JUIZ DE FORA - 16/6/2016 - 15:23
Notícias de: DEMLURB
Foto:Divulgação Demlurb
Com a intenção de criar projeto para tentar sanar a proliferação das capivaras no Município, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) promoveu na tarde de quarta-feira, 15, encontro com diversos órgãos com atuação e competência relevante no controle da fauna. A reunião, realizada na sede do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), contou com a presença de representantes dos institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Estadual de Florestas (IEF), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), da Polícia Militar – Companhia de Meio Ambiente e Trânsito (PM) e do Conselho Regional de Medicina Veterinária, além da Secretaria de Saúde.
Apesar de os presentes não considerarem que a cidade apresenta uma superpopulação da espécie, todos acreditam que é o momento para tomar providências, pois os animais circulam na área urbana do Rio Paraibuna. Segundo a chefe do Departamento de Controle Animal do Demlurb, e responsável pela organização do encontro, Miriam Neder, o objetivo é pesquisar uma solução em conjunto para o problema, tangente a todos estes órgãos: “Como não há estudos específicos para o caso das capivaras em Juiz de Fora, tomamos a iniciativa de montar este grupo de discussão, para elaborarmos um projeto e tentarmos alguma solução”. O representante do Ibama, André Neves, ressaltou que é um problema que afeta todo o país e ainda não existe caso de resolução definitiva.
“O primeiro passo é saber quantas são e onde estão. Assim, será possível verificar se existe uma população com densidade significativa, com pequenas ou grandes colônias de capivaras. Com estes dados, poderemos elaborar um diagnóstico final para saber o que pode estar provocando esta proliferação para, a partir daí, realizarmos um diagnóstico e estratégias de controle.
Qualquer outra iniciativa fora deste diagnóstico inicial pode ser considerada prematura. Este é um problema novo no país, que surgiu com o aumento da urbanização”, informou o professor da Faculdade de Medicina Veterinária da UFJF, especialista em animais silvestres, que desenvolve trabalho epidemiológico de doenças infecciosas, Rafael Monteiro.
Uma das preocupações em relação ao aumento das capivaras na área urbana é devido ao fato de o animal ser um hospedeiro amplificador da bactéria causadora da febre maculosa, a Rickettsia rickettsii (riquétsia), e do “carrapato estrela”. Porém, o chefe do Departamento de Zoonoses da Secretaria de Saúde, José Geraldo de Castro, esclareceu que não há epidemia em Juiz de Fora da febre maculosa: “Desde 2007 foram registrados 15 casos, que resultaram em nove óbitos. Em 2009, 2010, 2011, 2013 e 2014 há notificação de casos”.
* Informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.
Portal PJF
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