quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Oito grupos se apresentam sábado no último show do “Festival de Bandas Novas”

JUIZ DE FORA - 15/10/2015 - 15:58
Notícias de: FUNALFA

Com a proposta de incentivar a pluralidade de estilos do rock e ampliar as fronteiras da música alternativa, a 17ª edição do “Festival de Bandas Novas” terá sua última apresentação no sábado, 17. A partir das 16 horas, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM – Av. Getúlio Vargas, 200 – Centro) será palco para oito bandas de Juiz de Fora. O evento é promovido pela Patrulha Records, com apoio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).

A abertura ficará a cargo da Wrath Hammer (heavy metal), que tocará sucessos de Iron Maiden, Judas Priest, Metallica e Megadeth. Na sequência se apresentarão os grupos Os Calhordas (punk rock), em um tributo a banda Matanza; Groove (rock alternativo), que toca músicas do grupo norte-americano Incubus; Bragi (folk metal); Unconscious, tributo à norte-americana Dream Theater; Dignatários do Inferno, que apresenta um som autoral, que funde metal e thrash; e Devorator, com vocais guturais e refrões melódicos. Fechando a noite, a Art of Murder sobe ao palco, inspirada em bandas do metal nacional e internacional.

Os ingressos estarão à venda na bilheteria do CCBM, no dia do evento, a partir das 15 horas, ao preço de R$ 5,00, mais um quilo de alimento não perecível. Quem preferir pode pagar R$ 10,00. Os mantimentos arrecadados serão destinados ao Grupo Espírita de Assistência aos Enfermos (Gedae), que cuida de pessoas com transtorno mental e portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Visando conscientizar o público acerca da importância da prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), serão distribuídos preservativos e folders informativos na entrada do show. A iniciativa tem o apoio da Secretária de Saúde (SS) da PJF.

Até o final do ano, a organização do festival promoverá o “Domingo Solidário – Dia Mundial de Luta Contra a Aids”, em 29 de novembro, e o “Rock de Natal”, em 19 de dezembro, ambos no CCBM.

* Mais informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044 /// Contato: Adriano Polisseni - 9102-7903.
Portal PJF

Juristas protocolam em São Paulo novo pedido de impeachment de Dilma

15/10/2015 15h01
São Paulo
Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil

Um novo pedido de impeachment contra a presidenta da República, Dilma Rousseff, foi registrado na manhã de hoje (15) no 4º Cartório de Notas, na zona oeste da capital paulista. O pedido foi assinado pelos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique, e Janaína Conceição Paschoal e será protocolado amanhã (16) na Câmara dos Deputados. Em setembro, Bicudo e Reale Júnior haviam apresentado à Câmara dos Deputados outros pedidos.

Segundo Miguel Reale Junior, o pedido “é uma aglutinação de textos que estavam justapostos”. “Foi uma reordenação e um recorte e cola, estabelecendo os mesmos fatos, acrescentando-se a referência à decisão do Tribunal de Contas da União”. Na semana passada, o tribunal recomendou a rejeição das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff.

“Não muda nada. Mas os fatos estão aí e são graves. Estamos apenas juntando as partes para fazer um todo”, disse Reale Junior. 

Antes de registrar o pedido no cartório, Reale Junior criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o rito do processo de impeachment definido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o jurista, a decisão do Supremo foi uma “invasão no Regimento Interno da Câmara dos Deputados”.

O jurista criticou um possível acordo entre o PT e o presidente da Câmara para que os processos de impeachment não fossem aceitos em troca de apoio para a manutenção de Cunha na Câmara. “Isso enfraquece o pedido de impeachment. Enfraquece nosso sentimento de moralidade. Enfraquece o respeito mínimo à ética. Desrespeita nosso sentimento de brasilidade. Todos seremos feridos por esse tipo de acórdão que joga para baixo do tapete um pedido deimpeachment e um pedido de cassação de mandato parlamentar. Quem sai enfraquecido somos nós e o país”, disse.

Já Hélio Bicudo preferiu não comentar a situação do presidente da Câmara, que é investigado por recebimento de propina em contratos da Petrobras. “É preciso desligar o presidente da Câmara com a pessoa física. É a física que está sofrendo o processo”. 

Eduardo Cunha negou hoje (15) qualquer tipo de acordo com o governo para negociar sua manutenção no cargo, em troca do arquivamento de pedidos de impeachment contra a presidenta.

O deputado Carlos Sampaio, do PSDB, que acompanhou os juristas no momento do registro do pedido de impeachment, disse que o documento reúne várias informações em um lugar só para que possa ser analisado pelo Congresso. “O que fizemos hoje foi juntar duas peças práticas, que já existiam, e uma foi aditada à outra. Como o STF disse que a questão de ordem do Cunha está suspensa e lá previa a possibilidade de um aditamento, para evitar que questionassem a peça dos juristas, resolvemos juntá-las em uma peça só para que não tivesse mais um aditamento”.

O rito processual na Câmara fixado por Cunha prevê a possibilidade de aditamento (acréscimo) ao pedido inicial de impeachment. Ao conceder liminares atendendo reclamações de parlamentares do PT, os ministros do STF Teori Zavascki e Rosa Weber disseram que as normas de processo e julgamento de crimes de responsabilidade cometidos por um presidente da República devem seguir o que foi estabelecido na Lei 1.079/1950, que não prevê o aditamento. 

O documento tem o apoio de 45 movimentos, entre eles Brasil Livre e Vem Pra Rua. De acordo com Carla Zambelli, porta-voz de 43 movimentos que apoiam o pedido e acompanhou o registro, os grupos estão se mobilizando para ir às ruas, a partir de domingo (18), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), para pedir o impeachment da presidenta.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Polícia permanece no Complexo do Chapadão à procura de militar desaparecido

15/10/2015 14h15
Rio de Janeiro
Douglas Correa - Repórter da Agência Brasil

A Polícia Militar (PM) permaneceu hoje (15) com policiamento reforçado hoje (15) no Complexo do Chapadão e nos acessos à comunidade pelos bairros de Guadalupe e Anchieta, na zona norte do Rio.

Ontem (14), após a morte de Maike da Silva de Souza, 22 anos, durante operação da PM para localizar o soldado Neandro Santos de Oliveira, desaparecido desde a noite de segunda-feira (12), os moradores atearam fogo em quatro ônibus urbanos e fecharam os principais acessos ao Chapadão.

Por medida de segurança, o comércio também fechou as portas. O soldado Leandro teria sido interceptado numa falsa blitz de traficantes do Chapadão. O carro foi localizado, mas o militar até agora não foi encontrado. 

Hoje de madrugada, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da Polícia Militar, realizaram uma operação no Complexo do Chapadão, onde prenderam três homens e apreenderam uma granada e um rádio transmissor.

Homens da Polícia Militar permanecem na região, onde o clima é muito tenso por causa do desaparecimento do soldado Neandro e pela morte de Maike de Souza. Segundo moradores, a vítima estaria indo para o trabalho e foi baleada na porta de casa, na comunidade Criança Esperança. A Polícia Civil informou que Maike não tinha antecedentes criminais.

De acordo com a Divisão de Homicídios, foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias da morte do jovem. Testemunhas e policiais militares prestaram depoimento. As armas dos PMs foram apreendidas.

Hoje, devido ao feriado do Dia do Professor, as escolas não estão funcionando em toda a região do Complexo do Chapadão.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Polícia Fiscal italiana faz busca na Volkswagen de Verona

15/10/2015 11h02
Roma
Da Agência Lusa

A polícia fiscal italiana, a Guardia di Finanza, fez hoje (15) buscas na sede do grupo Volkswagen, em Verona, e na subsidiária Lamborghini, em Bolonha, relacionadas ao escândalo de emissões fraudulentas de gases poluentes em veículos a diesel.

O Ministério Público italiano iniciou uma investigação sobre o caso de emissões em veículos na Itália, diante da suspeita de fraude comercial, informou a agência de notícias EFE.

No centro da investigação estão algumas pessoas que compõem a direção da marca na Itália. As buscas são por documentos relacionados ao caso de motores a diesel, equipados com um kit fraudulento em alguns veículos do grupo Volkswagen.

A Volkswagen italiana é uma subsidiária da gigante alemã de automóveis e importa, além de modelos próprios; veículos Audi, Seat e Skoda. O grupo anunciou que na Itália existem 648.458 veículos com motores que alteraram os dados sobre as emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com um comunicado do grupo na Itália, são 361.432 carros da Volkswagen afetados, sendo que 197.421 são Audi, 35.348 Seat, 38.966 Skoda e 15.291 de outros veículos comerciais.

No dia 18 de setembro, as autoridades norte-americanas revelaram que milhares de carros a diesel do grupo alemão tinham no motor um software que manipulava os dados de emissões poluentes, uma informação que foi confirmada pelo grupo Volkswagen.

O escândalo levou à demissão do presidente executivo do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, e o novo gestor, Matthias Müller, afirmou que em janeiro vão começar a chamar os 11 milhões de veículos afetados às oficinas, em uma operação que espera concluir no final de 2016.

Agência Brasil

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Saiba como evitar o desperdício de água

Juiz de Fora 



Companhia de Saneamento Municipal - Cesama

Todos sabemos que a água é um bem finito e devemos fazer o uso racional deste valioso produto. Confira nossas dicas para evitar o desperdício.

Torneiras

- Feche a torneira ao ensaboar as mãos, escovar os dentes e fazer a barba. Só abra quando for realmente utilizar a água. 
- Faça o mesmo ao lavar roupas e louças: torneira aberta, só na hora do enxágue.
- Confira se a torneira está totalmente fechada. Você sabia que uma torneira com um filete de 1mm desperdiça, em média, 1.280 litros de água por dia?

Banheiros

- Não abuse da descarga. Ela pode consumir até 40% da água usada em toda a casa.
- Regule periodicamente a válvula da descarga.
- Não jogue papel, absorvente higiênico, fraldas descartáveis, cotonetes, preservativos ou pontas de cigarro dentro do vaso sanitário, pois podem causar entupimentos.
- Diminua o fluxo de água do chuveiro. Quando estiver se ensaboando, mantenha o chuveiro fechado.

Áreas externas

- Prefira sempre o balde à mangueira para lavar o carro, por exemplo. É mais econômico.
- Se precisar usar a mangueira, compre um esguicho (tipo bico). Com ele, o fluxo de água é interrompido sempre que você não estiver utilizando a mangueira.
- Não use o jato d'água para “varrer” o chão. Prefira a vassoura. Você pode, também, aproveitar a água da máquina de lavar para limpar passeios, terreiros e pátios.
- Evite lavar carros, garagens e calçadas, bem como regar jardins, várias vezes por semana. 

Equipamentos

- Cuidado com o hidrômetro. Se suspeitar de vazamentos no aparelho, ligue para o Cesama Atende – 115. 

- Caso o usuário suspeite de vazamentos internos, ele mesmo deve contratar um técnico para os trabalhos de vistoria. 

- Cheque sempre o funcionamento da boia d'água instalada na caixa d'água.

Portal PJF

Início das inscrições para o concurso público da Codemig

A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) publicou edital de concurso público para preenchimento de 23 vagas para cargos de Analista de Apoio e Analista de Desenvolvimento Econômico. Os salários variam entre R$ 3.724,80 e R$ 14.203,95, mais benefícios.

A seleção é destinada a profissionais com formação de nível superior em diferentes áreas do conhecimento. Conforme edital publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (11/8), os interessados poderão se inscrever a partir das 14h do dia 13 de outubro até as 23h59 do dia 12 de novembro deste ano.

As inscrições serão feitas via internet, no portal eletrônico da Fundação Getúlio Vargas (portal.fgv.br), a entidade responsável pela realização do Concurso Público. O valor da inscrição é de R$ 80 para todos os cargos.

A avaliação dos candidatos se dará por meio de uma prova escrita objetiva e outra discursiva, ambas de caráter eliminatório, além da avaliação de títulos como critério classificatório. A prova será realizada apenas em Belo Horizonte, no dia 20 de dezembro deste ano, das 13 às 18 horas.

Já a convocação dos candidatos aprovados vai obedecer à ordem classificatória por cargo e função, observando o preenchimento das vagas existentes. Informações adicionais sobre o concurso poderão ser obtidas pelo telefone 0800 283 4628 ou pelo e-mail concursocodemig@fgv.br.

Das vagas

Ao todo, são 20 vagas destinadas ao cargo de Analista de Desenvolvimento Econômico, sendo 18 de ampla concorrência e duas para candidatos com deficiência. Para todos os cargos, a carga horária é de 40 horas semanais e também é exigida disponibilidade para viagens.

Agência Minas

OAB quer discutir grafia de palavras com signatários do acordo ortográfico

11/10/2015 09h40
Brasília
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
Grafia tem de ser definida antes de 2016 quando o acordo torna-se obrigatório, alerta OAB - Arquivo/Agência Brasil

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer discutir a definição da grafia de algumas palavras da língua portuguesa com os demais países signatários do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

No dia 12 de novembro, o Conselho Federal da OAB vai apresentar um relatório detalhando as sugestões na Academia de Ciências de Lisboa, em Portugal. A partir de então, o debate poderá ser ampliado também para os países do continente africano.

No Brasil, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa passa a ser obrigatório no ano que vem, mas, para a OAB, as novas regras ainda deixam dúvidas na grafia de algumas palavras, que ainda não constam no dicionário da língua portuguesa. A Ordem quer que as sugestões sejam incorporadas ao Sexto Vocabulário Comum da Língua Portuguesa, em 2016.

No início do ano, a OAB buscou a Academia Brasileira de Letras (ABL) e o Ministério das Relações Exteriores para propor definições de palavras que têm impacto no meio jurídico. A intenção agora é levar o debate para os outros países.

“Será o início de um projeto que queremos desenvolver em todas as ordens dos advogados e nos órgãos oficiais desses países”, explica o representante oficial da OAB para assuntos ligados ao Tratado Internacional da Língua Portuguesa, Carlos André Nunes. Além do Brasil, assinam o acordo Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Na última terça-feira (6) Nunes conversou sobre questões do acordo em encontro com o embaixador português, Francisco Ribeiro Telles. Segundo o representante da OAB, o tratado ainda é alvo de polêmica, principalmente em Portugal, onde metade da população concorda e metade discorda.

Para o advogado, falta mobilização no Brasil. “Neste momento a sociedade civil precisa debater o assunto. O acordo vai entrar em vigor, mas a nossa preocupação é com o vocabulário, queremos que sejam retirados os problemas que o acordo tem. É importante que outros grupos além da OAB, saibam que também podem fazer sugestões.”

Sugestões da OAB

Uma das principais questões em debate é o uso do hífen. A expressão lava jato, por exemplo, que dá nome à operação da Polícia Federal que investiga desvio de recursos na Petrobras, entra no rol das palavras duvidosas. Existem dúvidas também em palavras usadas no meio jurídico, como hora extra, que pode ser usada com hífen, caso em que extra é característica da hora.

O uso de letra maiúscula ou minúscula também gera dúvidas. É o caso da palavra país, para a qual a OAB vai sugerir inicial maiúscula quando se referir a um termo já citado. Por exemplo, se um texto mencionar Brasil e, logo em seguida, país, escreve-se País.

A OAB também não está satisfeita com a eliminação do trema, que, segundo a entidade, é fundamental para definir a pronúncia de determinadas palavras.

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

Círio de Nazaré leva 2 milhões de fiéis às ruas de Belém

11/10/2015 15h36
Belém
Ariane Póvoa - Enviada Especial da EBC

Manifestações de fé, emoção e solidariedade transformaram a capital paraense neste domingo. O Círio de Nazaré, maior procissão católica do país, reuniu mais de 2 milhões de pessoas em Belém, de acordo com a organização do evento. A romaria ocorre todo segundo domingo de outubro.

Durante as cinco horas de procissão, paraenses e devotos brasileiros e estrangeiros pagaram promessas e prestaram homenagens à Nossa Senhora de Nazaré, considerada padroeira do Pará e Rainha da Amazônia.

A imagem peregrina da santa partiu da Catedral de Belém, no Largo da Sé, às 6h30, após missa celebrada pelo Arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira.

O percurso, de 3,6 quilômetros, foi concluído por volta das 11h30, quando então a imagem chegou à Praça Santuário.
Belém - Círio de Nazaré, grande procissão rumo a Praça Santuário de Nazaré - Wilson Dias/Agência Brasil

Cerca de 7 mil pessoas conduziram a corda que puxa a berlinda com a imagem de Nossa Senhora. Considerada um grande símbolo da festa, a corda tem 400 metros e é disputada centímetro a centímetro pelos fieis.

Muitos pagadores de promessas fizeram o percurso descalços ou de joelhos, como Jane Silva, 42 anos, que fez um agradecimento pela saúde da mãe e da filha, e, mesmo com os joelhos feridos, conseguiu cumprir o compromisso. “Minha mãe teve leucemia e, minha filha, epilepsia. Graças a Deus e Nossa senhora de Nazaré, elas estão curadas”, disse.

O colombiano Wilson Carbarra está no Pará pela primeira vez. A convite da noiva, a paraense Rita Casado, ele veio participar das festividades do Círio de Nazaré.

“Parece maravilhosa a procissão do Círio, é comparada com a Semana Santa na Colômbia”,disse.

Com os pés descalços, a paraense Albani Oliveira, 53 anos, carregava a maquete de uma casa na cabeça para agradecer a conquista da casa própria.

“Eu consegui mudar de casa para uma casa maior, para dar mais conforto para a minha família. No Círio passado eu pedi que Nossa Senhora me desse essa graça. E eu ganhei”, contou.

Durante todo o percurso, pessoas ajudam os romeiros, estendendo caixas de papelão pelo caminho, para que eles conseguissem cumprir as promessas de joelhos. Além disso, milhares de voluntários da Força Estadual de Saúde e da Cruz Vermelha prestaram ajuda aos devotos que se sentiram mal durante a procissão.
Belém - Círio de Nazaré, grande procissão rumo a Praça Santuário de Nazaré -Wilson Dias/Agência Brasil

Além de uma festa católica, o Círio de Nazaré é uma importante manifestação cultural paraense. Em dezembro de 2013, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu a festividade como Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade.

As romarias oficiais do Círio são realizadas há 223 anos. A procissão principal chegou ao fim, mas outras seis romarias acontecem no próximo fim de semana. A concha acústica da Praça Santuário vai receber atrações até o dia 26 de outubro.

Almoço do Círio
Após a grande procissão, é tradição no Pará o almoço em família, com pratos típicos da região, como o pato no tucupi, o jambu, a maniçoba, o vatapá, o tacacá e o arroz paraense.

Na casa da economista Rita Casado, a preparação para a ceia do domingo do Círio começou com uma semana de antecedência. “É que para preparar a maniçoba, é preciso cozinhar as folhas da maniva [mandioca] por sete dias, para retirar da planta um ácido que é venenoso”, explicou.

Rita disse que a família sempre se reúne para o almoço no dia do Círio, mas este ano a data é ainda mais especial. “Pela primeira vez estou recebendo meu noivo, que é colombiano. Também tem um tio que mora há 45 anos em Miami e veio para cá. Outra tia de Porto Alegre também está aqui. É a tradição da família reunida”.

De acordo com a Secretaria de Turismo do Estado do Pará, Belém recebeu cerca de 84 mil visitantes para as festividades do Círio 2015.

Recado aos fiéis
Por meio do Twitter, a presidenta Dilma Rousseff saudou os fiéis que participam do Círio de Nazaré e disse que é “sempre comovente” assistir à manifestação de fé e alegria dos milhões de brasileiros que acompanham a procissão em Belém.

“Meu abraço aos paraenses e turistas que enchem as ruas de Belém em uma das manifestações católicas mais fortes do mundo”, escreveu.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

sábado, 10 de outubro de 2015

Calouros da UFJF farão matrículas dias 20 e 21 de outubro

09/10/2015 18h54 - Atualizado em 09/10/2015 18h54

Do G1 Zona da Mata

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou, no fim da tarde desta sexta-feira (9), as datas das matrículas presenciais dos aprovados para o segundo semestre do ano letivo de 2015.

Aprovados tanto pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) quanto pelo Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) deverão comparecer à instituição nos dias 20 e 21 de outubro. Mas os horários irão variar conforme o curso (confira abaixo).

Em Juiz de Fora os estudantes devem procurar o Anfiteatro das Pró-reitorias, no prédio central do campus. Já os alunos do campus de Governador Valadares farão a matrícula na Faculdade Pitágoras.

Todos os candidatos deverão levar certidão de nascimento ou casamento, declaração ou certificado de conclusão do Ensino Médio Regular ou equivalente, quando se tratar de curso técnico e/ ou profissionalizante, com data de conclusão do curso anterior à data do requerimento da matrícula.

É preciso apresentar também histórico escolar completo do Ensino Médio ou equivalente; Carteira de Identidade; CPF – Cadastro de Pessoas Físicas; título de eleitor para brasileiros maiores de 18 (dezoito) acompanhado da quitação eleitoral em 2014; certificado de Reservista ou Atestado de Alistamento Militar com os carimbos atualizados ou Atestado de Matrícula em CPOR ou NPOR ou CDI, para brasileiros maiores, se do sexo masculino; uma foto recente, tamanho 3×4; declaração do(s) estabelecimento(s) de Ensino onde cursou o Ensino Médio, informando a sua natureza, se pública, caso esta informação não esteja constando no Histórico Escolar.

A Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara) observa ainda que o aluno já matriculado em um curso da UFJF e que, em virtude da seleção através do Sisu, efetivar matrícula em novo curso, terá cancelada a matrícula no curso anterior, a partir do ingresso no novo curso.

Já os classificados para o curso de Letras que tenham conhecimento de Língua Estrangeira deverão prestar uma prova de nivelamento, no dia 3 de novembro, às 14h30, na Faculdade de Letras. Os que não comparecerem terão sua matrícula efetivada no nível básico da língua estrangeira de sua opção.


Campus UFJF
Local: Anfiteatro das Pró-reitorias (prédio central da UFJF)

Dia 20
8h30 às 10h – Ciência da Computação, Física, Química, Sistemas de Informação, Enfermagem e Nutrição.
10h às 11h30 – Engenharia Mecânica, Jornalismo, Matemática, Pedagogia, Serviço Social, Letras e Letras Libras
13h às 14h30 – Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design e Direito

Dia 21
8h30 às 10h30- Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas, Fisioterapia, História e Engenharia de Produção
10h30 às 11h30- Ciências Biológicas, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Odontologia
13h às 14h30- Educação Física, Farmácia, Medicina e Medicina Veterinária

Campus Governador Valadares
Local: Rua Raimundo Monteiro de Rezende 330, Centro (prédio da Faculdade Pitágoras)

Dia 20
8h30 às 10h – Educação Física e Farmácia
10h às 11h30- Ciências Econômicas 
13h às 14h – Odontologia

Dia 21
8h30 às 10h – Nutrição e Fisioterapia
10h às 11h30 - Administração
13h às 14h - Medicina

Mais da metade de policiais de UPPs dizem ter sido hostilizados pela comunidade

10/10/2015 08h12
Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
Pesquisa mostra que aumento da hostilidade é consequência da deterioração do projeto original das UPPs     Fernando Frazão/Agênica Brasil]

Mais da metade dos policiais militares de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro foram alvo de objetos atirados contra eles por pessoas da comunidade e 66% foram xingados por moradores pelo menos uma vez em três meses. As informações fazem parte de levantamento divulgado hoje (10) pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes sobre o que pensam os policiais que atuam em UPPs, com dados de 2014. Foram ouvidos cerca de 2 mil cabos e soldados em 36 UPPs, dos 7.643 alocados nessas unidades em julho de 2014.

A pesquisa mostra que o aumento da hostilidade é consequência da deterioração do projeto original, criado em 2008, sobretudo pelo distanciamento da polícia em relação aos moradores. Esta é a terceira rodada da pesquisa - as primeiras foram feitas em 2009 e 2012.

Para uma das coordenadoras do projeto, a pesquisadora Sílvia Ramos, a atuação dos policiais nas unidades está muito parecida com o modus operandi da Polícia Militar (PM), de ocupação e repressão. “Detectamos o aumento de policiais em atividades mais operacionais, mais de policiamento convencional, como abordagem de suspeitos, e menos policiais fazendo a atividade típica de proximidade, que é a de contato direto com moradores, líderes comunitários e outros”, afirmou.

Houve diminuição da ronda a pé e do número de policiais com algum tipo de contato com associações de moradores e entidades locais. As atividades repressivas, com frequentes abordagens e revistas, aumentaram em número e grau. Mais de 56% declararam abordar e revistar suspeitos frequentemente nas comunidades. Em 2012, 37,6% dos policiais faziam ronda a pé na maior parte do tempo. Em 2014, esse percentual caiu para 23,7%. O percentual de agentes no Grupamento Tático de Polícia de Pacificação, que as pesquisadoras chamam de “minibope” (Batalhão de Operações Especiais), aumentou de 15,1% para 22,2% no período.

“A ronda a pé é o coração do policiamento de proximidade, é aquele policial que conhece o morador, sabe que aquele menino mora naquela casa e nunca vai atirar naquele menino, nem abordá-lo agressivamente”, comentou Sílvia, ao admitir que territórios muito grandes impõem obstáculos a essa missão. “ Mas não precisa ter um policial em cada beco, é preciso estreitar os laços comunitários, pouquíssimas comunidades estão tendo fóruns de diálogo permanente. Cada vez que um morador quer fazer alguma queixa de um policial, tem que ir à sede do comando tentar falar com o capitão". Segundo ela, "mecanismos de diálogo sequer foram experimentados em algumas comunidades”.

Somente 26% dos entrevistados declararam que desenvolvem com muita frequência alguma prática de aproximação com a população local e somente 5,3% afirmaram reunir-se sistematicamente com moradores. O percentual de agentes que relataram a percepção de sentimentos positivos dos moradores em relação às UPPs diminuiu de 43,7%, em 2012, para 23,8%, no ano passado. Em 2010, essa parcela era 66,5%. Ao mesmo tempo, mais de 60% acreditam que os moradores têm sentimentos negativos em relação aos policiais das UPPs.

A pesquisadora Bárbara Musumeci, que também coordenou a pesquisa, ressaltou que os policiais mediadores, que mantêm diálogo com a população, mostraram-se mais satisfeitos com o trabalho que exercem. “Essas pessoas têm uma visão muito mais positiva, têm muito menos desejo de sair, estão menos expostas ao conflito tensionado. Toda essa percepção negativa dos policiais se inverte quando se aborda aqueles que fazem polícia de aproximação, pois não fazem revista”.

Para a pesquisadora Leonarda Musumeci, também coordenadora do estudo, o aumento dos conflitos e de mortes de policiais em serviço pode ter acentuado a polarização da ideia do “nós contra eles, do bem contra o mal”. Segundo ela, alguns policiais declararam que os que não gostavam dos agentes policiais eram simpáticos aos traficantes. “A proposta inicial da UPP não era tomar o tráfico de drogas como inimigo, mas como um fenômeno que deve ser isolado e controlado. Talvez as mortes tenham acentuado uma visão dos policiais dos moradores agressores como se todos fossem ligados ao tráfico”.

As pesquisadoras também comentaram sobre o crime filmado no Morro da Providência, em que policiais matam um menino e forjam auto de resistência. “Forjar flagrantes e autos de resistência dentro de uma UPP era algo impensável quando ela foi criada. É uma das piores profecias que havia sobre o que poderia acontecer com os policiais dentro das UPPs”, declarou Sílvia.

O subsecretário de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Estado de Segurança, Pehkx Jones da Silveira, informou que algumas mudanças importantes já foram implementadas e que se a pesquisa fosse feita hoje, muitos resultados seriam positivamente diferentes. “Introduzimos no novo currículo de formação de soldados, que será aplicada a partir de janeiro de 2016, a disciplina polícia de proximidade, com estudos de casos, para mostrar como essa proximidade pode ser feita e que qualifica o trabalho na ponta”, disse ele ao explicar que a disciplina polícia comunitária, que é dada hoje, passará a ser um subitem da nova matéria. “Esse novo currículo passa a valer para os 6 mil novos policiais que devem se formar a partir de janeiro do ano que vem”. A capacitação passou de sete meses para dez meses, mais dois meses de estágio no local de atuação do policial recém-formado.

Silveira destacou que, desde janeiro, foi criado um curso de capacitação continuada de duas semanas para 10 mil policiais, que deu prioridade aos lotados em UPPs com forte índice de confronto violento. “Nessas duas semanas, o policial tem instruções de modalidades de abordagem, defesa pessoal, sociologia e antropologia, do modelo de funcionamento e conformação da comunidade que ele policia, para não se expor ou expor a comunidade local a qualquer tipo de risco”. Até o momento, 1,5 mil já fizeram o curso.

Sobre a falta de ações mais sistemáticas de diálogo com a comunidade, ele declarou que estão sendo implementados cursos para mostrar mecanismos de interlocução e instrumentos aos comandantes e supervisores das UPPs e fortalecer os laços com as comunidades.

Para o subsecretário, somente a educação e mudança de cultura podem combater crimes como o ocorrido na Providência. “Por meio do curso de formação, podemos mostrar ao aluno que existem alternativas a esse modelo equivocado, de uma cultura policial antiga e ultrapassada, que é rejeitada pela sociedade e pela corporação”, afirmou.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil