03/07/2015 18h06 - Atualizado em 03/07/2015 18h15
Do G1 Zona da Mata
Associações formalizaram denúncia contra João do Joaninho nesta quarta
(Foto: Câmara Municipal de Juiz de Fora/Divulgação)
Em reunião nesta sexta-feira (3), a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Juiz de Fora determinou prazo para o vereador João Evangelista de Almeida, o João do Joaninho, apresentar defesa no processo disciplinar em andamento contra ele.
No dia 11 de junho, o João do Joaninho foi flagrado pela Polícia Militar (PM) em um barco com três capivaras e um jacu abatidos na Represa de Chapéu D'Uvas.
O vereador foi notificado no início da tarde de que tem 15 dias, a partir desta sexta, para apresentar, por escrito, as alegações dele sobre as denúncias protocoladas contra ele.
Além da apuração interna, o parlamentar é investigado pelo Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos a Animais, da Polícia Civil de Juiz de Fora.
O G1 tentou contato com o vereador João do Joaninho para solicitar um posicionamento, mas as ligações não foram atendidas.
Entenda o caso
O caso começou quando o vereador foi flagrado por uma equipe da Polícia de Meio Ambiente na companhia de outro homem de 51 anos, em uma lancha, onde havia três capivaras e um jacu mortos.
Na abordagem, a PM ainda localizou e uma espingarda calibre 22 sem registro. Segundo o registro da ocorrência, o vereador pediu aos militares para buscar documentos em um carro às margens da represa e fugiu do local.
O homem de 51 anos foi detido e levado para a Delegacia no Bairro Santa Terezinha, onde teve o flagrante confirmado por porte ilegal de arma de fogo e pelo artigo 29, da lei 9.605 de crime ambiental. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, ele pagou a fiança estipulada pelo delegado e responde em liberdade.
No dia 16 de junho, em conversa com a imprensa, João do Joaninho falou pela primeira vez sobre o caso. O parlamentar alegou que pegou uma carona com um vizinho e que não sabia o que havia dentro do barco. "Quando ele (o vizinho) viu os policiais, me pediu que segurasse o volante. A partir daí, eu assumi a direção e parei quando os policiais pediram", defendeu-se. "No momento em que eu desci do barco, me comprometi a ir (para a delegacia). No caminho, meu advogado pediu para que eu não fosse, porque a situação estava complexa lá", afirmou.
Animais abatidos e barco foram levados para a Delegacia (Foto: Reprodução/TV Integração)
No entanto, a presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Maria Elisa de Souza, ressaltou que as informações divulgadas têm um conjunto de irregularidades que precisa ser apurado.
“A gente quer que a denúncia seja averiguada a fundo. Temos a suspeita de envolvimento de um representante do Legislativo, que foi eleito pelo povo e, por isso, tem um grau maior de responsabilidade sob suas ações. Ele foi flagrado em um barco com armas e animais abatidos em uma represa que abastece Juiz de Fora. Esta situação precisa ser esclarecida”, ressaltou.
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/07/comissao-de-etica-notifica-joao-do-joaninho-para-apresentar-defesa.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário