sábado, 4 de julho de 2015

Integrantes do MST ocupam fazenda próxima a Brasília

04/07/2015 14h18
Brasília
Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil 
Edição: José Romildo

Cerca de 400 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam fazenda nas proximidades da BR-080, em Brazlândia, a 45 quilômetros de Brasília. Eles reivindicam a desapropriação do terreno com cerca de 40 hectares, que fica na Colônia Agrícola Alexandre Gusmão, para assentamento das famílias.

“Nossa discussão é que a área seja destinada à criação de um assentamento para as famílias”, disse à Agência Brasil o coordenador estadual do MST no DF, Edmar Fernandes.

Segundo o movimento, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) considera a área como disponível para assentamento. As famílias chegaram ao terreno por volta das 4h40, quando começaram a montar o acampamento.

Fernandes ressaltou que a ocupação é pacífica e que o movimento espera um retorno do Incra na segunda-feira (6). “Essa área é reivindicada por uma pessoa, mas o Incra indeferiu o seu pedido de posse, esperamos que na segunda-feira apareça alguém aqui para dialogar com a gente”, disse.

Esta é a terceira vez que os integrantes do movimentam ocupam a propriedade. A reportagem da Agência Brasil ligou para o número de telefone disponível no site do Incra, mas ninguém atendeu à ligação.

Agência Brasil

ALMG aprova projetos de leis do governador Pimentel que preveem reajustes para os servidores da Saúde, Ipsemg, Defesa Social e Unimontes

14h43min - 03 de Julho de 2015 Atualizado em 14h44min

O governo Pimentel assumiu a gestão da administração estadual com o compromisso de valorizar as diversas categorias do funcionalismo público. Depois do acordo histórico com os servidores da Educação, que garantiu a eles o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, servidores da Saúde, do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) também foram ouvidos e reconhecidos.

Nessa quinta-feira (2/7), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em 2º turno os projetos de lei do governador Pimentel que concedem reajustes salariais para os servidores. Os projetos propõem a concessão de aumento para os as três categorias, que terão acréscimo em seus salários a partir de 1º de junho, pago inicialmente na forma de abono, a ser incorporado gradativamente ao vencimento básico até 2016. Após a incorporação integral aos salários, o abono será extinto.

“Assim como fizemos um grande acordo com os professores, reconhecendo que a maior dívida do Governo do Estado era com a Educação, também abrimos o diálogo com os trabalhadores da Saúde e da Defesa Social, setores essenciais para as políticas públicas, incluindo aí o Ipsemg, que é de grande valor para os servidores”, salienta o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães.

No caso dos servidores da Saúde, o abono, no valor de R$ 190,00, será incorporado ao vencimento básico em quatro parcelas de R$ 47,50 nas seguintes datas: 1º de outubro de 2015; 1º de janeiro de 2016; 1º de abril de 2016; e 1º de julho de 2016.

Para os servidores do Ipsemg, o valor do abono, válido a partir de 1º de junho, é de R$ 190,00 para as carreiras de auxiliar e técnico de seguridade social; de R$ 145,00 para a de analista de seguridade social; e de R$ 80,00 para a de médico da área de seguridade social. A incorporação será em duas parcelas iguais em 1º de outubro de 2015 e 1º de fevereiro de 2016, aplicada ao servidor inativo e ao afastado preliminarmente à aposentadoria que fizerem jus à paridade.

De acordo com o secretário, o Governo de Minas Gerais empreendeu um grande esforço, inclusive voltando a negociar com os sindicatos, o que não acontecia há muito tempo. “Conseguimos diminuir a defasagem, garantindo um abono para os menores salários. Agora vamos revisar carreiras e reposicionar os servidores numa agenda que passa a ser permanente”, assegura Helvécio.

Após a aprovação, pela Assembleia Legislativa, os projetos de lei vão voltar à mesa do governador para serem sancionados.

Carreiras da Defesa Social
O projeto concede reajuste de 47,5% aos servidores das carreiras de auxiliar, assistente e analista executivo da Secretaria de Defesa Social. O reajuste, válido a partir de 1º de junho, aplica-se também aos servidores inativos que fizerem jus à paridade e não será deduzido do valor da Vantagem Temporária Incorporável (VTI).

Os servidores em exercício nos estabelecimentos prisionais serão contemplados com um Adicional de Local de Trabalho, que será calculado de acordo com a capacidade do estabelecimento, da seguinte forma: 47,5% do vencimento básico para os servidores de estabelecimentos com capacidade igual ou superior a 800 presos; 37,5% para os que se encontram em exercício em locais com capacidade de 200 a 799 presos; e 30% nos casos de locais com capacidade de até 199 presos.

Para os servidores de unidade socioeducativa, o cálculo do adicional é o seguinte: 37,5% do vencimento para os do Centro de Internação Provisória Dom Bosco; e 30% para os das demais unidades.

Já para os médicos da área de Defesa Social, o Adicional de Local de Trabalho será calculado da seguinte forma: 95% do vencimento básico para o servidor em exercício em estabelecimento prisional com capacidade igual ou superior a 800 presos; 75% para os lotados em local com capacidade de 200 a 799 presos e para aqueles do Centro de Internação Provisória Dom Bosco. Os médicos lotados em estabelecimento prisional de até 199 presos ou em outra unidade socioeducativa farão jus a um adicional correspondente a 60% do vencimento.

Valorização da Unimontes
Os servidores do Grupo de Atividades de Educação Superior que estiverem em exercício em unidade vinculada à prestação de serviços de assistência à saúde no âmbito da Unimontes terão abono de R$ 190,00 a partir de 1º de junho.

O projeto de lei beneficia também os auditores internos do Poder Executivo. O projeto propõe, ainda, reestruturar esta carreira e a fixar regra específica de promoção por escolaridade para pesquisador em Ciência e Tecnologia. Além disso, assegura paridade remuneratória entre os diretores do Colégio Tiradentes da Polícia Militar e os diretores das demais escolas estaduais.

Acordo histórico

Em maio, o Governo de Minas Gerais e os trabalhadores da Educação assinaram um acordo histórico que vai possibilitar o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional para os professores, a extinção do regime de subsídio e o descongelamento das carreiras, com isonomia de tratamento para todas as carreiras da Educação e entre servidores ativos e aposentados.

Pelo acordo, será concedido reajuste de 31,78% na carreira do Professor de Educação Básica, a ser pago em dois anos, ficando assegurado o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional para uma carga horária de 24 horas semanais.

O reajuste será implementado em três parcelas que serão incorporadas ao salário. A primeira delas, de R$ 190,00, corresponde a um aumento de 13,06% para o Professor de Educação Básica, e será paga mensalmente a partir de junho de 2015.

A segunda parcela, no valor de R$ 135,00, representa um aumento de 8,21% para o professor e será paga mensalmente a partir de agosto de 2016. As duas parcelas iniciais serão incorporadas à tabela de vencimento em junho de 2017.

A terceira parcela, no valor de R$ 137,48, corresponde a um aumento de 7,72% para o professor e será paga mensalmente a partir de agosto de 2017, com incorporação à tabela de vencimento em julho de 2018. Isso significa que em agosto de 2017, o professor de Educação Básica terá assegurado o Piso Salarial Profissional Nacional para uma carga horária de 24 horas semanais.

O acordo ainda garante a atualização do Piso Salarial Estadual nos mesmos índices de correção do Piso Salarial Profissional Nacional em janeiro de 2016, 2017 e 2018 para o Professor Especialista em Educação e Analista Educacional na função de Inspetor Escolar.

Agência Minas de Notícias

Quarenta cidades mineiras integram revezamento da tocha olímpica

15h12min - 03 de Julho de 2015 Atualizado em 15h13min

Foi divulgada nesta sexta-feira (3/7), no auditório da Fundação Habitacional do Exército, em Brasília, a lista das cidades que receberão o tour da tocha dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O secretário de Estado de Esportes de Minas Gerais, Carlos Henrique, representou o governador Fernando Pimentel na cerimônia.

O símbolo que transporta a chama e o espírito olímpico passará por 40 cidades de Minas Gerais. Em 8 delas —Belo Horizonte, Itabira, Uberlândia, Patos de Minas, Curvelo, Montes Claros, Governador Valadares e Juiz de Fora—a tocha permanecerá ao fim de cada dia de revezamento, onde também será realizada uma festividade. A lista completa do trajeto será divulgada no início de 2016.

O revezamento passará ao todo por 500 cidades. Uma lista parcial já está disponível em www.rio2016.com/tochaolimpica. Todo o percurso foi montado sob a premissa do maior número possível de pessoas impactadas, dentro do período pré-estabelecido para a duração total do revezamento. A estimativa do Comitê Rio 2016, somando a população de todos os pontos de passagem da tocha, é que 90% dos brasileiros acompanhem o revezamento.

Data marcada

A jornada começa em maio de 2016 e irá durar entre 90 e 100 dias. Serão 12 mil condutores, cada um percorrendo cerca de 200 metros com sua tocha – o que é passado de uma para outra é a chama Olímpica, a mesma acesa ainda na Grécia. Serão 20.000 quilômetros por estradas e ruas brasileiras e mais 10.000 milhas aéreas em trechos das Regiões Norte e Centro-Oeste, entre Teresina e Campo Grande – sem que o fogo se apague.

A data em que a tocha irá desembarcar em Brasília para dar início a seu trajeto pelo país ainda será definida, mas o revezamento tem dia exato para terminar: 5 de agosto de 2016, quando o último condutor da tocha acenderá a pira Olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã.

Marcelo Barbosa/Supim
http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/quarenta-cidades-mineiras-integram-revezamento-da-tocha-olimpica/

Aumento salarial do Judiciário movimentou o Senado na última semana

04/07/2015 11h18
Brasília
Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil 
Edição: José Romildo

O projeto de lei que concede reajuste médio de 59% aos servidores do Poder Judiciário foi o assunto que mais repercutiu no Senado na semana que se encerrou. Aprovado por unanimidade pelo plenário da Casa, o projeto foi a votação na noite de terça-feira (30) após horas de buzinaço e gritos de ordem dos servidores. Eles fizeram mobilização no entorno do prédio do Senado, voltados para a fachada do salão azul.

A pressão do lado externo – e também interno, porque alguns servidores fizeram manifestações sempre que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), passava – surtiu efeito e o projeto não foi retirado de pauta nem mesmo após a chegada de um ofício do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowiski, e outro do ministro-interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, solicitando que a votação fosse adiada para mais negociações.

A aprovação da matéria, contudo, não deve se consolidar em aumento real para os servidores. Logo após a votação, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciou em plenário que a presidenta Dilma vetará o projeto porque o valor do reajuste não é condizente com o ajuste fiscal pelo qual o país vem passando. A previsão de reajuste é de 53% a 78,56%, a depender da classe e do padrão do servidor. O pagamento deverá ser feito em seis parcelas, entre julho deste ano e dezembro de 2017.

Também na terça-feira, a Comissão da Reforma Política se reuniu para o primeiro encontro de trabalho e definiu 11 pontos que deverão ser tratados prioritariamente. Na quarta, foi a vez de o primeiro projeto ser aprovado pela comissão e enviado ao plenário do Senado em regime de urgência. Ele trata de mudanças nas regras para coligações partidárias em eleições proporcionais e define que um candidato que receba muitos votos, acima do que é necessário para se eleger, não poderá mais transferir votos para outro candidato da coligação que seja de partido diferente do dele. Assim, o candidato de um partido X só poderá ajudar a eleger outro do mesmo partido, mesmo que esteja coligado com o partido Y.

Ainda na quarta-feira, o plenário aprovou o projeto de lei que estendeu os efeitos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia de 70 para 75 anos a idade para a aposentadoria compulsória de magistrados de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU) – a chamada PEC da Bengala – para todos os servidores públicos.

Foi aprovada também a primeira proposta da Comissão Especial do Pacto Federativo. O plenário do Senado aprovou projeto que prorroga por até mais dois anos o prazo para os municípios substituírem os lixões por aterros sanitários. A proposta faz parte de uma lista de proposições que já tinham sido apresentadas pelos membros da comissão ao presidente Renan Calheiros como prontos para irem a votação e que não terão impacto orçamentário relevante.

Agência Brasil

Presidente da OAB e parlamentares de esquerda se unem contra a esmagadora maioria da população, contra a Constituição, contra o Regimento da Câmara e contra a jurisprudência do Supremo.

03/07/2015
 às 7:39
MAIORIDADE PENAL – Presidente da OAB e parlamentares de esquerda se unem contra a esmagadora maioria da população, contra a Constituição, contra o Regimento da Câmara e contra a jurisprudência do Supremo. Dizer o quê? Vão estudar!

Vamos lá. Vamos botar alguns pingos nos is. O governo, as esquerdas e a Ordem dos Advogados do Brasil resolveram se unir contra a esmagadora maioria da sociedade brasileira na presunção de que esta não sabe nada, é estúpida e precisa ser tutelada. E também se juntaram contra a Constituição, o Regimento Interno da Câmara e a jurisprudência do STF. Marcus Vinicius Furtado Coelho, presidente da OAB, afirmou que a entidade vai recorrer ao Supremo com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade caso a proposta de redução da maioridade penal para alguns crimes seja realmente rebaixada de 18 para 16 anos. Endossando argumento exótico de José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, afirma que a maioridade aos 18 é uma cláusula pétrea.
É uma afirmação realmente impressionante. O leitor tem de saber que uma “cláusula pétrea” — dispositivo constitucional  que não será objeto de deliberação nem por emenda — não é uma questão subjetiva, de opinião. Não se trata de mera impressão. Fosse assim, cada nova composição do Supremo diria o que pode e o que não pode ser alterado. A própria Carta diz o que é intocável no país. Está no Parágrafo 4º do Artigo 60. Reproduzo para vocês.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Muito bem! Como a maioridade penal não atenta contra a federação, não muda a natureza do voto, não ameaça a separação entre os Poderes, só poderia ser cláusula pétrea se estivesse no Artigo 5º da Constituição, justamente o dos direitos e garantias individuais. E não está. A maioridade está no Artigo 228. E, por óbvio, não é cláusula pétrea.
É um acinte à inteligência a argumentação do presidente da OAB. Eu realmente espero que a proposta seja aprovada só para que o Supremo tenha a chance de se pronunciar a respeito.
Suposta manobra de Cunha
O mesmo Artigo 60 tem um Parágrafo 5º que estabelece o seguinte:
“§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.”
O que é “sessão legislativa”? É o período de funcionamento do Congresso no ano. Logo, segundo o que vai acima, aquele texto da maioridade rejeitado na terça só pode ser apresentado a partir de novo no ano que vem. OCORRE QUE O TEXTO APROVADO NA QUINTA NÃO É O DE TERÇA, PARA COMEÇO DE CONVERSA. MAS ESSE NÃO É O ARGUMENTO PRINCIPAL.
Os IncisoS II e V do Artigo 191 do Regimento Interno da Câmara são arreganhados na sua clareza. Diz o II: “O substitutivo de Comissão tem preferência na votação sobre o projeto”. Estabelece o V: “Na hipótese de rejeição do substitutivo, ou na votação de projeto sem substitutivo, a proposição inicial será votada por último, depois das emendas que lhe tenham sido apresentadas”.
Vamos aos fatos. Na terça, o texto que não conseguiu os 308 votos necessários era justamente o substitutivo da comissão especial. Não era o texto original. E, por isso, foi votado antes. Se tivesse sido aprovado, o texto original estava prejudicado. Como o substitutivo não passou, o Artigo V obriga o presidente da Câmara a votar o texto original, com as emendas que forem apresentadas. E foi o que fez Cunha. A PEC aprovada na madrugada de quinta excluiu das causas de redução da maioridade tráfico de drogas, roubo qualificado e lesão corporal grave — que constavam no substitutivo de terça.
Marco Aurélio Mello
O ministro Marco Aurélio Mello resolveu ontem se pronunciar a respeito, fora dos autos, em nome da lei, o que é um comportamento um pouco contraditório, não? Afirmou que a votação foi inconstitucional, a exemplo do que dizem o governo e as esquerdas.
Pois é… Em 1996, ele foi relator de um mandado de segurança sobre reforma da previdência em circunstância idêntica, deu a mesma opinião e foi derrotado. O tribunal entendeu que, nas circunstâncias obviamente estabelecidas no Regimento Interno da Câmara, o procedimento é constitucional. Transcrevo, a propósito, trecho do voto do então ministro Sepúlveda Pertence:
“Nem é razoável, com todas as vênias (…) espiolhar coincidências de conteúdo entre o substitutivo rejeitado, seja com a proposta original, seja com a emenda aglutinativa. A admissão dessa linha de raciocínio, a pretexto de dar aplicação ao art. 60, § 5º ou ao art. 67 da Constituição, levaria à total inviabilidade do processo legislativo, sempre que se tratasse de proposições complexas. Basta pensar na elaboração de um Código: é óbvio que sempre haveria, no substitutivo acaso preferencialmente rejeitado, numerosas coincidências com o projeto inicial”.
Assim, nas palavras de Pertence, é claro que há coincidências de conteúdo entre o substitutivo que não foi aprovado e o texto original que resultou na emenda aglutinativa aprovada.
Então ficamos assim:
1 – maioridade penal não é cláusula pétrea. A argumentação é ridícula;
2 – como demonstram a Constituição, o Regimento Interno da Câmara e a jurisprudência do Supremo, Cunha agiu rigorosamente dentro das regras.
Os inconformados com o resultado poderiam tentar conquistar votos. Fazer firula na imprensa, para jornalistas que não se ocupam de ler a Constituição, o Regimento Interno da Câmara e a jurisprudência do Supremo é fácil. O link dos três está lá no meu blog.
Sim, eu sou favorável à redução. É uma opinião. Mas opinião é como orelha, grande ou pequena. Todo mundo tem. O que afirmo aqui sobre a constitucionalidade e a legalidade da decisão de Cunha não é uma opinião. É apenas um fato ancorado na Constituição, no Regimento Interno e na Jurisprudência.
Aqui se faz jornalismo para gente direita, que não mente sobre leis nem omite dos leitores os fatos.
Texto publicado originalmente às 4h28
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Comissão de Ética notifica João do Joaninho para apresentar defesa

03/07/2015 18h06 - Atualizado em 03/07/2015 18h15

Do G1 Zona da Mata
Associações formalizaram denúncia contra João do Joaninho nesta quarta
(Foto: Câmara Municipal de Juiz de Fora/Divulgação)

Em reunião nesta sexta-feira (3), a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Juiz de Fora determinou prazo para o vereador João Evangelista de Almeida, o João do Joaninho, apresentar defesa no processo disciplinar em andamento contra ele.


O vereador foi notificado no início da tarde de que tem 15 dias, a partir desta sexta, para apresentar, por escrito, as alegações dele sobre as denúncias protocoladas contra ele. 

Além da apuração interna, o parlamentar é investigado pelo Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos a Animais, da Polícia Civil de Juiz de Fora.

O G1 tentou contato com o vereador João do Joaninho para solicitar um posicionamento, mas as ligações não foram atendidas.

Entenda o caso
O caso começou quando o vereador foi flagrado por uma equipe da Polícia de Meio Ambiente na companhia de outro homem de 51 anos, em uma lancha, onde havia três capivaras e um jacu mortos.

Na abordagem, a PM ainda localizou e uma espingarda calibre 22 sem registro. Segundo o registro da ocorrência, o vereador pediu aos militares para buscar documentos em um carro às margens da represa e fugiu do local. 

O homem de 51 anos foi detido e levado para a Delegacia no Bairro Santa Terezinha, onde teve o flagrante confirmado por porte ilegal de arma de fogo e pelo artigo 29, da lei 9.605 de crime ambiental. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, ele pagou a fiança estipulada pelo delegado e responde em liberdade.

No dia 16 de junho, em conversa com a imprensa, João do Joaninho falou pela primeira vez sobre o caso. O parlamentar alegou que pegou uma carona com um vizinho e que não sabia o que havia dentro do barco. "Quando ele (o vizinho) viu os policiais, me pediu que segurasse o volante. A partir daí, eu assumi a direção e parei quando os policiais pediram", defendeu-se. "No momento em que eu desci do barco, me comprometi a ir (para a delegacia). No caminho, meu advogado pediu para que eu não fosse, porque a situação estava complexa lá", afirmou. 
Animais abatidos e barco foram levados para a Delegacia (Foto: Reprodução/TV Integração)

No entanto, a presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Maria Elisa de Souza, ressaltou que as informações divulgadas têm um conjunto de irregularidades que precisa ser apurado.

“A gente quer que a denúncia seja averiguada a fundo. Temos a suspeita de envolvimento de um representante do Legislativo, que foi eleito pelo povo e, por isso, tem um grau maior de responsabilidade sob suas ações. Ele foi flagrado em um barco com armas e animais abatidos em uma represa que abastece Juiz de Fora. Esta situação precisa ser esclarecida”, ressaltou.

http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/07/comissao-de-etica-notifica-joao-do-joaninho-para-apresentar-defesa.html

PMs do Rio deverão ter arma de uso pessoal comprada pelo estado

03/07/2015 21h38
Rio de Janeiro
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil 
Edição: Aécio Amado

Os 47 mil policiais militares do Rio de Janeiro deverão ter uma arma para uso pessoal, até 2021, comprada pelo estado. É o que ficou acertado entre o governo e o Ministério Público na assinatura do termo de ajustamento de conduta (TAC) ocorrida ontem (2). O TAC prevê um gasto de R$ 4 bilhões nos próximos seis anos e inclui ainda a aquisição de coletes de proteção e melhorias das unidades de Polícia Pacificadoras (UPP).

A promotora Gláucia Santana, titular da 6ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, detalhou hoje (3) alguns pontos do TAC. “O ideal é que cada policial fique vinculado a uma arma. Isto vai ajudar no controle de abusos e vai tirar do mercado arma adquirida de forma clandestina”, disse.

Sobre a compra de coletes para uso individual, hoje é coletivo, a promotora usou como justificativa a questão da higiene. “O policial vai para a rua, fica 24 horas, termina a jornada e passa o colete para frente para outro policial, sem higienização. Isto é humanamente deplorável.”

Gláucia ressaltou que uma das vantagens do TAC é evitar possíveis cortes orçamentários, pois o governador Luiz Fernando Pezão, segundo ela, garantiu que o dinheiro do acordo será o último a ser atingido, caso haja necessidade. Além disso, o valor não será descontado do orçamento anual da Polícia Militar (PM).

“Esse valor de R$ 4 bilhões não se confunde com orçamento ordinário da Polícia Militar. O que o governo tem previso para a PM todos os anos continuará igual. O governador só fez assumir o compromisso de, além do que já estava previsto, aportar mais R$ 4 bilhões”, explicou.

Os recursos serão usados também para melhorar as condições de trabalho nas unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que serão construídas em alvenaria. Elas passarão a ter internet e área de repouso nais confortável para os policiais. Está previsto ainda recurso extra para o treinamento dos PMs.

De acordo com o documento assinado, o governo do estado se compromete a cumprir um cronograma de investimento: R$ 200 milhões em 2016, R$ 300 milhões em 2017 e R$ 500 milhões em 2018, totalizando R$ 1 bilhão. Os demais R$ 3 bilhões ficariam para próximo governo.

Agência Brasil 

PM conduziu quarteto, apreendeu armas, munições,drogas, motocicleta e dinheiro.

Rua Terezinha Sevarolli - Milho Branco - Juiz de Fora 
Nesta sexta-feira (3), por volta de 06:30 h, policiais militares registraram a ocorrência de tráfico de drogas.
Durante o cumprimento de um Mandado de busca e apreensão foram localizados dois revólveres, sendo um Taurus e o outro da marca Rossi, e quatro munições de calibre 38. Cledilson,21, assumiu a propriedade das armas .
O menor infrator R.L.C.F,17, portava sessenta e sete pedras de crack.
A motocicleta Honda - RX 250- cor vermelha, JUI 24XX, ano 2001, estava estacionada de forma irregular e foi removida pelo auto socorro.
Na delegacia o flagrante foi ratificado.

Rua Francisco Salzer - Milho Branco 
Por volta de 07:00 h, mediante um Mandado de busca no imóvel ocupado por Faustino, foi efetuada a apreensão de uma carabina, calibre 30, e vinte e oito munições de diversos calibres.
No interior de um guarda-roupas foi localizado um rádio HT da marca Intelbras.
O homem recebeu voz de prisão em flagrante delito e alegou que a arma seria de seu irmão Marcus,26, que foi localizado no interior de uma outra residência portando a quantia de R$ 8.020,00 em moeda corrente. 
A dupla foi conduzida à delegacia, onde o flagrante foi ratificado.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Justiça apura racismo e injúria contra apresentadora do tempo na TV Globo

03/07/2015 21h39
Brasília
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil 
Edição: Stênio Ribeiro

Os ministérios públicos (MP) dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo se pronunciaram nesta sexta-feira (3) a respeito das ofensas sofridas em rede social pela apresentadora da Rede Globo, Maria Júlia Coutinho. O MP de São Paulo, segundo publicação no site da instituição, anunciou que foi instaurado “procedimento investigatório criminal" para apurar prática de racismo e injúria, qualificada contra a apresentadora.

A medida foi instaurada pelo promotor de Justiça Criminal, Christiano Jorge Santos, segundo o texto, depois de tomar conhecimento dos comentários feitos pelos internautas. O MP paulista ressalta que “caso de racismo é crime imprescritível e inafiançável. Já a injúria racial prevê pena de reclusão de um a três anos”.

No Rio de Janeiro, o MP informou, também pelo site da instituição, que sua Coordenadoria de Direitos Humanos solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor, junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática. De acordo com o MP-RJ, ontem (02), a produção do Jornal Nacional publicou uma foto da apresentadora que faz a previsão do tempo. “Desde então, diversas mensagens ofensivas e de conteúdo racista têm sido direcionadas à repórter”, diz o texto.

Diante dos comentários, internautas postaram mensagens de apoio à apresentadora em diferentes redes sociais. “Destilar preconceito via internet é crime”, disse um usuário em rede social. “Por um Brasil com mais respeito e igualdade para todos”, disse outro.
Agência Brasil

#SomosTodosMajuCoutinho #SomosTodosMaju - Repórter do tempo do Jornal Nacional é vítima de racismo na internet

#SomosTodosMajuCoutinho #SomosTodosMaju
Posted by Jornal Nacional on Sexta, 3 de julho de 2015

Repórter do tempo do Jornal Nacional é vítima de racismo na internet
Maju Coutinho foi alvo de comentários pejorativos na página oficial do jornal no Facebook

Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicação: 03/07/2015 12:20 Atualização: 03/07/2015 16:02
Postagem na página oficial do Facebook do Jornal Nacional com foto de Maju Coutinho foi alvo de comentários racistas. Foto: Reprodução/Facebook

A "garota do tempo" do Jornal Nacional Maria Julia Coutinho foi alvo de comentários preconceituosos e pejorativos na página oficial do Facebook do programa. Após uma postagem sobre a previsão do tempo para esta sexta-feira (3), alguns internautas escreveram mensagens racistas. "Só conseguiu emprego no Jornal Nacional por causa das cotas. Preta imunda", disparou um internauta. "Não tenho TV colorida para ficar olhando essa preta não", escreveu outro.

A postagem já contabiliza mais de 6 mil curtidas, 2 mil comentários e centenas de compartilhamentos. Revoltados com os depoimentos preconceituosos, várias pessoas a defenderam: "Maju conte conosco. Você é uma excelente profissional e ainda por cima é linda", escreveu uma internauta. "Me dá nojo de ver que existem pessoas assim no mundo, isso é lamentável!", disse outro. 

A jornalista Maria Julia Coutinho, apelidada como Maju, é a primeira garota do tempo negra da Globo. Ela tem conquistado a admiração dos telespectadores com uma forma mais descontraída de apresentar.