiente.mg.gov.br

Como chegar: A partir de Belo Horizonte, são 320 km de distância. Seguir em direção a Juiz de Fora pela BR-040 e entrar no trevo de acesso à BR267, prosseguindo em direção a Lima Duarte. Para chegar ao Distrito de Conceição de Ibitipoca são mais 27 Km de estrada de chão e, de lá, mais 4 Km até a portaria do parque.

Mais informações: www.ief.mg.gov.br
Agência Minas

Juiz-forana toma posse como juíza do Tribunal de Apelações da ONU

04/07/2016 19h44 - Atualizado em 04/07/2016 19h44

Do G1 Zona da Mata

Juíza Martha Halfeld, da 3ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora
Foto: TRT/Divulgação)

A juíza titular da 3ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora, Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt, tomou posse na última sexta-feira (1º), como juíza do Tribunal de Apelações do United Nations Appeals Tribunal (UNAT). A cerimônia aconteceu na sala de conferências do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, em Nova York.

Halfeld foi eleita para o cargo em novembro de 2015, em votação durante a Assembleia Geral da ONU. Ela é a primeira brasileira a ocupar o cargo, cujo mandato vai até 2023. Para se credenciar à disputa, a magistrada foi selecionada pelo Conselho de Justiça Interno da ONU e passou por três etapas - análise de currículo, exame de julgamento e carta de motivação. Em seguida, fez uma prova escrita e entrevista na cidade de Haia.

O G1 entrou em contato com a juíza, mas ela está afastada, pelo menos até agosto deste ano, justamente pela nomeação.

De acordo com o TRT, O UNAT é a última instância do sistema de justiça interno das Nações Unidas e tem o objetivo de rever recursos contra julgamentos feitos pelo United Nations Dispute Tribunal (UNDT) que julga reclamações de servidores e ex-servidores relativas a alegações de descumprimento de obrigações contratuais, recursos contra decisões produzidas pelo Standing Committee acting on behalf of the United Nations Joint Staff Pension Board (UNJSPB) e pelas agências e entidades que obedecem à jurisdição do órgão.

Outros três juízes tomaram posse junto com a brasileira, que teve a maior nota na disputa. A alemã, Sabine Knierim; o sul-africano, John Murphy; e o grego, Dimitrios Raikos se juntaram aos outros três componentes do UNAT, que já estavam em seus cargos. Em trios, eles realizam sessões que duram cerca de duas semanas, até três vezes por ano, nas cidades de Nova York,Genebra ou Nairobi, após analisarem os processos por cerca de dois meses.

Após quase cinco anos de viagem, sonda da Nasa chega a Júpiter

04/07/2016 09h58
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
A viagem da sonda Juno, movida por energia solar, até Júpiter durou quase cinco anos  - Nasa/Divulgação

A sonda Juno, da agência espacial norte-americana Nasa, chega hoje (4) ao planeta Júpiter, conforme divulgado pelo órgão. Esta é a primeira vez que um artefato desse tipo entra na órbita do planeta. A viagem da sonda, movida por energia solar, até Júpiter durou quase cinco anos.

Segundo a Nasa, Juno deve desacelerar para uma velocidade de 542 metros por segundo no intuito de ser capturada pela órbita do planeta. Uma vez na órbita de Júpiter, a sonda dará 37 voltas ao redor do planeta num período estimado em 20 meses, percorrendo cerca de 5 mil quilômetros.

“Esta é a primeira nave a orbitar os polos de Júpiter, fornecendo novas respostas para mistérios em curso relacionados ao núcleo do planeta, composição e campos magnéticos”, destacou a Nasa em comunicado.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Entenda como o PT (leia-se: Dilma) conseguiu destruiu o Sistema Eletrobras


Márcio Kroehn
IstoÉ Dinheiro

Logo que assumiu o Ministério de Minas e Energia, em 2003, Dilma Rousseff, que se dizia uma especialista no assunto, reuniu representantes do setor elétrico para compartilhar seus planos e ideias. No final do encontro, fez uma previsão: “Vou transformar a Eletrobras numa nova Petrobras”. Por linhas tortas, a presidente afastada alcançou seu objetivo. As duas empresas-símbolo do Brasil foram sucateadas e estão niveladas por baixo. Ambas seguiram uma fórmula parecida de ingerência política, corrupção sistêmica e populismo de preços, que culminaram em prejuízos bilionários.

Entre 2014 e 2015, a Petrobras perdeu R$ 56 bilhões e a Eletrobras, R$ 18 bilhões. Porém, ao contrário da petroleira, o desastre da estatal de energia parece não ter fim. Na semana passada, o conselho de administração pediu um socorro de R$ 8 bilhões para o governo Michel Temer para capitalizar as distribuidoras de energia que fazem parte da holding.

Esse dinheiro será usado para acertar as finanças dessas empresas e deixá-las prontas para a privatização.

COMEÇA O LEILÃO – A primeira companhia que será entregue para o setor privado é a Celg, a distribuidora de energia de Goiás. O leilão da participação de 51% da Eletrobras foi marcado para o dia 19 de agosto.

Fontes ouvidas pela DINHEIRO afirmam que a Eletrosul, geradora e distribuidora que opera o mercado do Sul do País e com presença nos estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Mato Grosso e Pará, deve ser a próxima a ser negociada.

A estabilidade financeira e o interesse de investidores estrangeiros, principalmente chineses, podem facilitar o processo.

Os responsáveis pela gestão da nova Eletrobras serão Vicente Falconi, consultor estrelado e admirado por empresários como Jorge Paulo Lemann, que assume a presidência do conselho, e Wilson Ferreira Júnior, que substitui o presidente executivo José Carvalho da Costa Neto.

CURRÍCULO – Ex-comandante da CPFL, Ferreira Júnior acumula um histórico impecável no setor privado. Ele é reconhecido pelo bom trabalho realizado na privatização da Cesp, a estatal paulista de energia que estava quebrada. Seu nome reforça o novo caminho da estatal federal: mais mercado com menos ingerência política.

Prova disso é que o governo Temer já retirou da Eletrobras a administração dos fundos setoriais, que movimentam, aproximadamente, R$ 30 bilhões por ano. A gestão passou a ser feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os programas sociais, como o Luz para Todos, também devem deixar o guarda-chuva da companhia.

“O Wilson é um executivo com grande conhecimento técnico”, diz Thais Prandini, sócia da consultoria Thymos Energia. “Mas terá a missão ingrata de revitalizar uma empresa que foi prejudicada por decisões equivocadas nos últimos anos.”

POLÍTICA DE CONCHAVO – A lição da Eletrobras para a história será mostrar como a política de conchavo conseguiu destruir as finanças da maior empresa de energia da América Latina, que acumula uma dívida de mais de R$ 40 bilhões. Com 14 subsidiárias em geração, transmissão e distribuição e 178 participações diretas e indiretas em companhias do setor, como em obras das usinas de Belo Monte, Teles Pires e Jirau, a Eletrobras é uma gigante em todos os aspectos.

A receita bruta chegou a R$ 43,2 bilhões no ano passado, uma expansão de 22% sobre o ano anterior. Quase metade desse faturamento vem da geração, que corresponde a 32,4% do total da capacidade do País. Apesar das linhas de transmissão responderem por uma parcela menor dos resultados, elas representam 47,4% do total de fios espalhados pelo território nacional. A empresa atende quase 7 milhões de consumidores, com 23,5 mil funcionários e 11 mil prestadores de serviços.

CABIDE EMPREGO – Há 13 anos, porém, a companhia serve de cabide de emprego para aliados do governo petista. A empresa nunca conseguiu formar um corpo técnico robusto para se sobrepor aos apadrinhados e pecou pela falta de transparência e pela corrupção sistêmica que, estima-se, pode superar o Petrolão.

O primeiro indício do que vem sendo chamado de Eletrolão apareceu na 16ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em 2015. A Eletronuclear, responsável pela construção da Usina de Angra III, foi a primeira empresa do Grupo envolvida no escândalo. O ex-presidente Othon Luiz Pinheiro da Silva, vice-almirante da Marinha, admitiu ter trabalhado em favor da construtora Andrade Gutierrez. A propina teria sido de R$ 3 milhões.

Esse esquema de lavagem de dinheiro e corrupção atingiu outros dois executivos da Eletrobras, que foram afastados: Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro de Lula, Antonio Palocci, que era diretor de planejamento e engenharia da Eletronorte, e Valter Cardeal, então diretor de geração da Eletrobras.

FISIOLOGISMO – “A maioria dos diretores foi colocada na Eletrobras por interesse do governo e não do Estado”, diz o presidente de uma empresa privada de energia, que pediu anonimato. “E o Valter Cardeal está por trás de vários escândalos e investimentos suspeitos.”

Engenheiro elétrico formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Cardeal acumula poder e controvérsias. Homem de confiança de Dilma no setor elétrico desde os anos 1990, quando ela era secretária estadual de energia e ele diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE), ambos trocaram o PDT pelo PT, no início dos anos 2000.

OPERADOR DE DILMA – Quando Dilma assumiu o ministério, Cardeal foi alocado na Eletrobras. Na gigante do setor elétrico, ele trabalhava como operador de Dilma, assim como Pedro Paulo Leoni que atuava, no início dos anos 1990, pelo então presidente Fernando Collor na Petrobras. Entre 2007 e 2008, por exemplo, Cardeal ocupou a presidência da estatal e só escapou da Polícia Federal e do Ministério Público por influência da madrinha. Denunciado na Operação Navalha, que descobriu desvios de recursos em obras públicas, Cardeal foi acusado de gestão fraudulenta e irregularidades, mas ele não apareceu entre os 47 presos.

Em seguida, novas denúncias ligavam o nome dele aos desvios de recursos do programa Luz para Todos. Dono da Cardeal Engenharia, ele assinou um contrato com a concessionária de energia AES Sul para desenvolver projetos. A consultoria, que não envolvia obras, custou R$ 2,7 milhões.

FORMAÇÃO DE QUADRILHA – Acusado de formação de quadrilha, mais uma vez a investigação não foi em frente. Recentemente, Cardeal foi apontado como o responsável pelo esquema de Angra III em delações de empreiteiros. Do contrato de quase R$ 3 bilhões, ele pediu um desconto de 10% para o consórcio, que aceitou conceder 6%. A diferença, porém, ele informou aos executivos, deveria ser depositada na conta do PT.

“O que levou a Eletrobras ao encilhamento foram as decisões tomadas por orientação do acionista controlador, com políticas de associação e desvio de dinheiro em megaempreendimentos”, diz o ex-presidente de uma distribuidora, que não quer se identificar. “A empresa não se sustenta de pé com essas premissas econômicas e deficiência de gestão.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Enviada pelo comentarista Mário Assis Causanilhas, a reportagem é impressionante, ao mostrar a capacidade destrutiva do PT. Sob o comanda da “gerentona”, o partido conseguiu arrasar, ao mesmo tempo, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, levando de roldão as estatais. Com isso, sepultou qualquer possibilidade de as esquerdas chegarem ao poder.(C.N.)