sábado, 16 de maio de 2015

Inflação e facilidade de acesso aumentam procura por vendas no atacado

16/05/2015 09h53
Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

Comprar em volumes maiores e improvisar espaços em casa para estocar mantimentos. A alta da inflação e a facilidade de acesso estão ajudando o consumidor a aderir, cada vez mais, às redes de atacarejo, que misturam o atacado com o varejo e têm proliferado nos últimos anos. Atraídos pelo custo unitário mais baixo das mercadorias, os compradores estão migrando para uma modalidade que, durante muitos anos, tinha a preferência de pequenos comerciantes.

De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), o setor cresceu 7,3% no ano passado, 0,9 ponto percentual acima da inflação e acima do crescimento de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Com faturamento de R$ 211,8 bilhões em 2014, os atacadistas concentraram 51,7% do mercado nacional de mercearias.

Segundo o levantamento, as redes de atacarejo respondem por boa parte do crescimento, impulsionadas por consumidores que, em tempo de inflação alta, de crédito escasso e de aumento do desemprego, ficaram mais cautelosos em relação às compras do mês.

“O consumidor não quer abrir mão das marcas que conquistou nos últimos anos. Para isso, reduziu a ida às lojas e aumentou as visitas aos pontos de atacarejo”, disse Olegário Araújo, diretor de Atendimento ao Varejo e ao Atacado do Instituto Nielsen, responsável pela pesquisa, em parceria com a Abad.

O consultor de varejo Alexandre Ayres, da Neocom Informação Aplicada, informou ter detectado o aumento do interesse pelas redes de atacarejo desde o ano passado, quando a inflação subiu de forma mais intensa. Ele destacou que as compras em grande volume são vantajosas ao levar em conta o custo unitário, quando se divide o valor da caixa ou do pacote pelo número de embalagens. “Na prática, o atacado funciona como um desconto pelo maior volume”, esclareceu Ayres.

“Num primeiro momento, o consumidor paga mais porque compra em volumes maiores, mas, ao fazer as contas, a compra no atacado sai mais barata, porque tem um custo unitário menor”, explicou Ayres. “Com a inflação, o consumidor está deixando de comprar marcas caras em pequenas embalagens para comprar marcas baratas em grandes embalagens”, acrescentou o consultor.

A advogada Cecilia Rodrigues, 36 anos, afirmou que a inflação a fez mudar de comportamento. “O atacado é bem mais barato que comprar em supermercados. O preço sobe cada dia. Então, prefiro fazer uma compra maior para durar mais.” Para estocar as mercadorias, ela transformou um quarto de empregada em dispensa.

Apesar de baratearem as compras, as redes de atacarejo não atendem todas as necessidades dos consumidores, principalmente em relação a produtos perecíveis e a mercadorias que exigem reposição imediata. Segundo Araújo, do Instituto Nielsen, os consumidores têm recorrido a mercadinhos ou a lojas de conveniência perto de casa para complementar as compras do mês.

“Constatamos essa tendência em todos os níveis socioeconômicos. O consumidor vai ao atacado uma vez por mês e faz visitas esporádicas às lojas da vizinhança para manter o padrão de vida.” Para Olegário Araújo, outros fatores que aumentaram o interesse pelas redes de atacarejo são o aumento do número de lojas dessa modalidade e o crescimento da frota de veículos nos últimos anos. “Quem consome no atacado precisa de um carro para carregar as compras.”

O que também tem estimulado a demanda pelo atacado são as redes sociais, por meio das quais os consumidores formam grupos para ratear as compras em grandes volumes. “Uma pessoa faz compras e divide com o restante do grupo. É bem variado. Compramos bebidas, sucos, cervejas e refrigerantes nesse sistema”, disse Kaiki Maciel, 25 anos, morador de Formosa (GO), a 75 quilômetros de Brasília, que vem à capital federal comprar em redes de atacarejo.

Agência Brasil

As hordas bárbaras de Bebel contra Goffredo da Silva Telles Jr. Ou: Sobre o fim das ditaduras - Por Reinaldo Azevedo

15/05/2015 às 20:00
A invasão dos bárbaros: o país já está com o saco cheio da ditadura dessa minoria

Brucutus liderados pela Apeoesp, o sindicado da rede oficial de ensino de São Paulo, invadiram há pouco a Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, e interromperam um ato em homenagem ao centenário de nascimento do jurista Goffredo da Silva Telles. Sim. Bebel Noronha, a presidente da entidade, estva lá. Oh, não! Eles nada têm contra Goffredo. Na verdade, eles nem sabem quem é. Ocorre que circulou o boato de que o governador Geraldo Alckmin estaria na cerimônia. Então os patriotas foram lá, com a delicadeza habitual. Um dos convidados ainda tentou conter a invasão.

— Olhem, estamos fazendo uma homenagem a um homem que foi muito importante para a democracia.
— De qual democracia você está falando?
— Democracia não tem adjetivos, meu amigo!
— Não estou vendo nenhum negro lá dentro.

E invadiu a sala. Uma outra senhora gritava ter o direito de fazer aquilo porque se dizia “educadora”…

Não deixa de ser emblemático que os atuais funcionários (a)morais do petismo, disfarçados de sindicalistas, ponham fim a um ato que honra a memória do autor da “Carta aos Brasileiros”. Talvez eu entenda. Afinal, é naquele texto, de 1977, que desafiava a ditadura, que Goffredo escreveu: “Reconhecemos que o Chefe do Governo é o mais alto funcionário nos quadros administrativos da Nação. Mas negamos que ele seja o mais alto Poder de um País. Acima dele, reina o Poder de uma Ideia: reina o Poder das convicções que inspiram as linhas mestras da Política nacional. Reina o senso grave da Ordem, que se acha definido na Constituição.” Serve para Dilma Rousseff, não?, a amigona de Bebel.

À sua maneira, vivemos também hoje sob a égide de uma ditadura. E, do mesmo modo, é crescente o número de brasileiros que não se conforma. Bebel e seus bárbaros são agentes da tirania em curso: violenta, desrespeitosa, sem limites, sem escrúpulos, que não distingue nem acata competências.

A Apeoesp liderou nesta sexta uma passeata onde anunciou a presença de 40 mil pessoas. Se tanto, havia 2 mil. A concentração se deu no Centro da cidade, onde fica a faculdade.

Aquela país da carta de Goffredo não aguentava mais a ditadura militar. O país de hoje não aguenta mais a ditadura dos companheiros de Bebel, que interrompem uma homenagem a Goffredo. Tudo faz sentido. Assim como acabou aquela tirania, esta também vai acabar.

Leiam, abaixo, texto que escrevi para a VEJA em julho de 2009, por ocasião da morte de Goffredo, ocorrida no dia 27 de junho daquele ano.
*
Que Goffredo não descanse em paz

Os fatos não se dividem, observou o escritor francês Anatole France (1844- 1924), em históricos e não históricos. A seleção, dizia, cabe ao historiador. Na verdade, as aspirações de uma sociedade, os valores influentes num dado momento, as correntes de opinião que tornam hegemônico um ponto de vista, tudo isso concorre para determinar o que é ou não “histórico”. O passado é permanentemente reescrito e é tão ou mais incerto do que o futuro. Pensei coisas semelhantes ao ler as justas homenagens ao jurista Goffredo da Silva Telles Jr., que morreu, aos 94 anos, no último dia 27. Professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, pertencia à categoria dos “juristas”. Na imprensa, foi saudado por uma perífrase, por um feito que acabou se colando a seu nome e se tornando sinônimo: “O autor da Carta aos Brasileiros”.

No dia 8 de agosto de 1977, Goffredo leu um documento de 4?096 palavras que expressava um inequívoco repúdio à ditadura militar e pedia a volta da democracia. A data e o local estavam carregados de simbolismo: comemoravam-se, sob as arcadas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, os 150 anos da fundação dos cursos jurídicos no Brasil. Quatro meses antes, o presidente Ernesto Geisel havia fechado o Congresso para impor uma reforma política que garantisse a sobrevivência do regime. Curiosamente, era o preço que a ditadura cobrava para dar continuidade à distensão, à abertura “lenta e gradual”, que iria extinguir o AI-5 no ano seguinte. A história nunca é linear.

E era o impressionante déficit democrático do Brasil que Goffredo denunciava de forma insofismável. Passados 32 anos, nota-se que nem todos os princípios virtuosos da Carta foram incorporados ao patrimônio ético e moral da política. Há dias, referindo-se à formidável rotina de desmandos no Senado, o presidente Lula preferiu apontar supostos exageros da imprensa e ponderou: “José Sarney não é um homem comum”. Falava do outro ou de si mesmo? Vamos ao Goffredo da Carta:

“Reconhecemos que o Chefe do Governo é o mais alto funcionário nos quadros administrativos da Nação. Mas negamos que ele seja o mais alto Poder de um País. Acima dele, reina o Poder de uma Ideia: reina o Poder das convicções que inspiram as linhas mestras da Política nacional. Reina o senso grave da Ordem, que se acha definido na Constituição”.

Em sete tópicos, o professor resume os fundamentos do regime democrático, dos quais o Brasil estava apartado. Na seção Documentos de meu blog veja.abril.com.br/blog/reinaldo, publico a íntegra do texto. Sobre a distinção entre “o legal e o legítimo”, ele escreve:

“Partimos de uma distinção necessária. Distinguimos entre o legal e o legítimo. (…) Das leis, a fonte legítima primária é a comunidade a que as leis dizem respeito; é o Povo (…). A fonte legítima secundária das leis é o próprio legislador (…). Mas o legislador e os órgãos legislativos somente são fontes legítimas das leis enquanto forem (…) vozes oficiais do Povo”.

A ditadura brasileira, à sua maneira, era de “direito”, sustentava-se na lei. Mas qual era a sua fonte originária? Não era “o povo”. Naquele momento, a denúncia da ilegitimidade do aparato legal era uma questão de resistência democrática. A exemplo de qualquer documento, a Carta está sujeita a releituras extemporâneas. Hoje em dia, há quem pretenda usá-la como justificativa para afrontar a Constituição, tratada como mero “papel”. Em 1977, acusar a ilegitimidade do legal correspondia a fazer história. Repetir a acusação em 2009 é só uma farsa. Acusar a ilegitimidade do legal em 1977 distinguia os democratas; em 2009, distingue demagogos subordinados à voz das ruas.

Em vez de pregar a transgressão das leis, Goffredo faz uma defesa apaixonada do estado de direito, fundado na legitimidade democrática. Escreve:
“Proclamamos que o Estado legítimo é o Estado de Direito, e que o Estado de Direito é o Estado Constitucional. O Estado de Direito é o Estado que se submete ao princípio de que Governos e governantes devem obediência à Constituição”.

Assim, leitor, numa democracia, não é a legitimidade que promove ou tolera o desrespeito ao estado de direito, e sim o flerte com “o arbítrio de vetustos e renitentes absolutismos”. A fonte legitimadora da lei é a população, mas a fonte legitimadora do direito é a Constituição. O direito deve ser achado na lei, não nas ruas. A tirania exercida em nome do povo não é menos detestável do que a exercida por medo do povo.

Goffredo fez-se, assim, referência no combate à ditadura. Nesse processo, foi apropriado, de modo consentido, pelas esquerdas, sempre ágeis em reler o passado, como se os fundamentos de sua Carta não fossem os de uma democracia liberal. Limaram-se os relevos supostamente incômodos de sua biografia para fazer dele um “socialista” – ele próprio passou a se considerar assim. Seu passado de militante da conservadora Ação Integralista Brasileira foi eliminado. Não bastava.

Apagou-se da história o livro A Democracia e o Brasil: uma Doutrina para a Revolução de Março, de 1965, em que ele apresenta as suas sugestões para uma Constituição, digamos, à altura do movimento militar de 1964. O próprio site de Goffredo (www.goffredotellesjr.adv.br) “conserta” o passado segundo as injunções do presente e apenas cita o título, mas eliminando o subtítulo. Amigos seus tentaram fazer da obra a contribuição do iluminismo às trevas. Tudo mistificação. Nem ele, nessa obra, é muito iluminado nem o regime era ainda tão escuro. A nota preliminar não poderia ser mais eloquente:

“Este livro foi escrito muito antes da Revolução de Março. A necessidade de recorrer às armas para salvar o Brasil constitui a clara demonstração de que é rigorosamente verdadeira a crítica feita nestas páginas. A Revolução Vitoriosa foi a sublevação do Brasil autêntico, em consonância com os mais profundos anseios da Nação. Agora, no Brasil Novo, o que cumpre é não retornar às obsoletas, enganosas e nefastas fórmulas constitucionais, que iam levando o nosso País à desgraça. (…) O Brasil estava sendo falsificado. Aliás, a deturpação da realidade constitucional de nossa terra vem sendo feita há muito tempo. Não podemos mais tolerar a desfiguração da Realidade Brasileira e a sufocação do Espírito Nacional. Queremos que o Brasil tenha a Constituição que seja espelho da Nação”.

Definitivamente, não se trata de um adversário do “golpe”. Que eu saiba, o livro nunca foi reeditado. E esse é um dos desserviços que os mistificadores prestam à história do pensamento. A obra não desonra a biografia de Goffredo. Ao contrário: torna-o demasiadamente humano e nos informa que a história é também a história que dela se conta. Tivessem os militares acatado as suas sugestões, teria sido a Constituição de Goffredo mais, vá lá, “democrática” do que a de 1967, aquela “da ditadura”? Leiam vocês mesmos:
“Art. 46. O Colégio Eleitoral da República tem duas funções: a de eleger os Senadores Nacionais e a de se manifestar, com um ‘sim’ ou um ‘não’, sobre a idoneidade e aptidão de cada candidato à Presidência da República. Compõe-se dos Professores Catedráticos efetivos de todas as Faculdades oficiais de ciências sociais existentes no País, dos Ministros do Supremo Tribunal e dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça” (pág. 83).

Qual dos “Goffredos” nos interessa? Ainda que possamos fazer a escolha moral pelo da “Carta de 1977?, o da “Constituição de 1965? pode ser até mais relevante para a compreensão da realidade. Por quê? Aquele de 1977 é o da história hoje consagrada como vitoriosa; o de 1965 é o da história que restou derrotada. Entender os motivos dos derrotados pode ser mais instrutivo do que dividir os despojos da conquista com os vitoriosos. Ao menos para o pensador.

Que Goffredo não descanse em paz e que sua obra, a completa, continue a importunar os vivos.

Por Reinaldo Azevedo

PM apreendeu armamento com menor infrator

Rua Filonila Carlota de Jesus - Olavo Costa - Juiz de Fora 

Nesta sexta-feira(15), por volta de 19:30 h, policiais militares registraram a ocorrência de porte ilegal de arma de fogo.

Durante o patrulhamento um adolescente foi abordado, portava uma Pistola, calibre 9mm, numeração raspada, marca Girsal, com dois carregadores e vinte e nove munições.

H.P.O,16, recebeu voz de apreensão por haver cometido, em tese, ato infracional análogo ao crime de porte ilegal de arma de fogo.

Na delegacia também foi lavrado o TCO e posteriormente, no Juizado Especial Criminal deverá ocorrer o julgamento do menor infrator.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Homem preso após furtar carne tem carteira assinada: 'Feliz e agradecido'

15/05/2015 20h25 - Atualizado em 15/05/2015 22h02

Vitor Santana e Raphael Oliveira
Do G1 GO
O eletricista Mário Ferreira Lima, de 47 anos, que foi preso após furtar cerca de 2 kg de carne, foi contratado por uma construtora de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, nesta sexta-feira (15). Após ter a Carteira de Trabalho assinada, o homem disse, sorridente, que estava sentindo uma emoção muito grande. “Estou muito feliz e agradecido a todos que me ajudaram. Agora vou poder sustentar minha família com dignidade”, falou.

Mário, que mora em Luziânia, foi flagrado pelo segurança de um supermercado ao tentar furtar um pedaço de carne dentro de sua mochila.,Segundo o eletricista, ele não tinha dinheiro suficiente para pagar o alimento e seu filho não tinha o que comer. Ele foi preso, mas sua história sensibilizou os policiais civis, que pagaram sua fiança e ainda deram uma cesta básica a ele.

Após ser contratado, o eletricista disse que irá fazer uma reflexão sobre todo o ocorrido desde o furto, para que seu filho não tenha um exemplo ruim. “Vamos fazer uma reciclagem do que aconteceu, dos bons e maus momentos, mas quero que meu filho pegue apenas os bons exemplos e que ele seja trabalhador e honesto. Eu já expliquei para ele que não somo desse tipo, nós temos que praticar o bem”, disse.

Sorridente, ele disse que se surpreendeu com todas as ajudas que recebeu no momento mais difícil de sua vida. “Eu pensei que estava abandonado no mundo, mas tem um Deus maior olhando por nós e muitas pessoas com o coração bom demais”, disse emocionado.

Antes do furto
Mário estava desempregado há um ano e três meses. Antes desse período, ele era técnico de manutenção em um shopping da cidade. Entretanto, um problema de saúde da mulher o obrigou a largar o trabalho. “Minha esposa tinha sofrido um acidente de moto e ficado em estado de coma. Ela ficou no hospital e eu tive que largar o trabalho para cuidar da minha esposa. Fiquei o ano inteiro com ela no hospital”, explicou.

Atualmente, sua esposa mora na casa de parentes, pois a casa de Mário não tem a estrutura necessária para receber a esposa, que agora necessita de cuidados constantes. Agora, com o novo emprego, ele espera conseguir reformar o imóvel para que a família volte a viver toda junta novamente.

Durante esse período desempregado, Mário disse que passou por muitas dificuldades, principalmente para conseguir alimentos para ele o filho, de 12 anos. “Você tirando o dinheiro de dentro de casa sem ter dinheiro para entrar por estar sem trabalhar, ganhando apenas R$ 70 de Bolsa Família, para sustentar duas pessoas e uma casa, não dá”, contou.

Dificuldades
O drama do eletricista começou na última quarta-feira (13), quando ele foi flagrado tentando furtar a carne em um mercado em Santa Maria (DF). Embora more em Luziânia, Mário disse que cometeu o crime em Santa Maria por ter ido visitar sua mãe, que mora na cidade, não ter conseguido dinheiro emprestado com ela, e não ter dinheiro suficiente para pagar pelos alimentos. Mário, que recebe R$ 70 do Programa Bolsa Família, diz que confundiu as datas do benefício e seu dinheiro acabou antes que desse para fazer compras. Sendo assim, ele tentou esconder a carne na bolsa.
Eletricista alega ter roubado carne por não ter comida para o filho (Foto: TV Globo/Reprodução)

A ação foi flagrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento e, mesmo tentando explicar que cometeu a ação para alimentar o filho, as desculpas não foram aceitas e o dono do comércio acionou a Polícia Militar. Mário foi preso e a fiança foi estipulada em R$ 270.

Ao saber que ficaria preso, o homem chegou a passar mal na delegacia e disse que estava há dois dias sem comer. Ele relatou que estava desempregado há três meses e que ele o filho se alimentavam apenas de pão, banana e bolachas. No entanto, deixou a criança consumir os últimos alimentos que eles tinham em casa.

“Tinha três meses que eu não tinha gás, então a nossa comida aqui era tudo coisa rápida, pois não dava para cozinhar tudo lá fora [no fogão à lenha]. Então, eu comprava sanduíches baratinhos, de R$ 0,60, ou comprava duas ou três linguiças e colocava dentro do pão. Aí a gente estava vivendo assim”, relatou.

Mário diz que a todo o momento se preocupou com o filho. “Quando ele [delegado] me disse que eu estava detido, fiquei preocupado, pois estava com o alimento que iria levar para o meu menino, que ainda não tinha almoçado. Ele mandou me algemar para que eu não saísse correndo, mas eu disse que não iria fazer isso, pois já estava lá no fundo do poço e iria para onde? Aí ele disse que talvez dali a um mês o juiz poderia me chamar para a audiência. Aí eu entrei em desespero”, diz.

Sensibilizados com o caso, a agente de polícia Kelen Lemos pagou a fiança do eletricista e se uniu a outros policiais, que fizeram compras para ajudá-lo. “Ele estava sem se alimentar e não tem como a gente não se sensibilizar. Não fizemos isso de maneira alguma para estimular esse tipo de situação”, afirmou a policial.
Eletricista recebeu a ajuda de policiais, que pagaram sua fiança (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O eletricista diz que sua fé o ajudou a sair daquela situação. “Passou um moço na delegacia e eu pedi pelo amor de Deus para ele levar o alimento para o meu filho, que ia chegar do colégio e ainda não tinha comido. Mas ele não fez questão. Aí eu pedi a Deus que não me deixasse passar a noite lá e que eu dormisse em casa. Poucos minutos e a policial apareceu dizendo que iria pagar a fiança. Eu a agradeço demais", ressaltou.

Ele também fez questão de agradecer os policiais que o compraram alimentos. "Eles são pessoas de bem, não tenho palavras para falar sobre o que eles fizeram. Saímos da delegacia, me levaram em um supermercado e voltei para casa com comida. Eles são anjos", disse.

Apesar da reviravolta no caso, Mário vai responder em liberdade pelo crime de furto. Ele diz que aprendeu uma lição. “Deus me livre, não quero passar por isso nunca mais na minha vida e nem quero que ninguém passe. Mas tem gente aí que nunca viveu essa situação de não ter as coisas, sempre teve. Por isso tem que dar valor ao que tem e cuidar”, afirmou.

TOP 10 – DESVIOS NA FALA

Publicado em abril 13, 2015 
www.recursosehumanos.com.br

Ocorrem em nossas interações sociais orais diversas divergências entre o modo com que pronunciamos determinadas palavras e o que recomenda a variante padrão da Língua Portuguesa, motivadas por vários aspectos, como, por exemplo, a facilidade de pronúncia de determinados fonemas, uma melhor sonoridade, dentre outras causas.

Listamos, a seguir, um TOP 10 entre as palavras mais utilizadas pelo falante que se desviam da variante padrão da Língua Portuguesa.

Boa Leitura!
www.contratanet.com.br

1) MENOS: esta palavra só possui uma forma, independente se o termo a que ela se refira é masculino ou feminino, singular ou plural.
EX. Isto é menos verdade, meu amigo.
Menos pessoas apareceram no jogo de hoje.

2) RUBRICA: a palavra é paroxítona, entretanto muitos pronunciam como se o som mais forte da palavra estivesse na antepenúltima sílaba, ou seja, fosse uma proparoxítona, o que não acontece.
Ex Por favor, coloque aqui a sua rubrica.

3) EU / MIM: quando uma frase possuir um verbo terminado em AR / ER / IR e exigir sujeito, o uso deve ser EU e não MIM. Caso contrário, utiliza-se MIM.
Ex. Este trabalho é para eu fazer o mais rápido possível.
Foi o que disse para mim o gerente.

4) GRATUITO: o falante pensa que o fonema (letra) “i” não faz parte da segunda sílaba da palavra, o que não é verdade, ela faz, sim: gra-tui-to.
Ex. O passeio de bicicleta é gratuito.

5) RECORDE: possivelmente influenciado pelo seu som de origem, muitos a pronunciam como se a primeira sílaba fosse a mais forte, não é, pois se trata de uma paroxítona.
Ex. Nadador baiano bate recorde em prova aquática.

6) IBERO: trata-se uma paroxítona, pois a sílaba tônica se encontra no meio da palavra.
Ex. Tempos atrás, ocorreu um encontro ibero-americano, em Salvador.

7) TEX: certamente obedecendo à lei do menor esforço, o usuário da língua a pronuncia como se a sílaba tônica fosse a última. Na verdade, trata-se de uma paroxítona.
Ex. Obtém-se o látex a partir das seringueiras.

NOBEL: a palavra possui o som mais forte na última sílaba, mas o falante supõe ser a primeira.
Ex. Em 1998, José Saramago, escritor português, recebeu o Nobel de Literatura.

9) MENDIGO: condicionado pela grande nasalidade existente na Língua Portuguesa, muitos falantes pronunciam, incorretamente, “mendingo”.
Ex. Os mendigos necessitam de mais atenção das prefeituras e da sociedade.

10) PRIVILÉGIO: provavelmente, muitas pessoas pensam que a melhor sonoridade presente em “previlégio” faz dela a pronúncia correta, mas é um equívoco.
Ex. O acesso à educação de qualidade deve ser privilégio de todos.

Abraços Fraternos,

Paulo Jorge
http://www.ibahia.com/a/blogs/portugues/

Definido conversor de TV digital destinado a beneficiário do Bolsa Família

15/05/2015 22h21 
Brasília
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

Cerca de 14 milhões de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família vão receber um conversor de TV digital com grande capacidade de interatividade. O equipamento foi apresentado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como consenso após uma série de discussões entre governo, empresas públicas e privadas de radiodifusão e grupos de telecomunicações.

O Grupo de Implantação da Digitalização da TV (Gired), liderado pela Anatel, decidiu hoje (15), depois de uma reunião que durou cerca de oito horas, na sede da agência, em Brasília, que o conversor terá interatividade pelo padrão Ginga C, 512 kilobytes (Kb) de memória e 2 Gigabytes (Gb) de memória flash. Isso significa um aparelho que vai atender plenamente às necessidades das famílias.

Segundo André Barbosa, superintendente Executivo de Relacionamento da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pelo Brasil 4D, projeto-piloto que permite a alguns beneficiários do Bolsa Família, a decisão de hoje inaugura a possibilidade de uma TV que não apenas disponibilize bons programas, mas também serviços, por meio de aplicativos e vídeos para as pessoas.

De acordo com Barbosa, com o conversor acoplado à televisão, o beneficiário poderá fazer consultas sobre vagas de emprego, capacitação profissional, serviços públicos nas áreas de saúde, educação, segurança e transporte, além de serviços bancários, cursos técnicos e de educação financeira.

“Esta é a mudança na sua televisão. Não é só ver o programa preferido, o jogo de futebol, o noticiário. Mais do que isso, é ter informações que você precisa, que estão à sua disposição e que antes só estavam na internet e, agora, passam a estar na tela da televisão”, disse.

Embora ainda não tenha sido anunciado o custo de cada conversor, Barbosa acredita que ele deve ficar em torno de R$ 130, incluindo a antena. Uma licitação será feita para a aquisição das “caixinhas”, que começarão a ser instaladas no próximo ano, gratuitamente, nas casas dos beneficiários do Bolsa Família residentes das capitais e, até 2018, em todo o país, informou.

Para o superintendente da EBC, alguns detalhes no equipamento poderiam ser melhorados, por exemplo, uma capacidade maior de memória. Apesar disso, Barbosa garantiu que o modelo escolhido atenderá às necessidades iniciais de cada família. O superintendente destacou que o Brasil implementará um projeto novo no mundo e espera que ele possa ser levado a outras regiões que também tenham residências sem internet, como outros países da América Latina e da África.

Agência Brasil

Liminar proíbe Oi de comercializar planos e serviços em Juiz de Fora

15/05/2015 19h07 - Atualizado em 15/05/2015 19h07

Do G1 Zona da Mata

Foi deferida, nesta sexta-feira (15), uma liminar que proíbe a operadora Oi de comercializar novos planos de telefonia e serviços em Juiz de Fora. O documento foi assinado por Frederico José da Silva, juiz titular da 6ª Vara Cível, e começa a valer em 48 horas úteis, ou seja, na próxima terça-feira (19). Em nota, a Oi afirmou que ainda não foi notificada e, por isso, não vai se pronunciar sobre o caso.

Na última segunda-feira (11), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) contra a operadora, pedindo que a empresa suspenda a comercialização de novas linhas e planos na cidade, até que o serviço passe pelas melhorias necessárias. A ação pede, ainda, indenização de R$ 5 milhões por dano coletivo para consumidores.

De acordo com o promotor Plínio Lacerda, no texto desta sexta o juiz comprovou o descaso da operadora com o público e determinou a suspensão, notificando a empresa. A partir de agora, o MPMG vai encaminhar uma cópia da liminar ao Procon, que deve fazer a orientação e fiscalização nas lojas.

A empresa tem 15 dias para contestar a decisão do juiz. Com relação à multa, só será possível ter uma posição após a conclusão do processo, o que não tem data para ocorrer.

No sábado: “Mostra Extra” encerra o Festival de Cinema Filmes da Estação

JUIZ DE FORA - 15/5/2015 - 18:36
Notícias de: FUNALFA
A “Mostra Extra”, com dez curtas-metragens, encerra, neste sábado, 16, a maratona cultural do “Festival de Cinema Filmes da Estação”. A sessão terá início às 19 horas, no Anfiteatro João Carriço, na sede da Funalfa (Avenida Rio Branco, 2.234 – Centro), e tem entrada franca.

Conforme os jornalistas David Azevedo e Rodrigo Souza, curadores do festival, os filmes selecionados para a “Mostra Extra” extrapolam gêneros e convenções sociais e experimentam diferentes linguagens.

:: Programação ::

"Ecce Homo” – Rio de Janeiro (RJ) | Digital | Cor | 2013 | 16 anos | Direção: Clodoaldo Lino | 16 minutos

“Repolho” – Vitória (ES) | Digital | Cor | 2015 | 16 anos | Direção: Alexander S. Buck | 9 minutos

“Eu, Travesti?” – Salvador (BA) | Digital | Cor | 2014 | 16 anos | Direção: Leandro Rodrigues | 5 minutos

“Grave” – Juiz de Fora (MG) | Digital | Cor | 2014 | Livre | Direção: Matheus Engenheiro e Tamiris Toschi | 21 minutos

“Edith” – São Paulo (SP) | Digital | Cor | 2015 | 16 anos | Direção: Flávio Guedes | 16 minutos

“Sailor” – Natal (RN) | Digital | Cor | 2014 | 14 anos | Direção: Victor Ciriaco | 14 minutos

“Action Painting N°1 / N°2” – Curitiba (PR) | Digital | Cor | 2014 | 18 anos | Direção: Krefer e Turca | 7 minutos

“Ocaso” – Rio de Janeiro (RJ) | Digital | Cor | 2014 | 18 anos | Direção: Bruno Roger | 22 minutos

“Como dois amantes” – Niterói (RJ) | Digital | Cor | 2014 | 18 anos | Direção: Eduardo Brandão Pinto | 12 minutos

“Engole ou Cospervilha” – São Paulo (SP) | Digital | Cor | 2013 | 16 anos | Direção: Marão, David Mussel, Pedro Eboli, Fernanda Valverde, Jonas Brandão, Giuliana Danza, Gabriel Bitar e Zé Alexandre | 8 minutos

O Festival de Cinema Filmes da Estação é financiado pela Lei Murilo Mendes, mantida pela Prefeitura de Juiz de Fora e gerenciada pela Funalfa. O objetivo é criar um canal de divulgação para os curtas-metragens, além de auxiliar na formação de público para essas obras. A ação também contribui para levar as pessoas ao centro histórico da cidade, modificando o olhar sobre o espaço público, de modo a contribuir com a preservação e exaltação do patrimônio e da memória local.

* Mais informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF

Policiais se comovem com ladrão, pagam fiança e fazem compras para ele

Pubicado em: Qui, Mai 14th, 2015
Por Hilton Batista

Após tentar furtar 2kg de carne em um mercado de Santa Maria, o desempregado Mário Ferreira Lima foi preso em flagrante. Mas a polícia se comoveu com a história do rapaz: depois que o detido contou a história da vida dele, policiais pagaram a fiança e ainda fizeram compras para a família. Entregaram os mantimentos nesta terça-feira (13/5), na casa do suspeito, no Jardim Ingá.
Trata-se de um eletricista desempregado, que sustenta um filho com o benefício que recebe por mês do programa Bolsa Família. Como o dinheiro não havia sido depositado na conta, Mário tentou roubar 2kg de carne de um mercado, mas foi pego pelo dono do estabelecimento, que chamou a polícia.

Durante o depoimento, na 20ª Delegacia de Polícia (Gama Oeste), ele começou a passar mal. Depois de se acalmar, relatou que, há quase um ano, a mulher dele sofreu um acidente e passou oito meses no hospital. Por isso, Mário perdeu o emprego. Quando ela se recuperou, ela foi morar com um filho de outro casamento, porque a família estava sem dinheiro para lhe atribuir os cuidados necessários.

Sobrou para o suspeito a responsabilidade de criar sozinho um filho, de 12 anos, que estuda na parte da tarde e demanda cuidados pela manhã. Enquanto o adolescente está na escola, o pai tenta fazer bicos para sustentar a casa. Mas, segundo relatou, há dois meses ele não consegue nada.

Diante da situação, o delegado colocou uma fiança estipulada em R$ 270, valor pago por uma agente da Polícia Civil que ficou sensibilizada com a história. Outro agente resolveu dar a ele R$ 30 para que ele pagasse o valor da carne.

No fim do dia, houve uma vaquinha e os policiais fizeram uma compra de mês. Entregaram tudo na casa dele, por volta de 19h30.

Fonte: Correio Braziliense

EUA condenam à morte autor de atentado na Maratona de Boston

15/05/2015 17h21
Atlanta (Estados Unidos)
Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC 
Edição: Armando Cardoso

Um juri popular condenou hoje (15) à pena de morte Dzhokhar Tsarnaev, 22 anos, por sua participação no atentado terrorista da maratona de Boston. Ocorrido em 15 de abril de 2013, o atentado deixou três mortos e 264 feridos. Os 12 jurados votaram pela condenação à morte.

Dzhokhar e o irmão, Tamerlan Tsarnaev, foram responsáveis pela explosão de duas bombas na linha de chegada da maratona. Entre os feridos, 17 sofreram amputações. O atentado foi considerado o maior ataque terrorista no país desde 11 de setembro de 2013.

Dzhokhar e Tamerlan são de origem chechena e puderam ser identificados como autores do atentado por causa das câmeras de segurança instaladas no local da maratona. Irmão mais velho, Tamerlan foi morto pela polícia quando tentar fugir de Boston, um mês após as explosões. Dzhokhar foi ferido, capturado e desde então aguardava o julgamento.

Dzhokhar Tsarnaev foi considerado culpado de todas as 30 acusações, das quais 17 eram passíveis de pena de morte. A condenação ocorreu porque todos os jurados o responsabilizaram. A pena de morte só é aplicada quando todos os jurados votam a favor da condenação.

A defesa do rapaz tentou conseguir a prisão perpétua, alegando que ele havia sido influenciado pelo irmão mais velho, à época com 26 anos. Quando o atentado ocorreu, Dzhokar tinha 20 anos. Imigrantes, os irmãos Tsarnaev chegaram aos Estados Unidos em 2002.

Agência Brasil