17/05/2016 11h03 - Atualizado em 17/05/2016 12h50
Do G1 Zona da Mata
Taxistas de Juiz de Fora protestaram depois que um colega foi esfaqueado durante um assalto enquanto trabalhava na noite desta segunda-feira (16). A classe pede mais segurança, principalmente para os profissionais que trabalham à noite.
O Sindicato dos Taxistas de Juiz de Fora e Região e a Associação de Taxistas, que esteve à frente do protesto, informaram que a categoria está preocupada com o aumento do número de assaltos. A Polícia Militar (PM) informou que faz ações preventivas com relação aos crimes cometidos contra taxistas e passageiros de Juiz de Fora.
A manifestação começou na Praça Agassiz, seguiu pela Avenida Rio Branco e terminou no Bairro Bom Pastor. Na altura do Bairro Manoel Procópio, uma das faixas da Avenida Rio Branco ficou parcialmente interditada. A manifestação contou com cerca de 200 motoristas, de acordo com a Associação de Taxistas.
O presidente do sindicato, Aparecido Fagundes da Silva, disse que os taxistas já se reuniram com a PM e com a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) e que foi acordado que seriam instalados rastreadores e câmeras internas nos veículos. De acordo com Aparecido, as câmeras serão colocadas no fim deste ano, no entanto, os rastreadores já deveriam ter sido instalados.
"Sabemos que ser taxista é uma profissão de risco e que é difícil a criminalidade contra a categoria acabar, pois somos alvos fáceis. Mas o uso de rastreadores e câmeras poderia ajudar a inibir as ações de criminosos", explicou.
A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) informou que tem intermediado os encontros da classe com a PM e que está adotando a obrigatoriedade das câmeras de monitoramento e sistema de GPS, com o botão de pânico, em todos os táxis que estão passando a compor a frota. Para os demais táxis, a Settra disse que está propondo ao Legislativo a modificação da lei vigente, com a obrigatoriedade da instalação dos equipamentos.
A classe ainda pede que as abordagens "Para Pedro" sejam intensificadas e afirma que o efetivo dos policiais é pequeno em relação às demandas. A PM informou que desenvolve a Operação "Para Pedro" e que promoveu reuniões com sindicatos dos taxistas e apresentou propostas para o trabalho conjunto a fim de melhorar o sistema de transporte de passageiros, como a Rede de Taxistas Protegidos.
O assalto
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), o taxista de 52 anos contou aos policiais que três jovens de aparentemente 20 anos embarcaram no táxi e durante a viagem anunciaram o assalto. O trio levou o aparelho celular da vítima, dinheiro e, em seguida, um dos suspeitos o esfaqueou no ouvido.
Testemunhas relataram à PM que o taxista chegou sangrando em uma faculdade que fica na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, no Bairro Nova Era, na região Norte, e pediu socorro, dizendo que foi vítima de um roubo. Populares o conduziram até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, onde deu entrada e em seguida foi transferido para a Santa Casa. O quadro dele é estável.
A polícia informou que foi realizado rastreamento, mas ninguém foi encontrado.