segunda-feira, 14 de março de 2016

Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada. Centenário de Carolina Maria de Jesus em 2014

14/03/2016

                Capa do Livro

Autora Carolina Maria de Jesus
Editora Ática & Francisco Alves (Original)
Formato Brochura
Lançamento 1960
Páginas 173
ISBN 8508043635

Cronologia
Casa de Alvenaria (1961) 

Quarto de despejo: 
Diário de uma favelada é um livro de 1960 escrito por Carolina Maria de Jesus.

A autora nasceu em Sacramento no estado de Minas Gerais em 14 de março de 1914, mudando-se para a cidade de São Paulo em 1947.

Segundo consta, desde nova era interessada em leituras, tendo depois iniciado a escrita de um diário.

Em 1960, um jornalista brasileiro chamado Audálio Dantas teria visitado a favela do Canindé, local onde vivia Maria de Jesus, e teria ficado encantado com a autora, que apesar de pobre demonstrava uma grande lucidez critica.

No livro, Maria de Jesus, uma favelada, escreve em seu diário o seu dia a dia nas comunidades pobres da cidade de São Paulo. Seu texto é considerado um dos marcos da escrita feminina no Brasil.

O livro foi traduzido em mais de treze línguas e as narrativas do diário ficam entre o ano de 1955 e 1960.

'"15 de julho de 1955. Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela."'

E termina com: “ 1º de janeiro de 1960. Levantei as 5 horas e fui carregar água.”

Referências

↑ Alex Willian Leite. Resenha Crítica "Quarto de despejo, diário de uma favelada" (em português). Ramela. Página visitada em 23 de agosto de 2011.
Maria Madalena Magnabosco. Carolina Maria de Jesus (em portugues). 
A mulher na literatura. Página visitada em 23 de agosto de 2011.
Letícia Pereira de Andrade. QUARTO DE DESPEJO: A LITERATURA MEMORIALÍSTICA FEMININA (em português). 
Unioeste. Página visitada em 23 de agosto de 2011.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarto_de_Despejo

domingo, 13 de março de 2016

Tupi 1 X 0 Boa - Em Varginha aos 21 minutos do 2º tempo

11:00    
 0 X 1 TUPI

Municipal Dilzon Melo "Melão" -  VARGINHA
 http://fmf.com.br/Competicoes
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O Boa Esporte perdeu para o Tupi por 1 a 0, na manhã deste domingo (13), em jogo realizado no Estádio Melão, em partida que valeu a 7ª rodada do Campeonato Mineiro. 
O Galo Carijó bateu o Boa com um belo gol marcado aos 22 minutos do segundo tempo. 
Wiliam Kozlowski fez boa jogada pela esquerda, e tocou para Hiroshi. O Meia dominou a bola e finalizou forte para o fundo do gol boveta. 
Com o resultado, a equipe de Varginha perde uma posição e agora se encontra na zona da degola, em 11º. 
O próximo desafio do Boa Esporte será contra o Guarani-MG, às 16h do próximo sábado (19), no Estádio Farião em Divinópolis. 
Com mais quatro rodadas antes do fim da primeira fase do estadual, o time do técnico Nedo Xavier precisa ganhar fôlego para sair da zona de rebaixamento.
http://www.blogdomadeira.com.br/2016/03/boa-esporte-perde-para-o-tupi-em-casa/
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O Tupi foi um visitante indigesto para o Boa Esporte. 
Com um belo gol marcado aos 22 minutos do segundo tempo o Galo Carijó bateu a equipe de Varginha por 1 a 0 e chegou a sexta posição no Campeonato Mineiro, enquanto isso o Boa perdeu uma posição e agora se encontra na zona da degola, em 11º. 
O alvinegro retomou a campanha de recuperação no Campeonato Mineiro, depois de perder para o Villa Nova. 
Após de ter uma sequência de três derrotas nas primeiras partidas do estadual, o Galo Carijó mudou de técnico e vem conseguindo melhores resultados. 
Agora sob o comando de Ricardo Dubscky o Tupi soma 9 pontos dos últimos 12 disputados. 
O próximo desafio do Tupi será contra o Atlético. 
Com mais quatro rodadas antes do fim da primeira fase do estadual, o time de Ricardo Drubscky ainda alimenta o sonho de chegar as semifinais.
http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/ultimas-noticias

Jovens são detidos por tráfico de drogas em Juiz de Fora

13/03/2016 14h11 - Atualizado em 13/03/2016 14h11

Do G1 Zona da Mata

Dois jovens de 29 e 19 anos foram detidos por tráfico de drogas em Juiz de Fora na manhã deste domingo (13). A Polícia Militar (PM) chegou até eles após denúncias de que havia venda de entorpecentes em um imóvel no Bairro Costa Carvalho.

Quando a PM chegou ao local, o jovem de 29 anos tentou fugir, mas foi abordado. Na casa, foram apreendidos cerca de 210 pedras de crack, 37 buchas de maconha, uma balança de precisão, materiais para embalar drogas e três celulares.

O outro suspeito foi localizado subindo a Rua São Geraldo. Os jovens foram encaminhados para a delegacia de Polícia Civil.

Grupo quer equiparar salários de vereadores e professores em Ervália

13/03/2016 13h41 - Atualizado em 13/03/2016 13h41

Rafael Antunes
Do G1 Zona da Mata

Movimento pede redução dos salários na Câmara 
(Foto: Movimento Ervalense Presente/Divulgação)

Um grupo de amigos de Ervália se reuniu para levar à Câmara Municipal um projeto popular pedindo a redução dos salários dos agentes políticos da cidade. Entre as reinvindicações, está a de redução de 65% nos vencimentos dos vereadores, para que eles passem a receber R$ 1 a menos do que os professores em jornada de 40 horas semanais.

A iniciativa não é nova e já ocorreu em outras cidades, como em Oliveira, no Centro-Oeste de Minas, onde a população conseguiu levar para votação um projeto de redução do vencimento dos vereadores para um salário mínimo e se tornou referência do movimento de Ervália.

Para apresentar a ideia aos vereadores, os idealizadores precisam do apoio de, pelo menos, 5% do eleitorado da cidade, o que corresponde a cerca de 800 eleitores. Para motivar a população, eles estão realizando uma campanha com faixas em pontos estratégicos, camisas e adesivos para carros. Nos próximos dias, também pretendem iniciar uma panfletagem.

Um dos integrantes do Movimento Ervalense Presente, Marcos Kamilo Castro, explicou como pretendem alcançar a meta. “No momento, o que queremos é a redução para vereador. Hoje o salário está em torno de R$ 6.200 e queremos passar para R$ 2.134. É um valor pelo simbolismo, já que R$ 2.135 é o teto nacional de um professor em 40 horas”, explicou.

Segundo ele, a cidade é politicamente dividida há anos e esse cenário os mobilizou a criar o grupo de discussões independente. “Há dois partidos políticos e tudo sempre gira em torno deles. Só que a população também fica dividida nisso. Então, o movimento tem simpatizantes dos dois partidos, mas não queremos que seja vinculado a nenhum deles nem que seja uma terceira opção”, afirmou.

Presidente da Câmara apoia redução
O presidente da Câmara Municipal de Ervália, Elder Mattos (PSDB), contou ao G1 que conhece e apoia o movimento e que, inclusive, já se encontrou com um dos organizadores e demostrou vontade de ajudar.

“Chamei um organizador, que é meu amigo, e disse que a Câmara está à disposição para qualquer tipo de discussão. Ele preferiu juntar as assinaturas antes, talvez para não perder a característica popular do movimento. Acho que a estratégia deles está certa”, comentou.

Mattos também confirmou que os parlamentares recebem R$ 6.238,12 mensalmente e disse que apoia a redução proposta pelos integrantes do movimento. “Pelo que eu noto, alguns vereadores estão a favor, outros contra. Na Câmara é dividido, mas sou favorável e acho que eles conseguem essas 800 assinaturas em menos de uma semana”, concluiu.

Grupo coleta assinaturas
A campanha começou no dia 13 de fevereiro, com a criação de uma página. Atualmente, o grupo tem 15 colaboradores e as assinaturas começaram a ser colhidas nesta semana em diversos pontos da cidade, inclusive na área rural.

O Projeto de Lei de iniciativa popular está disponível para download e as dúvidas podem ser sanadas pelo e-mail ervalensepresente@gmail.com.

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Ervália é um município no interior do estado de Minas Gerais. 
Pertence a microrregião de Viçosa e à mesorregião da Zona da Mata, localiza-se a cerca de 265 Km da capital do estado. Seu território é de 357,489 Km². Wikipédia

SER OU NÃO SER MINISTRO, UM DILEMA SHAKESPEARIANO PARA LULA


Carlos Newton

As manifestações deste domingo acabaram com as ilusões de Lula, de Dilma e do PT. Em meio à derrocada do governo, com o fortalecimento do pedido de impeachment e o avanço dos processos para cassar a chapa Dilma/Temer na Justiça Eleitoral, o ex-presidente Lula, aos 70 anos, está diante do mesmo dilema de Hamlet, resumido na mais famosa frase criada por William Shakespeare – “Ser ou não ser, eis a questão”. No caso, a grande dúvida reside em decidir se vai forçar a barra para se tornar ministro, como última saída para escapar provisoriamente de uma prisão preventiva que se torna cada vez mais ameaçadora. Seus diversos advogados, com Nilo Batista à frente, ainda têm esperanças de que a juíza Maria Priscilla Oliveira recuse a denúncia oferecida semana passada pelo Ministério Público de São Paulo. Esperam que ela o faça nesta segunda-feira, em função da urgência que a situação requer.

SEGUNDA-FEIRA FATÍDICA

Por mera coincidência, é claro, Lula pediu à presidente Dilma que aguardasse até esta segunda-feira para que ele enfim decida se aceita ou não o convite para ser ministro, embora ninguém o tenha convidado para tal, pois quem se apresentou voluntariamente para a função de pasta indefinida foi o próprio Lula, sob pretexto de se tratar de uma reivindicação do PT para debelar a crise política, vejam que enredo criativo está sendo urdido.

Nos últimos dias, Lula até ganhou um alento, porque Nilo Batista convenceu os advogados de José Carlos Bumlai a desistirem de convocar o ex-presidente a dar depoimento como testemunha de defesa. Ou seja, Lula não precisará ir nesta segunda-feira à sede da Polícia Federal em São Paulo, para responder às perguntas que o juiz Sérgio Moro iria lhe fazer, através de videoconferência.

Mas é um alívio temporário, porque as provas contra Bumlai também são abundantes, ele é um homem idoso, cheio de problemas, a defesa alega que ele está com câncer, ainda não há comprovação. Se não estiver doente, a delação premiada se tornará uma saída praticamente irresistível, não há amizade que resista a tanta pressão. Vamos aguardar a perícia médica.

ALTERNATIVAS DESASTROSAS

Inventar o convite para ser ministro, não importa a pasta, pode ter sido fácil para Lula e Dilma, o difícil é criar um desfecho favorável, porque qualquer alternativa terminará sendo desastrosa para todos os personagens.

OPÇÃO 1) Se a juíza aceitar o pedido de prisão preventiva de Lula, a presidente Dilma agirá de forma insana caso mantenha o “convite” para protegê-lo sob a pasta do ministério. A chefe do governo estará cometendo crime de responsabilidade, tentando burlar a independência dos Poderes da República. O vexame internacional será patético, o impeachment se tornará inexorável.

OPÇÃO 2) Se a juíza recusar o pedido de prisão preventiva e Lula realmente virar ministro, o juiz Sérgio Moro enviará imediatamente ao Supremo um pedido de abertura de processo contra o ex-presidente, anexando as abundantes provas testemunhais e materiais já obtidas e pedindo a prisão imediata dele. Como o relator Teori Zavascki não vai querer sujar a própria biografia, levará a petição a exame da Segunda Turma, e o novo “ministro” Lula acabará despachando na cadeia, do mesmo jeito. O vexame internacional será maior ainda.

OPÇÃO 3) Lula e Dilma desistem dessa oportunística e vergonhosa nomeação, os advogados continuam defendendo o ex-presidente com a saraivada de recursos que caracteriza a estratégia de Nilo Batista, e o reality show da política brasileira seguirá seu curso, sem roteiro pré-determinado, mas com desfecho sem “happy end” para os principais participantes, pois Dilma fatalmente perderá a Presidência e Lula perderá a liberdade. É apenas uma questão de tempo. Trata-se de um enredo de terror e quem vai ganhar o Oscar é a força-tarefa.

http://www.tribunadainternet.com.br/ser-ou-nao-ser-ministro-um-dilema-shakespeariano-para-lula/

Políticos foram muito menos hostilizados do que se noticiou. Mas ainda que tivessem… E daí? É do jogo democrático

Por: Reinaldo Azevedo 13/03/2016 às 21:08

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o senador tucano Aécio Neves (MG) iriam discursar no carro do Movimento Brasil Livre. Acabaram desistindo. A chegada dos dois, até pelo excesso de pessoas que os acompanhavam, foi um pouco tumultuada. Mais a logística da operação de seus assessores do que a disposição de vaiar políticos acabou criando certa animosidade à beira do palco. Eles nem chegaram a subir.

Ali no empurra-empurra, acabaram ouvindo algumas ofensas e desistiram. Mas esteve longe de ser uma grande manifestação de repulsa como podem sugerir um texto ou outro.

Foi o que bastou para petralhas e imprensa apressadinha descerem o malho. Os primeiros ficaram satisfeitos porque isso provaria, então, que todos estão no mesmo barco. Os outros porque alimentam certo discurso contra a política que oscila da ignorância à má-fé. Ruim em qualquer caso.

E que se note: parlamentares já tinham discursado no carro de som do MBL, sempre aplaudidos. Cito alguns: deputados Mendonça Filho (PMDB-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE), Darcísio Perondi (PMDB-RS), Ônix Lorenzoni (DEM-RS), Carlos Marun (PMDB-RS), Bruno Covas (PSDB-SP), Raul Jundmann (PPS-PE), Roberto Freire (PPS-SP) e Pauderney Avelino (DEM-AM). Falou também o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Assim, é falsa essa história de que o povo que vai à Paulista não quer saber de político nenhum. Sem os contratempos da chegada, creio que Alckmin e Aécio também teriam sido aplaudidos. Mas prestem atenção! Vou continuar este texto fazendo de conta que, de fato, foram todos vaiados. Essa questão me interessa.

Seria próprio do jogo político. E é claro que eu acharia um erro. Eu vi Ulysses Guimarães ser vaiado em comícios das Diretas — acreditem. E ele até havia ganhado a alcunha, à época, de Senhor Diretas. Quem vaiava? Militantes petistas e de extrema esquerda, que dispensavam o mesmo tratamento a Tancredo Neves.

Ainda que tivesse havido uma baita vaia generalizada desta vez, é perfeitamente compreensível que as pessoas demonstrem certo enfaro da política tradicional. Esse sentimento não existe só no Brasil. De algum modo, está no mundo inteiro e assume as faces mais diversas.

Um paspalho histriônico como Danald Trump não deixa de ser uma expressão muito pouco virtuosa dessa esfera de sensações. Poucos se dão conta, mas, em parte, ele repete o discurso que levou Barack Obama à Casa Branca: fala contra a burocracia de Washington, os políticos tradicionais, essa gente que está sempre metida em negociações obscuras… E olhem que os EUA são um convento das freiras dos pés descalços perto do Brasil.

A hostilidade aos políticos — não existe democracia sem eles, mas também não existe democracia só com eles — é própria desse regime. No Brasil, em parte, os petistas são duplamente responsáveis por isso. Por quê? O PT surgiu no mercado das ideias demonizado os partidos tradicionais, considerando-os a todos ilegítimos. Só ele encarnaria o jeito certo de fazer as coisas.

No poder, o partido montou uma máquina cleptocrata como nunca se viu. Ora, se eles se apresentavam como alterativa e fizeram o que fizeram, cria-se uma trilha fácil que conduz à conclusão de que política não tem jeito mesmo e será sempre assim.

Bem, aqui e mundo afora, esse discurso precisa ser assimilado e superado. Há de ser assimilado porque, de fato, a democracia tem de se conectar mais ativamente com movimentos da sociedade civil para se oxigenar. As atuais oposições já perceberam que só a militância congressual não da conta da realidade. Urge estabelecer canais de diálogo com movimentos como o MBL. E não só em momentos como o vivido neste glorioso dia 13.

Mas esse discurso contra a política também precisa ser superado. Para que não se entenda a conquista e a gestão do poder como o espaço da intransigência, em que nada se negocia, e tudo se impõe segundo a lei do mais forte.

Afinal, meus caros, o petismo conduziu o país a uma crise inédita agindo justamente assim. Eles vão nos brindar com a maior recessão da história e com o sistema mais corrupto jamais visto como? Não ouvindo ninguém, hostilizando a diferença, demonizando a divergência, xingando primeiro para pensar depois.

Eu lamento muito que alguns jornalistas entrem nessa. É um desserviço à democracia e uma manifestação supina de ignorância. É preciso mudar a política, não destruir a política. Com ela, cuidamos das nossas diferenças. Sem ela, lutamos com armas. Com ela, fazem-se derrotados e vitoriosos temporários e circunstancias; sem ela, produzem-se cadáveres aos montes. Qual caminho nós vamos escolher?

É muito importante que não se confunda a rejeição ao modo petista de fazer política com a rejeição à própria política. Pessoalmente, acho descabidas eventuais manifestações de hostilidade a Alckmin e Aécio, mas não acho ruim, do ponto de vista didático, que tenham acontecido. Elas estão deixando claro às atuais oposições que é preciso mudar o jeito de fazer política e que é preciso ampliar a interlocução.

O MBL e os outros movimentos todos têm de se manter independentes, sim! Mas é preciso que se reconheça que eles construíram um lugar próprio na política e que já não há democracia sem eles.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/politicos-foram-muito-menos-hostilizados-do-que-se-noticiou-mas-ainda-que-tivessem-e-dai-e-do-jogo-democratico/

Manifestantes se mobilizam contra governo Dilma em Juiz de Fora

13/03/2016 10h32 - Atualizado em 13/03/2016 11h23

Do G1 Zona da Mata

Manifestantes se concentram na praça do Bairro São Mateus com faixas 
(Foto: Roberta Oliveira/G1)

Integrantes do Movimento Muda Brasil, além de representantes de instituições, Maçonaria e populares, saem às ruas em Juiz de Fora contra o governo da presidente Dilma Rousseff, contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e contra a corrupção no país. A manifestação começa na Praça Jarbas de Lery Santos, no Bairro São Mateus, e a previsão é que siga pelas ruas da região central da cidade.

De acordo com o presidente nacional do Movimento Muda Brasil, Nelson Flávio Firmino, há1 mil pessoas na praça. A Polícia Militar, que acompanha o ato, informou que irá divulgar o número apenas ao final.

“Por causa das denúncias mais recentes, a indignação popular ficou maior e isso incentiva as pessoas a saírem de casa e ir para as ruas. Será uma manifestação pacífica dentro da nossa bandeira contra a corrupção e pela responsabilização da presidente Dilma e do Lula pelos crimes que são acusados”, comentou Nelson Firmino.
Dona de casa protesta contra governo Dilma
(Foto: Roberta Oliveira/G1)

Os participantes, vestidos de verde e amarelo, estão com cartazes e faixas com dizeres contra a presidente Dilma e o ex-presidente Lula e cantaram o hino nacional. “Nosso movimento é apartidário, isento de bandeira política. Nossa bandeira é o Brasil. Nenhum partido está ligado à organização. Se eles forem, é por conta deles, porque a manifestação é pública”, destacou.

Para a dona de casa Regina Cabral Silva, a presidente Dilma roubou a esperança da população. "Estou aqui para ver se dá um basta. O povo já não aguenta mais. Eu queria que tirasse a Dilma e colocasse gente nova. Nós temos que tentar recuperar essa esperança", afirmou.

Os participantes devem sair em passeata depois das 10h, percorrendo as avenidas Presidente Itamar Franco e Rio Branco até o Parque Halfeld, onde segundo os organizadores, algumas lideranças de movimentos e grupos participantes farão discursos.

A expectativa é de que a manifestação seja encerrada por volta das 12h, como foi acordado nos ofícios encaminhados à Prefeitura e à Polícia Militar.

Manifestantes saem em passeata em direção ao Parque Halfeld 
(Foto: Roberta Oliveira/G1)

Coreografia da música Seja Patriota

NÃO IMPORTA O NÚMERO DE MANIFESTANTES, É HOJE O DIA? OU NÃO?


Charge do Marco Aurélio, reprodução da Zero Hora

Dora Kramer
Estadão

Já começo pedindo licença para nadar contra a corrente. Seja qual for a quantidade de gente que vá às ruas hoje protestar contra governo e o PT, não são os protestos o fator determinante para os destinos da presidente Dilma Rousseff e seu partido. Não se trata de excluir as manifestações do rol desses fatores, mas de ponderar que o peso é relativo.

De 2013 para cá, sempre que ocorreram protestos houve também a expectativa de que “as ruas” comandassem o rumo dos acontecimentos. O fato de a sociedade se manifestar pesou. Deu vozes e rostos à crescente insatisfação popular captada pelas pesquisas de opinião. Mas o tamanho ou a intensidade dos atos não foi o que determinou o desenrolar dos acontecimentos nesse período.

O último deles, por exemplo, realizado em dezembro do ano passado, teve uma participação aquém das expectativas dos organizadores a despeito de já contarem com a adesão dos políticos e partidos de oposição. Interpretou-se, na ocasião, que a adesão menor que das anteriores significava um alento para o governo e sinalizava a perda de força da possibilidade de impeachment.

A SITUAÇÃO SE DETERIOROU

Depois disso o que se viu foi uma verdadeira derrocada nas condições objetivas de sustentação do governo, pautada pelo avanço das investigações do Ministério Público, ações da Polícia Federal e decisões do Poder Judiciário. Nesse meio tempo, entre dezembro e março, não houve protestos de rua e o processo do impeachment esteve paralisado no Congresso por determinação do STF. No entanto, a situação se deteriorou.

E pelo andar da carruagem continuará nesse ritmo de ladeira abaixo independentemente da vontade de quem quer que seja: detratores ou defensores do governo. O processo agora é completamente diferente daquele que levou à queda de Fernando Collor, de cunho eminentemente político e, portanto, dependente do respaldo da sociedade. Ainda que por hipótese absurda ninguém aderisse às manifestações convocadas para hoje, o Planalto nem de longe poderia sentir-se aliviado.

As ruas, cumpre reiterar, são importantes. Mas hoje determinantes são as delações premiadas dos representantes de empreiteiras, o curso da Lava Jato de um lado e, de outro, as investigações que envolvem Lula da Silva, bem como as decisões que vier a tomar o ministro Teori Zavascki no Supremo. Seja em relação a determinações judiciais de primeira instância ou aos detentores de foro especial, dito privilegiado.

GOLPES DE MÃO

Qualquer tentativa de mudar o regime de governo de presidencialista para parlamentarista como solução para a atual crise é casuísmo. Golpe de mão. Só há saída decente na lei em vigor: renúncia, impeachment ou cassação da chapa por abuso de poder econômico na campanha eleitoral.

Vale lembrar as excelências adeptas dessa via meia-sola, a existência de uma decisão a respeito do assunto datada de 1993 e tomada em plebiscito popular que optou pelo presidencialismo. Fora de qualquer contexto razoável meia dúzia de parlamentares revogar posição assentada por milhões de cidadãos. Se for o caso de propor uma mudança de regime para melhorar o sistema, que se faça direito, com rito e tempo previstos.

Desse critério de legalidade estrita foge a excêntrica ideia de nomear Lula para um ministério com a finalidade de matar dois coelhos de uma vez: protegê-lo das decisões judiciais de primeira instância e abrir espaço para que ele assuma uma ofensiva governamental de recuperação. Em outras palavras, tomar a frente do governo deixando a presidente em papel decorativo.

Um autêntico golpe de mão no mandato de Dilma.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente artigo de Dora Kramer. Em São Paulo, que é a praça principal, tem chovido muito nos últimos dias, ocasionando enchentes, deslizamentos e tragédias. No Rio de Janeiro, também choveu forte, somente agora deu uma parada. Para garantir o sucesso desse tipo de evento, é preciso combinar antes com São Pedro e com o Cacique Cobra Coral. (C.N.)

http://www.tribunadainternet.com.br/nao-importa-o-numero-de-manifestantes-e-hoje-o-dia-ou-nao/

Após 4 meses da tragédia, ainda há lama sendo despejada no Rio Doce

12/03/2016 20h43 - Atualizado em 12/03/2016 20h57

Do G1 MG com informações do Jornal Nacional

Vazamento de lama da Samarco ainda continua 
(Reprodução/TV Globo/Arquivo)

Quatro meses depois do rompimento da barragem de Fundão, da Mineradora Samarco, que destruiu distritos e afetou mais de 30 cidades ao longo do Rio Doce, ainda há lama sendo despejada na região.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem colhido amostras pra avaliar a turbidez que indica a presença de partículas em suspensão na água. A última análise é do dia 25 de fevereiro.


O Rio Piranga, que junto com o Rio do Carmo formam o Rio Doce, não recebeu rejeitos de minério. O índice está dentro do limite considerado normal. Mas no Rio do Carmo, a turbidez chega a ser 23 vezes maior do que o padrão recomendado.

Nos rios mais próximos da barragem que se rompeu e que passam pelos vilarejos destruídos pela lama, os moradores ainda não sabem quando a água vai voltar a ser como era antes da tragédia.

“Tem dia que a cor dele tá meio assim, marrom. Mas o dia que tem lama, ele fica barrento mesmo”, disse Heloísa Carneiro, moradora de Gesteira, distrito de Barra Longa, uma das cidades mais afetadas pela tragédia.

De acordo com o ibama, ainda há lama sendo lançada nos rios pelo vertedouro da barragem de Santarém, atingida pelo rompimento de Fundão.

“É evidente que o pior dano já se materializou. É impossível admitirmos que quatro meses depois do rompimento a lama continue a ser levada à nossa bacia do rio doce de uma maneira a incrementar o dano já materializado. Tem que ser dada uma solução mesmo que a Samarco diga quanto tempo vai levar pra fazer isso, mas é preciso apontar os caminhos e garantir que haverá interrupção desse lançamento”, disse o promotor de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

A Samarco afirmou que está plantando gramíneas pra conter os rejeitos nas margens dos rios e que construiu três diques logo abaixo das barragens. Eles são uma espécie de barreira para segurar a lama. Mas não conseguem impedir a passagem de todos os resíduos.

“O material mais denso, mais pesado, está contido. O que tá saindo, o que tá vertendo, o que tá saindo é o material mais fino, partículas menores, que é mais difícil você conter. É o que nós chamamos material coloidal, fica praticamente coloidal, é o que dá a coloração à cor da água e dificulta a penetração da luz solar”, disse a analista ambiental do Ibama, Ubaldina Maria da costa Isaac.

A lama aumenta a turbidez da água, que impede a passagem de luz e a recuperação da vida nos rios.

A Samarco disse que monitora diariamente a Bacia do Rio Doce e, que a qualidade da água vai melhorar com o fim do período chuvoso porque o volume de resíduos tóxicos que escapa das barragens também vai diminuir.