segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Nota de falecimento do Subtenente Florenzano

09/11/2015
Com muita tristeza comunicamos o falecimento do Subtenente (QPR) Paulo César FLORENZANO, ocorrido nesta segunda-feira (9).

Velório a partir de 14h00, Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã, Bairro Santa Terezinha, Juiz de Fora. (Final da Rua Santa Terezinha, após a entrada histórica do 2º BPM). 

20h00 - Culto Ecumênico.

Terça-feira (10), por volta de 07h00, o corpo seguirá para o Crematório do município de Ubá.

Manifestamos nossas condolências à família.  

Recall - Cinto de Segurança - Cobalt modelo 2015 e Chevrolet Prisma modelos 2015 e 2016

A General Motors do Brasil convoca os proprietários dos veículos Chevrolet Cobalt modelo 2015 e Chevrolet Prisma modelos 2015 e 2016, para agendar a substituição do cinto de segurança lateral esquerdo do banco traseiro e seu mecanismo.

Defeito: travamento insuficiente do mecanismo do cinto de segurança lateral esquerdo do banco traseiro.

Riscos e suas implicações: a não conformidade mencionada acima reduz a eficiência do sistema de retenção, o que pode, em caso de colisão frontal severa, resultar em lesões físicas graves aos ocupantes do veículo.

Data do início do atendimento: os proprietários dos veículos envolvidos nesta campanha deverão, a partir do dia 11 de novembro de 2015, entrar em contato com a Rede Chevrolet para, através de agendamento prévio, realizar a substituição do cinto de segurança lateral esquerdo do banco traseiro e seu mecanismo, mediante disponibilidade de peças.

Local de atendimento e agendamento do serviço: Rede de Concessionárias e Oficinas Autorizadas Chevrolet.

Dias e Horários de Atendimento: segunda-feira à sexta-feira, das 08:00h às 17:00h.

Informações de contato: verifique se o seu veículo está envolvido na Central de Relacionamento Chevrolet - 0800-702-4200 e use este canal em caso de dúvidas ou quanto ao agendamento do serviço.

O serviço será realizado de forma gratuita e o tempo estimado para sua execução é de até 30 (trinta) minutos.
A GM do Brasil não tem conhecimento, até o momento, de nenhuma ocorrência relacionada ao objeto desta campanha.

http://www.chevrolet.com.br/universo-chevrolet/recall/cinto-seguranca-cobalt-2015-prisma-2015-16.html

Juiz-foranos voltam a utilizar a Avenida Rio Branco para atividades esportivas e de lazer

JUIZ DE FORA - 9/11/2015 - 11:10
Notícias de: SECRETARIA DE TRANSPORTE

Apesar da chuva no início da manhã desse domingo, 9, os juiz-foranos tomaram a Avenida Rio Branco, na segunda edição do “Bem Comum Lazer”, promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora, através das secretarias de Transporte e Trânsito e Comunicação Social. Mais uma vez, o corredor central da principal avenida da cidade se tornou palco para a realização de atividades físicas e de lazer para crianças, adolescentes, adultos e, até mesmo, animais de estimação.

Realizada entre 8 e 13 horas, no trecho entre a Avenida José Procópio Teixeira e a Rua Doutor Romualdo, a ação também contou com serviços de saúde e lazer. A população, além de desfrutar do espaço urbano disponibilizado, também pôde conferir a pressão arterial e realizar testes de glicemia, exames realizados por servidores da Secretaria de Saúde, e também brincar e aprender a reutilizar materiais recicláveis, com o apoio da Guarda Municipal.

O prefeito Bruno Siqueira, que também aproveitou o espaço de lazer com sua família, aprovou mais uma vez o fechamento da Avenida e destacou a satisfação em ver o espaço público sendo devolvido ao cidadão: “É gratificante ver a cidade que a gente mora voltar a se tornar um espaço de convivência entre as pessoas. Com esse evento, qualquer um pode perceber como a população deseja isso e aproveita a oportunidade. Até mesmo com chuva, muitas pessoas vieram andar de bicicleta, de skate, caminhar, correr e aproveitar o dia junto de seus amigos e familiares. Tivemos até uma comemoração de aniversário”.

O secretário de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, que também marcou presença junto da família, ressaltou que este é um evento que vem com o propósito de criar uma cultura da melhor utilização dos espaços públicos: “Estamos começando pela Avenida Rio Branco, mas a intenção é expandir para outros pontos da cidade. Para isso, precisamos, primeiro, consolidar essa área e permanecer com as avaliações, que, a princípio, estão sendo muito boas, tanto pela equipe técnica da Prefeitura, quanto da população”.

A aniversariante Mirian Castro Simões, que foi comemorar a data no evento, aproveitou o “Bem Comum Lazer” e fez algo diferente para marcar o aniversário: “Todos os anos, é a mesma coisa. Dessa vez, eu pensei em fazer algo diferente. E já que ia ter o ‘Bem Comum Lazer’, eu pensei em ir à Avenida e pedir parabéns ao prefeito. E ainda ganhei bolo. Não esperava por tudo isso”. Mirian destacou, ainda, que, além de comemorar o aniversário, foi uma oportunidade de aproveitar a interação entre as pessoas.

Até o final deste ano, ainda serão realizados mais três eventos do “Bem Comum Lazer”, já programados para os dias 22 de novembro e 6 e 27 de dezembro.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo telefone 3690-7767.
Portal PJF

Greve dos caminhoneiros interdita as principais rodovias de Minas

 Fotos : Uarlen Valerio / O Tempo / 09.11.2015
Em João Monlevade o protesto é no KM 359 da BR-381
Em Igaratinga, veículos de passeio e ônibus tem passagem liberada
Interdição na BR-262, altura de Igaratinga

PUBLICADO EM 09/11/15 - 07h18

GUSTAVO LAMEIRA/LUDMILA PIZARRO

Os caminhoneiros deram início a uma greve nacional a partir da 0h desta segunda-feira (9). O protesto complica o trânsito nas principais rodovias federais que passam por Minas Gerais. Apenas veículos de passeio e ônibus são liberados e seguem viagem.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal, há interdições nos seguintes pontos:

BR-381, KM 359, em João Monlevade, região Central de Minas;

BR-381 KM 513, altura de Igarapé, região metropolitana de Belo Horizonte; 

BR-262, KM 412, em Igaratinga, no Centro-Oeste de Minas;

BR- 040, nos KMs 627, em Conselheiro Lafaiete, região Central do Estado.

Igarapé

O procurador de Igarapé, Vinícius Caldeira Andrade, esteve na BR-381 na manhã desta segunda (9). A intenção era a de garantir o direito de manifestação dos caminhoneiros e também que o abastecimento na cidade seja mantido, diferente do que aconteceu na paralisação feita em março deste ano pela categoria.

Nesse ponto, as cargas vivas, as perecíveis e as de medicamentos são liberadas. A manifestação é pacífica e a fila de caminhões parados é de 6 km. 

João Monlevade 

Em João Monlevade, o trânsito está fechado desde às 5h30. "Tem bastante caminhão aqui. Nós estamos em frente ao Posto Graal, e só carro pequeno e ônibus estão passando", contou Rodrigo Martins da Costa, 37, na profissão de caminhoneiro há oito anos. 

Reivindicações 
Entre as principais reivindicações da categoria estão a unificação do preço do frete; refinanciamento dos veículos, a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a redução no preço do combustível (diesel). 

"Temos que pagar ICMS, PIS, só em outubro eu paguei R$ 480 de imposto e a gente não recebe nada em troca. Não tem segurança, se o caminhão é roubado a polícia não consegue encontrar, corremos risco de ser assaltado. É uma questão de sobrevivência hoje que essas reivindicações sejam atendidas. O diesel está R$ 3 o litro, o meu caminhão faz 2 km com um litro. Em 100 km gasto R$ 150 só com o diesel e recebo 470 de frete. Além disso tem os pedágios, que estão muito caros, o seguro do caminhão que é R$ 8.000 por ano, a parcela do financiamento. Os bancos colocaram os juros do financiamento lá em cima e não querem saber se a economia vai bem ou mal, querem é tirar o bem se não pagar. Como está não temos mais condições de sermos autônomos, de pagar as contas da família. Não tem cabimento, com um bem de R$ 200 mil, não sobra R$ 150 no fim do mês depois das contas pagas. O caminhoneiro precisa ter um seguro, pagar um plano de saúde, porque as condições de trabalho são precárias, tem gente com problema de pressão alta, de depressão...", disse o caminhoneiro Renato Martins de Almeida.

A princípio, o movimento pede apenas melhorias para a categoria, mas pode se tornar uma questão política. "Eu acho que quando as reivindicações não foram atendidas a questão política vai surgir naturalmente. Porque eles prometem que vão melhorar as condições de vida e não melhora nada. E a corrupção não para, o país está na mão de bandidos. A Dilma (presidente da república) disse que vai colocar a guarda nacional contra o movimento. Se eles tentarem alguma coisa, tentarem segurar os piquetes, aí vai ser pior, o pessoal pode até queimar caminhão", alerta Renato.

Segundo o caminhoneiro Wilson André, na greve passada, entre março e abril deste ano, o governo federal prometeu trabalhar por uma tabela mínima, porém não houve qualquer avanço nesse sentido. "No início do ano o diesel consumia 45% do valor e agora é mais de 60%", contabilizou. 
Participam da paralisação sindicatos de caminhoneiros de Betim e Contagem, os Cegonheiros mais caminhoneiros autônomos. 


Atualizada às 10h35

Jornal O Tempo

Estudo mostra efeitos do aquecimento global em grandes cidades costeiras

09/11/2015 09h21
Paris
Da Agência Lusa

Investigadores norte-americanos consideraram que o efeito das alterações climáticas pode levar ao desaparecimento, a longo prazo, de grandes cidades como Xangai, Bombaim e Hong Kong, mesmo se o aquecimento global for limitado a 2 graus Celsius (°C).

O estudo do instituto Climate Central, divulgado no domingo (8) à noite e três semanas antes da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), indica que com mais 2ºC, o nível da água do mar continuará a subir e pode encobrir territórios onde vivem atualmente 280 milhões de pessoas.

Se o aumento na temperatura for de 4ºC, o fenômeno vai ameaçar 600 milhões de habitantes. "Um aquecimento de 2ºC representa uma ameaça à existência, a longo prazo, muitas grandes cidades e regiões costeiras", disse Ben Strauss, um dos autores do estudo.

Mas as medidas tomadas para reduzir rápida e drasticamente as emissões de gases de efeito de estufa, que alteram o clima, podem fazer a diferença: "Ainda temos diante de nós um amplo leque de escolhas", acrescentou o pesquisador.

Se as emissões de gases de efeito de estufa continuarem a aumentar, levando a um aquecimento de 4ºC, o nível das águas subirá, em média, 8,9 metros, mostra o estudo.

Com um aquecimento de 3ºC, o nível da água do mar subirá 6,4 metros, cobrindo áreas com mais de 400 milhões de habitantes.

Com 2ºC, o mar subiria 4,7 metros e duas vezes menos pessoas seriam afetadas. Com uma elevação de 1,5°C na temperatura – objetivo exigido pelas nações mais vulneráveis como os pequenos Estados insulares, as águas subiriam 2,9 metros e a população afetada ficaria em torno de 137 milhões de pessoas.

A China será o país mais afetado: com 4ºC, a subida das águas afetará uma área onde vivem atualmente 145 milhões de pessoas, de acordo com este estudo que não avalia a evolução demográfica, nem a construção de infraestruturas, como diques.

Outros países serão particularmente afetados: Índia, Bangladesh, Vietnã, Indonésia, Japão, Estados Unidos, Filipinas, Egito, Brasil, Tailândia, Birmânia e Holanda. Entre as principais cidades contam-se Hong Kong, Calcutá, Dacca, Jacarta, Xangai, Bombaim, Hanói, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova Iorque e Tóquio.

Na site do Climate Central é possível ver imagens com projeções do impacto da elevação do nível do mar em várias cidades costeiras, inclusive o Rio de Janeiro.

As projeções levam em consideração a dilatação do oceano quando aquecido, o degelo de geleiras e a degradação das calotas polares da Groelândia e da Antártida, irreversível a partir de um determinado ponto.

Essa elevação será diferente em cada uma das regiões. "Na maioria dos casos, ela pode traduzir-se num centímetro por século, mas os deltas e as zonas urbanas" são mais vulneráveis, especificamente, porque estão menos protegidos pelos sedimentos.

O estudo baseia-se em dados de satélites sobre o nível dos oceânicos.

Steven Nerem, da Universidade do Colorado (EUA) analisou a metodologia do estudo e concluiu que existem "alguns erros em locais”, mas considerou ser “o melhor que se pode fazer com os dados públicos disponíveis".

Jean-Pascal van Ypersele, do grupo internacional de peritos sobre o clima (GIEC), afirmou tratar-se de "um estudo sólido".

Para o oceanógrafo Ben Marzeion, da Universidade de Bremen (Alemanha), os dados apresentados no estudo "podem representar um incrível fardo para muitas gerações futuras".

A temperatura do planeta subiu, desde a Revolução Industrial, 0,8ºC, um ritmo inédito provocado pela emissão de gases de efeito estufa.

A comunidade internacional fixou o objetivo de manter a alta da temperatura abaixo dos 2ºC e deve se reunir em 30 de novembro, em Paris, para tentar concluir um acordo universal que permita alcançar essa meta.

Agência Brasil

Cães farejadores ajudam no trabalho de resgate em Mariana

09/11/2015 09h20
Mariana (MG)
Paula Laboissière - Enviada Especial da Agência Brasil
Mariana (MG) - Rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5). Em meio ao cenário de muita lama, barro e destruição, bombeiros fazem buscas atrás de vítimas. (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Antonio Cruz/ Agência Brasil

Três cães farejadores auxiliam os trabalhos de busca e resgate no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), atingido pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco. A informação foi divulgada hoje (9) pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. 

De acordo com a corporação, os cães receberam treinamento especializado para atender a esse tipo de ocorrência e vão acompanhar os trabalhos dos militares que estão no local desde a última quinta-feira (5).

As ações humanitárias de transporte de alimentos e medicamentos para as comunidades atingidas também serão mantidas pelo Corpo de Bombeiros, bem como o alerta para que a população não se aproxime da chamada zona quente ou área de risco.

"A medida garante a segurança dessas pessoas e evita acidentes como os ocorridos na última quinta-feira, quando duas pessoas tiveram que ser socorridas após tentarem se aproximar dos locais", informou a corporação.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Homicídios de mulheres negras aumentam 54% em 10 anos, mostra estudo

09/11/2015 09h38
Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
Número de homicídios passou de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013 Marcello Casal Jr/Arquivo Agência Brasil

Os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Enquanto, no mesmo período, o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003 para 1.576 em 2013. É o que aponta o Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), divulgado hoje (9).

Em 2013, 13 mulheres foram mortas por dia no país, em média, um total de 4.762 homicídios.

Nesta edição, segundo a Flacso, o estudo foca a violência de gênero e revela que, no Brasil, 55,3% desses crimes aconteceram no ambiente doméstico, sendo 33,2% cometidos pelos parceiros ou ex-parceiros das vítimas. Com base em dados de 2013 do Ministério da Saúde, ele aponta ainda que 50,3% das mortes violentas de mulheres são cometidas por familiares.

Sobre a idade das vítimas, o Mapa da Violência aponta baixa incidência até os 10 anos de idade, crescimento até os 18 e 19 anos, e a partir dessa idade, uma tendência de lento declínio até a velhice.

O país tem taxa de 4,8 homicídios para cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo, conforme dados da Organização Mundial da Saúde que avaliaram um grupo de 83 países, informou a Flacso.

O Mapa da Violência é um trabalho desenvolvido pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz que, desde 1998, já divulgou 27 estudos. Todos eles, segundo a Flacso, trabalharam a distribuição por sexo das violências, sejam suicídios, homicídios ou acidentes de transporte, mas em 2012, dada a relevância do tema e as diversas solicitações nesse sentido, foi elaborado o primeiro mapa especificamente focado nas questões de gênero.

Homicídios de Mulheres no Brasil

De 1980 a 2013, foram vítimas de assassinato 106.093 mulheres. Entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21,0% na década.

Segundo o Mapa da Violência, diversos estados evidenciaram “pesado crescimento” na década, como Roraima, onde as taxas de homicídios femininos cresceram 343,9%, ou Paraíba, onde mais que triplicaram (229,2%). Entre 2006, ano da promulgação da Lei Maria da Penha, e 2013, apenas em cinco estados registraram quedas nas taxas: Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.

Vitória, Maceió, João Pessoa e Fortaleza encabeçam as capitais com taxas mais elevadas no ano de 2013, acima de 10 homicídios por 100 mil mulheres. No outro extremo, São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com as menores taxas.

O lançamento da pesquisa conta com o apoio do escritório no Brasil da ONU Mulheres, da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

O estudo completo sobre homicídio de mulheres no Brasil está disponível no site do Mapa da Violência.

Edição: José Romildo
Agência Brasil

Após três anos, Brasil volta a vender carne bovina para Arábia Saudita

09/11/2015 10h16
Brasília
Stênio Ribeiro – Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou hoje (9) o fim do embargo da Arábia Saudita à importação de carne bovina in natura do Brasil. O embargo começou em 2012 depois de um caso atípico da doença encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como o mal da vaca louca.

A medida foi oficializada em Riade, durante reunião da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, com a autoridade saudita de Alimentos e Medicamentos, Mohammed Al-Meshal, que assinaram novo modelo de Certificado Sanitário Internacional.

Com a abertura, o setor estima que o Brasil tem potencial para exportar 50 mil toneladas de carne bovina ao ano, com valor estimado em US$ 170 milhões. O decreto será publicado ainda hoje pelo Reino da Arábia Saudita, levantando o embargo imediatamente.

O fim do embargo à carne brasileira sinaliza abertura também para os demais países do Golfo Pérsico. Somente a Arábia Saudita comprou, em 2014, US$ 355 milhões do produto, o que equivale a quase 100 mil toneladas. O valor representa 10% de tudo o que o Brasil exporta em carne bovina – que soma 1,1 milhão de toneladas anualmente.

“Este é um momento muito importante para o Brasil, é motivo de comemoração”, disse a ministra. Segundo ela, a Arábia Saudita era um dos últimos países que faltava levantar o embargo. “O último será o Japão, onde deveremos abrir o mercado para nossa carne processada”, afirmou.

Mohammed Al-Meshal destacou a prosperidade da agricultura brasileira e agradeceu a parceria. “Dependemos dos alimentos de vocês, precisamos de vocês. A abertura do mercado de carnes é boa para o Brasil, mas também é muito boa para a Arábia e para nossa população”, disse ele.

Kátia Abreu afirmou que o próximo passo é ampliar a venda de produtos brasileiros que já têm acesso ao mercado saudita e explorar novos itens, como frutas, mel e arroz. A perspectiva do governo árabe é reduzir a produção própria de grãos para diminuir o consumo de água na agricultura.

O Brasil já é o maior fornecedor de frango, café e açúcar da Arábia Saudita, e “agora teremos uma grande oportunidade de negócios ao reforçar a venda de grãos para este mercado”, observou a ministra, de acordo com sua assessoria em Brasília.

Da Arábia Saudita, onde se encontra desde ontem (8), a ministra Kátia Abreu seguirá para os Emirados Árabes, Índia e China.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Vilarejo que restou após rompimento de barragens lembra cidade fantasma

09/11/2015 05h59
Mariana
Paula Laboissière - Enviada Especial da Agência Brasil
Mariana (MG) - Rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5). Em meio ao cenário de muita lama, barro e destruição, o que restou lembra uma cidade fantasma  Antonio Cruz/ Agência Brasil

Poucas ruas e casas do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), resistiram ao rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5). Em meio ao cenário de muita lama, barro e destruição, o que restou lembra uma cidade fantasma. É possível escutar, em meio à desolação, apenas o canto dos pássaros e o barulho das máquinas que abrem acesso para as equipes de resgate.

Na parte alta da comunidade, uma das poucas casas com movimentação é a de Edirleia Marques, 38 anos, e Marcílio Ferreira, 41 anos. A dona de casa e o operador de máquinas moravam na região com os dois filhos, de 10 e 2 anos, e tem voltado ao local desde sexta-feira (6) para auxiliar bombeiros e homens da Defesa Civil e do Exército nas buscas.

A antiga moradia do casal agora funciona como um ponto de apoio para as equipes que trabalham em Bento Rodrigues. Numa rápida volta pela residência, é possível ver um velotrol e um cavalinho de madeira do filho caçula. Na sala, o sofá e a televisão permanecem no mesmo lugar onde foram deixados, assim como a mesa de seis lugares da família.

Há pelo menos três dias, Edirleia e Marcílio ajudam os homens do resgate a se localizar no que restou da comunidade. Na memória de cada um, permanece fresca a lembrança de onde viviam vizinhos e moradores do distrito que seguem desaparecidos. "É ruim ir embora. A gente quer acreditar que está tudo como antes. Ainda me sinto confortável aqui", contou Edirleia.

No momento em que a lama atingiu Bento Rodrigues, os filhos do casal estavam em casa. A mãe estava na parte mais baixa da comunidade, devastada pela lama e pelo barro, mas voltou correndo para retirar a família do local. "Meu filho mais novo me pergunta muito sobre a casa. Já o mais velho, que sempre foi calado, não fala muito. Mas ele viu a coisa toda. Viu as casas sumindo, as pessoas correndo", lembrou a mãe.

Apesar do trauma, marido e mulher garantem que estarão de volta à casa nos próximos dias para auxiliar as equipes de resgate - e também numa tentativa de se apegar ao local onde nasceram, cresceram, se conheceram e começaram uma família. De mãos dadas, eles caminhavam pelas ruas e observavam em silêncio a devastação que tomou conta do local.

"Vamos voltar sempre que possível. Quero estar aqui de novo no dia seguinte. É muito difícil sair de um lugar onde a gente se sentia tão bem", disse Marcílio, em um dos poucos momentos em que conversou com a equipe de reportagem.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

domingo, 8 de novembro de 2015

MP vai buscar ressarcimento de prejuízos com rompimento de barragem

08/11/2015 14h59
Brasília
Karine Melo - Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MP-ES) abrirá inquérito civil para apurar as consequências e os impactos sociais e ambientais provocados em municípios capixabas pelo rompimento das barragens da empresa Samarco, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG). Nesta segunda-feira (9), quando a lama de rejeitos das barragens deve chegar aos municípios capixabas de Baixo Gandu, Colatina e Linhares, uma equipe técnica fará a apuração dos bens ambientais afetados.

A previsão é que o nível do rio suba até um metro e meio e que o município de Colatina tenha o abastecimento de água suspenso em razão da lama na água do Rio Doce.

O MP também já orientou os municípios capixabas a elaborarem laudos de gastos com prejuízos e atividades emergenciais com o episódio, a fim de que, a seu tempo, possam ser ressarcidos.

De acordo com o MP, os promotores de Justiça estão de sobreaviso para acompanhar de perto o episódio e, dentro de suas atribuições, dar todo apoio necessário ao poder público e à população afetados.

Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil