segunda-feira, 4 de julho de 2016

Cerveja de pinhão gera lucro para pequenos agricultores


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04/07/2015 10h13
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil 
Edição: José Romildo

Com o objetivo de gerar recursos financeiros para pequenos produtores rurais e, ao mesmo tempo, proteger a floresta de araucárias do Sul brasileiro, fundação privada de conservação da natureza criou, em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), o projeto Araucária+, cujo primeiro produto, a cerveja de pinhão sustentável, chegou neste inverno aos principais mercados consumidores do país. A floresta de araucárias faz parte de um conjunto de plantas e animais da Mata Atlântica, ameaçado de extinção. A floresta apresenta hoje entre 1% e 3% de sua cobertura original.

Coordenadora do Araucária+, Anke Manuela Salzmann destacou, em entrevista à Agência Brasil, que o objetivo prioritário é promover a conservação da floresta de araucárias. “O projeto visa a realizar essa conservação a partir do desenvolvimento sustentável de cadeias produtivas do pinhão, que é a semente da araucária, e da erva-mate, por exemplo”.

O trabalho de conscientização e busca de produtores que queiram se engajar ao projeto é feito em campo pelos pesquisadores do Araucária+. A partir do momento em que os pequenos agricultores se integram, eles têm que seguir uma série de regras definidas dentro do padrão sustentável do projeto, para que a produção do pinhão e da erva-mate ocorra de forma sustentável. “A equipe do Araucária+ conecta esses produtores com empresas que geram produtos inovadores e estão interessadas também na questão de sustentabilidade”, disse Salzmann.

Com essa meta, uma cervejaria do município de Palmas, no interior do Paraná, adquiriu 800 quilos de pinhão oriundo do planalto serrano de Santa Catarina para produzir cerveja de pinhão. Para 2015, foram envasadas 45 mil garrafas, que têm como destino inicial os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Posteriormente, a ideia é levar a distribuição do produto a todo o país.

A bebida é produzida sazonalmente, apenas quando a extração do pinhão é autorizada, o que ocorre durante a época de safra que começa, em média, no mês de abril e vai até agosto, variando de estado para estado. Anke Salzmann revelou que o fabricante da cerveja quer tornar a produção anual.

Além de proteger a biodiversidade, o projeto pretendo elevar o lucro dos produtores. No caso da cervejaria do Paraná, a empresa pagou um sobrepreço pelo pinhão, porque ele tem origem sustentável. Como os agricultores têm regras a cumprir, entre as quais manter 20% das pinhas nas araucárias, cercar áreas, retirar o gado dessas áreas – já que o gado dificulta a regeneração natural da floresta – eles têm que ser recompensados, comentou Anke.

“Quando a empresa compra um produto do projeto, ela já está ciente que vai pagar um pouco mais caro, por adquirir um produto de origem sustentável, ambientalmente correto”, disse. Com isso, a empresa ganha um diferencial para o seu produto final. O preço médio por quilo de pinhão da safra de 2015 variou entre R$ 2,50 e R$ 3, mas os integrantes do Araucária+ receberam R$ 4 por quilo.

Parte do valor pago pela cervejaria vai para um fundo que recompensa produtores do Aracuária+. Há florestas de araucárias intactas em suas propriedades, voltadas somente para a conservação. Atualmente, 12 pequenos produtores estão formalmente integrados ao projeto. Outros 50 agricultores se acham em processo de formalização, informou o pesquisador do Centro de Economia Verde do Certi, André Noronha.

Segundo ele, a meta é chegar ao final deste ano com 30 produtores associados e expandir o projeto para novos produtos e outras regiões que vão envolver alimentos da área piloto de atuação. “Tem crescido bastante o interesse na região e mais produtores têm vindo procurar o projeto e se adequar a esses critérios mais sustentáveis de produção”. Acrescentou que à medida que o projeto for ganhando força, ele deverá se expandir geograficamente para outras áreas de ocorrência de floresta de araucárias, como o Rio Grande do Sul, o Paraná e o interior de São Paulo.

A Fundação Certi acredita que esse modelo inovador de desenvolvimento regional sustentável pode vir a ser aplicado a outros biomas brasileiros.

Agência Brasil

domingo, 3 de julho de 2016

Primeiro da espécie a florir, ipê roxo encanta brasilienses e visitantes

03/07/2016 18h29
Brasília
Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil
O ipê roxo floresce no período de seca porque o vento mais forte e a ausência de chuvas ajudam na dispersão das sementes                                         Marcelo Camargo/Agência Brasil

Primeiro a florir todos os anos, o ipê roxo já enfeita a capital federal e chama a atenção tanto de moradores quanto de visitantes. A árvore floresce no período de seca porque o vento mais forte e a ausência de chuvas ajudam na dispersão das sementes, explica a engenheira agrônoma Carmem Regina Correia, professora da Universidade de Brasília (UnB). Na sequência do ipê roxo está prevista a floração dos tipos amarelo, rosa e, por último o branco, na altura de setembro.

A floração colore a cidade 
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A engenheira agrônoma destaca que as floradas dos diferentes ipês não seguem um calendário rígido. “Atualmente, a maior quantidade de indivíduos é roxo, mas não quer dizer que não possa haver plantas de outra cor [já floridas]. Eu já vi rosa, por exemplo, que é o terceiro na sequência”, disse. Segundo Carmem Regina, a florada dos ipês roxos dura de 15 a 20 dias.

“Ainda devemos ter uma semana, 10 dias de floração intensa [do roxo] e aí já começa a diminuir e vêm os amarelos”, informa. Ela ressalta também que, apesar de tradicional na paisagem de Brasília, o ipê não é exclusivo do Cerrado. “Existe em todos os biomas brasileiros. No Cerrado, temos algumas espécies nativas. No DF, há tanto plantas nativas quanto plantadas”, diz.

Para quem aproveitou o primeiro domingo de julho para passear pela capital federal, a florada das árvores foi um espetáculo a mais. Foi o caso da costureira Maria Francisca da Silva, 56 anos, e do filho dela, Lucas Francisco da Silva, 18. Os dois moram em Ceilândia, a 30 quilômetros de Brasília, e visitavam juntos a Catedral Metropolitana e o Museu Nacional, pontos turísticos da cidade.

“A gente veio ver os ipês, também. Eu tenho uma muda em casa. Mas ainda é pequena, por isso não sei a cor. As flores que eu mais gosto são as rosas e brancas”, comentou Francisca, que considera as árvores marca registrada do Distrito Federal.

O agrônomo Ozanan Coelho, falecido em maio deste ano, foi um dos responsáveis pela disseminação dos ipês capital 
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para os peruanos Falger Olsson e Abigail Camacho, ambos com 25 anos, e a filha deles, Valéria, 5 anos, os ipês são novidade. O cozinheiro e a estudante de administração estão morando na capital há cerca de um mês. “Vimos muitas dessas árvores. São bonitas. Como se chamam?” perguntou Falger, informado pela reportagem sobre o nome e os tipos de ipê existentes.

Fotos
No que depender do auditor fiscal Antonio Braga Sobrinho, 54 anos, o ipê ficará conhecido pelo máximo possível de pessoas. Todos os anos ele acompanha as floradas da árvore e posta fotos em redes sociais. Hoje, ao voltar do almoço de domingo, o funcionário público não resistiu e parou na Esplanada dos Ministérios para fotografar os ipês roxos com o celular.

“É uma coisa que me encanta. Acompanho desde a primeira florada, dos roxos. Não tenho preferência de cor nenhuma, não consigo escolher. É um contraste muito grande, as árvores floridas com a seca. Ontem, postei a foto de um ipê no fundo do meu quintal e tive 132 curtidas”, comenta.

Segundo a engenheira agrônoma Carmem Regina, um cuidado para árvores em ambiente urbano, caso dos ipês em Brasília, é garantir que elas tenham espaço livre para absorver água e espalhar suas sementes. “Não se deve pavimentar tudo em volta, que é o que mais se faz em área urbana”, diz.

Visitantes param para fotografar na Esplanada dos Ministérios
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um dos responsáveis pela disseminação dos ipês e outras plantas ornamentais pela capital federal foi o engenheiro agrônomo Francisco Ozanan Coelho, que morreu em maio deste ano, aos 72 anos. Ele chefiou o departamento de parques e jardins da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e ficou conhecido como “jardineiro de Brasília” pelo trabalho realizado na área.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Governo do Rio começa a pagar amanhã salários atrasados de maio

03/07/2016 15h34
Rio de Janeiro
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
O dinheiro vem da verba de R$ 2,9 bilhões, liberada pelo governo federal Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A segunda parcela do salário de maio e os benefícios dos servidores ativos, inativos e pensionistas da área de segurança do estado do Rio de Janeiro começam a ser pagos amanhã (4). A informação foi divulgada hoje (3) à tarde pelo núcleo de imprensa do governo. O dinheiro vem da verba de R$ 2,9 bilhões, liberada pelo governo federal, e vai cobrir os pagamentos para policiais militares e civis, bombeiros e os servidores da administração penitenciária.

O mesmo grupo deve receber, até o fim da semana, a folha de pagamento de junho‎, o Regime Adicional de Serviço (RAS) pendente, ‎as gratificações do primeiro semestre de 2015 do Sistema Integrado de Metas (SIM) e o RAS olímpico, no caso dos policiais que vão trabalhar durante os Jogos, entre julho e setembro.

Segundo o governo, a premiação do SIM relativa ao segundo semestre de 2015 será paga na folha de agosto, prevista para o décimo dia útil de setembro. A nota informa, ainda, que a chegada desse recurso possibilitou o remanejamento de verbas do orçamento do estado para pagar o restante da folha de maio dos demais servidores, o que deve ocorrer também amanhã.

A Defensoria Pública informa que fez o pedido para priorizar o pagamento dos servidores ontem (2), em reunião com o governador em exercício, Francisco Dornelles. Com isso, deve ser pago também os duodécimos constitucionais destinados ao poder judiciário, inclusive à Defensoria.

“A opção pelo pagamento das remunerações dos Defensores Públicos e servidores do quadro de apoio com recursos próprios não está sendo cogitada pela Defensoria Pública. O repasse do duodécimo da Defensoria Pública está expressamente previsto na Constituição Federal, sendo essencial para a garantia de sua autonomia e independência funcional”, diz a nota.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

VÍDEO: GLÓRIA MARIA FUMA MACONHA EM REPORTAGEM E CHOCA TELESPECTADORES

Glória Maria fumou cachimbo gigante 
(Divulgação/TV Globo)
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A televisão brasileira surpreendeu e chocou mais uma vez seus telespectadores. É que dessa vez a apresentadora do 'Globo Repórter', a jornalista Glória Maria decidiu inovar mais uma vez o estilo de reportagem e imergiu de cabeça na cultura jamaicana. Dessa vez, Glória foi ao país contar um pouco das tradições do povo, do rastafári ao fenômeno do esporte, o veloz Usain Bolt.

O que, quem acompanha desse lado de cá da telinha não esperava, era ver a apresentadora de 66 anos de idade fumar um charuto imenso de maconha, servido por nativos do país. Na Jamaica, o consumo social da cannabis sativa, espécie conhecida popularmente como "maconha" ou "marijuana" em outros locais, é permitida. No Brasil, ao contrário da Jamaica, o uso é ilegal e sua venda também.

As imagens já repercutiram na internet e muitas pessoas fizeram piadas e também criaram memes a partir das imagens de Glória Marinha com o seu charuto. A própria apresentadora confirmou que se tratava de maconha na reportagem.

Assista ao vídeo de Glória Maria fumando maconha:

Pelo Twitter, alguns internautas protestaram, dizendo que não admitem ver essas imagens na televisão. Outras, que se dizem a favor da política de legalização das drogas, acharam uma atitude louvável e demonstra avanços.
Gloria Maria depois da primeira tragada no cachimbo da paz passando na sua TL

O especial
A série de reportagens gravada na Jamaica foi comentada pela jornalista global. Ela, que coleciona inúmeros carimbos em seu passaporte, relatou que achou o local um verdadeiro paraíso.

"O país me surpreendeu. Já viajei tanto e ainda não conhecia essa ilha, junção de floresta, montanha e mar. Não tem só o reggae", disse se referindo ao estilo musical que ganhou o mundo, a partir dos versos e melodias compostas por Bob Marley.

Na entrevista que deu para a Revista Caras, Glória Maria prometeu voltar ao local com suas filhas, Laura e Maria.

O especial contou também com uma entrevista com o velocista Usain Bolt. Ele disse para a apresentadora, ao ser questionado sobre se equiparar ao ídolo do futebol brasileiro Pelé e o americano Muhammad Ali vai ter que vencer as Olimpíadas do Rio, neste ano.

http://br.blastingnews.com/tv-famosos/2016/07/video-gloria-maria-fuma-maconha-em-reportagem-e-choca-telespectadores-00995385.html

Rótulos deverão indicar presença de alergênicos a partir de hoje

03/07/2016 09h07
Brasília
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil
Rótulos deverão indicar presença de alergênicos a partir de hoje
Arquivo/Agência Brasil

Embalagens de comidas e bebidas terão, a partir de hoje (3), de trazer informações sobre a presença de substâncias que comumente causam alergias. Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovada em junho do ano passado, obriga a indústria alimentícia a a informar nos rótulos a presença dos principais alimentos que levam a alergias alimentares. O prazo para que a indústria se adequasse à norma foi de um ano. 

A iniciativa foi aprovada após intensa mobilização de pais e mães que enfrentam dificuldades em identificar quais alimentos seus filhos podem consumir. As famílias criaram, em 2014, a campanha Põe no Rótulo, para dar visibilidade à demanda.

Segundo Cecília Cury, uma das coordenadoras do Põe no Rótulo, a norma atende à necessidade destas famílias e foi amplamente discutida pela sociedade.

“Quando o meu filho teve o diagnóstico [de alergia à soja e ao leite], o mais difícil era saber se tinha a possibilidade de o produto conter uma das substâncias às quais ele era alérgico. Uma batedeira usada para misturar outro alimento que contém alergênico, por mais que seja lavada, pode ainda ficar com vestígios das substâncias e passar para uma nova preparação que não leva diretamente o ingrediente”, explica.

A advogada conta que, por muitas vezes, ligava para o Serviço de Atendimento ao Consumidor e o máximo que ouvia era “senhora, leia o rótulo” ou “senhora, não temos a obrigação de dar esse tipo de informação”. “Agora, o consumidor vai ter a informação disponível o tempo todo no rótulo”, comemorou.

No Brasil, estima-se que de 6% a 8% das crianças com menos de 6 anos de idade sofram de algum tipo de alergia. Na maior parte dos casos, a única forma de evitar o surgimento de sintomas é evitar o consumo dos alimentos.

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) diz que reconhece como legítimas as demandas do consumidor por informações claras nos rótulos sobre a presença de alergênicos na composição dos produtos.

Apesar de algumas empresas terem antecipado a mudança nas embalagens, um grupo ligado à indústria alimentícia chegou a pedir o adiamento do prazo para início da vigência da nova norma. A Anvisa negou o pedido.

Rótulos

Segundo a resolução da Anvisa (RDC 26/2015) – que abrange alimentos e bebidas –, os rótulos deverão informar a existência de dezessete substâncias: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas), crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite de todos os mamíferos, amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, nozes, pecã, pistaches, pinoli, castanhas, além de látex natural.

Com isso, os produtos que contenham esses ingredientes devem trazer uma das seguintes informações: “Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”, “Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)” ou “Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados”.

Já nos casos em que não for possível garantir a ausência de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, o rótulo deve trazer a declaração “Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”.

A medida vale para produtos fabricados a partir de hoje. Os que foram fabricados antes e estiverem em circulação, podem continuar sendo comercializados até o final do prazo de validade.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Texto que veta uso pelo Facebook de conteúdo publicado na rede social 'não serve para nada'

01/07/2016 09h26 - Atualizado em 01/07/2016 09h26

Rafael Barifouse
BBC Brasil, Sao Paulo


Declaração circula desde 2012 no Facebook, mas não tem qualquer efeito prático. (Foto: BBC)

Ele voltou. Um texto que circula há alguns anos no Facebook com uma declaração em que o usuário proíbe o uso de qualquer conteúdo postado por ele pela rede social voltou a ser bastante publicado nos últimos dias - uma medida sem qualquer efeito prático, segundo a empresa e especialistas.

Desde que surgiu pela primeira vez, o post já ganhou diferentes versões, todas com a mesma essência: declara o perfil como privado e veta a "divulgação, cópia, distribuição ou qualquer outra ação" de imagens, informações ou publicações, "tanto do passado como do futuro", pelo Facebook e organizações controladas pela empresa.

A razão disso seria o fato da rede social ter passado a ter suas ações negociadas em bolsa. "O Facebook agora é uma entidade de capital aberto", explica o texto, o que denuncia há quanto tempo ele é divulgado no site, já que a companhia abriu seu capital em 2012.

Por fim, afirma que não, ao não publicá-lo em seu perfil, a pessoa está "tacitamente" permitindo o uso de suas publicações.

O problema é que, ao se cadastrar no site e aceitar seus termos de uso, o usuário deu uma autorização explícita para o Facebook usar comercialmente os dados de seu usuário. E a publicação de uma declaração como esta não invalida a aceitação dessas condições.

"Não existe isso de consentimento tácito. Todo ambiente digital tem suas próprias regras, normas que governam seu uso. Todo usuário aceitou esses termos de uso. Declarações pessoais feitas pelos usuários não se sobrepõem aos termos de uso da plataforma", afirma Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

"Por isso, não publicar o textão tem o mesmo efeito de publicá-lo: nenhum. Salvo o aborrecimento dos amigos que precisam ficar lendo essas declarações de independência autoral sem qualquer base."

No campo "Direitos e Responsabilidades" de seus termos, a rede social diz que o usuário retém os direitos de propriedade intelectual dos conteúdos que posta, mas, ao publicá-los em seu perfil, dá ao Facebook uma licença para usá-los e mostrá-los dentro de seu sistema.

À BBC Brasil, a rede social disse que "sempre circulam rumores de que o Facebook está fazendo mudanças relacionadas à propriedade da informação e do conteúdo que as pessoas postam na plataforma. Isso é falso."

"Qualquer um que utilize o Facebook é dono de seu conteúdo e controla a informação que posta, como deixamos claro em nossos termos de serviço. Toda pessoa na plataforma controla como seu conteúdo e sua informação são compartilhados. Essa é e sempre foi a nossa política."

Autorização
O fato de suas ações serem negociadas em bolsa não afeta esse contrato aceito pelos usuários ao abrirem suas contas. "O Facebook ter virado empresa de capital aberto não muda em nada no que diz respeito aos termos de uso aceitos pelos seus usuários", diz Souza.

Ele explica que, em relação a direitos autorais, é comum haver uma cláusula determinando que o que for postado pode vir a ser usado pela empresa que explora a rede social.

Geralmente, trata-se de uma licença global, não remunerada e não exclusiva que permite que a companhia possa usar as fotos esse conteúdo publicado online.

"Por (essa licença) ser não exclusiva, o usuário permanece como titular dos direitos sobre suas criações, mas, ao aceitar os termos de uso, autoriza que a empresa também use aquilo que ele coloca na plataforma", diz o especialista.

"Então não adianta postar declarações unilaterais, que não estão de acordo com os termos de uso nem amparadas por qualquer previsão legal que daria a elas o poder de revogar os termos que foram previamente acordados pelo usuário ao entrar na rede social."

Identificando um boato
Mas esse não se trata do único boato que circula no site. Outro recorrente afirma que a rede social passaria a cobrar para manter um perfil como uma página privada, caso a mensagem não seja publicada nele. E também já foi negado pela empresa.

Mas como, então, identificar estes boatos e não ser enganado? Thiago Tavares, especialista em Direito da Informática e presidente da ONG Safernet, dá algumas dicas:

Pergunte-se de onde veio a informação: muitos textos não costumam citar fontes, dificultando saber se é confiável. Não clique em eventuais links e busque em sites oficiais e de notícias para checar detalhes, como as leis mencionadas na mensagem sobre privacidade de dados: a "UCC 1 1-308-308 1-103" não existe, por exemplo, e o Estatuto de Roma existe, mas não trata de redes sociais.

Leia os termos de compromisso: é trabalhoso, mas essencial ao se cadastrar em um site. Se já os aceitou, leia novamente para relembrar. No caso do Facebook, é informado que seus dados podem ser usados comercialmente e compartilhados com serviços atrelados à rede, como jogos e sites de compras. Nenhum texto publicado no perfil anula esta autorização. Foi uma condição aceita para participar da rede.

Visite a seção de "configurações": no seu perfil, você pode mudar as configurações de privacidade e decidir quem, da sua rede de amigos e do público em geral, consegue ver seus dados e postagens e escolher que tipo de anúncios você não deseja receber, ainda que a empresa mantenha com ela os dados usados para saber quem você é e do que você gosta.

Baixe seus próprios dados: por meio da seção "Geral" das configurações do Facebook, você pode obter uma cópia dos dados que a rede possui sobre você. É uma maneira prática de entender o que exatamente o site sabe sobre você e ter uma noção de o quão exposto está.

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/07/texto-que-veta-uso-pelo-facebook-de-conteudo-publicado-na-rede-social-nao-serve-para-nada.html#

Suspeito de matar policial civil em Juiz de Fora é preso em Barbacena

02/07/2016 19h52 - Atualizado em 02/07/2016 21h27

Do G1 Zona da Mata com informações do MGTV

Corpo foi encontrado em apartamento
(Foto: Carlos Eduardo Alvim/G1)

A polícia prendeu em Barbacena o suspeito de assassinar o policial civil de 49 anos, encontrado morto neste sábado (2) em Juiz de Fora. 

Ao G1, a delegada Flávia Murta confirmou a prisão e disse que o suspeito está prestando depoimento e deve ser encaminhado ainda neste sábado para Juiz de Fora. Informações mais detalhadas sobre o caso serão repassadas posteriormente, segundo a delegada. Uma força-tarefa da Polícia Civil foi criada para investigar o caso.

Corpo encontrado
O caso foi descoberto após vizinhos sentirem um forte cheiro no apartamento onde a vítima morava, em Santa Terezinha. A polícia foi acionada. O corpo foi encontrado com sinais de violência.

Na tarde deste sábado, a delegada Mariana Veiga, integrante da força-tarefa, revelou ao G1 que a polícia já tinha um suspeito. O suspeito também teria levado objetos da vítima, entre eles o carro. A delegada confirmou que havia registro do veículo passando pelo pedágio da BR-040, em Barbacena.

De acordo com a delegada Mariana Veiga, o caso foi assumido desde o início pela Polícia Civil, porque o policial morava perto da Delegacia Regional, em Santa Terezinha. Na tarde deste sábado já foram ouvidos parentes e outras testemunhas. Peritos fizeram os laudos no local do crime.

"Estamos aguardando a conclusão dos laudos periciais, porque foram visualizadas feridas compatíveis com faca. Neste momento, o corpo passa pela necropsia", disse.

Em conversa com a reportagem do MGTV, parentes, que pediram para não gravar entrevistas, informaram que o corpo do policial civil foi encontrado enrolado em um cobertor, com golpes de faca e tiros. Ele morava sozinho e era uma pessoa reservada.

De acordo com os parentes, todos foram surpreendidos pela notícia. O policial iria se aposentar no fim do ano.

sábado, 2 de julho de 2016

Janaína Paschoal era hostilizada até pelo presidente da Comissão do Senado

Senadora Ana Amélia chegou a repreender Raimundo Lira

Jorge Béja

As hostilidades contra Janaína Paschoal não aconteceram apenas e pela primeira vez no aeroporto de Brasília, quando a advogada se preparava para embarcar no avião de volta a São Paulo. Janaína também tem sido vítima, de forma nem sempre velada e nem sempre sutil, de hostilidades desde quando começou a fazer parte da Comissão Especial do Impeachment na Câmara dos Deputados. E mais acentuadamente na Comissão no Senado.

Quem acompanha as sessões pela televisão observa que senadores pró Dilma e mesmo o senador presidente da Comissão, têm sido impolidos com a advogada.

Teve um dia que a simpática e elegante senadora Ana Amélia, deu um “pito” no seu colega, senador Raimundo Lira, presidente da Comissão. Ana Amélia reclamou que Lira tratava as testemunhas, o relator, os senadores e o próprio José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, de um modo (até com tom de voz ameno, reparei eu) enquanto tratava a advogada Janaína de outra maneira (até o modo que Lira olhava e se dirigia a Janaína era bem diferente).

FICARAM CALADOS – Ana Amélia estava com tanta razão que Lira ficou calado. Nem Lindbergh, Gleisi, Vanessa e Fátima rebateram a reclamação de Ana Amélia. Ficaram calados porque o que disse e reclamou Ana Amélia era verdade mesmo.

Parece que depois disso Lira passou a ter outra atitude com relação à Janaína. Mas aqueles quatro outros senadores, não. Continuaram e continuam hostis. Não, ao ponto de ofender a advogada com impropérios ou vocabulário chulo, como aconteceu no saguão do aeroporto de Brasília. Mas a hostilidade é patente. Esse confronto é compreensível. A hostilidade, não.

Sempre tenho dito a Janaína que a maior autoridade presente naquelas sessões, na Câmara e no Senado, é a própria Janaína. Ela não é parlamentar. Ela é eleitora. Janaína representa todo o povo brasileiro eleitor e não eleitor.

MEROS MANDATÁRIOS – À exceção de Janaína, todos os demais integrantes nas comissões e nas duas casas do parlamento são os eleitos. São, de Janaína e de todos nós, meros mandatários, sobre os quais temos poder e ascendência, porque nós é quem somos os mandantes. Janaína é que é a eleitora. Janaína é a mandante. Janaína somos todos nós eleitores. E se nós, eleitores, não existíssemos, eles, parlamentares, também não existiriam.

Mas eles, depois de eleitos, não se comportam como mandatários. Eles se sentem superiores a todos os demais que não sejam parlamentares. Nos olham de cima para baixo. Na época das eleições, nos pedem votos. Depois de eleitos, nos desprezam. É por isso que, salvo raríssimas exceções, enxergam e tratam Janaína com muito pouca urbanidade. Eles se sentem suseranos e nós, os eleitores que Janaína representa, vassalos.

AUTORIDADE É O POVO – Quanta ignorância! Quanta vaidade! Quanta arrogância!. Saibam eles, os membros do parlamento, que a maior autoridade na Democracia é o povo. E a professora Janaína Paschoal e o professor Miguel Reale Júnior, quando tomam assento na Comissão Especial do Impeachment, são eles os mandantes, são eles o povo eleitor. Eles, sim, é quem são as autoridades.

Os demais, eleitos e mandatários, cujos mandatos nós — os eleitores que Reale e Janaína são e a todos nós representam—, temos o poder legítimo para cassá-los, revogá-los e não mais outorgá-los.

Posted in J. Béja

Navegação anônima não é tão segura quanto você pensa; entenda por quê

Governo prorroga prazo para saque do PIS/Pasep de 2014

01/07/2016 19h28
Brasília
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil

Os trabalhadores que perderam o prazo para sacar o abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), referente ao ano-base de 2014, terão nova oportunidade para retirar o benefício.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou hoje (1º) que os mais de 1,2 milhão de trabalhadores que perderam o prazo, encerrado ontem (30), poderão fazer o saque entre os dias 28 de julho e 31 de agosto.

“A bancada dos trabalhadores no Codefat [Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhado] sugeriu a ampliação do prazo para que todos fossem contemplados. Conversamos com o núcleo do governo, que foi sensível a essa medida, dada a necessidade de aprimorar esses programas sociais que são muito importantes na vida dos trabalhadores”, disse Nogueira.

De acordo o ministro, não houve diferença na média de comparecimento dos trabalhadores para saque do benefício em relação aos anos anteriores, mas o governo decidiu “inovar” ao prorrogar o prazo. “A intenção do governo é que 100% dos trabalhadores que têm direito ao abono possam ter a oportunidade de comparecer às agências e retirar o abono. É a primeira vez que o governo toma a iniciativa de ampliar o prazo”, disse.

O abono

O benefício, equivalente a um salário-mínimo (R$ 880), é pago a empregados que tenham trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2014 e tenham recebido até dois salários-mínimos por mês nesse período.

O trabalhador também precisa estar cadastrado no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos e ter tido os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Até agora, foram sacados R$ 18,3 bilhões. Os recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O abono salarial é um dos benefícios pagos pelo FAT, que também custeia o seguro-desemprego, os cursos de qualificação profissional feitos em parceria com os governos estaduais e a participação na receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil