sexta-feira, 17 de junho de 2016

PM deteve dupla que realizou roubo na área central de JF

17/06/2016

Rua Halfeld - Centro 

No início desta sexta-feira (17), policiais militares registraram a ocorrência de roubo.

O "Sistema Olho Vivo" filmou as ações da dupla que roubava um transeunte; que após o ato criminoso embarcou em coletivo na Avenida Rio Branco.

O ônibus foi interceptado, os autores abordados, sendo que W.O.G,17, portava a quantia de R$64,00 e Kayque,20, portava a capa de um aparelho celular

Testemunhas confirmaram que visualizaram os autores correndo e arremessando uma carteira ao solo. Posteriormente, um indivíduo apoderou-se da carteira e evadiu-se.

A vítima não foi localizada. Diante dos relatos das testemunhas e das filmagens foi dada voz de prisão ao autor,20, pela participação no roubo.

O menor infrator foi assistido por sua responsável,41, sendo ele apreendido pelo cometimento, em tese, de ato infracional análogo ao crime de roubo.

Na delegacia o flagrante foi ratificado. O adulto seria encaminhado ao CERESP e o menor infrator à Vara da Infância e Juventude. 

A Polícia Civil adotou os demais procedimentos.

Dupla em motocicleta realizou roubos consecutivos em JF

17/06/2016 

Avenida 7 de Setembro - Botanágua 

Nesta quinta-feira (16), por volta de 21h15min, policiais militares registraram a ocorrência de roubo.

Dois indivíduos que ocupavam a motocicleta, XRE 300, cor preta, PVI XXXX, surpreenderam quatro vítimas e realizaram os roubos.

O carona, portando uma arma de fogo, desembarcou do veículo e realizou os assaltos a dois postos de comercialização de combustíveis, uma lanchonete e uma padaria.

Na posse do dinheiro roubado a dupla fugiu embarcada na motocicleta, mas um dos autores foi reconhecido.

A Polícia Civil se encarrega das investigações. 

PM retira das ruas de JF dois foragidos da justiça

17/06/2016
Imagem meramente ilustrativa

Rua Benjamin Constant - Centro
Nesta quinta-feira (16), por volta das 21h00, policiais militares registraram a localização de foragido da justiça.
Durante a Operação Policial denominada Blitz, um veículo táxi foi interceptado e na abordagem do passageiro, Maicon,19, ficou constatada a existência de um mandado de prisão em seu desfavor.
O abordado portava a quantia de R$ 278,50 e um aparelho celular de origem duvidosa.
Diante dos fatos o abordado recebeu voz de prisão, foi conduzido à delegacia e posteriormente encaminhado ao CERESP. 

Rua São Sebastião - Centro 
Por volta de 22h50min, uma guarnição ROTAM deparou com uma mulher que se comportava de modo suspeito e a abordou.
Jocimara,31, possuía um mandado de prisão em seu desfavor, recebeu voz de prisão, foi conduzida à delegacia e posteriormente encaminhada ao sistema penitenciário. 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Homem foi assassinado a tiros no Bairro Santa Rita

Imagem meramente ilustrativa

Rua Otávio Pereira Torres - Juiz de Fora

Na tarde desta quinta (16), após acionamento, policiais militares registraram a ocorrência de homicídio.

A vítima,22, estava caída ao solo, apresentava perfurações na cabeça e no pescoço. Uma equipe do SAMU constatou o óbito.

A Perícia se fez presente, tendo a funerária removido o corpo ao IML para a expedição do Laudo de Necropsia.

Até o momento, nada sobre o calibre da arma, a motivação da ação criminosa e a autoria foram comentados. Contudo, foi localizada uma bucha de maconha nas vestes do falecido. Dois indivíduos foram apontados como os autores do crime, mas não foram localizados.

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

E.M. Murilo Mendes trabalha materiais recicláveis para conscientizar sobre preservação do meio ambiente

JUIZ DE FORA - 16/6/2016 - 14:22
Notícias de: SE

        Foto:Divulgação SE

Com o intuito de conscientizar os alunos sobre a importância de se preservar o meio ambiente, a Escola Municipal (E.M) Murilo Mendes, do Bairro Grajaú, vem realizando, este mês, diversas atividades voltadas para a reciclagem de materiais. Trabalhos com garrafas pet, pinturas e reaproveitamento de materiais, como caixa de leite, foram feitos em sala de aula com os estudantes do segundo ano do tempo integral.

Para a coordenadora da escola, Anna Luiza Horta, o trabalho desperta para este tema da preservação: “O objetivo é que os alunos percebam a necessidade de cuidar das plantas, reaproveitar materiais e descartá-los de forma correta, além da importância de cuidar dos animais e da limpeza da cidade”, destacou.

Na última terça-feira, 14, a Guarda Municipal de Juiz de Fora esteve na instituição, trabalhando com materiais recicláveis com os alunos. Para encerrar este mês temático, na quarta-feira, 29, acontecerá uma gincana na escola, com o tema “Meio ambiente”.

*Informações com Assessoria de Comunicação da SE pelo telefone 3690-8497.
Portal PJF

Prefeitura reúne diversos órgãos para discutir situação das capivaras na cidade

JUIZ DE FORA - 16/6/2016 - 15:23
Notícias de: DEMLURB

Foto:Divulgação Demlurb

Com a intenção de criar projeto para tentar sanar a proliferação das capivaras no Município, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) promoveu na tarde de quarta-feira, 15, encontro com diversos órgãos com atuação e competência relevante no controle da fauna. A reunião, realizada na sede do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), contou com a presença de representantes dos institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Estadual de Florestas (IEF), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), da Polícia Militar – Companhia de Meio Ambiente e Trânsito (PM) e do Conselho Regional de Medicina Veterinária, além da Secretaria de Saúde.

Apesar de os presentes não considerarem que a cidade apresenta uma superpopulação da espécie, todos acreditam que é o momento para tomar providências, pois os animais circulam na área urbana do Rio Paraibuna. Segundo a chefe do Departamento de Controle Animal do Demlurb, e responsável pela organização do encontro, Miriam Neder, o objetivo é pesquisar uma solução em conjunto para o problema, tangente a todos estes órgãos: “Como não há estudos específicos para o caso das capivaras em Juiz de Fora, tomamos a iniciativa de montar este grupo de discussão, para elaborarmos um projeto e tentarmos alguma solução”. O representante do Ibama, André Neves, ressaltou que é um problema que afeta todo o país e ainda não existe caso de resolução definitiva.

“O primeiro passo é saber quantas são e onde estão. Assim, será possível verificar se existe uma população com densidade significativa, com pequenas ou grandes colônias de capivaras. Com estes dados, poderemos elaborar um diagnóstico final para saber o que pode estar provocando esta proliferação para, a partir daí, realizarmos um diagnóstico e estratégias de controle.

Qualquer outra iniciativa fora deste diagnóstico inicial pode ser considerada prematura. Este é um problema novo no país, que surgiu com o aumento da urbanização”, informou o professor da Faculdade de Medicina Veterinária da UFJF, especialista em animais silvestres, que desenvolve trabalho epidemiológico de doenças infecciosas, Rafael Monteiro.

Uma das preocupações em relação ao aumento das capivaras na área urbana é devido ao fato de o animal ser um hospedeiro amplificador da bactéria causadora da febre maculosa, a Rickettsia rickettsii (riquétsia), e do “carrapato estrela”. Porém, o chefe do Departamento de Zoonoses da Secretaria de Saúde, José Geraldo de Castro, esclareceu que não há epidemia em Juiz de Fora da febre maculosa: “Desde 2007 foram registrados 15 casos, que resultaram em nove óbitos. Em 2009, 2010, 2011, 2013 e 2014 há notificação de casos”.

* Informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.
Portal PJF

PF combate esquema bilionário de transporte de mercadorias contrabandeadas

16/06/2016


Maringá/PR – A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (16/6) a Operação Celeno*, para desarticular uma grande organização criminosa responsável por esquema internacional de distribuição de mercadorias contrabandeadas. O grupo atuava em vários estados e movimentava anualmente cerca de R$ 3 bilhões em lucros.

Cerca de 360 policiais federais dão cumprimento a 138 mandados judiciais: 28 mandados de prisão preventiva, 15 de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 77 de busca e apreensão, nos estados do Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.

As investigações iniciadas no ano de 2013 detectaram quatro grupos criminosos que, quase que diariamente, conduziam suas aeronaves de Salto Del Guairá, no Paraguai, até pistas clandestinas no interior do estado de São Paulo. As mercadorias eram então retiradas dos aviões e escoadas para entrepostos de armazenamento, de onde eram transportadas por caminhões e veículos até os destinatários finais.

Durante as apurações, constatou-se que pelo menos doze aeronaves eram utilizadas pelos criminosos, realizando até mesmo dois voos diários, conforme as condições de clima e luminosidade. Cada aeronave levava cerca de 600 kg de mercadorias, num valor estimado de 500 mil dólares por frete ilícito.

As células criminosas, responsáveis pelos fretes aéreos, eram contratadas por agenciadores baseados em Foz do Iguaçu/PR e no Paraguai. Além disso, um dos grupos comercializava as mercadorias em empresas próprias, estabelecidas em Ribeirão Preto/SP e São Paulo/SP.

Ao longo da investigação, foram apreendidas quatro aeronaves, sendo uma delas um monomotor, alvejado pela Força Aérea Brasileira – FAB, em outubro de 2015, quando tentava retornar ao Paraguai carregado de mercadorias.

Será concedida entrevista coletiva à imprensa, às 10h, na Delegacia de Polícia Federal em Maringá/PR, situada na Avenida José Alves Nendo, nº 1.309 – Jardim São Silvestre – Maringá/PR.

Comunicação Social da Polícia Federal em Maringá/PR

Telefones: (44) 3220-1409

*O nome da Operação remete à mitologia grega, na qual Celeno é uma harpia, um monstro mitológico. O nome ainda tem o significado “obscuro” ou “escuridão”.

http://www.pf.gov.br/agencia/noticias/2016/06/pf-combate-esquema-bilionario-de-transporte-de-mercadorias-contrabandeadas

Petrobrás é a ‘madame mais honesta dos cabarés do Brasil’, diz Machado


Charge do César, reprodução de O Diário

Mateus Coutinho, Julia Affonso, Ricardo Brandt, Isadora Peron e Gustavo Aguiar
Estadão

Profundo conhecedor do mundo político e das obras públicas, o ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato Sérgio Machado disse aos investigadores que a Petrobrás, que está no centro das investigações do Ministério Público Federal, é “a madame mais honesta dos cabarés do Brasil”, por ser ‘um organismo estatal bastante regulamentado e disciplinado’ e disse que outras empresas e órgãos públicos adotam práticas “menos ortodoxas”, em referência ao pagamento de propinas envolvendo empresas privadas e o setor público.

Dentre os outros órgãos que ele cita estão o DNIT, as companhias Docas, os bancos oficiais “tais como Banco do Nordeste, Funasa, FNDE e DNOCS”. Ainda segundo o delator, que ficou 11 anos à frente da Transpetro, desde 1946 “havia um padrão segundo o qual os empresários moldavam seus orçamentos com incorporação do conceito de ‘custo político’”, que englobaria o porcentual dos contratos com o poder público destinado a propinas em todas as esferas: federal, estadual e municipal.

PERCENTUAIS – De acordo com Machado, este padrão seria de 3% no governo federal, 5 a 10% nos governos estaduais e de 10 a 30% nas contratações envolvendo municípios.

Nos últimos anos, porém, políticos de todos os níveis da administração no País teriam extrapolado este ‘padrão’, ‘envolvendo a estrutura das empresas estatais e dos órgãos públicos, o que antes não acontecia’, afirmou o delator, que disse ainda ter mantido na Transpetro o ‘modelo tradicional’.

O próprio Machado admite que ele era o único na estatal a tratar de propinas e que só tratava disso com presidentes de empresas e políticos, sem envolver outro funcionário da Transpetro. Ele afirmou ainda que não havia cartel nem fraude nas licitações da estatal.

O esquema, segundo explicou, consistia em não fazer novos contratos com empresas que não pagassem as propinas ou mesmo excluí-las da lista de companhias que poderiam ser contratadas pela estatal, uma prerrogativa que Machado detinha em seu cargo.

MEGAESQUEMA – Em mais de dois anos de investigações, a Lava Jato revelou um megaesquema de corrupção na Petrobrás a partir do loteamento político das diretorias para direcionar propinas a partidos e políticos a partir de contratos da maior estatal brasileira. Com o avanço da operação, o Ministério Público Federal revelou que modelos semelhantes de corrupção foram adotados em subsidiárias da estatal, como a própria Transpetro, e também em outros setores da administração, como no setor de energia e no de ferrovias.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O mais interessante, na delação de Machado, são os percentuais da corrupção nos níveis municipal, estadual e federal, mostrando por que prefeitos e governadores conseguem enriquecer numa velocidade impressionante. Outra informação importante, que já está se confirmada, é sobre a corrupção em outras estatais. As investigações na Eletrobrás são impressionantes, mas falta tirar a tampa de outros órgãos públicos, como DNIT, que sempre foi campeão de corrupção, quando se chamava DNER.(C.N.)

O Preto que satisfaz. Cantora: As Frenéticas. Composição: Gonzaguinha.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Em Curitiba, o exame dos crimes de Lula será ampliado com novas apurações


Charge do Aroeira, reproduzida do Portal O Dia

Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso
Estadão

Com a decisão do Supremo de devolver inquéritos sobre sítio de Atibaia, tríplex do Guarujá e doações e recebimentos de Instituto Lula e da LILS Palestras, a força-tarefa da Lava Jato poderá denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal Sérgio Moro por envolvimento no esquema de cartel e corrupção na Petrobrás. Novas perícias criminais e análises de documentos apreendidos pela Polícia Federal, na 24ª fase (Operação Aletheia) deflagrada em 4 de março, que teve como alvo o ex-presidente, vão ampliar as frentes de investigações, que voltarão a ser conduzidas pela força-tarefa da Procuradoria, em Curitiba.

Os três inquéritos que têm Lula como alvo investigam corrução e lavagem na compra e reforma de um sítio em Atibaia (SP) e de um tríplex no Guarujá (SP) e em recebimentos via Instituto Lula e empresa de palestra LILS Palestras e Eventos.

São essas frentes de apuração iniciadas em Curitiba que resultaram na Operação Aletheia, em 4 de março, quando o ex-presidente foi conduzido coercitivamente para depor.

OS RISCOS DE LULA – A força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, considera ter as provas para levar o petista ao banco dos réus por envolvimento no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobrás, conforme revelou o Estadão, em 23 de abril.

Com o retorno das investigações da Lava Jato contra Lula para Curitiba, o maior risco que o ex-presidente enfrenta não é uma prisão cautelar (temporária ou preventiva), avaliam investigadores e defesas ouvidos em reservado. O problema é jurisprudência criada pelo Supremo, em março, que permite a prisão imediata de condenados em segundo grau – sem a necessidade, vigente até março, de se aguardar o transitado em julgado do processo.

A avaliação dos envolvidos nos processos é que com a nova regra, se condenado por Moro até o início de 2017, Lula fica passível de ter um pedido de execução de pena de prisão ainda em 2018, numa eventual manutenção de sentença da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

SÍTIO E TRÍPLEX – Os casos da compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), e do tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, integram o primeiro pacote. Os procuradores, no entanto, não fecharam questão sobre a forma que as denúncias serão apresentadas.

O caso do sítio, por exemplo, tem três acusações que podem ser unificadas ou apresentadas separadamente. Uma principal, sobre a compra e reforma da propriedade, pelas empreiteiras Odebrecht e OAS e pelo pecuarista e usineiro José Carlos Bumlai. E outras que tratam da mudança e do armazenamento de bens e outra sobre a instalação de uma antena da OI, próxima do imóvel.

São esperadas ainda outras acusações, como as decorrentes da delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT, atual sem partido-MS), que envolveu Lula na trama para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. Esse inquérito permanece ainda no Supremo.

LARANJAS DE LULA – A denúncia principal, no caso do primeiro pacote, apontará a família do ex-prefeito de Campinas (SP) e amigo de Lula Jacó Bittar (PT) como “laranjas” na ocultação da propriedade, adquirida em 2010 pelo valor declarado de R$ 1,5 milhão. Os registros de escritura em nome dos donos oficiais, um “contrato de gaveta” em nome do ex-presidente e da mulher, Marisa Letícia, encontrado nas buscas e depoimentos dos investigados farão parte da acusação.

Nesse item, a força-tarefa em Curitiba deve acrescentar novos dados que foram descobertos logo após a deflagração da Operção Aletheia e antes da remessa dos autos para o STF. Uma delas é o uso de uma empresa – PDI Processamento Digital de Imagem – que pertence a Kalil Bittar, sócio de Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha. Ele é irmão de Fernando Bittar, um dos donos, na escritura, do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que segundo os investigadores é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A empresa tem sede na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e não tinha entrado ainda para o radar da Lava Jato, que apura os negócios de familiares e amigos de Lula – por suspeita de ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro.

LULA SABIA DE TUDO – Os procuradores apontarão que “o ex-presidente da República tinha ciência do estratagema criminoso e dele se beneficiou”. Segundo sustentará a denúncia, as etapas de aquisição, reforma e decoração do sítio em Atibaia “revelam operações sucessivas de lavagem de dinheiro no interesse de Luiz Inácio Lula da Silva”.

A origem ilícita dos recursos empregados na compra, reforma e decoração do imóvel, advindos de crimes antecedentes praticados pela Odebrecht, OAS e Usina São Fernando (de Bumlai) integram os elementos que apontarão os estratagemas para dissimulação e ocultação do negócio.

A denúncia do tríplex no Guarujá, que teria sido reservado e reformado pela construtora OAS para Lula, também pode integrar o primeiro bloco de acusações contra o ex-presidente. O dono da empreiteira, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, negocia delação com a Procuradoria desde o início do ano, sem sucesso. Ele pode esclarecer o caso.

LAVAGEM DE DINHEIRO – No caso do tríplex, Lula será denunciado nesse negócio por lavagem de dinheiro, sendo beneficiado pela OAS, uma das líderes do cartel que atuava Petrobrás, com a promessa de entrega e a decoração do imóvel com dinheiro oriundo de corrupção.

A denúncia é discutida porque ela tem dois outros processos relacionados. Um deles, é o da Operação Triplo X, que apurou a lavagem de dinheiro em outras unidades habitacionais da OAS, adquiridas da falida Bancoop (cooperativa habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo). A outra é a denúncia, com pedido de prisão de Lula, encaminhado pela Justiça Estadual paulita para o juiz Sérgio Moro.

O inquérito considerado o mais incipiente é o que trata das palestras, pós-Presidência, via empresa LILS, Palestras, Eventos e das doações ao Instituto Lula. Nessa frente, um delator que confirme que os repasses e pagamentos por palestras podem ter ocultado propina é essencial para investigadores.

QUEBRA-CABEÇA – Até março, procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba consideravam estar a um delator de completar o quebra cabeça acusatório contra Lula – como se tivessem o cenário da imagem já definido, restando apenas uma peça para completar o desenho.

As delações do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral e do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) ajudaram a definir esse cenário, em que Lula é pintado pela força-tarefa como alguém com participação ativa no esquema de sistematização da corrupção no governo.

Além do fatiamento político entre partidos da base – PT, PMDB, PP e PTB -, teriam sido criadas regras para a propina. Com o esquema teria sido montada a base de sustentação para a governabilidade, uma versão ampliada do mensalão, e pagos valores também para a oposição.