quinta-feira, 2 de junho de 2016

Bem Casado –166 casais se unirão na sexta-feira, em comemoração ao aniversário da cidade

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JUIZ DE FORA - 1/6/2016 - 16:44
Notícias de: SECRETARIA DE GOVERNO

Tantos anos quantos Juiz de Fora comemorou no último dia 31, são quantos casais se unirão oficialmente no casamento social na próxima sexta-feira, 3. O “Bem Casado” será celebrado às 20 horas, quando a quadra coberta do Sport Club de Juiz de Fora será transformada para receber uma grande cerimônia, realizando o sonho dos noivos com marcha nupcial, vestido de noiva, damas, pajens, troca de alianças e o “sim” mais importante da vida deles.

O projeto da Casa da Mulher, da Secretaria de Governo (SG) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), incorporou o evento às comemorações do aniversário da cidade e promove, todo ano, a união civil e uma cerimônia comunitária para casais que não têm condições financeiras de arcar com as despesas de um casamento, mas que desejam regularizar sua situação. Cada casal recebeu dez convites, para dividir com familiares e amigos a alegria do grande dia.

Para as noivas, os compromissos começam cedo e, às 14 horas, elas já devem estar no clube para desfrutar do seu “dia de beleza”. Uma equipe cuidará do cabelo, da maquiagem e da troca de vestido das noivas, deixando-as prontas para o grande momento. Os noivos chegarão às 19 horas.

Ao som da marcha nupcial, às 20 horas, os noivos caminham pelo tapete vermelho e seguem para a cerimônia na qual trocarão as alianças, com os cumprimentos do prefeito Bruno Siqueira e da coordenadora de políticas públicas para mulheres, Rose França. Ao final da cerimônia, noivos e convidados vão poder comemorar com bolo e refrigerante.

Parceiros

O casamento social é promovido pela PJF, mas conta com outros parceiros. Como presente para os recém-casados, o supermercado Bretas vai sortear vale-compras. A loja Noivas Boutique fez uma doação de 50 vestidos de noiva para a Casa da Mulher e a loja Carmen Steffens doou oito pares de sapato para o grande dia.

*Informações com a assessoria de comunicação da Secretaria de Governo pelo telefone 3690-7245
Portal PJF

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Fábrica de brinquedos vai gerar trabalho para 60 detentos em São Lourenço

QUA 01 JUNHO 2016 09:05 ATUALIZADO EM TER 31 MAIO 2016 14:54

Gil Leonardi/Imprensa MG

Em visita à fábrica de brinquedos, os presos puderam conhecer as máquinas em que vão trabalhar

Em aproximadamente um mês, 60 presos do Presídio de São Lourenço, no Território Sul, começam a fabricar brinquedos pedagógicos de madeira para a empresa Maninho Artesanatos, em atividade há 30 anos na cidade. A filial, em frente ao presídio, está em fase final de instalação, com a previsão de entregar 100 mil peças por mês, dobrando a produção atual da Maninho Artesanatos.

O fundador da fábrica, Aristides Guimarães Filho, o Maninho, de 77 anos de idade, conta que soube da experiência de empresários de São Paulo que instalaram com sucesso galpões industriais dentro de presídios.

“Quando fomos procurados pela direção-geral do Presídio de São Lourenço fechamos a parceria. Juntamos a urgência de aumentar a produção com a necessidade de oferta de trabalho para os detentos”, diz.

Para Maninho, ensinar os segredos das técnicas e cuidados na fabricação de brinquedos não representa problema. “Todos os que trabalham na linha de produção aprenderam comigo. Acredito na capacidade do ser humano em realizar boas ações”, revelou.

O catálogo da fábrica tem brinquedos tradicionais como o jogo da memória, quebra-cabeças, pega-varetas, peteleco, pequeno construtor, tangran, jogo da velha e uma linha de peças decorativas e utilitárias como painéis e relógios de parede.

Mão de obra

Em visita à fábrica de brinquedos, os presos David da Silva Pereira, 35 anos, e Wellington Gustavo Monteiro da Silva, 27 anos, puderam conhecer as máquinas, o setor de expedição e a loja, que expõe cerca de 4 mil itens.

David nasceu em uma tradicional família de marceneiros, produtora de móveis residenciais em São Lourenço. Até os 18 anos ajudou na oficina da família e depois abriu uma “lan house”. “Acredito que a minha antiga experiência na marcenaria será útil. Vai ser bom voltar a trabalhar com madeira”, afirma.

Segundo David, ser pai de um menino de dez meses de idade aumenta ainda mais a motivação para fabricar brinquedos. “Não paro de pensar no meu filho. Vou fazer o melhor possível para realizar o sonho ser contratado, quando terminar minha pena.”

Atividades

O Presídio de São Lourenço tem atualmente 55 presos trabalhando fora, sendo 20 na parceria com a Prefeitura de São Lourenço, no serviço de limpeza da cidade, e 35 em outras atividades. Dentro do presídio, dois presos trabalham na horta, quatro na fabricação de sacolas ecológicas, e oito estão construindo novas celas, que vão gerar 42 vagas.

O diretor de segurança do presídio, Tiago Pereira dos Santos, diz que o trabalho é essencial na ressocialização dos presos e contribui para a segurança interna. “A nova parceria traz um ânimo para os presos e ajuda na redução do cumprimento da pena”, afirma. Segundo Tiago, os presos contratados pela Maninho Artesanatos vão receber três quartos do salário mínimo por mês e terão remição de pena, à razão de um dia de desconto a cada três trabalhados.
Agência Minas

STJ determina que pena de ex-prefeito de Juiz de Fora seja cumprida

31/05/2016 18h55 - Atualizado em 31/05/2016 18h55

Do G1 Zona da Mata

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que fosse executada a detenção provisória de sete anos e nove meses, em regime fechado, imposta ao ex-prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, que foi condenado em primeira instância por corrupção em 2014. A decisão foi tomada atendendo ao pedido da Procuradoria de Justiça de Recursos Especiais e Extraordinários Criminais do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), depois que o recurso da defesa de Bejani foi negado.

Na decisão do ministro do STJ, Joel Ilan Paciornik, o relator considerou a manutenção da condenação do ex-prefeito pela prática do crime de corrupção passiva majorada, desta vez, em segunda instância. Bejani teria favorecido um construtora, em 1990, após receber uma doação do proprietário da empresa.

O ex-prefeito não atendeu às ligações realizadas na tarde desta terça-feira (31) pelo G1. Já a construtora relatada foi extinta há alguns anos, depois que o proprietário faleceu.

Em fevereiro de 2014, Bejani foi condenado a oito anos e quatro meses de detenção, em regime fechado, além do pagamento de multa de um salário mínimo por dia por 166 dias, pela 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora. Na ocasião, ficou comprovado que, durante a primeira administração de Bejani como chefe do Executivo, entre 1989 e 1992, ele teria recebido vantagens indevidas por beneficiar, através de licitações fraudulentas, uma construtora.

Segundo a denúncia do MPMG, em 1990, o proprietário da empresa teria doado um lote e dinheiro ao ex-prefeito que, em contrapartida, teria contratado a construtora para execução de três obras na cidade, afrontando os procedimentos licitatórios normais. Uma das obras seria referente a serviços de captação de águas, no Bairro Bandeirantes, e outras duas seriam construções das escolas municipais dos bairros Santa Cecília e São Geraldo.

O político recorreu da decisão, refutando as alegações de que a aquisição do terreno no loteamento, em junho de 1990, não foi feita por preço subfaturado e alegando que o depósito foi um empréstimo para ajudá-lo em um período de dificuldades financeiras, o que não se configuraria como doação, visto que foi feito em instituição bancária oficial.

Em fevereiro de 2014, o recurso foi parcialmente acatado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte. No ato, a condenação foi mantida, mas houve redução da pena para sete anos, nove meses e dez dias de reclusão, também em regime fechado, além de pagamento de multa por 155 dias.

Servidores municipais fazem manifestação em Juiz de Fora

01/06/2016 12h10 - Atualizado em 01/06/2016 12h21

Do G1 Zona da Mata

Servidores da Cesama saíram em passeata pela Avenida Presidente Itamar Franco em direção à Praça da Estação (Foto: Pptran/Divulgação)

Servidores de vários setores da Prefeitura de Juiz de Fora paralisaram as atividades nesta quarta-feira (1º). De acordo com o Pelotão de Policiamento de Trânsito (Pptran), cerca de 400 funcionários se reuniram em assembleia nesta manhã na Praça da Estação. A categoria discutiu o impasse nas negociações salariais entre a Prefeitura e o sindicato. No momento, o grupo segue em passeata pelas ruas do Centro.

Segundo a Prefeitura, 3% dos servidores estão paralisados e que os serviços à população ocorrem normalmente.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), Amarildo Romanazzy, a Prefeitura ofereceu um reajuste salarial de cerca de 3%, alegando que, em ano eleitoral, não pode ultrapassar o limite de gastos previstos em lei. No entanto, os servidores reivindicam um aumento maior.
Servidores municipais querem reajuste (Foto: Reprodução/TV Integração)

"Considerando a reposição da inflação de 2015 e 2016, o reajuste seria de 7,19% para nossa categoria. Nós não vamos abrir mão disso e queremos esses 7,19% retroativos a fevereiro, que é a data base", explicou.

Os representantes do sindicato vão se reunir com a Prefeitura nesta quinta-feira (2) para negociação. Na próxima terça-feira (7), haverá uma assembleia.

Posicionamento da Prefeitura
Em relação ao período de recomposição salarial, a Prefeitura informou que seguirá o que for determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para a concessão do reajuste e que uma das consequências de um suposto descumprimento da lei é tornar o aumento nulo. De acordo com assessoria, foi feita uma consulta formal à Justiça Eleitoral e a resposta é aguardada.

A administração municipal disse que pretende aplicar o maior índice possível autorizado pela legislação, dentro dos limites financeiros.

Há quase 4 mil anos, o estupro já era considerado um crime gravíssimo


Há 3.788 anos, o rei Hamurabi punia o estupro com pena de morte

Ednei Freitas

O Código de Hamurabi, uma compilação de 282 leis da antiga Babilônia (atual Iraque), composto por volta de 1772 a.C., é visto como a mais fiel origem do Direito, a legislação mais antiga de que se tem conhecimento, e seu trecho mais conhecido é a chamada Lei de Talião (“ olho por olho, dente por dente“). Provavelmente, a primeira legislação reprimindo o estupro tenha sido o Código de Hamurabi, na lei 130ª da compilação: “Se alguém viola a mulher que ainda não conheceu homem e vive na casa paterna e tem contato com ela e é surpreendido, este homem deverá ser morto, a mulher irá livre”.

Todavia, na História da Humanidade, nesses 3.788 anos passados após o Código de Hamurami, houve muitas reviravoltas nos direitos grego e romano sobre o estupro, as penas foram ficando mais brandas, e as mulheres foram a muito custo se emancipando do jugo patriarcal. Ainda hoje, a cultura machista é muito forte no Brasil, não obstante a Constituição de 1988 preconizar que todos são iguais em direitos.

A violência de gênero é um reflexo direto da ideologia patriarcal, que demarca explicitamente os papéis e as relações de poder entre homens e mulheres. Como subproduto do patriarcalismo, a cultura do machismo, disseminada muitas vezes de forma implícita ou sub-reptícia, coloca a mulher como objeto de desejo e de propriedade do homem, o que termina legitimando e alimentando diversos tipos de violência, entre os quais o estupro.

CAMINHOS DO MACHISMO

A cultura do machismo se dá por dois caminhos: pela imputação da culpa pelo ato à própria vítima (ao mesmo tempo em que coloca o algoz como vítima); e pela reprodução da estrutura e simbolismo de gênero dentro do próprio Sistema de Justiça Criminal, que vitimiza duplamente a mulher.

As leis brasileiras foram mudando lentamente quanto ao reconhecimento dos direitos das mulheres. A trajetória da ausência da educação feminina coincide também com a história da construção social dos gêneros, das práticas da sexualidade e da servidão no Brasil.

Miscigenar, verbo muito utilizado para explicar essa mistura, tinha o objetivo de juntar sexualmente corpos de raças e etnias diferentes, em condições sociais igualmente diferentes. Muitas vezes isso aconteceu à força, sendo que os estupros eram comuns naquele tempo. Ao homem português era dado o direito de usufruir da vida de todos os habitantes da colônia. Esse direito ocorria devido à sua condição de “senhor” da família patriarcal.

Temos condição hoje de mencionar aqui que esse poder dado ao homem foi criado à custa das representações que se submeteram outros grupos sociais, inclusive mulheres.

INFERIORIDADE FEMININA

Há uma narrativa que nos leva a questão da educação feminina, escrita e reescrita por romancistas e historiadores sobre Diogo Alvarez Correia e sua filha Madalena Caramuru – a primeira brasileira alfabetizada.

Durante o século XVI as mulheres ibéricas não tinham acesso à Educação. Na visão da época, as portuguesas faziam parte do “Imbecilitus Sexus”, uma categoria inferior em que se enquadravam crianças, mulheres e doentes mentais. As únicas funções das mulheres era casar, cuidar do marido e dos inúmeros filhos que gerassem. Havia até um versinho na época que reforçava essa situação, que dizia: “Mulher que sabe muito é mulher atrapalhada, para ser mãe de família, saiba pouco ou saiba nada!”.

Felizmente, a vinda da Família Real para o Brasil, com D.João VI, modificou a situação cultural da colônia e, particularmente, a concepção e a oferta de ensino para mulheres.

Durante o período do Império Brasileiro, as mulheres começaram, paulatinamente, a ter acesso à instrução das primeiras letras, mas eram desobrigadas de cursarem o ensino secundário, que tinha a função propedêutica de preparar o gênero masculino para o ensino superior.

CONQUISTAS DA MULHER

Só no Século XX houve conquistas significativas para as mulheres. Essa caminhada chamou a atenção de autores como Norberto Bobbio, no livro “A Era dos Direitos”; de Fritjof Kapra, no “Ponto de Mutação”; e de Manuel Castells, em seu estudo sobre a “Sociedade em Redes”, para citar apenas estes. Todos entenderam o Século XX com as mulheres produzindo uma das revoluções culturais mais importantes.

Mesmo com o avanço do movimento feminista e o reconhecimento de seus direitos na Constituição e leis infraconstitucionais, o estupro não deixou de existir. Chamou a atenção dos psiquiatras, que notaram que o estuprador tem um desvio na personalidade, uma das doenças do grande grupo das Parafilias.

O problema do estupro é discutido com maior propriedade sob a rubrica da agressão. O estupro é um ato de violência e humilhação, expressado através de meios sexuais, usado para expressar poder ou ódio.

Raramente existem estupros nos quais o sexo é a questão dominante: em geral, a sexualidade é usada a serviço de necessidades não sexuais.

ESTUPRO É ANORMALIDADE

O estupro consiste na perpetração de um ato de intercurso sexual com a mulher, contra sua vontade e consentimento, quer sua vontade seja superada por força ou medo resultante de ameaça pela força ou por drogas ou intoxicantes, ou quando, em razão de deficiência mental, ela é incapaz de exercer julgamento racional, ou quando está abaixo da idade arbitrada para dar consentimento. O estupro pode ocorrer entre pessoas casadas e pessoas do mesmo sexo.

O estuprador é um homem anormal (há também mulheres que estupram homens, embora seja mais raro, e não irei encompridar a conversa). Nossa Constituição não permite a pena de morte, mas o estuprador deveria ser afastado da sociedade, na prisão, até a idade provecta.

Não há cura psiquiátrica para estuprador, ou para torturador.

Supremo continua mantendo 138 investigações em alto grau de segredo


Charge do Nani (nanihumor.com)

Márcio Falcão
Folha

O Supremo Tribunal Federal mantém desde o início das investigações da Operação Lava Jato 138 procedimentos ocultos, aqueles classificados com o mais alto grau de sigilo adotado para a tramitação de apurações envolvendo autoridades. São ao menos 16 inquéritos e 122 petições.

O levantamento da Folha leva em consideração inquéritos que não aparecem autuados no sistema do STF a partir do primeiro processo aberto da Lava Jato, em fevereiro de 2015, e também petições protocoladas desde setembro de 2014, quando foi analisada a primeira delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Não é possível afirmar que todos esses procedimentos sejam ligados à Lava Jato. Ao todo, neste período, o STF recebeu 952 petições e 300 inquéritos.

HÁ DÚVIDAS

As petições podem envolver pedidos de investigação, delações premiadas e requerimentos de devolução de bens apreendidos, por exemplo. Algumas, inclusive, já podem ter sido transformadas em investigações.

O STF ainda não começou a colocar em prática resolução editada na semana passada que colocou fim ao uso da classificação oculta para a tramitação de procedimentos que envolvem autoridades.

Com a resolução, esses processos passam a ser classificados como de segredo de Justiça. Com este tipo de sigilo, qualquer cidadão comum que consultar o sistema do STF pode verificar as apurações em andamento. É possível consultar nomes dos envolvidos, ou suas iniciais, e qual o tipo de crime em investigação. O conteúdo dos inquéritos, no entanto, permanece sigiloso.

NÃO MUDA NADA

Questionado nesta terça (31) sobre o impacto da alteração feita pelo Supremo, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, disse que “não muda nada substancialmente”. O ministro Luiz Fux afirmou que vai pedir um levantamento em seu gabinete para ter ideia se há ou não processos ocultos.

O modelo oculto foi adotado principalmente em casos envolvendo a apuração do esquema de corrupção da Petrobras, como o pedido de abertura de inquérito da Procuradoria para investigar a presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Eduardo Cardozo por obstrução da Justiça.

O STF, antes da publicação da resolução, justificava que a manutenção de processos ocultos visava proteger as investigações.

COLETA DE PROVA

A norma ainda é válida para investigações criminais para não prejudicar a coleta da prova. Os requerimentos de prisão, busca e apreensão, quebra de sigilo telefônico, fiscal e telemático continuarão a ser apreciados em autos separados e sob sigilo.

A Lava Jato tem 91 investigados no STF. Já existem 44 inquéritos abertos e uma ação penal em curso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A falta de transparência do Supremo é repugnante e inaceitável, só visa a proteger os poderosos, as “zelites”, como diz Lula da Silva. É preciso acabar logo com o foro privilegiado, deixar o Supremo apenas com as causas constitucionais, como é de sua competência. O foro privilegiado é uma norma medieval, que não pode continuar existindo em país que se diz democrático. (C.N.)

Depois de quebrar Barbacena, família Andrada quer governar Juiz de Fora

Posted on 05/31/2016

Uma família que está na política brasileira, principalmente em Minas Gerais, há quase 200 anos, quer manter, a qualquer custo, sua relação com o poder. Liderada pelos irmãos Toninho e Lafayette, os Andrada chegam às eleições de 2016 de olho no comando de duas das principais cidades do interior mineiro: Barbacena, onde Toninho tentará a reeleição, e Juiz de Fora, ambição de Lafayette, mais novo do clã.

Deputado estadual desde 2007, Lafayette Andrada deverá disputar a prefeitura de Juiz de Fora pela primeira vez este ano. Em 2008, ele já havia cobiçado o cargo, mas acabou relegado a segundo plano. Foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Barbacena e secretário de Estado de Defesa Social no governo Anastasia, quando teve sua atuação questionada devido ao aumento dos índices de violência e denúncias de maquiagem nos boletins de ocorrência e manipulação de dados sobre crimes violentos.

Descendentes de políticos famosos na história de Minas Gerais, como José Bonifácio, e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, Lafayette e Toninho não herdaram a capacidade de seus antecessores. Enquanto Lafayette fracassou na Seds, Toninho, seu irmão mais velho, quebrou Barbacena, cidade que administra desde 2013.

Barbacena quebrada

No último dia 19 de maio, a Câmara Municipal de Barbacena aprovou abertura de processo que pode culminar com o impedimento de Toninho. A ação é em decorrência do não pagamento do 13º salário de 2015 e do reajuste de 11,67% dos servidores municipais, em descumprimento à Lei Municipal nº 4.767, sancionada pelo próprio Toninho. No dia 28 de abril, quase 80% dos servidores entraram em greve e iniciaram uma série de protestos na cidade, inclusive ocupando a Câmara.

A confusão de Toninho tem afetado diretamente a população local. Milhares de alunos estão sem aula, comprometendo o ano escolar. Além disso, uma série de serviços públicos não está sendo oferecidos. Até agora, o prefeito se recusou a receber as lideranças da greve. Na última sexta-feira (27), pais e alunos apoiaram uma manifestação dos grevistas no Pontilhão, um dos símbolos da cidade.

O calote parece não preocupar o prefeito. No site da prefeitura, os destaques são a 49º edição da ExpoBarbacena, que contou com a presença de duplas sertanejas famosas – e de cachês caríssimos –, como Jorge e Matheus e Leonardo e Eduardo Costa, e a passagem da Tocha Olímpica pelas ruas da cidade, que teria custado perto de 200 mil reais aos cofres públicos.

Os erros de Toninho vão além do calote. Nos últimos meses, inúmeros pontos comerciais fecharam as portas em Barbacena, aumentando os índices de desemprego. Sete escolas foram fechadas, duas delas rurais. O IPTU subiu 13,6% em 2014. Os gastos com cargos comissionados subiram de R$ 400 mil para R$ 1 milhão apenas no primeiro ano do mandato. No bairro Vale das Rosas, os moradores convivem com ruas de barro esburacadas, apesar das promessas de recapeamento. No bairro Santa Tereza, uma das áreas mais nobres da cidade, a população é obrigada a conviver com esgoto a céu aberto.

Corrupção

Não bastassem as acusações de péssimo gestor, Toninho Andrada também está envolvido em denúncias de corrupção. Seu nome está incluído na famosa “Lista de Furnas”, segundo a qual teria recebido R$ 150 mil em propinas. Em 2008, quando era conselheiro do Tribunal de Contas (cargo que abandonou para concorrer novamente às eleições em 2012), ele foi indiciado no inquérito da Operação Pasárgada por crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha e prevaricação.

No final de 2015, Lafayette Andrada deixou o PSDB e se filiou ao recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB). A mudança, contudo, durou pouco. Pouco mais de três meses depois, o deputado abandonou o partido e se uniu ao PSD, já de olho nas eleições deste ano. Resta saber se Juiz de Fora irá querer o mesmo destino de Barbacena: ir para o buraco pelas mãos de um Andrada.

Com conteúdo do BHAZ.
http://brasilpoder.com.br/2016/05/31/depois-de-quebrar-barbacena-familia-andrada-quer-governar-juiz-de-fora/

Jovem morre após ser baleado em rua de Juiz de Fora

01/06/2016 09h04 - Atualizado em 01/06/2016 09h04

Do G1 Zona da Mata

Um jovem de 19 anos foi morto a tiros na Rua Pedro Moreira Cavalcanti, no Bairro Jardim Natal, em Juiz de Fora, na noite desta segunda-feira (31). De acordo com a Polícia Militar (PM), os tiros atingiram a cabeça, o pescoço e o tórax.

O irmão da vítima disse à PM que estava em casa quando ouviuos tiros vindos da rua. Ao chegar à via, ele viu o jovem caído no chão e um suspeito fugindo. A perícia da Polícia Civil esteve no local do crime e o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).

A PM informou que o suspeito ainda não foi encontrado e que não conseguiu coletar mais informações da autoria e motivação do homicídio, visto que o local estava com pouca iluminação e não há testemunhas do fato.

Lotérica é assaltada em Juiz de Fora e ladrão foge com cerca de R$ 9 mil

01/06/2016 09h17 - Atualizado em 01/06/2016 09h17

Do G1 Zona da Mata

Uma casa lotérica na Avenida Doutor Paulo Japiassu Coelho, no Bairro Cascatinha, em Juiz de Fora, foi assaltada na tarde desta terça-feira (31). Segundo a Polícia Militar (PM), o criminoso pegou cerca de R$ 9 mil e, antes de fugir, disparou duas vezes na avenida.

Um funcionário de 52 anos contou aos policiais que foi surpreendido pelo assaltante armado, que anunciou o assalto e pegou o dinheiro de dois caixas. O criminoso fugiu sentido à Rua Ministro Amarílio Lopes Salgado, onde um veículo o aguardava.

Ainda de acordo com a vítima, quando o veículo acelerou, os ocupantes do carro atiraram duas vezes em via pública. Eles seguiram em direção à Avenida Presidente Itamar Franco.

A PM disse que conseguiu identificar o carro por meio de imagens de câmeras de prédios da região e, após consulta, verificou que existe uma queixa de furto do automóvel, que é da cidade de Betim (MG). Foi feito rastreamento, mas até o momento ninguém foi preso.

terça-feira, 31 de maio de 2016

PF indicia presidente do Bradesco e mais nove pessoas na Operação Zelotes


31/05/2016 19h35
Brasília
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) indiciou o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas na Operação Zelotes. Dentre os indiciados, estão mais dois integrantes da direção do banco. O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) recebeu hoje (31) o relatório da PF sobre o inquérito. Os dez indiciamentos foram pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

Agora, os procuradores da República vão analisar se a documentação recebida é suficiente ou se novas diligências deverão ser feitas. Caso o MPF considere que existem evidências suficientes, os indiciados poderão ser denunciados à Justiça Federal, 

A Operação Zelotes, da Polícia Federal, investiga um suposto esquema de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para beneficiar empresas que foram multadas pela Receita Federal e a negociação de medidas provisórias a favor de empresas do setor automobilístico. O Carf é um órgão do Ministério da Fazenda ao qual contribuintes recorrem contra multas.

Bradesco

Em nota, o Bradesco nega que seus diretores tenham prestado serviços para o grupo investigado na Zelotes e acrescenta que Luiz Carlos Trabuco não participou de nenhuma reunião com o grupo. “O Bradesco informa que não houve contratação dos serviços oferecido pelo grupo investigado. [...] O Bradesco esclarece ainda que o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco Cappi, não participou de qualquer reunião com o grupo citado”.

O banco lembrou que perdeu o processo que tinha no Carf, reiterando a ausência de qualquer acordo ilícito para se beneficiar junto ao órgão. “Cabe informar que o processo junto ao Carf, objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade – 6 x 0, e encontra- se, agora, submetido ao Poder Judiciário. A companhia informa que jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a quaisquer pessoas, inclusive a funcionários públicos, para encaminhamento de assuntos fiscais ou de qualquer outra natureza”.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil