quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Delegacia da Mulher deu início, há 30 anos, a políticas de combate à violência

06/08/2015 07h21
São Paulo
Camila Boehm* – Repórter da Agência Brasil
Reclamações sobre o atendimento prestado em delegacias de polícia comuns leevaram à criação da primeira Delegacia de Defesa da Mulher
Marcello Jr/Arquivo da Agência Brasil

“Ele costumava fazer coisas para me amedrontar, pegava facão, me chutava, era soco, pontapé, tinha um machado também, que ele queria jogar na minha cabeça”, revela Cássia**, hoje com 37 anos, sobre a última cena de agressão protagonizada pelo ex-marido, com quem se casou aos 17. Ele era dez anos mais velho e essa era a desculpa para que Cássia recebesse “lições”, entre elas ameaças de morte com um revólver na cabeça.

A violência física começou dois meses após o casamento. “Eu fiquei [em casa] porque ele me pediu desculpa, éramos recém-casados, ele ficou chorando, falou que nunca mais ia acontecer”, relata. Depois da primeira, vieram muitas, justificadas pelo ciúme. Ela acreditava que era uma forma de proteção por parte do marido.

O último episódio de violência ocorreu no dia do aniversário de Cássia, em 2012. Ela nunca havia procurado uma delegacia para denunciar, mas, nesse dia, sua vizinha de 12 anos ouviu os gritos e chamou a polícia. Levada para uma delegacia comum, ela conta que, ao dizer que estava com medo, o delegado minimizou o problema, disse que não poderia ajudar e que ela deveria fazer o que quisesse.

“Eu falei que tinha muito medo do meu marido, tinha medo de ele me matar. O delegado disse: 'ele vai te matar de qualquer jeito, ou preso ou fora da cadeia'”.

Reclamações de mulheres sobre o atendimento prestado em delegacias de polícia comuns, onde geralmente eram ouvidas por homens, motivaram a criação da primeira Delegacia de Defesa da Mulher, há 30 anos, em São Paulo.

Secretário de Segurança Pública do estado à época, o vice-presidente, Michel Temer, conta que recebeu um grupo de mulheres que criticava a forma como eram tratadas nas delegacias. “Quando iam reclamar de agressão de companheiro ou de violência sexual, recebiam tratamento inadequado, do tipo 'quem sabe a culpa é sua'”, relembra Temer.

Foi a partir desse encontro que a Secretaria de Segurança Pública resolveu criar a Delegacia de Defesa da Mulher, no centro da capital paulista. A ideia, explica Temer, era que a delegacia fosse integrada “por uma delegada, algumas escrivãs e muitas investigadoras para atender à mulher agredida nos seus direitos mais elementares”.

A finalidade da delegacia era receber vítimas de violências físicas e sexuais cometidas por desconhecidos, com o intuito de dar um atendimento mais humanizado e acolhedor. A equipe de trabalho, entretanto, foi surpreendida por uma forte demanda: mulheres agredidas pelos próprios companheiros, como o caso de Cássia.

Pioneirismo

Primeira delegada especial para mulheres, Rosmary Corrêa conta que o equipamento foi a primeira política pública direcionada a vítimas de violência no Brasil. “A ideia era oferecer um espaço diferenciado para a mulher, que seria atendida por outras mulheres, para que ela ficasse mais à vontade para falar a respeito desse assunto”, lembra. Hoje, existem nove delegacias da mulher somente na capital paulista e 130 em todo o estado.

A partir da criação da delegacia, o governo passou a ter ciência e a enxergar a violência sofrida pelas mulheres, tanto agressões físicas quanto discriminações e ofensas. Para atendê-las integralmente, criou-se um setor de assistência social, dentro da própria delegacia, além de um abrigo para mulheres que não podiam voltar para casa por medo de serem mortas pelo marido. “Tudo começou a aparecer depois que se mostrou a realidade que muitas mulheres viviam dentro de casa”, afirma Rosmary.

Para ela, uma das conquistas da delegacia foi mostrar que a violência doméstica não era normal e que havia possibilidade de denúncia. “Tínhamos que mostrar para o agressor que bater na mulher, mesmo que fosse a mulher dele, era crime e como crime seria tratado”.

Gislaine Doraide Ribeiro Pato, que também foi delegada da mulher no estado e hoje trabalha na coordenação de todas as delegacias, destaca que, na época, a violência doméstica era invisível, ocorria entre quatro paredes e não havia nem abertura nem impulso para que as denúncias viessem à tona. “Foi a primeira política pública desenvolvida em prol da mulher. Foi um avanço, um marco, uma ação que resplandeceu”, destacou.

Gislaine explica que vários fatores impedem a mulher de denunciar o companheiro agressor. Há o receio de desaprovação da família em casos de divórcio e de perder a guarda dos filhos. Também há a fragilidade emocional e a dependência financeira, além de situações de ameaça. “São fatores que ainda preponderam para que a mulher não consiga sair dessas amarras, quebrar tudo que faz com que ela continue sendo vítima”, analisa.

A tradição familiar foi o principal entrave, no caso de Cássia. “Meu pai não queria que eu me separasse, então tinha que ficar”, relembra. Ela conta que, nos episódios de violência, o próprio marido chamava a família dela para uma conversa e dizia que a companheira havia feito “coisas erradas” e, por isso, tinha apanhado. “Meu pai colocava a culpa em mim toda vez e passava a mão na cabeça dele”, relata.

Somente aos 34 anos, após 17 anos de casamento, ela conseguiu se libertar do ciclo de violência que vivia.

“Eu não conseguia ver solução. Comecei a ter vontade de fazer alguma coisa porque um mês antes tinham morrido duas mulheres por conta de agressão e eu chorei muito. Eu lembro, porque eu falei assim: 'Já pensou, meus filhos estarão na televisão, falando isso de mim, quem vai cuidar deles? O pai vai estar na cadeia e eu, morta'”.
Com a ajuda de um amigo e de um advogado, ela conseguiu que o ex-marido saísse de casa. Uma medida cautelar, que vigora até hoje, obriga que ele fique a, pelo menos, 500 metros de Cássia e da casa em que ela vive com os três filhos.

Desafios

Para o vice-presidente, Michel Temer, houve grandes avanços no combate à violência contra a mulher nos últimos 30 anos. Ele cita como exemplos a Lei Maria da Penha (2006), que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica, e a Casa da Mulher Brasileira, que reúne em um mesmo espaço serviços de assistência às mulheres vítimas de violência, como delegacia, juizado, Defensoria Pública e apoio psicossocial.

Ele reconhece, no entanto, que há ainda desafios para mudar o quadro de violência contra a mulher. “Há deficiências? Claro que há. Mas elas vão sendo combatidas com muito mais velocidade do que eram há 30, 40 anos. É uma evolução constante.”

Delegada da mulher desde 1994, Gislaine destaca os desafios a serem enfrentados. “Precisamos amparar e tentar fortalecer essas mulheres que estão fragilizadas. Eu acredito que existam leis muito boas, como a Lei Maria da Penha, previsão constitucional de que todo mundo é igual, só que na prática precisamos ainda concretizar essa igualdade e estamos caminhando para isso”, diz.

Para a coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública de SP, Ana Paula Lewin, a Lei Maria da Penha, que completa nove anos na próxima sexta-feira (7), já é uma realidade. “É uma lei que hoje tem aplicabilidade. Enfrentamos ainda muitas barreiras, temos muita dificuldade, o atendimento ainda não é o melhor, mas jamais podemos deixar de reconhecer que esse é um instrumento que realmente funciona e que incentiva, inclusive, as mulheres a buscarem ajuda”, declarou.

Para Ana Paula, as medidas de proteção de urgência, estabelecidas na lei, são ferramentas importantes no enfrentamento imediato à violência doméstica. As medidas incluem proteção policial, encaminhamento ao hospital e acompanhamento para a retirada dos pertences pessoais da casa que dividia com o companheiro. “Não precisamos nem discutir se a mulher vai tomar providências depois, se o processo-crime vai continuar, mas é uma medida para já encerrar o ciclo da violência e para a mulher conseguir se libertar da violência”, disse.

Estatísticas

A cada duas horas, uma brasileira é morta em situação violenta. Uma em cada cinco mulheres afirma ter sofrido algum tipo de agressão por parte de um homem. Os dados fazem parte do Dossiê Violência contra as Mulheres, plataforma multimídia online lançada ontem (5) pelo Instituto Patrícia Galvão.

Na capital paulista, onde Cássia sofreu agressão, os registros de violência contra a mulher aumentaram 10,4% em junho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 1.779 boletins de ocorrência. No estado de São Paulo houve queda de 8% no registro de boletins de ocorrência no mesmo período. Em junho de 2014 foram 10.585 registros e em 2015, 9.742.

Na capital, as denúncias mais expressivas, em junho deste ano, dizem respeito a casos de ameaça (759 registros) e lesão corporal dolosa (716). Já no estado, foram registrados 4.614 e 3.752 denúncias desse tipo, respectivamente. Juntos, os dois crimes são responsáveis por 83% dos boletins de ocorrência na capital paulista. No estado, essa proporção é ainda maior e chega a 85,9%.

* Colaborou Ana Cristina Campos, de Brasília
** Nome fictício a pedido da entrevistada

Edição: Lílian Beraldo

Agência Brasil

PM apreende armas de fogo e conduz autor

Rua Vicente Gávio - Paula Lima - Juiz de Fora 

Nesta quarta-feira (5), por volta de 12:30 h, policiais militares registraram a ocorrência de posse ilegal de armas de fogo.

Denúncias apontavam que um homem mantinha armas de fogo no interior da residência, em uma área rural.

Uma equipe de policiais foi averiguar o fato e constatou a existência de duas armas de fogo, um revólver de calibre 32 e uma Carabina de calibre 38, tendo o autor alegado que elas pertenciam ao seu falecido sogro e que não havia regularizado os registros.

Um revólver de calibre 38 e outro de calibre 32 também foram localizados no interior do sítio.

Germano,42, recebeu voz de prisão em flagrante delito e foi conduzido à delegacia, juntamente com o material apreendido.

Na delegacia o flagrante foi ratificado.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Campanha de Multivacinação começa na próxima semana em Juiz de Fora

JUIZ DE FORA - 5/8/2015 - 14:43
Notícias de: SECRETARIA DE SAÚDE

A Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) realiza, no dia 15, o “Dia D Contra a Poliomielite”. A data faz parte da Campanha Nacional de Multivacinação, que começa na segunda-feira, 10, e só termina no dia 30.

Durante o período de imunização serão disponibilizadas doses das vacinas contra febre amarela, pneumonia, meningite, difteria, coqueluche, hepatite B e casos específicos contra meningite e poliomielite. O público-alvo é formado por crianças com idades entre seis meses e menores de cinco anos, para proteção contra a poliomielite, e entre zero e menores de cinco anos, como participantes da campanha. A meta é proteger cerca de 27 mil crianças nestas faixas etárias em Juiz de Fora.

A enfermeira do setor de imunização, do Departamento de Vigilância Epidemiológica da SS, Simone Maria de Oliveira, explicou que “a poliomielite pode ser transmitida por vias orais ou através do contato com fezes contaminadas, e pode causar paralisia flácida dos membros inferiores, o que compromete a locomoção da criança, além de ser irreversível”. De acordo com ela, o Brasil não registra casos da doença desde 1990. A ideia é manter o país livre do poliovírus selvagem, transmissor da doença.

Já a multivacinação tem como foco zerar as ocorrências de doenças como difteria, coqueluche, sarampo, tétano neonatal e acidental, meningite e outras doenças conhecidas como imunopreveníveis, ou sejam, doenças que podem ser prevenidas com a vacinação.

A campanha acontece até o dia 30, sempre das 8 às 16 horas. Os postos de imunização funcionarão em todas as unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps), Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA) ou no Posto de Atendimento Médico (PAM) Marechal. Para se vacinar é preciso apresentar o cartão da criança. No “Dia D”, a população poderá procurar, além das unidades de saúde, as tendas montadas no hiperrmercado Carrefour, Santa Cruz Shopping e no Parque Halfeld.

Texto: Maraísa Tavares

* Mais informações podem ser obtidas com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7389 ou 3690-7123

Portal PJF

Ouvidoria Móvel registra opiniões em Juiz de Fora sobre serviços do Estado

04/08/2015 10h08 - Atualizado em 04/08/2015 10h08

Do G1 Zona da Mata

Juiz de Fora recebe a partir desta quarta-feira (5) a Ouvidoria Móvel da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE). O objetivo é recolher críticas, elogios, denúncias e sugestões dos cidadãos sobre os serviços públicos prestados pelo Estado.

A equipe registrará as informações durante a segunda etapa dos Fóruns Regionais da Zona da Mata nesta quarta-feira. Na quinta-feira (6), também estará das 9h às 16h na Praça Antônio Carlos, no Centro.

Os cidadãos ainda podem registrar as manifestações por meio do Disque Ouvidoria pelo número 162, pela internet ou na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) de Juiz de Fora, que fica na Avenida Independência, 3600, no Bairro São Mateus.

Outra opção é o atendimento presencial na sede da OGE, na Rodovia Pref. Américo Gianetti, 4001, no Bairro Serra Verde, em Belo Horizonte. Ofícios e cartas enviadas para a sede do órgão também são aceitos como manifestações.

Segundo a assessoria da OGE, de janeiro a junho deste ano, os cidadãos mineiros registraram 11.198 manifestações. Desse total, 601 foram originadas dos municípios da Zona da Mata, sendo 371 já encerradas e 230 em tramitação nos órgãos do Estado.

Fórum Regional
Durante o encontro serão recolhidas manifestações dos participantes do evento, na Faculdade Estácio de Sá, na Avenida Presidente João Goulart, 600, no Bairro Cruzeiro do Sul.

Moradores da região, representantes dos movimentos sociais, empresários, religiosos e lideranças políticas irão debater os problemas apontados no Formulário de Diagnóstico Territorial e priorizar o que é mais importante para a região.

A proposta é definir uma ordem de importância para que o Governo de Minas Gerais possa priorizar as questões levantadas pelos moradores da Zona da Mata em seu planejamento. O que for definido como prioridade será encaminhado aos técnicos da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para ser incluído no plano de ação do Governo de Minas.

O Diagnóstico Territorial também vai ajudar a construir o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) e o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). Nesses documentos, o Governo diz quais ações e projetos irá adotar e onde pretende investir nos próximos anos.

http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/08/ouvidoria-movel-registra-opinioes-em-juiz-de-fora-sobre-servicos-do-estado.html

Homem tenta subornar policiais com R$ 28 mil para não ser preso em Ubá

05/08/2015 09h56 - Atualizado em 05/08/2015 09h56

Do G1 Zona da Mata
Homem já tinha passagens por tráfico de drogas
(Foto: Polícia Civil Ubá/Divulgação)

Um homem de 53 anos tentou subornar o delegado de Antidrogas e Homicídios de Ubá, Rafael Gomes de Oliveira e investigadores após ser detido nesta terça-feira (4). Segundo os policiais, o suspeito ofereceu R$ 28 mil para não ser preso.

De acordo com a Polícia Civil, a oferta foi feita na delegacia e filmada pelos policiais, que deram voz de prisão em flagrante pelo crime de corrupção ativa.

O suspeito foi detido no Bairro Cidade Jardim e, durante as buscas, os policiais apreenderam cerca de um quilo e 840 gramas de maconha, uma balança de precisão, dois veículos, uma motocicleta e R$ 30.

O suspeito tem passagens por tráfico e foi preso por tráfico de drogas e corrupção ativa. Ele foi encaminhado ao presídio de Ubá.

http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/08/homem-tenta-subornar-policiais-com-r-28-mil-para-nao-ser-preso-em-uba.html

Ao contrário dos policiais de SP e Rio, agentes mineiros não temem após expediente

31/07/2015 06:51 - Atualizado em 31/07/2015 06:51

Gabriela Sales - Hoje em Dia

Carlos Henrique/Hoje em Dia
Frequentemente, profissionais são vistos com uniforme nas ruas e no transporte público em BH

Na capital mineira, não é difícil encontrar policiais fardados ou com algum tipo de dispositivo que os identifiquem caminhando pelas ruas da cidade após um dia de trabalho. A realidade, no entanto, é bem diferente no restante do país. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (30) aponta que 75,6% dos profissionais de segurança pública brasileiros já foram alvos de ameaça fora do horário de trabalho.

Temendo a violência, 61,8% desses servidores evitam utilizar o transporte público fardados ou com distintivos. A situação é muito comum nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, conforme os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Porém, os policiais mineiros sentem-se seguros tanto durante o serviço quanto após o expediente, de acordo com os próprios profissionais. “Aqui, o bandido não entra em confronto com a polícia e a atuação dos policiais faz com que a sociedade sinta essa segurança”, explica o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), Marco Antônio Bahia.

Confiáveis

Em 2012, o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG apontou as polícias Militar e Civil de Minas Gerais como as mais confiáveis do país. Pesquisadora do núcleo, a socióloga Ludmila Ribeiro afirma que a sensação de segurança está relacionada na forma de combate ao crime no Estado.

“O respeito e a legitimidade dos policiais são garantidos quando uma corporação trabalha estrategicamente e dentro da lei”, reforça.

Em nota, a Polícia Civil disse que a eficiência, qualidade, imparcialidade no respeito aos direitos humanos contribuíram para que a autoridade policial fosse respeitada no Estado. A opinião é compartilhada pelo assessor da Polícia Militar, capitão Antuer Júnior. “Uma polícia próxima da população garante essa segurança”.

Thandara Santos, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, observa que falta estratégia de enfrentamento à violência por parte das corporações no país. “Melhores condições de trabalho, qualificação dos profissionais e equipamentos são algumas das formas de melhorar a imagem das polícias”.

35% dos policiais brasileiros escondem de familiares, vizinhos e amigos a profissão ou evitam comentar a respeito da forma de trabalho exercido.

http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/ao-contrario-dos-policiais-de-sp-e-rio-agentes-mineiros-n-o-temem-apos-expediente

Papa: divorciados que voltam a se casar não devem ser excomungados

05/08/2015 09h13
Cidade do Vaticano
Da Agência Lusa
O papa Francisco disse hoje que os divorciados que voltaram a se casar são parte da igreja e não devem ser tratados como excomungados.
Fehim Demir/EPA/Agência Lusa

Os divorciados que voltaram a se casar "são parte da Igreja" e não "devem ser tratados como excomungados", afirmou hoje (5) o papa Francisco, antecipando um dos temas mais polêmicos do Sínodo dos Bispos sobre a Família, previsto para outubro.

"Progrediu muito a consciência de que um acolhimento fraternal e atento, com amor e verdade, é necessário para os batizados que estabeleceram nova relação depois do fracasso de um casamento sacramentado", declarou o papa durante a audiência semanal.

"Essas pessoas não são excomungados e não devem ser tratadas como tal. Elas são parte da Igreja", repetiu, sob aplausos na sala Paulo VI.

Francisco pediu que se distinguisse, em alguns casos, entre "quem foi confrontado com a separação e quem a provocou" e insistiu: "Nada de portas fechadas. Todos podem participar, de uma forma ou de outra, na vida da Igreja".

Para a Igreja católica, um casamento religioso não pode ser desfeito e o direito canônico, ao considerar as pessoas que voltaram a se casar como infiéis ao primeiro cônjuge, prevê a sua exclusão dos sacramentos, entre os quais a comunhão. Essa é uma sanção mais grave, que implica também exclusão da comunidade.

Integrantes da Igreja católica pedem que divorciados que voltaram a se casar possam comungar mediante algumas condições, ideia à qual se opõem os que apoiam a rigorosa aplicação do dogma.

A questão foi debatida durante o sínodo da família, no ano passado, e deverá continuar a dominar o segundo sínodo em outubro.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-08/papa-divorciados-que-voltam-se-casar-nao-devem-ser-excomungados

Guarda Municipal Ambiental recebe instrução sobre animais peçonhentos

JUIZ DE FORA - 4/8/2015 - 16:05
Notícias de: SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

A equipe da Guarda Municipal Ambiental (GMA) participa, nesta semana, de instrução sobre animais peçonhentos ministrada pela Polícia do Meio Ambiente, no 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros, na Avenida Brasil. A capacitação objetiva promover uma revisão de conhecimentos para profissionais que lidam em áreas onde há ocorrência de peçonhentos ou aqueles que prestam socorro a vítimas de acidentes. A próxima turma se encontra nesta quarta-feira, 5, a partir das 8h30.

Cerca de 30 pessoas de diversas instituições recebem as orientações, que incluem identificação de animais, suas características, prevenção de acidentes, formas de contenção e de captura de serpentes, aranhas e escorpiões. Os procedimentos em caso de acidente também são repassados. Após a parte teórica, demonstração com animais vivos ensina a forma correta de capturar cobras.

Imagens de acidentes com serpentes e aracnídeos ajudaram a orientar sobre os cuidados para prevenir problemas ao adentrar o habitat destes animais, medidas de segurança – como o uso sistemático de equipamentos de proteção – e a conduta mediante ataques. No caso de picada por cobras, o palestrante destrói mitos sobre sugar o sangue do local ou fazer contenção com torniquete. Os dois procedimentos são condenados. O primeiro por não surtir efeito, uma vez que o veneno já caiu na corrente sanguínea, não havendo como extraí-lo por sucção. O segundo, por sujeitar a parte atingida à concentração do veneno, o que pode levar à necrose do local.

Em todos os casos de acidentes com cobras, o instrutor recomenda a busca imediata de atendimento médico no Hospital de Pronto Socorro (HPS), única unidade da rede hospitalar da cidade a disponibilizar o soro antiofídico. Se possível, deve ser levado também o animal capturado, para melhor definição do antídoto específico a ser administrado.

O tema em questão tem especial importância para os profissionais da GMA, uma vez que sua base se localiza no Parque da Lajinha. Além disso, desenvolvem diversas ações na área ambiental, como a "Trilha do Imperador", vistorias e campanhas como a da Dengue, feitas nas áreas verdes do município, atuações em unidades de conservação e reservas biológicas e ações de apoio a outros órgãos da Prefeitura de Juiz de Fora em locais onde há incidência de animais peçonhentos.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da SARH pelo telefone 3690 – 8552.

Portal PJF

Lei com critérios excepcionais para quitação de débitos em JF

JUIZ DE FORA - 4/8/2015 - 14:40
Notícias de: SECRETARIA DA FAZENDA

PJF publica lei que estabelece critérios excepcionais para pagamento de débitos com o município 

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) publicou nesta terça-feira, 4, no Atos do Governo, a Lei nº 13.192, de 31 de julho de 2015, que estabelece critérios excepcionais para quitação dos débitos de natureza tributária e não tributária. Com a lei em vigor, os contribuintes que possuem débitos com o município inscritos em dívida ativa, ajuizados ou a ajuizar, e eventuais saldos de parcelamento e reparcelamentos em andamento e descumpridos, até a data de sua publicação, poderão quitá-los com atualização monetária integral e redução dos encargos incidentes (multa de mora e juros de mora). A lei é válida tanto para pessoa física como jurídica, e seus benefícios poderão ser requerida entre 1º de setembro a 31 de outubro, no posto de atendimento que será criado para este fim.

Na ocasião em que a Mensagem foi entregue à Câmara Municipal (veja aqui), o prefeito Bruno Siqueira ressaltou que a nova lei, além de proporcionar condições aos contribuintes em débito para quitarem suas dívidas, também proporcionava melhor arrecadação para o município, no atual momento de crise nacional.

Os contribuintes em débito com o município, nas condições descritas nesta Lei, poderão quitar suas dívidas das seguintes formas:

- à vista, com desconto de 80% na multa de mora e 100% nos juros de mora;

- em até 12 parcelas, com desconto de 50% na multa de mora e 100% nos juros de mora, desde que requerido o parcelamento até 30 de setembro de 2015;

- em até dez parcelas, com desconto de 50% na multa de mora e 100% nos juros de mora, desde que requerido o parcelamento até 30 de outubro de 2015.

- desconto de 100% nos juros de parcelamento, nos casos de Contrato de Parcelamento de Débito (CPD) com pagamentos regulares.

- desconto de 60% das autuações pelo descumprimento de obrigações acessórias, caso efetue o recolhimento de uma só vez, até 30 de outubro.

Nos casos de parcelamento, o valor mínimo de cada parcela será de R$ 27,05. A Lei pode ser vista aqui.

TEXTO: Jussara Ramos

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria da Fazenda pelos telefones 3690-7599 / 3690-8596.

Portal PJF

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Desta vez, Lula não tem pra onde correr. Ou ainda: Acabou, Dilma! Ou ela liberta o país, ou o país dela se liberta. Na lei e na ordem!

04/08/2015 às 5:25

Se não houver uma alteração de última hora, o programa político do PT vai ao ar depois de amanhã, dia 6, com a presidente Dilma e o partido estreitando-se, como na poesia, num abraço insano, em horário nobre. O país deve ouvir, então, o maior panelaço-apitaço da história, numa espécie de avant-première dos protestos do dia 16 de agosto. Se o governo achava que, com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra as cordas, teria alguma folga, então é porque ignora a dinâmica da realidade.

A prisão de José Dirceu, agora pela atuação no escândalo do petrolão, faz a crise atingir um novo patamar e, mais uma vez, a exemplo do mensalão, bate à porta de Lula. Nem tanto porque os dois fossem íntimos — o que, a bem da verdade, nunca foram —, mas porque ambos sempre ocuparam posições de mando, formais ou informais, na organização que lhes garante o poder: o PT.

E há mais estragos à vista. Marlus Arns, o novo advogado constituído por Renato Duque, homem do partido na Petrobras, negocia os termos de sua delação premiada. Seus outros defensores, por discordarem do procedimento, abandonaram a causa. Tido habitualmente como homem de Dirceu na Petrobras, é evidente que todos reconhecem nessa qualificação de Duque só um modo de dizer. Dirceu não dispunha um exército privado na legenda. Os “seus homens” eram os “homens do PT”. Ainda que possa ter usado as posições de mando ou de influência para obter benefícios pessoais, todos reconheciam nele uma personagem a serviço de uma causa.

E essa “causa”, obviamente, tinha um chefe: Luiz Inácio Lula da Silva. Imaginar que ele passará incólume também por essa avalanche desafia o bom senso. A fala de Roberto Podval, defensor de Dirceu, segundo quem seu cliente é um “bode expiatório”, pode traduzir um sentido muito específico, intencional ou não: o ex-minstro não deixa de ser oferecido como uma espécie de elemento ritual que purga todas as culpas do PT, inclusive as que não são suas (do próprio Dirceu) — ou, vá lá, não são exclusivamente suas. O ex-ministro não era o dono de um partido dentro do partido. Quem acredita nisso?

Li em algum lugar que o juiz Sergio Moro estaria espantado com a abrangência do esquema criminoso. Quem conhece a forma com se organizou o PT e os seus valores não está, de modo nenhum, espantado. Já a ousadia e o desassombro, ancorados na certeza da impunidade, isso, sim, chama a atenção. Os dados da investigação que vêm à luz indicam que o processo do mensalão, embora ocupasse o noticiário com força avassaladora, não intimidou de nenhum modo a turma. Ao contrário: parece ter lhe excitado a imaginação para descobrir caminhos novos para a falcatrua.

É evidente que a coisa toda assume uma perspectiva que chega a ser apavorante. A promiscuidade entre políticos, empreiteiros, lobistas e toda sorte de intermediários passou por uma devassa na Petrobras e talvez seja esmiuçada na Eletrobras, mas cabe a pergunta óbvia: há alguma razão objetiva para que as coisas tenham se dado de maneira diversa nas demais áreas do governo? A resposta é, obviamente, negativa. Se as personagens eram as mesmas, se os mesmos eram os métodos, e se também não variava a forma de ocupação dos cargos públicos, por que haveria de ser diferente?

O PT constituiu um estado dentro do estado. O PT criou um governo dentro do governo. O PT governou um outro Brasil dentro do Brasil. O PT expropriou a população dos bens do seu país. O PT usou a democracia para tentar solapá-la.

Nada escapou do governo paralelo. Milton Pascowitch, por exemplo, que fez delação premiada, afirmou à Justiça ter entregado na sede do PT, em São Paulo, R$ 10,532 milhões de propina em dinheiro vivo. Desse total, R$ 10 milhões seriam relativos a um contrato da Engevix com a Petrobras para construir cascos de oito plataformas do pré-sal. Os outros R$ 532 mil seriam parte da propina em razão do contrato da empreiteira com o governo para as obras de Belo Monte.

Vejam que coisa: pré-sal, Belo Monte, refinarias da Petrobras… Eram os projetos nos quais se ancorava o discurso ufanista do lulo-petismo, que sempre teve, sabemos, uma gerentona, que acabou sendo vendida ao distinto púbico como a mãe dos brasileiros, a “Dilmãe”, não é assim?

Os que imaginam que Dilma pode ficar por aí — como Marina Silva, por exemplo — vão indagar onde está a digital da presidente ordenando esta ou aquela falcatruas ou, ao menos, condescendendo com elas. Se Dilma ocupasse só uma função técnica no governo, talvez a gente pudesse se contentar com o escopo apenas penal de sua atuação. Mas ela é uma liderança política. Ocupa a Presidência da República e é, queira ou não, produto dessa máquina corrupta que tomou conta do estado. Eleita e reeleita, foi sua beneficiária direta, uma vez que a estrutura criminosa financiava também o processo eleitoral.

Se Lula não tem para onde correr, Dilma tampouco tem onde se refugiar. Ocorre que, no momento, o país é, em parte, refém das prerrogativas que detém a mandatária. Por isso mesmo, ela tem de libertar o Brasil, ou o Brasil tem de se libertar dela.

Presidente, é preciso saber reconhecer o momento: acabou!

Texto publicado originalmente às 3h28

Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/