domingo, 14 de fevereiro de 2016

Cardozo sai em defesa de Dilma e vai além das suas sandálias

Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Por: Reinaldo Azevedo 12/02/2016 às 16:49

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira. Em conversa com jornalistas, disse ter “absoluta convicção” de que não houve caixa dois na campanha de Dilma em 2014. Vale ressaltar que Cardozo não participou do núcleo duro do PT que atuou na última corrida presidencial. Mesmo assim, ele garantiu ter acompanhado o processo de perto, “como militante”.

O ministro declarou também que as contas da petista já foram aprovadas e disse confiar na palavra do então tesoureiro de Dilma e hoje ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, segundo o qual não houve nenhuma ilegalidade na campanha. Huuumm… É mesmo, é?

Para lembrar: uma reportagem da Folha de S.Paulo informa que a força-tarefa da Lava Jato está investigando supostos repasses da empreiteira Odebrecht a João Santana, marqueteiro ligado ao PT. O inquérito que apura as finanças do publicitário foi aberto em novembro do ano passado e tramita em sigilo, em Curitiba.

Santana passou a ser investigado depois de a Polícia Federal encontrar na casa do lobista Zwi Skornicki uma carta de Mônica Moura, mulher e sócia de Santana. Zwi é o representante da Keppel Fels, estaleiro de Cingapura que prestou serviços à Petrobras. O manuscrito encontrado na casa dele indicava contas de Santana na Inglaterra e nos Estados Unidos. Procurado pela reportagem do jornal, o advogado de João Santana, Fábio Tofic, afirmou que o publicitário desconhece qualquer apuração que envolva seu nome. Tofic disse ainda que questionou formalmente o juiz Sergio Moro sobre a existência de um inquérito contra seu cliente.

Então vamos ver
Há muita coisa errada aí. A Polícia Federal é subordinada ao Ministério da Justiça — a Cardozo, portanto. É uma subordinação administrativa, é verdade, mas existe. O máximo que cabe a este senhor é expressar uma convicção pessoal — “não creio que…” Ou está a dizer ao povo brasileiro que a PF atua sobre o nada.

Mais ainda: Cardozo foi um dos três coordenadores da campanha de Dilma em 2010: os outros dois eram Antônio Palocci e José Eduardo Dutra, já morto. Dilma os apelidou de os seus “Três Porquinhos”. Se não for uma análise política, é um jeito que ela tem de ser carinhosa…

Acontece que há suspeitas também sobre o financiamento da campanha de 2010. Paulo Roberto Costa, por exemplo, diz que Palocci lhe pediu R$ 2 milhões, que teriam sido repassado por Alberto Youssef (este nega). O esquema, como se sabe, começou a vigorar na Petrobras pra valer em 2004, no segundo ano do governo Lula. Boa parte do propinoduto foi parar nas mãos de partidos, segundo os delatores, principalmente do PT.

Assim, o melhor que Cardozo faz é permanecer calado a respeito. Não se faz poesia sobre corda em casa de enforcado.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cardozo-sai-em-defesa-de-dilma-e-vai-alem-das-suas-sandalias/

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SAPATEIRO, NÃO VÁS ALÉM DA SANDÁLIA
Tela mostrando Alexandre o Grande em visita ao atelier de Apeles

Apeles foi um pintor grego que viveu na Jônia, no século IV a.C. Teria conhecido Alexandre o Grande e passou a ser o pintor oficial do macedônio, acompanhando-o em suas campanhas através da Ásia. A maioria de suas obras se perdeu, mas segundo alguns autores, teria sido ele um dos mais importantes pintores da antiguidade. A seu respeito, existe uma história que atravessou os séculos. Conta-se que ele pintou um quadro de uma linda mulher e o expôs em frente a sua casa. As pessoas passavam, olhavam e faziam comentários, até que chegou um sapateiro e começou a criticar as sandálias, dizendo que o corte estava errado, a costura também, o salto estava desproporcional ao tamanho do pé e outros detalhes. O pintor aceitou as observações, agradeceu, quando o sapateiro passou a fazer críticas à túnica. Foi então que o pintor se irritou e falou: Ne, sutor, ultra crepidam ou seja - Sapateiro, não vás além da sandália. A acentuação correta das palavras é a seguinte: Nê, sútor, últra crépidam. Este provérbio, em sua tradução latina, é usado até hoje, quando queremos nos referir a pessoas que entendem de um determinado assunto e, por tabela, pensam que entendem de tudo.

http://scriptavirtual.blogspot.com.br/2011/08/sapateiro-nao-vas-alem-da-sandalia.html

Aedes aegypti já se tornou mosquito doméstico, alerta epidemiologista

14/02/2016 10h48
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

Há cerca de 50 anos, o Aedes aegypti iniciava um processo de transição de mosquito selvagem para urbano. Originário do Egito, o mosquito se dispersou pelo mundo a partir da África: primeiro para as Américas e, em seguida, para a Ásia.

O Aedes aegypti se dispersou pelo mundo a partir da África -Divulgação/Fiocruz

As teorias mais aceitas indicam que o Aedestenha se disseminado para o continente americano por meio de embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de negros escravizados. Registros apontam a presença do vetor em Curitiba, no final do século 19, e em Niterói (RJ), no início do século 20.

Ao chegar às cidades, o Aedes passou a ser o responsável por surtos de febre amarela e dengue. A partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar em evidência todos os anos, principalmente no verão, época mais favorável à reprodução do mosquito.

A infecção se dá pela fêmea, que suga sangue para produzir ovos. Uma vez infectado, o mosquito transmite o vírus por meio de novas picadas. Atualmente, o inseto transmite, pelo mesmo processo, febre chikungunya e zika.

Em entrevista à Agência Brasil, o epidemiologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose, Luciano Pamplona, disse que o Aedes aegypti já pode ser considerado um mosquito doméstico. “Ele é praticamente um bichinho de estimação”, disse Pamplona, que também é professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, apontam que, no Nordeste, o principal tipo de criadouro do mosquito são tonéis e caixas d’água. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas e garrafas, predomina como criadouro do vetor. No Norte e no Sul, a maior parte dos criadouros do mosquito está no lixo.

Confira abaixo a entrevista com o especialista:

Agência Brasil: O Aedes aegypti se adaptou ao longo dos anos?
Luciano Pamplona: Com certeza. Registros de 40 ou 50 anos atrás indicam que, naquela época, ele estava se tornando um mosquito urbano. Essa transição aconteceu de forma bastante acelerada. Hoje, ele é um mosquito doméstico, totalmente adaptado aos nossos hábitos domiciliares. A principal prova disso é o mapa com os principais criadouros do país. Em torno de 80% a 90% dos focos do vetor estão dentro das casas das pessoas.

Agência Brasil: O Aedes já se reproduz em água suja e não mais apenas em água limpa?
Pamplona: O que é água limpa pra você? Para o mosquito, é apenas uma água que não tem matéria orgânica em decomposição e que não está turva. Isso basta. Em uma fossa, por exemplo, quando o sedimento desce, a água se torna limpa para ele. Por isso, a definição de água limpa para o mosquito é muito relativa. E mais: se não houver um recipiente com água limpa, ele procura a menos limpa, até chegar ao esgoto. Tudo pode se transformar em foco.

Agência Brasil: Qual o ambiente considerado ideal pelo Aedes para se reproduzir?
Pamplona: Muita gente acha que a fêmea do mosquito coloca o ovo na água, mas, na verdade, ela coloca na parede dos depósitos. Ela precisa que o recipiente tenha paredes. Por isso, não pode colocar ovos em rios, por exemplo. O fato de a água estar parada ou não influencia pouco. Mas a fêmea tem sim preferência por água parada, locais mais escuros, paredes porosas que fixem melhor os ovos e pouco movimento. São esses os depósitos predominantes para o mosquito.

Agência Brasil: É verdade que o Aedes já consegue chegar a alturas mais elevadas?
Pamplona: Quem mora em apartamento chega em casa de que forma? Pelo elevador. E o mosquito faz isso da mesma maneira que nós. Na prática, o fato de não voar grandes altitudes não impossibilita que ele chegue até locais mais altos. Como nós, ele também sobe de elevador, anda de carro, viaja de avião. O mosquito se locomove utilizando os mesmos mecanismos que a gente. Onde a gente vai, ele vai atrás.

Agência Brasil: O Aedes é capaz de espalhar o vírus Zika de forma mais rápida que a já conhecida dengue?
Pamplona: Vivemos um momento de muita especulação. Sabe-se pouca coisa sobre o Zika. É uma doença que de pouquíssima gravidade e que, em 80% dos casos, não causa nenhum sintoma. As três pessoas que morreram por Zika podem ter fatores associados e que provavelmente contribuíram para o óbito. No caso da dengue, temos mais de 800 pessoas morrendo por ano no Brasil. O fato é que ainda temos muito mais perguntas que respostas. Creio que vamos demorar um bom tempo estudando o vírus Zika.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

PROBLEMA DE DILMA É CADA VEZ MAIS GRAVE NA JUSTIÇA ELEITORAL


Deu na IstoÉ

A decisão do Supremo Tribunal Federal de alterar o rito do processo de cassação na Câmara dos Deputados jogou uma ducha de água fria no impeachment, mas não representou o fim de outro pesadelo para a presidente Dilma Rousseff. A partir de maio, um novo fantasma voltará a assombrar o Planalto: o ministro que tem defendido o necessário rigor na apreciação das contas eleitorais presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Gilmar Mendes chegará ao comando da Corte no exato momento em que lá se julgará a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) contra Dilma e seu vice, Michel Temer.

A denúncia, uma das quatro ingressadas pelo PSDB, acusa a chapa da petista de abuso de poder econômico, político e uso de recursos desviados de estatais na campanha. Foi justamente Gilmar Mendes que fez com que o processo prosperasse.

Em outubro do ano passado, Mendes convenceu a maioria dos integrantes do tribunal a reabrir o caso, que havia sido arquivado pela ministra Thereza de Assis de Moura por falta de provas. O problema para o governo é que de lá para cá a situação de Dilma no tribunal só se agravou graças ao compartilhamento de informações obtidas pela Lava Jato.

EMPREITEIRO DELATOU

Técnicos do tribunal esquadrinham delações, documentos, interceptações telefônicas e sentenças do Petrolão para encontrar elos com recursos que ingressaram ou saíram das contas da chapa da petista ao Planalto. Mensagens de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, sugerem que parte do suborno por contratos da Petrobras abasteceu o caixa oficial da campanha de Dilma. O próprio empreiteiro também confirmou, em depoimentos de delação premiada, a prática irregular. Disse que sofreu coação para doar R$ 10 milhões. A UTC doou 7,5 milhões. Só não deu mais, porque seu dono foi preso.

A defesa de Dilma e Temer maneja para que este material não seja usado. Argumentam não haver relação entre os processos penais do Petrolão e a ação sobre irregularidades eleitorais, justificativas rechaçadas pelo procurador Eugênio Aragão. Agora, terão de convencer o colegiado do Tribunal Superior Eleitoral, presidido por Gilmar Mendes. Uma eventual condenação pode levar o País a uma nova eleição – e é nisso que a oposição hoje aposta suas fichas.

SINAL DE ALERTA

A ascensão de Gilmar Mendes em um momento tão decisivo acende o sinal de alerta no Planalto. Em decisões e entrevistas, ele já condenou a forma com que o Partido dos Trabalhadores e seus aliados montaram um esquema de desvios de recursos públicos para financiamento de campanha eleitoral. “Ladrões de sindicato transformaram o País em um sindicato de ladrões”, chegou a declarar.

Na presidência do TSE, Gilmar Mendes poderá comandar mais de perto o andamento dos processos de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer que tramitam na Corte. O principal deles, em que Dilma já recebeu intimação para produzir provas de defesa, questiona uma série de irregularidades. A chapa de Dilma e Temer teria mentido nos programas eleitorais. Beneficiou-se do uso de cadeia nacional. Não conseguiu comprovar despesas de campanhas, como o uso de gráficas fantasmas, entre outras práticas ilícitas.

Aos procuradores, o dono da UTC indicou que parte dos R$ 26,8 milhões que o PT pagou a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior teve origem no Petrolão. Só a campanha de Dilma desembolsou para a VTPB quase R$ 23 milhões, dinheiro que daria para imprimir 368 milhões de santinhos. O montante é duas vezes e meia o total de eleitores habilitados no País. Não será fácil explicar.

http://www.tribunadainternet.com.br/problema-de-dilma-e-cada-vez-mais-grave-na-justica-eleitoral/

Homicídio na região Central e assassinato a tiros no bairro São Judas Tadeu em Juiz de Fora

13/02/2016 21h03 - Atualizado em 14/02/2016 10h26
Do G1 Zona da Mata
Um homem foi morto na noite deste sábado (13) no Centro de Juiz de Fora. De acordo com as informações do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), a vítima, de 42 anos, foi golpeada com um objeto cortante na altura do pescoço, na Avenida Getúlio Vargas, perto da esquina com a Rua Floriano Peixoto. Ele andou até a esquina com a Rua São Sebastião, onde caiu e morreu. O autor do crime fugiu. A motivação do assassinato não foi informada. A perícia foi chamada e esteve no local. A polícia segue em rastreamentos.

14/02/2016 10h42 - Atualizado em 14/02/2016 10h42

Um homem de 33 anos morreu após ser baleado no Bairro São Judas Tadeu, em Juiz de Fora, na noite deste sábado (13). Conforme relato de testemunhas à Polícia Militar (PM), a autor dos disparos fugiu em um veículo. Ninguém foi preso até o momento.
As testemunhas contaram para a polícia que o homem estava nas proximidades de um bar com outras pessoas, quando um indivíduo se aproximou e efetuou vários disparos. Em seguida, o autor dos disparos entrou em um veículo e fugiu. As testemunhas não conseguiram visualizar se havia outra pessoa no carro. 
A vítima chegou a ser levada para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade. A polícia segue em rastreamentos.

Corpo de Bombeiros pede ajuda à comunidade para consertar veículo de resgate estragado

Por RedaçãoFev 4, 2016
Uma das viaturas do Corpo de Bombeiros de Frutal – mais exatamente uma Unidade de Resgate – está parada na sede do CB por falta de manutenção. A informação é do próprio comandante do pelotão de Frutal, tenente Sérgio Magalhães, que externou o drama à imprensa.

De acordo com o comandante, a viatura de resgate de urgência e emergência está parada por falta de manutenção desde a segunda-feira passada, (1).

Tenente Magalhães apelou à sociedade – sobretudo aos empresários – para conseguir recursos necessários para o conserto do veículo, responsável pelo salvamento de inúmeras vidas.

Ele informou que a Prefeitura e Frutal já está informada da situação dessa viatura. Porém, ao que tudo indica, ela nada fez até agora.

Ele informou que o problema da viatura é de suspensão. Ela também apresenta problemas no radiador. Ele salienta que quem quiser ajudar nessa situação especifica, a pessoa deve ir ao Corpo de Bombeiros localizada na avenida Brasília.

http://alofrutal.com.br/news/corpo-de-bombeiros-pede-ajuda-a-comunidade-para-consertar-veiculo-de-resgate-estragado/

sábado, 13 de fevereiro de 2016

A GANGUE DO BOLETO BANCÁRIO FALSO ESTÁ DE VOLTA. DEFENDA-SE.

Tudo no boleto é verdadeiro, menos o código de barras

Jorge Béja

Anos atrás escrevi sobre este golpe. O artigo (não sei quando a TI publicou) deu todas as informações necessárias para o consumidor se precaver e se defender. Nosso editor Carlos Newton sempre me disse que aquele artigo foi um dos artigos mais lidos. A gangue é internacional. De vez em quando dá uma trégua, mas volta a agir. No final do de 2015 e início deste ano de 2016, multiplicaram-se os boletos bancários falsos. Neste início de ano, milhares e milhares de boletos bancários são falsificados. Daí porque todo cuidado é pouco. O consumidor recebe em casa a fatura (boleto), e nem desconfia de que se trata de um boleto bancário falso. Ele vai e paga. O banco recebe e sem nenhum cuidado, autentica o boleto e devolve ao consumidor como se o boleto tivesse sido pago.

Depois é que começam os aborrecimentos, que tiram o sono e a paz de qualquer um. É um golpe quase perfeito. Quase, porque se o consumidor estiver precavido, vai saber como se defender. E aqui, anos depois, volto ao assunto, talvez com texto menor e mais objetivo. Essa é a intenção, pois não me lembro daquele artigo (foi um tanto longo e prolixo), salvo o conteúdo. Pois nada mudou. O golpe continua o mesmo.

NO CÓDIGO DE BARRAS, A FRAUDE

A fraude está no código de barras, que é aquela carreira de números e traços verticais, nunca menos medindo 20 centímetros de comprimento horizontal. Ninguém entende. Só a máquina do banco recebedor é quem pode identificar se aquele código complicado é mesmo do credor que consta na fatura (boleto). O consumidor, antes de fazer o pagamento, deve pedir ao caixa que confira se o código corresponde ao credor. Ele tem o dever de prestar a informação.

Se tudo bate certo, o pagamento pode ser feito, uma vez que o credor da fatura é mesmo aquele que consta no boleto. Se não bate, aí o consumidor precisa ir pessoalmente ao credor, levar o boleto falsificado e pedir que um outro, desta vez verdadeiro, lhe seja entregue. E pedir também para que o credor faça a comunicação à Polícia, caso o próprio consumidor já não o tenha feito. Nesse caso, é bom levar uma cópia (xerox) do boleto falso para entregar na Polícia.

O RESPONSÁVEL CIVIL E A INDENIZAÇÃO

O único responsável civil pela fraude é o credor cujo nome consta no boleto. Se o boleto fraudulento chegou a ser pago, o consumidor deve ir à Justiça contra o credor com pedido para que considere a prestação quitada e mais indenização por dano moral. Vai ganhar, fácil, fácil. O único responsável civil é o credor, porque somente ele tem todas as informações referentes à compra e ao consumidor, tais como: valor, número de prestação, data da compra, data do vencimento, nome completo do consumidor, endereço, CPF ou CNPJ…enfim, tudo que é exigido para uma compra a crédito ou para qualquer outra transação comercial que importe no pagamento de prestações mensais.

Será inútil se o credor alegar que o autor da fraude não foi ele. Como não foi? Se somente ele sabia a respeito de todos os dados do consumidor e a respeito do negócio feito? E se foi alguém do banco, que criminosamente adulterou o código de barras para que o dinheiro seja creditado na conta da gangue e não na conta do verdadeiro credor, também quem responde é o credor. Pois foi o credor que forneceu ao banco todos os dados para que o banco fizesse a cobrança e recebesse a prestação. Nesse caso, o banco passa a ser um preposto do credor. Um longa manus. E quem elege mal um preposto ou longa manus, responde pela chamada Culpa In Eligendo. Pode ser denominada também por Culpa In Contrahendo.

LEMBREM-SE DO SUPREMO

Leitores da Tribuna da Internet, não se deixem enganar. Lembrem-se da ADPF 378 do PCdoB que o STF deu por encerrado o processo pela metade. E por causa disso, dois eleitores, Carlos Newton e Francisco Bendl, foram ao próprio STF com um Mandado de Segurança em defesa da legalidade, do Devido Processo Legal, com pedido para que a ação prossiga até final julgamento de mérito.

Tudo isso é Cidadania. Seja um boleto falso que nos é entregue para pagar, seja um julgamento capenga que a Suprema Corte quer fazer o povo aceitar, para não dizer “engolir”.

NA JUSTIÇA

Esses terríveis aborrecimentos acabam na Justiça. E o Juízado Cível Especial está perto da sua casa. Não precisa advogado. Basta ir até lá que o leitor vai ser muito bem atendido por excelentes e experientes defensores públicos e seu corpo auxiliar, que farão tudo por você. A audiência é logo marcada. Basta levar a documentação própria, prova de residência e nada mais. São causas mais do que comuns para o Juizado. Os Procons são bons. Mas não têm o poder de jurisdição. Não podem fazer o que só a Justiça pode.

http://www.tribunadainternet.com.br/a-gangue-do-boleto-bancario-falso-esta-de-volta-defenda-se/

De olho nas “estrelas” comandantes se reduzem a chefes de caça-mosquitos. A verdade por trás das Fardas

13/02/2016

A verdade por trás das Fardas

 

“BRASÍLIA E RIO — Sábado, dia nacional de mobilização do governo contra o Aedes aegypti, as Forças Armadas vão colocar 220 mil homens nas ruas, mas deixarão de fora as áreas de conflito no Rio de Janeiro. São morros que, em geral, sofrem com a violência e também com elevados índices de infestação do mosquito, devido à falta de saneamento básico. Apesar disso, os militares não entrarão em locais onde houver risco de confronto com traficantes”.


Sábado é o Dia D contra o Aedes aegypti

“Cerca de 220 mil membros das Forças Armadas participarão da mobilização; no Estado, serão 20 mil militares. Uma força-tarefa nacional será lançada neste sábado para combater a infestação do mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Ao todo, 220 mil militares participarão da campanha e visitarão 356 municípios brasileiros, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas”.

Em outros tempos, as manchetes exibidas acima seriam motivos de orgulho por parte de todos os militares, bem como da população. Infelizmente, a realidade nos quartéis é outra, e a palavra “militares” que outrora trazia consigo a vibração, garra e empenho de um guerreiro, hoje não é a melhor expressão a ser usada dentro das casernas. A real situação que se encontra o serviço militar, para ser mais específico, o justo descontentamento salarial e logístico, assolam a carreira militar.

Sem forças, meios e até mesmo intenção de motiva-los, Comandantes de diversas unidades, ainda, se utilizam de formas inconstitucionais para garantir seu autoritarismo e poderio frente à tropa. Este modelo, ultrapassado, mas,muito “eficaz”, são os ditames em tom ameaçador caso a missão não seja cumprida. Cegos pelo brilho das estrelas que almejam, esquecem-se que o verdadeiro inimigo não são seus subordinados ou pares, mas quem minimiza o gigantismo das Forças Armadas ao combate de um mosquito.

DA INCOMPETÊNCIA
Dentre os muitos Ministérios existentes no Brasil, o da Defesa, quase sempre está onde há resquício de incompetência por parte dos outros.
Sem voz e mais preocupados com o status de Comandante, o Alto Comando, deixa de lado o melhor para a Instituição e seus comandados, e segue o fluxo do nobre interesse político, ou seja, a ordem que antes era garantir a “soberania do povo”, atualmente é, “não se indispor com o Governo corrupto”.

A preocupação precípua não é o combate ao mosquito, nem se quer, a conscientização da população, mas sim,tentar mostrar que algo está sendo feito e mascarar a forma com que os outros países irão ver o país sede das Olimpíadas, tão grandioso e gigante por natureza, mas inundando por focos de incompetência e falta de prevenção por parte do Ministério da Saúde. Para mais esta Guerra, chegam os filhos esquecidos, pelos pais e mães deste Governo, amordaçados pelo poder proibitivo dos Chefes e Comandantes de se manifestarem com qualquer meio de comunicação e divulgação.

Muito embora, entenda-se que essa Guerra é de todos, é preciso relevar que tal consciência não nasce de um dia para o outro, muito menos, porque homens e mulheres fardadas estarão nas ruas, vale ressaltar, obrigados e sem o mínimo de conhecimento para questionamentos relevantes e eventuais.

A melhor arma, ainda, é a Educação, e a melhor conscientização não nasce de atos onde há nuances de imposição e insatisfação. Hoje, infelizmente, estes guerreiros estarão nas ruas indignados, não pelo serviço que prestam à sociedade, mas pelo sentimento de se sentirem usados, sem o reconhecimento real que deveria ter as Forças Armadas.

Espaço do leitor / colaborador. / Recebido de A.Santos

Risco de lambança / RS suspende uso de larvicida Pyriproxyfen no combate ao mosquito Aedes


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Brasil 
13.02.16 16:17

Há risco de a epidemia de microcefalia ter nascido de uma lambança do Ministério da Saúde. Pesquisadores argentinos da Physicians in the Crop-Sprayed Towns levantaram a hipótese de que os casos registrados até o momento decorram do uso do Pyriproxyfen, um larvicida utilizado pelo governo brasileiro contra o Aedes aegypti.

A revista Época noticia que o governo gaúcho decidiu suspender o uso do Pyriproxyfen em água para consumo humano até que o governo Dilma se pronuncie. A substância é usada desde 2014 para combater a dengue no Brasil.

A hipótese explicaria, por exemplo, o fato de a Colômbia ter mais de 5 mil grávidas infectada pelo vírus da zika, mas nenhum registro de microcefalia.
http://www.oantagonista.com/posts/risco-alto-de-lambanca
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13/02/2016 14h17
Porto Alegre
Daniel Isaia – Repórter da Agência Brasil

No Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes Aegypti em Porto Alegre, o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, anunciou que suspendeu o uso do larvicida Pyriproxyfen, apontado em nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) , como possível causador de microcefalia. O produto é utilizado em caixas d’água para eliminar larvas do mosquito vetor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. “A suspeita é suficiente para nos fazer decidir pela suspensão do uso. Nós não podemos correr esse risco”, disse Gabbardo.

O mutirão na capital gaúcha começou às 8h30 da manhã de hoje (13). com solenidade de abertura na Gerência Distrital de Saúde do Partenon, na zona leste da cidade, com a participação do prefeito José Fortunati, do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

O ministro lembrou de seu passado como prefeito de Manaus e governador do Amazonas, onde doenças como a dengue são endêmicas: “Já enfrentei esse mosquito e sei da união que é necessária para vencer essa situação.” A ação conjunta das esferas municipal, estadual e federal também também foi destacada nos discursos de Sartori e Fortunati, que lembraram do esforço recente contra os danos causados pelo forte temporal do dia 29 de janeiro.

Durante a manhã, 1.550 militares do Exército e 150 funcionários de saúde do município e do estado visitaram cerca de 40 mil domicílios de onze bairros porto-alegrenses. As casas que estavam fechadas vão ser visitadas novamente à tarde. Na ação de hoje, os agentes apenas conversaram com a população para reforçar os cuidados contra o Aedes aegypti e orientar sobre como denunciar possíveis focos do inseto. A partir do dia 15, as visitas terão objetivo de localizar e eliminar os locais onde o mosquito se reproduz.

O aposentado Lucídio Garbinato teve dengue hemorrágica há três anos, e contou que escapou da morte por um "detalhe”. Ele e a esposa foram receptivos e conversaram durante vários minutos com os militares que os visitaram hoje de manhã. “Achei maravilhosa a convocação do Exército para essa tarefa. Os militares são muito disciplinados, e essa disciplina é o que está faltando pra gente combater esse mosquito”, afirmou Garbinato.

Nos condomínios, os agentes conversaram com os síndicos e pediram para que as orientações fossem repassadas aos demais moradores. Gilberto Aguilar, síndico de um prédio no Partenon, contou que está sempre em contato com os condôminos e com os vizinhos para eliminar os focos e impedir que o Aedes aegypti se prolifere nas redondezas: “Eu já fazia isso há bastante tempo pelo medo da dengue. Agora, com a zika e a chikungunya, esses cuidados foram redobrados”.

Os agentes que participam do mutirão afirmaram que foram bem recebidos pela população. Elaine Riegel, funcionária da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, contou que vários moradores a chamaram para entrar e conferir os cuidados que eles tomaram contra o inseto. A experiência da manhã de hoje foi suficiente para convencê-la de que as pessoas estão mobilizadas: “Se todo mundo continuar ajudando e se organizando dentro do seu espaço, a gente vai vencer esse mosquito”.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

CRÔNICA DA TRAGÉDIA ANUNCIADA - O PT, hoje às voltas com o Código Penal, fez sua trajetória tentando impô-lo aos adversários.

13 fevereiro 2016     DEU NO JORNAL

CRÔNICA DA TRAGÉDIA ANUNCIADA


O PT, hoje às voltas com o Código Penal, fez sua trajetória tentando impô-lo aos adversários. Se tinham ou não culpa, era um detalhe. Não tendo, cuidava de providenciá-la. Prova hoje do próprio veneno, sem que os adversários tenham nada com isso.

Se dependesse da oposição que tem – ou por outra, não tem -, o PT jamais deixaria o poder. Tem a oposição que pediu a Deus (ou ao diabo). Talvez por isso mesmo, tornou-se o maior adversário de si mesmo. Está moribundo por conta das próprias lambanças.

Não tem a quem culpar, embora, por um reflexo muscular, busque responsáveis fora de seus domínios: uma hora é a elite burguesa, que não suporta ver um operário no poder (que operário?); outra a imprensa golpista (a mesma que o projetou e, em grande parte, ainda o sustenta); ou ainda o PSDB (que o trata com uma leniência mórbida); ou, por fim, o juiz Sérgio Moro.

O PT, ao chegar ao poder, em 2003, contabilizava 23 anos de oposição implacável, na base do “hay gobierno? Soy contra”. Pouco importava se o que se propunha era bom para o país – caso da eleição indireta de Tancredo Neves, que pôs fim ao regime militar, ou do Plano Real, que pôs fim à hiperinflação e organizou as contas públicas. O partido era contra porque tinha um plano de governo infalível, que traria a redenção social e o fim da corrupção.


Nesse período, jamais se aliou a ninguém e puniu os correligionários que ousaram fazê-lo. Expulsou três deputados que votaram em Tancredo Neves e outros dois que aceitaram ser ministros de Itamar Franco. Mesmo tendo tido papel fundamental na queda de Collor, recusou-se a apoiar o governo de transição de Itamar Franco, de cujo impeachment também cogitou.

Propôs ainda o impeachment de Fernando Henrique, sob o argumento ideológico, não amparado por nenhum código legal, de que a política “neoliberal” que o acusava de praticar era lesiva aos interesses do país. Não apontava nenhum delito objetivo (confiram nos vídeos do Youtube) e, por isso mesmo, não logrou êxito.

O partido está no seu 14º ano de governo. Só dom Pedro II e Getúlio Vargas ficaram mais tempo no comando do país. Mas quatro mandatos – sempre com esmagadora maioria no Congresso – já seriam suficientes para estabelecer o paraíso terrestre prometido ao longo de mais de duas décadas. O resultado, porém, é o avesso do anunciado pela propaganda do partido.

Em vez do estabelecimento da moralidade pública, vê-se às voltas com os tribunais. Seu fundador e presidente de honra, Lula, responde a diversas e graves acusações, que vão de corrupção passiva a ocultação de patrimônio – para dizer o mínimo.

Seus principais amigos, que circularam na intimidade palaciana enquanto lá esteve, estão presos. Nem os filhos escaparam: ambos são também alvos de investigações policiais.

A própria esposa, dona Marisa, terá de dar explicações à Justiça sobre o apartamento tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia. A amiga Rosemary Noronha, acusada de tráfico de influência e corrupção passiva, era beneficiária de sua proteção. Não se trata de acusações vazias: cada uma delas tem denso lastro documental.

Se no campo da moral fracassou – e o Mensalão e o Petrolão estão longe de esgotar o repertório de delitos sistêmicos -, no campo da gestão o resultado é ainda mais contundente. A redenção social resultou na maior crise das últimas décadas. A maior empresa brasileira, a Petrobras, quebrou. Suas ações estão cotadas ao preço de refrigerante e deve mais do que vale.

As benesses sociais, que não tinham sustentabilidade, desfazem-se num quadro crescente de desemprego e depressão econômica. Pior, porém, que a depressão econômica é a política. O partido, que sempre investiu na demonização dos adversários – e, portanto, no descrédito de uma atividade sem a qual não há liberdade ou civilização -, procura amenizar seus pecados alegando que não é diferente dos outros; quer todos no mesmo chiqueiro.

Como não tem (nunca teve) o paraíso que prometeu, quer levar todos para o mesmo inferno – e a omissão oposicionista torna viável essa pretensão, mergulhando o país numa sinuca de bico: sem política, o que resta mesmo é o inferno de saídas golpistas.

O resultado é que o país vive uma crise gigante, operada por anões políticos. O PT não tem quadros. Lula, que governou em período de bonança da economia mundial, iludiu a muitos quanto a seus dotes de estadista. Mas seu verdadeiro tamanho expressa-se no legado que deixou: Dilma Roussef.

Quanto a esta, não é necessário dizer muita coisa – ou mesmo nada. Basta ouvir sua performance verbal, que hoje inunda as redes sociais, em posts sarcásticos e impiedosos – não tanto, porém, quanto os atos com que pretende enfrentar uma crise que, não há a menor dúvida, já a derrotou (e, por tabela, a todos nós).

http://www.luizberto.com/coluna/deu-no-jornal/Jornal da Besta Fubana

Congresso possui o dobro de funcionários da Polícia Federal

Livre nomeação. A maioria dos funcionários da Câmara dos Deputados e do Senado não prestou concurso para atuar no Legislativo.

PUBLICADO EM 13/02/16 - 04h00

RICARDO CORRÊA

Com uma carga tributária alta e serviços públicos de má qualidade na maioria das vezes, o cidadão tem motivos para fazer a pergunta: para onde vai o dinheiro que entregamos ao governo para cuidar de nossa sociedade? Entre as muitas explicações para tantos custos, há sempre espaço para se discutir o tamanho da máquina pública. No Congresso, que, segundo pesquisa Ibope divulgada no último ano, possui a confiança de apenas 17% da população, o número de funcionários impressiona. Levantamento de O TEMPO feito junto a contratos de terceirizados e listas de pessoal da Câmara e do Senado mostra que são 28.762 pessoas trabalhando no complexo que inclui as duas Casas e os prédios onde ficam os apartamentos funcionais de deputados e senadores.

O contingente de funcionários do Congresso é maior que o número de habitantes de 79% dos municípios brasileiros. Dados sobre a população residente em 2013 mostram que, das 5.570 cidades que existiam no país naquele ano, 4.407 possuíam menos de 28,76 mil habitantes. Só 1.163 tinham mais pessoas morando do que o quadro de funcionários do Parlamento no âmbito federal.

Em um momento em que o governo destaca a valorização das esferas de investigação no país, salta aos olhos que o quadro de funcionários do Congresso represente o dobro do efetivo total da Polícia Federal, que é de pouco mais de 14 mil servidores, e é responsável por operações de combate a desvios de recursos da União, como a Lava Jato e a Zelotes, e ao tráfico de drogas, além da emissão de passaportes e vigilância em fronteiras, portos e aeroportos.

O número também suplanta o efetivo das polícias militares de 22 dos 27 Estados brasileiros e do Distrito Federal.

A maior parte desse contingente trabalha na Câmara. Em dezembro de 2015, eram 3.196 cargos de servidores efetivos (concursados) ocupados, além de 1.580 atuando em cargos de natureza especial (que dispensa concurso público) e 10.785 no secretariado parlamentar (também comissionados, atuando no assessoramento de nossos deputados). Desses últimos, 10.411 não possuem qualquer vínculo em caráter efetivo com o serviço público, ou seja, não prestaram concurso.

Soma-se ao contingente de funcionários os 3.103 terceirizados e, claro, os 513 deputados eleitos a cada ano, totalizando 19.177 pessoas em serviço. Não estão inclusas na conta as 1.638 funções comissionadas, já que elas são ocupadas por servidores efetivos da Casa que recebem gratificação a mais por função.

No Senado, por sua vez, trabalham 9.585 pessoas, incluindo os 81 senadores, 2.753 servidores efetivos, outros 3.436 comissionados, 2.777 terceirizados e mais 449 estagiários e 89 menores aprendizes. Também não foi incluído na conta o conjunto de 427 funções comissionadas, que inflam os salários dos servidores efetivos.

Enquanto isso...

Pressão. Com um efetivo menor que o da Câmara, funcionários da Polícia Federal divulgaram um manifesto pelo fortalecimento da corporação e pela criação do Fundo Nacional de Combate à Corrupção.


Salários altos ajudam a engordar as despesas
Além do número de trabalhadores impressionar, os altos salários de grande parte dos funcionários do Congresso contribuem com um relevante peso nas despesas pagas pelo contribuinte brasileiro. Na Câmara, por exemplo, todos os 3.196 cargos efetivos ocupados estão concentrados nos níveis superior (analistas legislativos) e intermediário (técnicos legislativos). Há subníveis que geram diferenças salariais, mas 1.444 servidores estão no nível superior especial, cuja remuneração mensal passa de R$ 26 mil. Outros 365 analistas legislativos têm remunerações variando entre R$ 21,68 mil e R$ 24,49 mil.

Os demais 1.387 efetivos da Câmara são do nível intermediário. Mas os salários também são expressivos. No caso de 981 técnicos, a remuneração é de cerca de R$ 20,2 mil. O restante recebe vencimentos entre R$ 15,1 mil e R$ 18,1 mil. 

Legislativo tem 500 copeiras e cera diária
A Câmara não possui servidores efetivos no nível básico, pois terceiriza essa atividade. Mas engana-se quem pensa que, por conta dos salários modestos dos trabalhadores subcontratados, os gastos são pequenos. Ajuda a engordar a conta alguns luxos que a Câmara e o Senado se permitem. Juntas, as duas Casas possuem, por exemplo, mais de 500 copeiros e copeiras. Só na Câmara, são 214 deles, que atuam a partir de um contrato com a empresa Planalto Service.

Em outubro do ano passado, a Câmara assinou um aditivo para mais 12 meses com a firma, que fornece, além das 214 copeiras, 48 garçons, sendo sete só para o gabinete da Presidência e para a residência oficial, hoje ocupada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dois encarregados, um auxiliar encarregado, duas arrumadeiras, um chefe de cozinha e mais dois auxiliares de cozinha. Tudo isso custa R$ 11,97 milhões por ano.

Profissionais em vias de extinção na maioria dos prédios, os ascensoristas ainda possuem espaço na Câmara. Por lá, são 66 pessoas trabalhando com os 21 elevadores, ao custo de R$ 3,13 milhões por ano.

Na área de limpeza, são 220 pessoas trabalhando só na Câmara, a um custo de R$ 9,75 milhões por ano, de acordo com último aditivo do contrato com a Real JG Serviços Gerais.

Contribui para o preço as exigências incomuns, como a de que sejam encerados, todos os dias, os pisos lisos da Câmara, o que exige mais gente e amplia o gasto com material de limpeza, tudo calculado no preço pago à empresa.

Em outro contrato, o de porteiros dos prédios onde ficam os apartamentos funcionais, há, entre outras, a exigência de que os vidros da portaria sejam lavados todos os dias, o que também aumenta os gastos com água em tempos de consumo responsável.

http://www.otempo.com.br/