terça-feira, 7 de abril de 2015

MG - Reajustes já aprovados serão concedidos, mas outros estão ‘congelados’

PUBLICADO EM 07/04/15 - 08h23
ANGÉLICA DINIZ / BERNARDO MIRANDA / DENISE MOTTA
Pimentel disse que vai honrar reajuste dos policiais, aprovados no fim da gestão anterior

O crescimento do gasto com a folha de pagamento, que praticamente dobrou em sete anos, foi apontado como um dos principais problemas que geraram o endividamento do governo de Minas e a solução será pisar no freio na concessão de reajustes salariais aos servidores. Esse foi o diagnóstico apresentado pela gestão do governador Fernando Pimentel (PT) e que joga um balde de água fria nas esperanças de aumento de salário do funcionalismo estadual.

Segundo balanço apresentado nessa segunda-feira (6), foram gastos R$ 14,5 bilhões para honrar a folha salarial em 2007. Em 2014, esse valor passou para R$ 28,8 bilhões, o que corresponde a 105% de tudo que o Estado arrecadou com Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). Para este ano, a previsão é de pagar R$ 31 bilhões para o funcionalismo ou 116% de todo o ICMS previsto a ser arrecadado. 

O secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, destacou que o governo do Estado vai garantir os reajustes já aprovados por lei, pela gestão anterior, como é o caso dos policiais militares. Para as demais categorias, os aumentos salariais serão modestos, quando houver. É o caso dos professores, que terão que esperar pelo pagamento do piso nacional da categoria que não será realidade nesse primeiro ano da gestão Pimentel. “Nós não temos mais espaço para aumentar a oferta do reajuste para os professores, além do abono de R$ 160. No caso do reajuste para agentes da segurança que está previsto em lei, nós vamos cumprir”, afirmou Magalhães.

Diante dessa situação, o governador Fernando Pimentel pediu compreensão do funcionalismo público. “A situação é crítica do ponto de vista fiscal e gerencial. Vamos precisar muito da compreensão e colaboração do funcionalismo público e também do povo mineiro”, pediu o governador.

PPP
Além do custeio, os investimentos também serão afetados pela falta de recursos. Novas obras no Estado só serão viabilizadas por meio de Parcerias Público Privada (PPP), com o investimento vindo do setor empresarial e, não, dos cofres do governo.

“Serão três pontos para melhorar a situação fiscal: temos que ir em busca de R$ 50 bilhões em dívida ativa, trabalhar mais com a iniciativa privada por meio de PPP e melhorar a eficiência da gestão para gerar economia”, afirmou o secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho. 

Frases
“A situação é crítica do ponto de vista orçamentário, do ponto de vista financeiro e do ponto de vista de gerenciamento. Mas vamos recuperar, com trabalho duro, sem prometer o que não pode ser cumprido.”

“Arrumar a casa começa por reconhecer o quanto ela está desarrumada. Vamos precisar da compreensão do funcionalismo público e que o povo mineiro entenda as limitações que o governo passa.”
Governador Fernando Pimentel (PT)

“Estamos no pior dos mundos.”
José Afonso Bicalho, secretário de Fazenda

“Gastamos R$ 200 mil com jardinagem e, para trocar uma mesa de lugar, R$ 3.000. A Cidade Administrativa consome R$ 120 milhões e, claro, há onde cortar gastos.”
Helvécio Magalhães, secretário de Planejamento

Obras paralisadas somam 497
Segundo o diagnóstico apresentado pelo governo do Estado, existem 497 obras que estão paralisadas em Minas Gerais. O secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, Murilo Valadares, critica a falta de gerenciamento desses serviços que são executados por diversos órgãos da administração. “São quase 500 obras paradas em Minas, que são executadas por 28 órgãos diferentes. Não há um gerenciamento central”, criticou. Valadares também colocou a culpa pela demora das obras na dificuldade de diálogo da gestão anterior com o governo federal.
“O DER não conseguia se entender com o Dnit e queriam fazer a expansão do metrô sem ouvir a CBTU”, destacou.

Jornal O Tempo

Policiais e manifestantes da CUT entram em confronto em frente ao Congresso

07/04/2015 16h34
Brasília
Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
Manifestantes e policiais entram em confronto durante protesto contra o Projeto de Lei 4330/04, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas Wilson Dias/Agência Brasil

Manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) entraram em confronto com policiais militares e integrantes da Polícia Legislativa em frente ao Congresso Nacional. O tumulto começou quando eles tentaram se aproximar da Chapelaria, uma das entradas da sede do Parlamento.

Os policiais fizeram um bloqueio e houve o confronto. Os manifestantes jogaram pedaços de madeiras e cones de sinalização. Os militares reagiram com spray de pimenta e cassetetes. Um manifestante ficou ferido e outro foi detido.
Um dos manifestantes é ferido durante o confronto com policiais em frente ao Congresso Wilson Dias/Agência Brasil

Neste momento, os manifestantes permanecem em frente ao Congresso e os policiais militares fazem uma barreira para impedir que eles entrem na Casa Legislativa. As lideranças sindicais que estão no alto de um carro de som pedem tranquilidade e que evitem o confronto com os policiais.

A manifestação é contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização e deve ser apreciado hoje (7), na Câmara dos Deputados. O projeto estende a liberação das terceirizações das atividade-meio para as atividades-fim das empresas. Os protestos ocorrem em vários estados.

Agência Brasil

Transeuntes foram roubados (assaltados)

Rua José Calil Ahouagi - Centro - Juiz de Fora 
Nesta segunda-feira(6), por volta 13:55 h, policiais militares registraram a ocorrência de roubo a transeunte.
A vítima,15, teve seu aparelho celular, Samsung, roubado.
Dois autores, um deles portava uma faca.

Rua do Monte - Vitorino Braga 
Por volta de 23:45 h, foi registrada a ocorrência em que uma jovem,29, foi surpreendida por um indivíduo que trajava roupas sujas e portava uma faca.
Foi roubado um cordão de ouro, uma carteira e a quantia de R$1.080,00 em moeda corrente.

Rua A - Marumbi
Nesta terça-feira(7), por volta de 01:05 h, foi registrado o roubo de um aparelho celular.
A vítima, uma jovem,25, narrou que um indivíduo, cor preta, trajando blusa cinza, touca de cor preta, bermuda vermelha e portando uma faca lhe roubou.
O autor foi contido por populares, contudo ameaçou de se cortar e conseguiu fugir.

Apreensão de maconha no CERESP/JF

Rua da Passagem - CERESP - Juiz de Fora 
Nesta segunda-feira(6), por volta de 14:20 h, policiais militares registraram a ocorrência de tráfico de drogas.

Um caminhão, de uma firma terceirizada, que transportava alimentos para o interior do CERESP foi vistoriado.

Os Agentes Prisionais suspeitaram do peso de uma garrafa térmica que deveria conter suco e durante as vistorias constataram a existência em seu interior de treze sacolés que continham aproximadamente 650 gramas de maconha.

A PM foi acionada, tendo o motorista, 49, alegado que o compartimento de transporte do caminhão é lacrado quando inicia o deslocamento e que o lacre foi retirado na Unidade Prisional.

Durante as averiguações chegou-se a dois funcionários da firma terceirizada que transportaram os produtos para o caminhão.

Imagens geradas no interior da firma mostraram um funcionário de posse de uma garrafa, cor vermelha, semelhante a apreendida que continha drogas em seu interior.

Um dos responsáveis, 21, pelo abastecimento do caminhão recebeu voz de prisão em flagrante delito e foi encaminhado à delegacia, tendo prestado esclarecimentos e assinado o TCO.

O outro funcionário,22, também deverá prestar esclarecimentos enquanto a Polícia Civil se encarrega das demais diligências.

A firma terceirizada será notificada do fato.

Informações dão conta de que não ocorre qualquer outra anormalidade na Unidade Prisional e que a rotina diária prossegue sem transtornos.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Charge - FIES x IRPF

6 abril 2015

AMARILDO – A GAZETA


Blog Jornal da Besta Fubana

Ex-juiz do caso Eike é denunciado pela Procuradoria Regional do Rio

06/04/2015 15h10
Rio de Janeiro
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasileira Edição: Valéria Aguiar

O juiz Flávio Roberto de Souza, titular afastado da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, foi denunciado à Justiça pela Procuradoria Regional da República da 2ª Região. De acordo com as investigações do Ministério Público Federal (MPF), o juiz cometeu os crimes de peculato, falsidade ideológica e extravio e inutilização de documentos da Operação Monte Perdido.

A denúncia foi apresentada no último dia 31 e divulgada hoje (6). Cabe ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região a decisão de abrir o processo penal.

A Operação Monte Perdido foi deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2013, quando foi preso um traficante de drogas espanhol que agia na América do Sul, Oceania e Europa. Na ocasião, também foram apreendidos mais de R$ 22 milhões em imóveis, veículos e dinheiro em espécie.

Flávio Roberto de Souza foi investigado em dois inquéritos: judicial e policial. Com base neles, os procuradores regionais Flávio Paixão e José Augusto Vagos relatam que o magistrado proferiu “decisões que lhe permitiram desviar recursos públicos” nos valores de R$ 290,5 mil, US$ 105,6 mil e EUR 108,1 mil. O juiz é acusado de ter usado esses recursos para comprar um veículo Land Rover Discovery e um apartamento na Barra da Tijuca. O carro foi apreendido pela Polícia Federal na quinta-feira (2), a pedido do MPF.

A acusação de extravio e inutilização de documentos refere-se à destruição, em janeiro, de autos do processo sobre a alienação antecipada de bens da Operação Monte Perdido, que, segundo o MPF, tiveram o intuito de “facilitar a ocultação e a impunidade dos desvios de valores, pois várias decisões falsas que fez inserir no sistema Apolo – usado na Justiça Federal – contêm alusão a documentos que nunca existiram”.

Souza foi flagrado dirigindo um dos carros apreendidos de Eike Batista e também havia determinado que um piano do empresário ficasse sob a guarda de um vizinho seu. No início de março, o Tribunal Regional Federal declarou suspeição de Souza para o julgamento dos processos relativos a Eike, em julgamento de exceção de suspeição apresentada pela defesa do empresário.

Agência Brasil

Autor de roubo foi autuado/ Mulher morreu atropelada/Mulher usou faca para roubar/ Mulher tentou matar idosa e foi autuada

Rua Hélio Tomas - Cerâmica - Juiz de Fora 
Nesse sábado (4), por volta de 10:00 h, foi registrada a ocorrência de atropelamento com vítima fatal.
Cláudia,45, atravessava por trás do caminhão que efetuava uma manobra, quando foi atingida mortalmente.
A Perícia se fez presente e a funerária removeu o corpo para o IML.
Na delegacia o condutor do caminhão prestou declarações, sendo liberado, até a manifestação da justiça.

Avenida Barão do Rio Branco - Bom Pastor 
Nesse sábado(4), por volta de 112:30 h, uma mulher, magra, trajando short jeans, calça estampada, portando uma faca, roubou duas pessoas. 

Avenida Juscelino Kubitschek - Jóquei Clube 
Por volta de 21:55 h, foi registrada a ocorrência de roubo a coletivo urbano.
A vítima,49, relatou que um indivíduo encostou um objeto em sua nuca, roubou dinheiro e fugiu.
De posse das características do autor foi iniciado o rastreamento.
Carlos,25, foi abordado, portava na cintura um boné dobrado, cinco pedras de crack e a quantia de R$ 21,30 em moeda corrente, sendo reconhecido como o autor do roubo.
Diante dos fatos recebeu voz de prisão em flagrante delito e na delegacia foi autuado, seria encaminhado para o CERESP.

Avenida Presidente Costa e Silva - São Pedro
Neste domingo(5), por volta de 12:10 h, foi registrada a ocorrência de tentativa de homicídio.
Uma jovem foi surpreendida em uma cama, sobre a vítima,74, utilizando de um lençol para encobrir a face, utilizando as mãos em volta do pescoço da idosa na tentativa de enforcá-la.
Renata,29, recebeu voz de prisão em flagrante delito e na delegacia foi autuada, seria encaminhada para o CERESP.

Dois homens foram assassinados a tiros em JF

Rua Aristóteles Evaristo do Nascimento-Jardim Esperança-Juiz de Fora 
Nesse sábado(4), por volta de 22:25 h, policiais militares registraram a ocorrência de homicídio.
Jeferson Silva Brites, 23, foi atingido por projeteis de arma de fogo e uma equipe do SAMU constatou o óbito.
Os atiradores seriam moradores do bairro Retiro e usaram uma motocicleta para fugirem.
A Perícia constatou quatro perfurações, sendo uma na nuca, na face, no pescoço e nas costas.
A funerária removeu o corpo para o IML onde será expedido o Laudo de necropsia.
Na foi comentado sobre o calibre da arma e a motivação do crime seria desavenças entre gangues.

Rua do Boto - Linhares - Juiz de Fora 
Neste domingo(5), por volta de 20:45 h, policiais militares registraram a ocorrência de homicídio consumado.
João Batista Ferreira,42, foi encontrado caído ao solo e uma equipe do SAMU constatou o óbito.
A Perícia exerceu suas atividades e a funerária removeu o corpo para o IML.
O falecido apresentava perfurações no abdômen, no braço esquerdo e nas costas.
Informações davam conta que a vítima estava foragida do Sistema prisional e possuía alguns desafetos na região.
Sobre o calibre da arma e sobre as características dos autores nada foi comentado.

A Polícia Civil se encarrega das investigações. 

JF - Assaltantes invadem empresa de vigilância e roubam armas e munições

06/04/2015 12h28 - Atualizado em 06/04/2015 12h28

Do G1 Zona da Mata

Uma empresa de vigilância e segurança foi assaltada na madrugada desta segunda-feira (6), no Bairro São Bernardo, em Juiz de Fora. A ocorrência foi registrada por volta das 2h30 e ainda está em andamento.

De acordo com informações preliminares da Polícia Militar (PM), dois homens invadiram o estabelecimento, que fica na Rua São Bernado. 

As primeiras informações dos militares dão conta de que dezenas de armas de fogo, além de munições e coletes à prova de balas, foram levados. 

Segundo a polícia, uma testemunha que mora perto da sede da empresa disse que viu os suspeitos pulando de dentro da empresa e fugindo em um táxi. No veículo, uma mulher aguardava a dupla.

A proprietária do estabelecimento contou que o local dispõe de alarme, mas que este não disparou.

# Foram levados 31 coletes balísticos, 14 armas de fogo, sendo 11 revólveres de caibre 38 e 03 escopetas de calibre 12; 611 cartuchos intactos calibre 38 e 18 cartuchos intactos de calibre 12.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sexta-feira Santa é uma festa religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário.

03/04/2015
Sexta-feira Santa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sexta-feira Santa é uma festa religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. O feriado é observado sempre na sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, o sexto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sétimo no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É o segundo dia do Tríduo Pascal e pode coincidir com a data da Páscoa judaica.

Este dia é considerado um feriado nacional em muitos países pelo mundo todo e em grande parte do ocidente, especialmente as nações de maioria católica.Narrativa bíblica

De acordo com os relatos nos evangelhos, os guardas do templo, guiados pelo apóstolo Judas Iscariotes,prenderam Jesus no Getsêmani
Depois de beijar Jesus, o sinal combinado com os guardas para demonstrar que era o líder do grupo, Judas recebeu trinta moedas de prata (Mateus 26:14-16) como recompensa. 
Depois da prisão, Jesus foi levado à casa de Anás, o sogro do sumo-sacerdote dos judeus,Caifás. Sem revelar nada durante seu interrogatório, Jesus foi enviado para Caifás, que tinha consigo o Sinédrio reunido (João 18:1-24).

Na manhã seguinte, uma multidão seguiu com Jesus preso até o governador romano Pôncio Pilatos e o acusaram de subversão contra o Império Romano, de se opor aos impostos pagos ao césar e de auto-denominar "rei" (Lucas 23:1-2). Pilatos autorizou os líderes judeus a julgarem Jesus de acordo com seus próprios costumes e passar-lhe a sentença, mas foi lembrado pelos líderes judeus que os romanos não lhes permitiam executar sentenças de morte (João 18:31).Muitas testemunhas apareceram para acusar Jesus, mas seus relatos conflitavam entre si e Jesus manteve-se em silêncio. Finalmente, o sumo-sacerdote desafiou Jesus dizendo: «Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.» (Mateus 26:63) A resposta de Jesus foi: «Tu o disseste; contudo vos declaro que vereis mais tarde o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.» (Mateus 26:64) Por conta disto, Caifás condenou Jesus por blasfêmia e o Sinédrio concordou em sentenciá-lo à morte (Mateus 26:57-66). Pedro, que esperava no pátio, negou Jesus por três vezes enquanto o interrogatório se desenrolava, exatamente como Jesus havia previsto.

Pilatos interrogou Jesus e afirmou para a multidão que não via fundamentos para uma pena de morte. Quando ele soube que Jesus era da Galileia, Pilatos delegou o caso para o tetrarca da região, Herodes Antipas, que, como Jesus, estava em Jerusalém para a celebração da Páscoa judaica
Herodes também interrogou Jesus, mas não conseguiu nenhuma resposta e enviou-o de volta a Pilatos, que disse para a multidão que nem ele e nem Herodes viam motivo para condenar Jesus. Ele então se decidiu por chicoteá-lo e soltá-lo, mas os sacerdotes incitaram a multidão a pedir que Barrabás, que havia sido preso por assassinato durante uma revolta, fosse solto no lugar dele. Quando Pilatos perguntou então o que deveria fazer com Jesus, a resposta foi: «Crucifica-o!» (Marcos 15:6-14). A esposa de Pôncio Pilatos havia sonhado com Jesus naquele mesmo dia e alertou Pilatos para que ele não se envolvesse «na questão deste justo» (Mateus 27:19) e, perplexo, o governador ordenou que ele fosse chicoteado e humilhado. Os sumo-sacerdotes informaram então Pilatos de uma nova acusação e exigiram que ele fosse condenado à morte por "alegar ser o Filho de Deus". Esta possibilidade atemorizou Pilatos, que voltou a interrogar Jesus para descobrir de onde ele havia vindo (João 19:1-9).

Voltando à multidão novamente, Pilatos declarou que Jesus era inocente e lavou suas mãos para mostrar que não queria ter parte alguma em sua condenação, mas mesmo assim entregou Jesus para que fosse crucificado para evitar uma rebelião (Mateus 27:24-26). 
Jesus carregou sua cruz até o local de sua execução (com a ajuda de Simão Cireneu), um lugar chamado "da Caveira" (Gólgota em hebraico e Calvário em latim). Lá foi crucificado entre dois ladrões (João 19:17-22).

Jesus agonizou na cruz por aproximadamente seis horas. Durante as últimas três, do meio-dia às três da tarde, uma escuridão cobriu "toda a terra" (Mateus 27:45, Marcos 15:13 e Lucas 23:44).

Quando Jesus morreu, houve um terremoto, túmulos se abriram e a cortina do Templo rasgou-se cima até embaixo. José de Arimateia, um membro do Sinédrio e seguidor de Jesus em segredo, foi até Pilatos e pediu o corpo de Jesus para que fosse sepultado (Lucas 23:50-52). Outro seguidor de Jesus em segredo e também membro do Sinédrio,Nicodemos, foi com José de Arimateia para ajudar a retirar o corpo da cruz (João 19:39-40). Porém, Pilatos pediu que o centurião que estava de guarda confirmasse que Jesus estava morto (Marcos 15:44) e um soldado furou o flanco de Jesus com uma lança, o que provocou um fluxo de sangue e água do ferimento (João 19:34).

José de Arimateia então levou o corpo de Jesus, envolveu-o numa mortalha de linho e o colocou em um túmulo novo que havia sido escavado num rochedo (Mateus 27:59-60) que ficava num jardim perto do local da crucificação. Nicodemos trouxe mirra e aloé e ungiu o corpo de Jesus, como era o costume dos judeus (João 19:39-40). Para selar o túmulo, uma grande rocha foi rolada em frente à entrada (Mateus 27:60) e todos voltaram para casa para iniciar o repouso obrigatório do sabá, que começou ao pôr-do-sol (Lucas 23:54-56).

Cristianismo oriental
Como o sacrifício de Jesus na cruz é relembrado neste dia, a Divina Liturgia (o sacrifício do pão e do vinho) jamais é celebrada na Grande Sexta-feira, exceto quando a data cai no mesmo dia da grande festa da Anunciação, celebrada na data fixa de 25 de março (para as igrejas que utilizam o calendário juliano, a data atualmente cai no dia 7 de abril do calendário gregoriano). Também neste dia, o clero deixa de vestir o roxo ou o vermelho, cores da Grande Quaresma e passa a usar o negro. Não se "limpa o altar" na Grande e Sagrada Quinta-feira como no ocidente; ao invés disso, todos as cortinas e tapeçarias da igreja são trocadas para panos negros e assim ficarão até a Divina Liturgia do Grande Sábado.

Os fieis revisitam os eventos do dia com leituras públicas de salmos específicos, dos evangelhos e do canto de hinos sobre a morte de Cristo. Neste dia é observado um jejum bastante estrito e se espera que todos os cristãos bizantinos adultos abdiquem de toda comida e bebida durante todo o dia, desde que não prejudiquem suas condições de saúde. Àqueles que, por idade ou enfermidade, for necessário comer, pão e água podem ser consumidos depois do pôr-do-sol.

Leituras e liturgia
A observância da Grande e Sagrada Sexta-feira começa na noite da quinta-feira com doze leituras dos quatro evangelhos e que recontam os eventos da Paixão de Cristo, da Última Ceia até a crucificação e sepultamento de Jesus. Algumas igrejas utilizam um candelabro com doze velas e as vão apagando, uma por vez, após cada uma das leituras.

A primeira destas leituras é João 13:31 até João 18:1, a mais longa leitura do evangelho em toda a liturgia ortodoxa dentro do ano litúrgico. Imediatamente antes da sexta leitura, que reconta os eventos de Jesus sendo pregado na cruz, uma grande cruz é carregada para fora do presbitério pelo padre, acompanhado por incenso e velas, e colocada no centro da nave (onde estão os fieis); afixado nela está um ícone do corpo de cristo. Cânticos específicos são entoados durante este ritual.

Durante o serviço, todos os presentes beijam os pés de Cristo na cruz. Em seguida, um comovente hino chamado "O Sábio Ladrão" é entoado por cantores que ficam aos pés da cruz.

No dia seguinte, na manhã de sexta, todos se juntam novamente para as "Horas Reais", uma celebração expandida das Pequenas Horas (incluindo a primeira, terceira, sexta, nona e a típica) pela adição de leituras do Antigo Testamento, Epístolas e do Evangelho e hinos sobre a crucificação em cada uma das horas.

À tarde, por volta das três horas, todos se juntam para celebrar a Deposição da Cruz. A leitura é uma concatenação baseada nos quatro evangelhos. Durante o serviço, o corpo de cristo é removido da cruz e levado para o altar. Perto do fim do serviço, um epitaphios (um pano bordado com a imagem de Cristo preparado para ser sepultado) é levado em procissão até uma mesa baixa na nave, símbolo do túmulo de Cristo, geralmente decorado com muitas flores. O epitaphios representa o corpo de Cristo já envolvo na mortalha e tem aproximadamente o tamanho de um ícone escala real do corpo de Cristo. Alguns padres nesta hora fazem uma homilia e todos se aproximam para a veneração.

Ao cair da noite de sexta-feira, começa o período conhecido como matinas do Grande e Sagrado Sábado, e realiza-se um serviço único conhecido como "Lamentação no Túmulo" (Epitáphios Thrēnos) ou "Matinas de Jerusalém" em volta do epitaphios no centro da nave da igreja. Sua característica principal é canto das "lamentações" ou "glórias" (Enkōmia), que consiste em versos cantados pelo clero intercalados aos versos do Salmo 119 (que é, de longe, o mais longo salmo da Bíblia). As Enkōmia são os mais apreciados hinos bizantinos, por sua poesia e música, que se encaixam perfeitamente entre si e refletem a solenidade do dia. Não se conhece o nome do autor, mas o estilo sugere uma data por volta do século VI, provavelmente na época de São Romano, o Melodista.

No final da cerimônia, o epitaphios é levado em procissão para dar uma volta na igreja e de volta para o túmulo. Algumas igrejas praticam o costume de segurar o epitaphios na porta, pouco acima da linha da cintura, para que os fieis passem curvados por baixo quando reentram na igreja, simbolizando sua entrada na morte e ressurreição de Cristo. Oepitaphios ficará no túmulo até o serviço de Páscoa no domingo de manhã.
Na Igreja Católica Romana

A Igreja Católica trata a Sexta-feira Santa como dia de jejum, o que, na Igreja Latina, é compreendido como sendo um dia em se faz apenas uma refeição (menor do que uma refeição normal) e duas colações (um pequeno repasto que, contados juntos, não perfazem uma refeição completa), todas sem carne. É por conta desta tradição que em muitos restaurantes em países católicos servem peixe neste dia. Nos países onde não é feriado, o serviço litúrgico das três da tarde é geralmente atrasado algumas horas.Dia de jejum
Serviços litúrgicos

O rito romano não prevê a celebração de missas entre a Missa da Ceia do Senhor na noite da Quinta-feira Santa e a Vigília Pascal, exceto por autorização especial da Santa Sé ou do bispo local. 
O único sacramento celebrado neste período é o batismo para os que estão à beira da morte, a confissão e a unção dos enfermos . Durante este período, velas e toalhas são retiradas do altar, que fica completamente limpo . Costuma-se também esvaziar todas as fontes de água benta, já como preparação para a benção da água durante a Vigília Pascal. Tradicionalmente, nenhum sino é tocado na Sexta-feira Santa e no Sábado de Aleluia.

A Celebração da Paixão do Senhor se realiza à tarde, idealmente às três da tarde, mas, por razões pastorais (dar tempo aos fieis chegarem em países em que não há feriado, por exemplo), é possível que seja mais tarde . As vestes utilizadas são vermelhas ou, mais tradicionalmente, negras . Até 1970, eram sempre negras, exceto para o ritual da comunhão, quando se usava o violeta.

Antes de 1955, só se usava o preto . Se um bispo ou abade estiver celebrando, ele deverá vestir uma mitra simples (mitra simplex).
Liturgia

A liturgia da Sexta-feira Santa está dividida em três partes: a Liturgia da Palavra, a Veneração da Cruz e a Sagrada Comunhão.
A "Liturgia da Palavra" é um ritual no qual o clero e os ministros ajudantes param de cantar e entram num silêncio completo. Sem nenhum ruído, prostram-se como sinal do"rebaixamento do 'homem terreno' e também o pesar e tristeza da Igreja" . Segue-se a oração da coleta e a leitura de Isaías 52:13-Isaías 53:12, Hebreus 4:14-16,Hebreus 5:7-9 e o relato da Paixão no Evangelho de João, tradicionalmente recitado por três diáconos ou pelo padre, um ou dois leitores e a congregação, que lê a parte da "multidão". Esta parte do ritual termina com as orationes sollemnes, uma série de oração pela Igreja, o papa, o clero e os leigos da Igreja, os que estão se preparando para o batismo, a unidade dos cristãos, os judeus, os que não acreditam em Cristo, os que não acreditam em Deus, os que prestam serviço público e os que precisam de ajuda imediata. Depois de cada uma destas intenções, o diácono conclama os fieis a se ajoelharem por um breve período de oração individual; o padre celebrante então encerra com uma oração conjunta.
A "Veneração da Cruz" apresenta um crucifixo, não necessariamente o que está normalmente no altar ou perto dele em situações normais, que é solenemente desembrulhado e mostrado para a congregação e venerado por ela, individualmente se possível, geralmente através de um beijo, enquanto se cantam hinos, a Improperia("censuras") e o Trisagion.
A "Sagrada Comunhão" é celebrada com base no rito do final da missa, começando com o Pai Nosso, mas omitindo a "Partilha do pão" e seu cântico, o "Agnus Dei". 
Eucaristia, consagrada na Missa da Ceia do Senhor da Quinta-feira Santa, é distribuída neste momento . Antes da reforma do papa Pio XII, apenas o sacerdote recebia a comunhão, um rito chamado de "Missa do Pré-santificado", que incluía as orações normais do ofertório, inclusive o vinho no cálice. O padre e a congregação se despedem em silêncio e a toalha do altar é retirada, deixando o altar limpo, exceto pelo crucifixo e duas ou quatro velas.
Estações da cruz
Além das prescrições tradicionais do serviço litúrgico, as estações da cruz também são visitadas para orações, dentro ou fora da igreja, e um serviço específico é às vezes realizado entre meio-dia e três da tarde, conhecido como Três Horas de Agonia. Em países como Malta, Itália, Filipinas, Porto Rico e Espanha, procissões com estátuas representando variadas cenas da Paixão ocorrem neste período.

Em Roma, desde o papado de São João Paulo II, o ponto alto à frente do Templo de Vênus e Roma, em posição privilegiada à frente da entrada principal do Coliseu, tem sido utilizado como plataforma de discursos para a multidão. O papa, pessoalmente ou através de representantes, lidera os fieis numa jornada de meditações pelas estações da cruz acompanhando uma cruz que é carregada até o Coliseu.
Comunhão Anglicana

O Livro de Oração Comum, de 1662, não especifica um ritual específico a ser observado na Sexta-feira Santa, mas os costumes locais geralmente incluem diversos serviços, incluindo as "Sete Frases de Jesus na Cruz" e um serviço de três horas. Mais recentemente, as edições revisadas do Livro de Oração Comum e da Liturgia Comum reintroduziram diversas observâncias anteriores à Reforma, que correspondem aos rituais da Igreja Católica Romana.
Outras tradições protestantes

Muitas comunidades protestantes celebram serviços litúrgicos específicos na Sexta-feira Santa também. Morávios realizam uma festa específica ("Festa do Amor") na sexta e comungam na quinta. Os metodistas comemoram a Sexta-feira Santa com um serviço de adoração, geralmente baseado nas sete frases de Jesus na cruz. Não é raro também encontrar celebrações multi-denominacionais em algumas comunidades neste dia.

Alguns batistas , pentecostais e igrejas não-denominacionais são contrários à observância da Sexta-Feira Santa, considerando o feriado uma tradição papista e, ao invés disso, observam a crucificação na quarta-feira, na mesma data do sacrifício judaico do cordeiro pascal (que os cristãos acreditam ser uma referência no Antigo Testamento à Jesus Cristo). 
A crucificação na Quarta-feira Santa permite ainda que se acomode a tradição de que Jesus teria passado "três dias e três noites" no túmulo, como o próprio Jesus afirma em Mateus 12:40 e não duas noites e um dia como no caso da crucificação na Sexta-Feira Santa (vide artigo).

Costumes
Em muitos países com forte tradição cristã, como Austrália, Brasil, Canadá, as ilhas do Caribe, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Finlândia, Alemanha, Malta, México, Nova Zelândia , Peru, Filipinas, Cingapura, Espanha, Suécia, Reino Unido e Venezuela, a Sexta-feira Santa é um feriado nacional. Nos Estados Unidos, em doze estados é feriado.
Procissão do Senhor Morto

Em muitas cidades históricas ou interioranas do Brasil e Portugal, como Paraty (RJ), Ouro Preto (MG), São João del Rei (MG), Oliveira (MG), Pirenópolis (GO), Jaraguá (GO),Rio Tinto (Concelho de Gondomar em Portugal) e São Mateus, a "Celebração da Paixão e Morte do Senhor" é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como "Procissão do Senhor Morto", em que são cantados motetos em latim.

Cuba
Num artigo online publicado na Agência de Notícias Católica por Alejandro Bermúdez em 31 de março de 2012, o presidente de Cuba Raúl Castro, o Partido Comunista e seus secretários decretaram que a Sexta-feira Santa naquele ano seria um feriado nacional. O ato era uma resposta de Castro a um pedido feito pessoalmente a ele pelo papa Bento XVI durante sua visita apostólica à ilha e à cidade de Leão, no México, naquele mês. Esta concessão seguiu o padrão de pequenas concessões de Cuba em relação ao Vaticano e espelha uma outra feita por Fidel Castro à pedido de São João Paulo II quando declarou que o Natal voltaria a ser feriado em Cuba . As duas datas são hoje feriados nacionais em Cuba.

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